Volume 2 – Arco 13
Capítulo 136: Proposta Final
— Vamos conversar... — disse Anastasia, a voz soando baixa, quase trêmula, como se cada sílaba lhe pesasse nos lábios.
Havia em seu olhar algo que beirava a tristeza, uma melancolia que parecia mais profunda do que a situação exigia. Como se o peso daquela decisão estivesse a corroendo sua alma.
— O que temos para conversar? — perguntou Kenshiro, os olhos faiscando como brasas prestes a incendiar.
Seu tom cortante denunciava o limite da paciência; as veias de seu pescoço pulsavam, e suas mãos cerravam-se de forma instintiva, clamando por uma espada que já não ousava erguer.
O grupo, reunido em torno deles, parecia uma pintura trágica feita de expressões quebradas: havia fúria no semblante de alguns, um lamento silencioso nos rostos de outros, e um temor gelado que percorria todos como uma corrente invisível.
— Primeiro de tudo — prosseguiu Anastasia, mantendo o tom calmo, firme —, quero ter certeza de que nenhum de vocês tentará me atacar assim que eu mandar as adagas embora. Do contrário, serei forçada a matá-los imediatamente.
As adagas flutuavam no ar como serpentes prateadas, suas lâminas imóveis, prontas para morder. Com elas postas contra suas testas, ninguém ousava mover-se, muito menos olhar para o lado. A tensão era sufocante, e até o vento pareceu hesitar em atravessar aquele espaço.
— Pessoal — chamou Erina, erguendo a voz com autoridade gélida —, quando nos for autorizado, quero que joguem suas armas ao chão. Se alguém desobedecer, eu mesma o matarei pelo bem maior dos demais.
Seu tom foi o suficiente para que até o mais audaz tremesse. As palavras de Erina não soaram como ameaça, eram uma promessa inflexível. Um fio de suor desceu pela têmpora de Ren, e Fox desviou o olhar, engolindo em seco.
— Muito bem — disse Anastasia.
Snap!
Com o simples estalar de seus dedos, o ar estremeceu. As adagas dissolveram-se em faíscas prateadas antes mesmo de tocarem o chão, desaparecendo como fumaça arrastada pelo vento.
Por um instante, o silêncio reinou. A pressão em suas testas se desfez, e o alívio veio em suspiros quase uníssonos. O ar pareceu enfim voltar a circular.
Ren e Fox se entreolharam, seus olhares cheios de um mesmo juramento mudo: matar Anastasia. O ódio que pulsava em seus peitos só foi contido pelo olhar glacial de Erina, que os fuzilou com uma autoridade que parecia vir de algo maior que ela mesma.
Um a um, os guerreiros soltaram suas armas. O som metálico das lâminas caindo ecoou como sinos de rendição. Restaram apenas as armaduras, o peso do aço colado aos corpos e o gosto amargo da impotência.
— O que você quer? — perguntou Erina, sua voz agora mais contida, ainda cortante.
— Antes de tudo — respondeu Anastasia —, deveríamos nos apresentar. Eu começo...
Ela levou a mão ao peito, curvando-se com uma graça estudada. Um dos joelhos dobrou, o outro manteve-se à frente, como se cada gesto tivesse sido ensaiado desde a infância. Era uma reverência refinada, digna de uma corte antiga, pomposa, talvez, carregada de uma elegância que destoava do campo de batalha.
— Eu me chamo Anastasia — anunciou, com uma serenidade que parecia quase teatral —, e fui adotada por Varelith, como puderam ver. Ao meu lado, estão duas figuras que já devem conhecer... ou ao menos, deveriam.
O primeiro encapuzado, aquele que parara a carruagem, avançou alguns passos. A cada movimento, o chão parecia ceder sob o peso de sua presença. Com um gesto lento, retirou o capuz.
O rosto que se revelou era jovem, e por um instante o grupo pareceu confuso. Ele tinha a mesma idade de Kenshiro — talvez um pouco menos —, e sua pele era escura como a noite mais densa. Os olhos, porém, ardiam num azul profundo, quase etéreo, como fragmentos de gelo flutuando num oceano de sombras.
Seu semblante era simples, quase tímido, destoando por completo da Sombra que o apresentara. Parecia deslocado, como alguém que, por engano, nascera no lado errado da história.
Ainda assim, o preconceito falou primeiro dentro de cada um deles. Ligaram o tom de sua pele à lembrança do mago de lava — um reflexo inconsciente, injusto, moldado por um único encontro.
— Este aqui — anunciou Anastasia, pousando a mão sobre o ombro dele — se chama Viktor Cruz, filho único de Reiji Torison.
O impacto foi imediato. O ar pareceu congelar. Erina, Kenshiro, Ren e Fox reagiram como se tivessem sido atingidos por uma lâmina invisível.
— É mentira! — gritaram os quatro em uníssono.
Kaji observava, confuso. Procurou dentro de si o eco do sangue de seu antigo mestre, algo que confirmasse a ligação — mas encontrou apenas silêncio. Tentou sentir também a presença de seus mestres atuais, e o vazio que sentiu o apavorou. Estaria enfraquecendo? Ou o mundo ao redor estava se tornando indistinto demais para ser compreendido?
O olhar de Viktor, antes sereno, tornou-se duro. Ele levou a mão à espada presa em seu cinto e a puxou num movimento limpo, preciso, que ecoou como o sussurro de um trovão.
— Athena! — proclamou.
O som do nome reverberou nos corações de todos. Era a espada de Reiji Torison — e deveria estar enterrada junto com ele.
— Você profanou o túmulo?! — rugiu Kenshiro, o rosto contorcido de indignação.
— Apenas tomei a minha devida herança — respondeu Viktor, a voz calma. — Aproveitei para prestar minhas condolências. E, convenhamos, não é como se alguém o visitasse com frequência...
— Desgraçado... — rosnou Ren, ajoelhado, as mãos cravadas na terra. Suas unhas arranhavam o solo como garras de uma fera prestes a atacar.
— Muito bem, muito bem — interveio Anastasia, batendo palmas leves, quase divertidas. — Não se esqueçam de que temos mais alguém para apresentar. Este é...
— Olá, Soren e Vaelis.
A terceira figura encapuzada deu um passo à frente.
Sua voz era áspera, dilacerante, como se tivesse sido rasgada por dentro. Não era a voz de um ancião — havia força nela —, soava como a de alguém que ainda se recuperava de um grito que o mundo jamais deveria ter ouvido.
Ao ouvi-lo, Soren e Vaelis empalideceram. O ar ao redor deles pareceu aumentar alguns graus. Os magos de gelo e de fogo agora tremiam.
Encararam o homem como se estivessem diante de um fantasma. E, em seus olhos, não havia dúvida: o passado acabara de retornar para cobrar o que lhe era devido.
— Ah... não me diga que não contaram sobre mim — murmurou o encapuzado, cada palavra escorregando como lâminas artificiais. — Soren, Soren, Soren. Você, mais do que ninguém, deveria saber que mentiras e passados ocultados... nunca duram para sempre...
Ao afastar o capuz, revelou-se um rosto diferente e, ao mesmo tempo, dolorosamente familiar: a pele chamuscada, salpicada de hematomas recentes, cicatrizes que cruzavam a bochecha e a testa como mapas de uma viagem infernal.
O que tornava a visão verdadeiramente aterradora não era apenas o dano físico, mas o espelho cruel que ele formava com Soren — as feições eram quase idênticas, como se alguém tivesse pegado o rosto do mago de fogo e o tivesse passado pelo fogo novamente.
— Eu me chamo Sorun! — gritou para o céu, a voz rasgando o ar como um trovão grotesco.
Abriu os braços em exagero teatral, buscando uma plateia que soubesse reconhecer a própria dor. Por um instante, deixou-se aliviar do ímpeto de berro; então, com um sorriso que tentou ser amistoso e falhou, repousou os braços em volta dos ombros dos dois magos, encobrindo a lâmina do sarcasmo com o manto falso da camaradagem.
— Uma mudança sútil, mas muito significativa para mim. Você gostou, Soren?
Soren permaneceu mudo, como se as palavras tivessem sido sugadas para dentro de um vulcão interno. Seus olhos ardiam, mas nenhum som escapava. Não por falta de vontade, mas por uma construção frágil dentro de si que se recusava a ceder.
— Qualé! — provocou Sorun, a paciência fingida escorrendo em cada sílaba. — Não me diga que ainda não superou aquilo. Ainda tem medo de sua própria voz? Vamos lá... GRITE!
A provocação foi um fósforo aceso rente a um barril de pólvora.
— CALA A BOCA! — explodiu Vaelis, a voz dela eriçando como gelo quebrando.
A maga concentrou todo o controle que lhe restava para segurar os punhos; as juntas cerradas tremiam tanto que pequenos cristais começaram a se formar ao redor dos dedos, fragmentos de gelo que estalavam minúsculos quando surgiam, sinal evidente do esforço por conter uma fúria que poderia consumir tudo ao redor.
— Oh... — Sorun arqueou as sobrancelhas, fingindo surpresa, como se tivesse acabado de descobrir um detalhe inconveniente. — Então você é quem tem tomado conta dele, não é? O velho do Silas deve ter desistido dele de vez. Mas... que estranho... Você não estava na AMA depois que nós fizemos aquilo...
O comentário foi uma lâmina envolta em sorrisos. A menção à AMA fez o rosto de Soren contrair; um tremor involuntário percorreu-lhe as mãos. As lembranças — ainda que ele as negasse — cintilaram por trás de suas pálpebras, imagens que Sorun parecia querer arrancar e esfregar na cara do mago.
— Nós não fizemos nada! — Soren engasgou entre soluços. As lágrimas surgiram sem cerimônia, molhando o rosto corado de quem, por dentro, se desfazia em culpa. — Foi você. Você fez tudo aquilo. Eu... eu não tive nada a ver!
Sorun aproximou-se, cada passo perfeitamente calculado. Havia calma em sua carranca, uma tranquilidade predatória, como o olhar de um predador que saboreia o medo alheio.
— Soren, Soren, Soren — repetiu ele, quase em roda, a cadência pesada como um mantra. — Você não me escutou? Então vou repetir, já que você adora a minha voz... Mentiras. Nunca. Duram. Para. Sempre.
As palavras caíram, separadas, como pequenas lâminas de gelo. O ritmo deliberado foi feito para dilacerar.
— Já basta.
A ordem veio de forma brusca, cortando o ambiente como uma lâmina limpa.
Todos voltaram os olhos para Anastasia; a moça que, até então, pairava com uma compostura estudada, agora estava visivelmente alterada. Seus olhos, vermelhos como brasas prestes a apagar, transpareciam algo além da fúria: havia ali a presença clara e dominante de alguém que não admitia desordem.
Varelith estava falando.
A voz que ecoou pela mente do grupo não residia apenas nos lábios de Anastasia — era profunda, vasta, como um salão de pedra — e impunha silêncio absoluto. Não havia necessidade de mais palavras; a autoridade impregnava o ar, e cada um sentiu o peso da decisão que ela podia tomar.
— Se o senhor continuar com essas provocações, senhor Sorun, acabarei me irritando. Se isso acontecer, será usado como exemplo.
A ameaça estava enquadrada em voz calma, mas o tom era inequívoco. Havia promessa e punição na mesma linha.
Sorun murchou na hora. A bravata que o alimentava desfez-se num vislumbre de medo genuíno, visível na rigidez dos ombros e no brilho incerto dos olhos. Sem ousar desafiar mais, recuou alguns passos e se colocou discretamente um pouco atrás de Anastasia, como se a sombra dela pudesse, enfim, cobrir-lhe a audácia.
Quando o rubor vermelho deixou os olhos de Anastasia, sua expressão retornou a uma serenidade estudada — voltara a ter controle sobre o próprio corpo.
— Viktor e Sorun estiveram em Shenxi. — A afirmação foi direta, sem rodeios.
Aquelas palavras valiam por mapas de ações; eram pequenas confirmações que, juntas, formavam um quadro maior e inquietante.
— E quanto a você, Anastasia? — Erina interrompeu, o desafio em sua voz mais sutil. Ela queria verdade.
— Não. Eu não — A resposta veio contida, com um traço de obstinação que tentou se camuflar em obediência. — Minha mãe queria encerrar com vocês de uma vez por todas, enviando minha irmã mais forte.
— Então por que você apareceu? — perguntou Sebastian avançou, magoado e traído. — Por que tentou ser nossa amiga?
— Eu... Estava coletando informações. Varelith queria saber quem vocês eram. Ter certeza de que eram pessoas boas ou más.
A justificativa soou como protocolo; uma explicação planejada para domesticar a curiosidade do grupo.
Anastasia tentou manter a voz neutra, sem ceder ao embaraço que mordiscava a base de sua garganta.
— E por que isso? — Xin riu, um som que começou pela incredulidade e terminou em algo ácido. — As pessoas em Shenxi eram ruins por acaso? Elas mereciam morrer? Todos? Até mulheres e crianças?
A pergunta de Xin cortou o espaço, para muitos, representava uma dúvida moral, crua. O riso que saiu de sua boca tinha um tom de histeria contida — mistura de tragédia, ironia e revolta — e pousou como um lembrete de que, por trás de planos e ordens, havia vidas e consequências.
Anastasia mostrou-se claramente desconfortável. Procurou palavras que não traíssem julgamentos, que não abrisse fissuras maiores em seu argumento.
— Não cabe a mim julgar as decisões de minha mãe. Apenas sei que foi por um bem maior. — falou frio, tentando revestir a afirmação de uma espécie de lógica inquestionável.
Aquele argumento, porém, não aterrissou como esperado. Foi o suficiente para Xin começar a rir, histericamente.
A paciência que Erina sustentara até então se esvaía; para ela, cada palavra trocada ali não passava de um atraso doloroso, uma fritura lenta que ampliava o risco e o tempo de suas próprias vidas.
— Varelith, o que você quer? — perguntou Erina, diretamente. — Não vá se esconder atrás de sua marionete.
Anastasia suspirou, longo e resignado, como se algo a puxasse de volta para um posto que não era inteiramente seu. Era um suspiro de rendição, de abandono momentâneo da própria vontade.
A postura mudou ligeiramente: as feições que haviam mostrado fragilidade recuaram, e algo mais antigo e calculista assumiu o controle. Era o momento em que a marionete permitia que a dona puxasse os fios.
A simples mudança no porte, no jeito de respirar, bastou para que todos percebessem — novamente — que ali havia, na verdade, duas presenças distintas. Anastasia, sendo a marionete diplomática; e Varelith, que vinha junto como uma sombra mais densa, uma entidade capaz de manipular o ambiente com a frieza de quem comanda tempestades.
Quando Varelith se manifestava, o ar parecia ficar mais denso, como se a própria respiração da terra se tornasse mais pesada.
— Quero dar a vocês uma última chance — disse Varelith, cada palavra uma pedra lançada num lago já turbulento.
Dessa vez, nenhum questionamento. O grupo inteiro, por instinto de sobrevivência, decidiu ouvir antes de reagir. Era prudência; era a tentativa de medir até que ponto a oferta era armadilha ou redenção.
— Desistam desta jornada sem sentido. Voltem para o início de tudo. E esperem até que eu possa reconstruir esse mundo, para que finalmente se torne um paraíso para todos vocês.
A promessa soou ampla, quase messiânica. Havia em suas palavras uma visão de reconstrução total, de apagar o quadro atual e substituí-lo por algo absoluto.
— Você fala como se realmente tivesse essa intenção — retrucou Kenshiro, cerrando os dentes.
— E eu tenho — Varelith respondeu com frieza curta.
— HA! — Explodiu o espadachim — Uma pessoa que assassina Heróis; invade casas no meio da noite; utiliza os corpos de crianças mortas apenas como marionetes... Com certeza não existe nenhuma boa intenção em você.
Varelith permaneceu imóvel, não cedeu à provocação. Continuou a encarar Kenshiro como se estivesse lendo um mapa de ódios que lhe era conhecido.
— Além do mais — disse Zhen, tentando ancorar Xin, cuja respiração vacilava —, para alguns de nós, não existe mais um lar para a gente retornar. Então só nos resta seguir em frente. Graças a você.
As palavras do monge foram firmes, carregadas de uma verdade amarga.
Quando Zhen elevou o olhar, encarando Varelith com toda a determinação que o habitava, seus olhos brilharam como dois sóis interiores, um ouro que cortava a penumbra do local.
Interessada, Varelith inclinou-se ligeiramente em direção ao monge. Havia curiosidade no gesto, como se ela, por detrás de sua crueldade, colecionasse particularidades que a divertiam.
Xin começou a tremer, a presença de Varelith era para ele como um frio que vinha de dentro para fora, uma memória de dor que jamais sarara.
Por outro lado, Zhen manteve-se calmo, impassível à tentativa de intimidação; os anos de disciplina mostravam-se agora como uma couraça firme. Levantou-se, firme, e encarou-a de frente, sem recuar.
— Então era verdade. É mesmo filho de Budai — Varelith murmurou, avaliando-o de alto a baixo com olhos impressionistas. — Imaginava que tivesse apreendido um pouco de sabedoria com ele.
— E eu aprendi.
— E mesmo assim, ousa querer me enfrentar? — Varelith aproximou o rosto, quase tocando o de Zhen. O ar entre os dois ficou elétrico. Seus olhos, dando aulas de frieza, encararam aqueles sóis dourados sem receio, num teste de vontade. — Então me diga: quais são as chances de vocês me derrotarem.
— São inferiores de 1 contra 1.000 — A resposta veio de pronto, sem hesitação, como se contivesse tanto o reconhecimento da disparidade quanto a certeza do preço que pagariam por isso.
Varelith sorriu, involuntário, um movimento que continha mais desprezo do que humor. Recuou alguns passos, triunfante no interior do gesto.
— Então significa que há uma chance — disse Erina. A determinação em sua voz era inabalável; não aceitava probabilidades como sentença final.
Pela firmeza daquela palavra, um a um, os subordinados começaram a pegar suas armas do chão. Havia uma diferença clara entre a vontade de atacar livremente e a de obedecer; eles agiram com disciplina — ninguém ousaria iniciar um confronto sem uma ordem definida.
O gesto era um ritual: prontidão sem precipitação.
— Já terminou de conversar? — perguntou Erina, segurando seu escudo como se fosse a extensão de um juramento. — Acredito que já sabe o que está por vir.
— Certamente... — Varelith respondeu, a concordância mais uma peça do tabuleiro que continuava a se mover.
Varelith se desfez, permitindo que Anastasia voltasse. O retorno da marionete trouxe de volta a figura que conheciam — a jovem que tanto poderia ser doce quanto calculista, agora recobrando sua fragilidade estudada.
Com lágrimas nos olhos, Anastasia encarou Sebastian como quem executa uma despedida adulta, lenta e pesada. Havia em seu olhar a mistura de pesar e dever — como se cada fio de afeto tivesse sido medido contra uma necessidade maior.
— Se é o que vocês desejam... — disse, a voz tremendo levemente de contragosto. — Eu peço apenas que façamos de uma maneira organizada.
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