Trigo e Loba Japonesa

Tradução: Virtual Core


Volume 1

Epílogo

Lawrence estava na mais completa escuridão. Onde estava e o que estava fazendo ali, ele não sabia.

A escuridão se estendia em todas as direções, mas estranhamente, ele podia ver seu próprio corpo.

Ele se perguntou onde estava.

Enquanto pensava, percebeu o brilho de algo pelo canto do olho.

Ele se virou para ver reflexivamente, mas não havia nada. Ele esfregou os olhos, pensando que tinha sido sua imaginação, quando mais uma vez apareceu pela borda da sua visão.

Era uma chama?

Ele se virou novamente para ver e desta vez conseguiu uma boa visão da forma.

Era uma coisa marrom-castanha balançando.

Ele a encarou, finalmente percebeu que não era nenhuma chama.

Era pelo. Era uma longa moita de pelo marrom que balançava.

E terminava com uma ponta branca.

Os olhos de Lawrence se arregalaram e sua respiração parou. Ele correu em direção ao pelo.

Esta cauda — esta ponta branca —!

Era Holo. Não havia como confundir a cauda de Holo.

Quanto mais ela balançava, menor ficava, e Lawrence a chamou enquanto corria até ela.

Mas nenhum som saiu de sua boca, e a distância até a cauda de Holo nunca diminuía.

Seus pés pareciam ficar mais pesados, o que o frustrava. Ele cerrava os dentes e, mesmo quando percebeu a futilidade do ato, estendia a mão direita.

A cauda de Holo de repente desapareceu.

Naquele momento, Lawrence acordou e olhou para um teto desconhecido.

“Ugh —”

Ele se sentou e uma pontada de dor imediatamente atravessou seu braço esquerdo. Por um momento ele estava confuso, mas a dor trouxe suas memórias de volta num instante.

A Companhia Medio perseguindo ele. Seu braço sendo esfaqueado. Sendo encurralado.

E Holo o deixando.

Lembrando da cauda balançando desamparadamente enquanto ela se afastava, Lawrence suspirou.

Preso em um corpo que poderia sentar apenas com esforço, ele se perguntou se havia alguma coisa que poderia ter dito a ela.

A questão cresceu em sua mente, afastando a dúvida mais imediata sobre onde é que estava.

“Ah, então você está acordado não está?”

Lawrence virou para ver a voz inesperada, e viu Marheit na porta.

“Como estão seus ferimentos?” Marheit caminhou na direção de Lawrence, documentos em mãos, e abriu a janela ao lado da cama do mercador.

“Melhor... graças a você.”

Uma brisa agradável soprava pela janela, carregando vários sons apressados e agitados, Lawrence deduziu que estava em um quarto na Companhia Milone.

O que significava que eles foram em seu socorro, afinal.

“Devo pedir desculpas por colocá-lo em tal perigo devido a nossa incompetência.”

“Não, não, minha companheira foi a causa primeira de tudo isso.”

Marheit assentiu com as palavras de Lawrence e fez uma pausa, parecendo escolher a sua próxima declaração com cuidado.

“Felizmente nunca fomos descobertos pela Igreja, já que a batalha aconteceu no subsolo. Se a Igreja tivesse visto a verdadeira forma de sua companheira, bem... era bem possível que toda a companhia fosse queimada como hereges.”

“Você viu a sua verdadeira forma?” perguntou Lawrence, atordoado.

“Certamente. As pessoas que enviamos para te resgatar voltaram relatando de que havia um lobo gigante que disse que não te entregaria até que me visse pessoalmente.”

Não havia nenhuma razão para Marheit mentir. O que significava que, depois que Lawrence perdeu a consciência, Holo voltou para ele.

“E Holo então? Onde ela está?”

“Ela foi para o mercado. Ela estava muito impaciente e disse que precisava de roupas para viajar,” disse Marheit despreocupado, sem saber das circunstâncias — mas Lawrence imaginou que Holo planejava ir embora sozinha.

Ela provavelmente estava a caminho das terras do norte agora.

O pensamento deixou um buraco no coração de Lawrence, mas perversamente também o ajudou a sentir a separação.

Os dias que passaram juntos tinham sido nada mais do que uma coincidência estranha.

Lawrence se obrigou a se conformar e trazê-lo de volta a mentalidade de mercador.

Além de Holo, havia outra implicação importante nas palavras de Marheit.

“Você disse que Holo foi ao mercado. Isso quer dizer que as negociações com a Companhia Medio correram bem?”

“Sim. O nosso mensageiro voltou do castelo Trenni esta manhã, concluindo as negociações com o rei. Nós já obtivemos os privilégios que a Companhia Medio queria tão desesperadamente, e eles parecem ter reconhecido a sua derrota. Tudo foi muito bem,” disse o Marheit, com o orgulho enchendo sua voz.

“Entendo. É bom ouvir isso... Então dormi por um dia inteiro, não é?”

“Hm? Oh sim, sim você dormiu. Gostaria de almoçar? Eu estava na cozinha agora pouco, e eu duvido que eles tenham desligado o fogão, então você poderia comer algo quente.”

“Não, está tudo bem. Posso ouvir talvez o resultado final da nossa negociação?”

“Sim, é claro.”

Lawrence achou levemente estranho que alguém do sul não estava empurrando comida para ele. Talvez, se ele fosse desta área, Marheit teria sido mais insistente.

“A quantidade de prata que coletamos chegou a 307.212 peças. O rei planeja cortar significativamente o teor de prata dessas moedas, então ele concordou em pagar um valor equivalente a 350.000 peças.”

Isto era uma quantidade impressionante. No entanto, Lawrence não estava pensando em números absolutos — ele estava ocupado tentando descobrir seu próprio ganho aproximado.

Ele tinha um contrato que lhe dava direito a cinco por cento do lucro da Companhia Milone. Lawrence estimava sair algo em torno de duas mil moedas de prata.

Seria o suficiente para realizar o sonho de abrir sua própria loja.

“De acordo com nosso contrato com você, Sr. Lawrence, lhe devemos cinco por cento do nosso lucro. Isso está correto?”

Lawrence assentiu e Marheit assentiu de volta.

Marheit em seguida, entregou a Lawrence uma única folha de papel. “Por favor, confirme isso,” ele disse.

Lawrence não o ouviu.

Um valor inacreditável estava escrito no papel.

“O qu... o que é...”

“Cento e vinte moedas de pratas — o que é cinco por cento do nosso lucro,” disse Marheit friamente.

No entanto, Lawrence não ficou com raiva. O documento deixou claro o que tinha acontecido com o ganho que tinham esperado.

“O custo de transportar as moedas, a taxa de transferência quando o rei nos pagou, o imposto da prata, e o custo de processamento do contrato. Seus conselheiros, sem dúvida, fizeram a cabeça dele. Eles sabiam que teriam de desistir dos privilégios especiais, mas queriam limitar suas perdas nas moedas de prata tanto quanto podiam.”

Olhando para os detalhes, ele podia ver que o rei tinha muito habilmente explorado sua posição para obter tanto dinheiro de volta da Companhia Milone quanto podia.

Além de exigir que a companhia pagasse por recolher e transportar as moedas, ele os fez remeter as moedas de prata diretamente em vez de usar uma nota de troca. O transporte tinha sido extremamente caro, na casa das dezenas de milhares de moedas de prata após incluir cavalos, cofres para o dinheiro, e os guardas.

O rei tinha até mesmo cobrado uma quantia exorbitante para a elaboração dos contratos.

Embora o dono da Companhia Milone fosse um rico comerciante de ascendência nobre do sul que operava sua própria filial de uma grande empresa, ele estava longe de ser um rei. Não havia dúvida de quem tinha a vantagem. A Companhia Milone tinha que simplesmente aceitar as taxas.

“Calculamos que o lucro final foi dois mil e quatrocentas moedas de prata, e cinco por cento dos quais estamos remetendo a você pelo nosso acordo.”

Lawrence tinha planejado como um homem possuído e foi esfaqueado no braço... por meras cento e vinte moedas de prata.

Quando ele considerou que se não tivesse se envolvido neste negócio, Holo não precisaria deixá-lo, os únicos valores que viu em sua mente estavam no vermelho. Simplesmente não tinha valido a pena as cento e vinte moedas.

Mas um contrato era um contrato. Ele não tinha escolha a não ser aceitá-lo. Às vezes, havia ganhos na vida, e, por vezes, havia perdas. Era a simples realidade de ser um comerciante. Ele supôs que deveria estar feliz por não ter perdido a vida e ter saído com cento e vinte moedas de prata.

Lawrence assentiu lentamente.

“Isso não era algo que esperávamos. O resultado foi lamentável,” disse Marheit.

“Resultados inesperados são uma parte e uma parcela do negócio,” respondeu Lawrence.

“É generoso de sua parte dizer isso. No entanto...” Disse Marheit, recebendo a atenção de Lawrence novamente — o tom de Marheit tinha se iluminado por algum motivo. “Situações inesperadas também podem acabar bem. Aqui.”

Lawrence pegou uma segunda folha de papel que Marheit lhe entregou, seus olhos passaram rapidamente sobre o seu conteúdo.

Ele imediatamente olhou de volta para Marheit em choque.

“A Companhia Medio queria muito esses privilégios especiais, e eles sabiam que a prata que haviam coletado iria depreciar rapidamente em breve, assim eles ficariam com uma grande dívida. Eles estavam tão desesperados para conseguir esses privilégios que fariam qualquer coisa para obtê-lo. Então nos fizeram uma oferta quase que imediatamente.”

O documento na mão de Lawrence afirmava que sua parte do lucro nesta transação era de mil moedas de prata.

“Mil moedas... Isso é realmente aceitável?”

“É uma bagatela,” disse Marheit com um sorriso. Sem dúvida a Companhia Milone tinha conseguido muito mais que isso, mas Lawrence não era rude a ponto de perguntar o valor exato. Afinal, ganhar uma quantia extracontratual como esta, era como achar uma barra de ouro na rua.

Os contratos eram o núcleo do comércio — sem eles, as trocas monetárias poderiam muito bem nunca terem ocorrido.

“Além disso, nós cuidamos das taxas para a sua recuperação, e vamos cuidar de seu cavalo e carroça.”

“Meu cavalo saiu ileso?”

“Sim — parece que até mesmo a Companhia Medio achou que não valeria muita pena ter ele como refém.”

Lawrence não pôde deixar de sorrir com a gargalhada de Marheit.

Esse era um tratamento muito melhor do que ele tinha o direito de esperar.

“Nós vamos discutir os detalhes do pagamento outro dia, tudo bem?” disse Marheit.

“Tudo bem. Muito obrigado, de verdade.”

“Imagina; o prazer é todo nosso. É um pequeno preço a pagar para ficar nas boas graças de um mercador com a sua habilidade, Sr. Lawrence.”

Marheit olhou para Lawrence com olhos que raramente perdiam um cálculo, e ele respondeu com seu melhor sorriso de mercador — provavelmente de propósito.

Ainda assim, o fato é que Lawrence tinha recebido mil moedas de prata do supervisor da filial de uma grande companhia. Eles claramente pensavam nele como uma pessoa com quem manter um bom relacionamento era importante.

Um mero mercador viajante como Lawrence deveria estar satisfeito com isso.

Ele acenou e agradeceu a Marheit de sua cama.

“Ah, acho que eu deveria perguntar,” disse Marheit, “Como você gostaria de receber seu pagamento? Em moedas de prata? Ou se você preferir um produto diferente, podemos arranjar.”

Mil moedas seria muito pesado e não traria nenhum benefício especial com seu peso.

Lawrence considerou a proposta de Marheit, e pensando na quantidade que receberia e no tamanho de sua carroça, um único item veio à mente.

“Vocês têm pimenta? É leve e compacto, e com o inverno chegando, seu preço certamente vai aumentar à medida que a carne se tornar mais disponível.”

“Pimenta, hein?”

“Algum problema?” perguntou Lawrence, vendo Marheit rindo.

“Não, não mesmo. Recentemente li uma peça de teatro que recebemos do sul e que me fez lembrar disso.”

“Uma peça?’

“Sim. Um demônio aparece diante de um rico comerciante e diz: ‘Traga-me o mais delicioso e mais suculento humano que puder, ou te devoro.’ Não querendo morrer, o comerciante apresentou ao demônio as mais jovens e belas donzelas em sua casa, e os lacaios mais gordos. Mas o demônio balançava a cabeça em sinal de desaprovação.”

“Entendo.”

“Então o comerciante espalhou dinheiro por toda a cidade, em busca de uma pessoa adequada. Finalmente ele encontra um monge jovem e bonito que tinha cheiro de leite e mel. Ele deu ouro ao monastério para comprar o rapaz e levá-lo diante do demônio. Mas o menino disse, ‘Oh demônio que combate os deuses, o ser humano mais delicioso da terra não sou eu.’”

Lawrence estava completamente absorvido no conto. Ele assentiu em silêncio.

“O ser humano mais suculento esteve diante de seus olhos... ele tem carregado especiarias dia após dia em sua busca por dinheiro, e sua alma gorda está perfeitamente temperada,” continuou Marheit alegremente, gesticulando expansivamente enquanto ele relatava o conto. No final, ele ainda imitou o rosto aterrorizado do rico comerciante antes de voltar a si mesmo sorrindo timidamente.

“É uma peça religiosa que a Igreja usa para pregar a moderação no comércio,” explicou. “Isso é o que eu me lembro. Pimenta é certamente apropriada para um mercador prestes a fazer sua fortuna, eu acho.”

Lawrence não pôde deixar de sorrir ao conto divertido e ao elogio de Marheit. “Espero que em breve eu tenha um corpo impregnado com especiarias também!” ele disse.

“Estou ansioso por isso, e pelas muitas proveitosas negociações futuras, Sr. Lawrence,” disse Marheit, e os dois sorriram um para o outro novamente.

“Vou arranjar sua pimenta. Nesse meio tempo, tenho trabalho a fazer...” Marheit estava se dirigindo para a saída.

Então, houve uma batida na porta.

“Talvez seja sua companheira,” disse Marheit, mas Lawrence estava confiante de que isso era impossível.

Marheit se levantou da cama para abrir a porta, e Lawrence deitou a cabeça sobre o travesseiro, e olhou para fora da janela.

Ele podia ver o céu azul.

“Supervisor, senhor. Recebemos esta conta —” Lawrence ouviu a porta abrir e uma voz reservada falando com Marheit, junto com o som de um pedaço de papel que estava sendo entregue.

Era, sem dúvida, um negócio urgente. Lawrence olhou para as pequenas nuvens no céu e se perguntou quando seria capaz de ter sua própria loja.

Ele logo ouviu Marheit falar.

“Isto está definitivamente está endereçado para a nossa companhia, mas...”

Lawrence olhou de volta para Marheit que olhava para ele.

“Sr. Lawrence, uma conta veio para você.”

Os nomes de muitos parceiros comerciais de Lawrence e as dívidas que ele tinha passaram pela sua mente.

Ele tentou pensar em quem entre eles tinha uma data de quitação que se aproximava, mas em todo caso, a quantidade de tempo que ele permanecia em determinada cidade era incerta. Mesmo se houvesse uma data de quitação para ontem, não conseguia pensar em ninguém que seguiria um mercador viajante por um rigoroso período de tempo.

E quem é que sabia que ele estava aqui?

“Posso ver, por favor?” Ele pediu.

Marheit pegou a conta de seu subordinado e a trouxe para Lawrence.

Lawrence pegou a conta e pulando a seção contratual padrão, chegou aos detalhes no final. Ele pensou que se pudesse ver do que a conta se tratava, ele poderia dizer de quem era.

Mas os itens da conta não o fizeram lembrar de ninguém.

“Hmm...” disse Lawrence, inclinando a cabeça com curiosidade, mas de repente saltou da cama.

Marheit, chocado, tentou dizer alguma coisa, mas Lawrence o ignorou e correu para a porta, ignorando também a dor no braço esquerdo.

“Ah... com licença —”

“Me deixe passar!” gritou Lawrence, e o empregado chocado saiu do caminho. Lawrence ignorou o olhar estranho que recebeu e correu para o corredor antes de parar.

“Onde fica o cais de carga?” ele exigiu.

“Er, siga este corredor até o final, vire à esquerda, e depois siga em frente...”

“Obrigado,” disse Lawrence rapidamente, correndo para fora.

A conta bastante cara amassava em sua mão enquanto Lawrence corria tão rápido quanto a sua força permitia.

Era o conteúdo da conta amassada que tinha deixado Lawrence em tal estado.

A data na conta era do dia de hoje, e incluía itens de um comerciante de tecidos em Pazzio e um vendedor de frutas.

Havia duas túnicas de mulher de alta qualidade com faixas de seda, um par de sapatos de viagem, um pente de tartaruga — e uma grande quantidade de maçãs.

No total, tudo custou cento e cinquenta moedas de prata, e as maçãs em particular, eram muito numerosas para uma única pessoa transportar.

Apesar disso, não houve nenhuma entrada na conta para o uso de um cavalo ou de carroça.

Havia uma conclusão óbvia.

Lawrence chegou ao cais de carregamento.

Montanhas de produtos de todo tipo estavam alinhadas, com todo o tipo de mercadorias trazidas de longe para as exportações e prestes a saírem. A doca transbordava com os cavalos e os gritos das pessoas... A cena caótica era apenas mais um dia na próspera Companhia Milone.

Lawrence observava o ambiente procurando algo que sabia que devia estar lá.

A grande área de carregamento estava cheia de cavalos e carroças. Lawrence correu ao redor, e acabou escorregando em uma moita de feno espalhado, antes de enxergar seu cavalo e carroça familiares e se aproximar dele.

As outras pessoas que trabalhavam na área de carga olharam para ele estranhando, mas Lawrence não deu a mínima para eles, fixando seu olhar em apenas uma coisa.

Na frente de uma carroça cheia de maçãs, uma pequena figura segurava um belo pedaço de pele na mão, penteando com um pente de tartaruga.

Ela usava uma túnica obviamente cara e um capuz sobre a cabeça. Depois de um tempo, ela deixou de pentear e suspirou.

Sem se voltar para Lawrence, a figura no banco da carroça falou. “Não gostaria de que você fosse às florestas do norte simplesmente para cobrar uma dívida.”

Lawrence não pôde deixar de rir com o seu tom carrancudo.

Ele se aproximou do assento, e embora Holo teimosamente se recusasse olhar para ele, ele estendeu sua mão direita.

Finalmente, ela o olhou, e embora logo voltasse seu olhar para a cauda em suas mãos, ela estendeu a mão para ele.

Lawrence pegou a mão dela, e ela finalmente cedeu um sorriso.

“Voltarei para casa apenas depois de pagar minha dívida.”

“Mas é claro!”

A mão de Holo agarrou a de Lawrence muito, muito apertado.

 

Parece que as viagens desse estranho par durarão um pouco mais.

Quer dizer, as viagens da loba e das especiarias.



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