Volume 2 – Arco 9
Capítulo 93: Disputa de Campeões
Do lado de fora, a situação não se mostrava menos caótica — talvez até mais angustiante.
A noite estava mergulhada numa escuridão espessa, sufocante, daquelas em que nem mesmo a lua ousava brilhar. O céu se ocultava sob nuvens pesadas e imóveis, e o único clarão que se via vinha das tochas e bastões que tremulavam nas mãos de um exército inteiro. Cada chama oscilava, lançando sombras disformes que, juntas, davam a impressão de um campo repleto de espectros.
A massa de soldados imperiais avançava lado a lado, como uma multidão de camponeses enfurecidos, todos empunhando armas com firmeza e olhos fixos na frente. Mas havia uma diferença gritante: aqueles não eram simples aldeões. Eram guerreiros escolhidos a dedo, soldados endurecidos que aguardavam, imóveis e disciplinados, a voz de seu comandante.
Esse comandante, porém, não se encontrava à frente, mas atrás. Ajax observava sentado em uma cadeira que mais parecia um trono improvisado no meio da rua. A posição deixava clara a natureza de sua autoridade: não precisava brandir uma espada para ser obedecido. Sua presença bastava.
Como general do Império — a mais alta patente militar que alguém podia conquistar — Ajax fazia jus ao que se esperava de um estrategista. Ao contrário dos oficiais antigos, que lideravam investidas no fragor da batalha, ele se mantinha afastado, onde pudesse enxergar o todo, onde pudesse mover seus homens como peças de um tabuleiro vivo. O preço dessa tradição era alto: com o tempo, os generais haviam perdido os músculos que os tornavam lendas no campo de batalha, trocando suor e sangue pela frieza das lógicas militares.
Mas Ajax era a exceção que confirmava a regra.
Ainda que permanecesse afastado, não era apenas um cérebro protegido por paredes humanas. Seu corpo estava coberto por uma colossal armadura dourada, reluzente mesmo sob a luz irregular das tochas. No peito, o símbolo imperial: uma águia de asas abertas, as garras prontas para despedaçar a presa.
A figura impunha respeito, lembrando a todos que aquele homem não era apenas um general de gabinete — era também um herói do Império, o Juiz de Cenara, alguém que havia manchado a armadura de sangue inimigo e conquistado direito à sua lenda.
Os soldados sob seu comando formavam o batalhão pessoal de um general, um privilégio reservado a poucos. Suas armaduras eram negras, sem adornos, sem símbolos, sem sequer um detalhe que lembrasse individualidade. Eram como um corpo único, uniformes em sua ausência de cor, vivendo apenas para obedecer, matar e — se necessário — morrer pelo Império.
Na penumbra, era quase impossível contar suas cabeças, o número se aproximava de dois mil. Para Ajax, era apenas uma fração de seu poder. Para qualquer um fora dali, era força suficiente para esmagar uma cidade inteira.
E, ainda assim, eles não avançavam. A ordem ainda não fora dada.
As ruas de Cenara permaneciam estranhamente imóveis, como se a própria cidade tivesse parado de respirar. As casas mantinham portas e janelas cerradas; não se via uma única vela acesa, nem um morador curioso. A cidade parecia fantasma.
Esse silêncio não era coincidência.
Cidades imperiais como Cenara possuíam um feitiço especial, lançado assim que o toque de recolher se estabelecia. O encantamento envolvia os prédios residenciais e comerciais numa película dourada quase invisível, um escudo de magia que impedia qualquer som vindo de fora de penetrar no interior. Portas não rangeriam, janelas não se abririam, e o povo dormiria tranquilo, alheio ao que acontecesse nas ruas.
Oficialmente, diziam que a magia fora criada para os festivais: assim, aqueles que não quisessem participar não seriam incomodados pelo barulho. Mas a verdade era bem mais sombria. O real propósito era permitir que o Império resolvesse seus assuntos internos sem testemunhas, para que batalhas como aquela se desenrolassem sob véu absoluto de silêncio.
O tempo, portanto, era inimigo de ambos os lados.
Ajax precisava agir rápido; se a população descobrisse que uma batalha daquela proporção acontecia dentro das muralhas, não haveria muralha ou decreto capaz de conter o pânico. Rumores se espalhariam não apenas em Cenara, em todas as cidades imperiais. Sua autoridade, seu título e até o próprio Império poderiam ser corroídos pela desconfiança.
Do outro lado, Fox e seu grupo enfrentavam a mesma urgência. Precisavam evitar que qualquer sinal de sua presença se tornasse público. Se a existência deles fosse revelada, não seriam vistos como heróis ou mártires — seriam caçados como criminosos, foras-da-lei, ameaças à ordem imperial.
Dois exércitos, dois destinos, uma mesma prisão de tempo e silêncio.
— Como estão as coisas, Kenshiro? — perguntou Fox, firme, mantendo-se à frente de todos como um escudo humano.
— Erina ainda está desacordada... e Xin está desorientada — respondeu Kenshiro, a voz grave, carregada de impotência.
— Ela drenou energia demais para mover sua armadura e aquela porta — explicou Vaelis, se aproximando. — Eu e Soren compartilharemos nossa Mana com ela.
Os dois magos ajoelharam-se junto à cavaleira caída. Estenderam as mãos sobre o metal reluzente, e logo pequenas centelhas azuladas começaram a fluir de suas palmas. As fagulhas atravessavam a couraça de Erina como se fosse transparente, infiltrando-se em seu corpo adormecido.
O ar cheirava a ozônio, como se a própria noite tivesse prendido a respiração.
— Quanto tempo isso vai levar? — Fox caminhou pacientemente. Estava tão tenso quanto qualquer um, tentava não transparecer.
— Não sei... — confessou Soren, os dedos tremendo sob o esforço. — Mesmo que recarreguemos toda a energia dela, uma parte se consumirá no instante em que despertar.
De repente, Xin ergueu-se num sobressalto, os olhos arregalados.
— ZHEN! ELE AINDA ESTÁ PRESO LÁ!
A voz dela cortou como uma lâmina.
— Mais isso agora... — murmurou Fox, quase irritado. — Alguém a acalme!
Takashi recuou alguns passos e segurou Xin pelos ombros. A moça se debatia, dominada pelo pânico, como se quisesse mergulhar de volta à escuridão da prefeitura submersa para salvar Zhen.
PAH!
O estalo seco ecoou quando a mão de Takashi atingiu o rosto dela. Firme o suficiente para trazê-la de volta.
— Está tudo bem? — perguntou ele, encarando-a nos olhos.
Xin respirou fundo, o rubor no rosto denunciando vergonha e medo.
— Sim... — murmurou. Seu olhar voltou para a cavaleira inconsciente, e um nó apertou-lhe a garganta. — Eu sei que não há nada que possamos fazer agora. Só Erina poderia tirá-lo de lá...
— Fox — chamou Nolan, a voz carregada de urgência. — Temos problemas.
Fox ergueu a cabeça. Os soldados inimigos, que até então mantinham-se como um muro imóvel de aço e silêncio, agora começavam a abrir espaço. Não avançavam, abriam um corredor.
“Ajax ainda está sentado... pode ser outro oficial, talvez um mensageiro? Um negociador?”, pensou Fox.
Era comum, em batalhas de grande escala, que houvesse uma conversa inicial: trégua, rendição, até troca de títulos e insultos. Um respiro antes da carnificina.
Ajax não era um comandante qualquer. Para ele, aqueles homens e mulheres não passavam de criminosos. Palavras não deveriam ser desperdiçadas.
E então, Fox os viu.
Do espaço aberto surgiram os gêmeos: Surtr e Skadi.
Livres das correntes que antes os prendiam, traziam seus trajes de guerra.
Surtr, envolto em uma armadura negra que parecia beber a pouca luz ao redor, carregava dois machados curtos. Armas raras e pouco usadas, frágeis contra lanças e espadas longas. No entanto, mortais nas mãos certas, capazes de dilacerar carne e osso em movimentos rápidos e brutais.
Skadi, em contraste, vestia roupas em tons claros, quase nevados, que lembravam o sopro gelado do inverno. Em suas mãos, segurava uma lança cristalina, translúcida como gelo recém-formado. A arma parecia frágil, como se pudesse estilhaçar ao menor impacto. Por isso mesmo, Skadi a tratava com a delicadeza de uma mãe embalando um filho — e essa estranha reverência a tornava ainda mais intimidadora.
— O que eles estão fazendo aqui...? — murmurou Xin, surpresa. — Remanescentes lutando pelo Império?
— Olhe de novo — respondeu Nolan, a voz grave.
Somente então perceberam: ambos usavam máscaras pequenas, presas firmemente às bocas. Não eram simples proteções. Eram dispositivos arcanos, usados em tempos sombrios para suprimir a voz de prisioneiros, impedir gritos de tortura.
— Isso... não é só para calar alguém — explicou Nolan. — É magia. Quando se rouba a voz de uma pessoa, rouba-se sua liberdade.
— Era uma prática da Era das Trevas... — completou Fox, o olhar endurecendo. — Jamais pensei que o Império ousaria trazê-la de volta.
Os gêmeos permaneceram imóveis, prontos, como estátuas. Guerreiros mutilados de sua própria vontade, transformados em armas vivas.
Então Ajax se ergueu de sua cadeira. O general levantou uma das mãos, imponente, e a estendeu em direção ao grupo de Fox. Um gesto simples, carregado de tradição.
— O que ele quer dizer com isso? — perguntou Takashi, confuso.
Fox manteve os olhos fixos em Ajax, interpretando o sinal como quem lê uma língua antiga.
— Ele está pedindo que escolhamos nossos “campeões”.
— Campeões...? — alguns repetiram, incrédulos.
— Aqueles que lutarão em nosso nome — explicou Fox, a voz baixa, quase solene. — Representantes de todo o grupo, seja o líder ou apenas o mais forte.
— Faz sentido... — murmurou Xin, ainda tensa. — Mas o que ganhamos com isso?
— Nada foi acordado — disse Fox. — Pode significar liberdade, promessa de prisão... ou apenas o início do massacre. É como em um jogo de xadrez, onde os jogadores trocam as damas antes das demais peças.
Ele virou-se. Erina permanecia imóvel, e Kenshiro não se moveria sem ela.
Fox respirou fundo.
— Kenshiro! — chamou, com firmeza. — Estou passando o comando de volta a você e a Erina. Depois desta luta, não importa o resultado, eu não poderei ajudar contra Ajax. — Deu alguns passos à frente, adentrando o espaço vazio da praça. — Mas ao menos, incapacitarei esses dois para vocês.
Ambos os lados observavam o início do conflito com fascínio e temor. Não era apenas uma luta. Era um acontecimento.
De um lado, os irmãos Surtr e Skadi, generais dos Remanescentes. Jovens, já alçados ao topo, detentores de fama e respeito. Eram vistos como duas forças complementares, forjadas no mesmo ventre, treinadas no mesmo campo de batalha, moldadas para lutarem sempre em sincronia.
Do outro, Fox, o Herói do Povo, a Raposa Flamejante. Aquele que atravessara batalhas impossíveis, que sobrevivera a emboscadas e guerras, treinado pelo próprio Reiji Torison, o lendário espadachim que derrotava até os mais habilidosos.
Era a primeira vez, em muito tempo, que forças dessa magnitude se confrontavam em campo aberto. Nenhum dos que observavam ousava prever o resultado.
Fox avançou alguns passos. A luz refletia no fio de sua katana, que parecia vibrar junto ao coração do guerreiro. Sua respiração era compassada, profunda, e cada músculo do corpo já se mantinha em alerta. As pernas se dobraram, os braços ergueram a espada sobre a cabeça, num ângulo perfeito. Sua postura, um contraste entre defesa e preparo.
Os gêmeos não responderam com palavras. O ar ao redor deles pareceu vibrar, e em um instante, sumiram.
— O que...? — murmurou Xin, a frase morreu antes do fim.
Eles já estavam de volta.
Surtr surgiu no alto, os dois machados descendo em um golpe que poderia rachar uma muralha ao meio. Skadi avançava pela retaguarda, a lança fina e gélida apontada direto para o coração de Fox.
“Velocidade absurda!”, pensou ele, a mente reagindo na mesma fração de segundo em que o corpo se movia.
Sua armadura respondeu, acendendo-se como brasas vivas. A chama percorreu o metal, e num estalo de luz, Fox inclinou o corpo com precisão, escapando dos dois ataques que o cercavam.
Não desperdiçou a chance: a katana desceu como relâmpago, mirando o pescoço de Surtr em pleno ar. Mas o irmão já havia desaparecido de novo, como se nunca tivesse estado ali.
Skadi não lhe deu respiro. Retirou a lança e a fez dançar numa sequência de estocadas rápidas, implacáveis, como agulhas de gelo tentando costurar sua carne. Fox recuava, desviando, rebatendo com a espada, cada choque ecoando como trovões metálicos.
“Ela mantém distância… cuidadosa, meticulosa. Isso posso enfrentar. Mas o problema real é o outro…”
O arrepio na espinha foi um aviso suficiente. Não pensou. Dobrou os joelhos, deixando-se cair, confiando apenas no instinto.
No mesmo instante, a lâmina gélida de Skadi cortou o ar acima de sua cabeça, enquanto os dois machados de Surtr cruzaram violentamente onde deveria estar seu pescoço.
Aos olhos comuns, era sorte. Para Fox, era a soma de anos de experiência. Ainda assim, o olhar dos gêmeos o perseguiu, frio, calculista, como predadores que jamais perdem a presa de vista.
Girando no chão, aproveitou o movimento para desferir um corte lateral. A katana, em um arco incandescente, criou uma onda flamejante que iluminou toda a praça. O fogo dançava como um anel infernal, rugindo ao redor dele.
O calor fez os soldados recuarem instintivamente, alguns levando as mãos ao rosto para proteger-se do clarão. O próprio Ajax inclinou o corpo em sua cadeira, observava mais atentamente.
— O Herói do Povo… Fox, a Raposa Flamejante — murmurou, um sorriso enigmático nos lábios.
Mas nem mesmo o fogo conseguiu deter os gêmeos. Como reflexos, saltaram juntos, escapando da onda que poderia ter incinerado qualquer outro guerreiro.
Fox apoiou a mão no chão, girou o corpo e voltou a se erguer com a mesma fluidez que um animal em meio à caçada. Seu peito subia e descia em respirações pesadas, mas seus olhos ardiam com determinação.
E, mais uma vez, os gêmeos desapareceram. Apenas para reapareceram em outro ataque conjunto.
A praça inteira prendeu o fôlego. Alguns soldados cerraram os punhos, outros engoliram em seco. Era como assistir a trovões e relâmpagos colidirem em plena terra — um espetáculo de força e destino.
Aos poucos, Fox começou a perceber o compasso oculto nos movimentos dos gêmeos. Cada passo, cada giro, cada ataque repetia-se em um ciclo previsível. As lâminas que deveriam ser imprevisíveis, letais, eram na verdade réplicas de um padrão já gasto, uma dança sem improviso.
“Então é isso…” pensou, desviando do próximo golpe com um mínimo de esforço. “Não estou lutando contra dois generais. Apenas contra duas cópias imperfeitas, duas marionetes sem cordas. Fantoches, nada além disso.”
Com a tranquilidade de quem respira em meio às chamas, Fox deixou o corpo se mover sozinho. Girou o tronco, inclinou-se para o lado e, com a mão livre, agarrou o cabo da lança de Skadi no exato instante em que ela investia. O choque fez o ar vibrar, ele não cedeu. Segurava a arma com a naturalidade de quem segura um galho no vento.
— Estou desapontado.
Surtr, como esperado, surgiu em seguida. O ataque descendente com os machados era idêntico ao primeiro movimento, um corte vertical furioso que pretendia partir Fox ao meio.
Ele já o aguardava.
Com um movimento seco, Fox ergueu a lança de gelo, ainda presa às mãos de Skadi, arrastando-a junto sem dificuldade. Ela não resistiu, apenas foi puxada pelo balanço da arma.
Fox girou a lança contra Surtr em queda, não com a lâmina, mas com o cabo, usando o corpo de Skadi como extensão involuntária do ataque. O impacto foi brutal: os gêmeos colidiram no ar com a força de dois projéteis, arremessados como bonecos de treino em meio ao campo de batalha.
Enquanto eles tentavam recuperar o equilíbrio, Fox mantinha sua postura firme. Seus olhos, semicerrados, miravam apenas um ponto: o futuro imediato do combate.
“Posso matá-los sem esforço. Bastaria não controlar meus cortes… mas não é o que desejo.” Seus olhos se desviaram rapidamente para trás, para o grupo que o observava com os corações apertados. Todos torciam por ele. “Se não aprenderem a enfrentar o impossível, jamais suportarão o que ainda virá. Confio em vocês para o que vem a seguir… caso contrário, não sobreviverão a esta jornada.”
Com um gesto sereno, guardou a katana de volta à bainha. O som metálico reverberou como um aviso de que o fim se aproximava.
Fox começou a correr. Cada passo levantava fagulhas, e sua mão permanecia firme sobre o cabo da espada, pronto para o saque.
Os gêmeos se recompuseram, como cães acossados. Um olhar trocado entre eles foi suficiente. Saltaram juntos, coordenados, trazendo sobre ele um ataque simultâneo que deveria ser impossível de resistir.
O tempo pareceu se alongar.
E foi nesse instante que Fox falou:
— Corte da Raposa!
O mundo se apagou.
Nem os olhos mais atentos conseguiram acompanhá-lo. Mesmo sua armadura em chamas, que até então marcava sua presença, deixou de ser visível. Ele simplesmente não estava mais ali.
FW-FW-FW-FWOOOOOSH!
Quatro cortes consecutivos, cada um liberando uma onda flamejante que rasgou a escuridão. As chamas se entrelaçaram como serpentes incandescentes, cruzando o campo em trajetórias impossíveis de seguir. O calor era tão intenso que até os soldados de Ajax, a muitos metros de distância, recuaram instintivamente, ofuscados pelo clarão.
Fox surgiu atrás dos gêmeos, imóvel, com a katana já repousando de volta na bainha. Um rastro de fogo unia cada onda incandescente a ele, formando a imagem viva de quatro caudas flamejantes que dançavam no ar.
— Quatro Caudas.
O nome ecoou como sentença.
O impacto demorou apenas um segundo para se revelar. As ondas flamejantes se fecharam sobre os gêmeos, cortando carne, aço e magia. O som do fogo engolindo aço e o cheiro acre de sangue queimado encheram a praça.
Surtr e Skadi tombaram juntos, os corpos atingindo o chão com estrondo surdo. Seus membros — braços e pernas — jaziam separados, espalhados pelo solo incandescente. O fogo não os matara, os arrancara da luta de forma definitiva.
Um silêncio agonizante se seguiu. Qualquer resultado era imprevisível, e ainda assim, impressionante ao vê-lo.
Fox manteve os olhos cerrados por um instante. Ao abri-los, suas íris cintilaram em dourado, como duas moedas de ouro reluzindo na noite. Era como se a essência de algo maior tivesse tomado forma dentro dele.
Ajax, até então fazendo poucos movimentos em sua cadeira, finalmente se levantou. Um brilho de interesse genuíno surgindo em seu olhar.
— A Essência… — murmurou, como se tivesse acabado de testemunhar o nascimento de uma lenda.
Apoie a Novel Mania
Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.
Novas traduções
Novels originais
Experiência sem anúncios