Volume 2 – Arco 12

Capítulo 121: "Phareon"

O velho retomou a caminhada, seu cajado marcando o chão em intervalos ritmados, e o grupo o seguiu pela vila, agora transformada em cidade, enquanto ele narrava sua história com o mesmo orgulho de quem conta a própria vida. 

— Nossa vila... — começou ele, olhando ao redor com ternura. — Antes não tinha nome. Éramos apenas um punhado de trabalhadores vivendo nas sombras do Farol. Mas quando a cidade enfim floresceu, demos a ela o nome de Phareon, em homenagem àqueles que nos deram origem: os Phareos. 

Ele parou diante de uma praça decorada com guirlandas coloridas, observando os aldeões que erguendo barracas e mastros. 

— Os primeiros a chegar foram os mercadores e banqueiros. Vinham com promessas de prosperidade e olhos cheios de ganância. Mas ao perceberem que aqui não havia nada para vender, nem ouro a acumular, partiram no mesmo dia. 

O ancião balançou a cabeça, rindo com um leve tom de ironia. 

— Foram eles os primeiros a espalhar boatos... — continuou. — Diziam que Phareon era uma terra amaldiçoada, inóspita, fadada à falência. Chamavam-nos de tolos por permanecer. 

O grupo caminhava devagar, observando cada detalhe. Os telhados floridos, os rostos sorridentes, o ar de contentamento. 

— Para onde eles foram? — perguntou Xin. 

— Para uma cidade distante — respondeu o velho, sem olhar para trás. — Uma tal de Altunet, a “Cidade Dourada”. Dizem que tudo lá brilha...  

O grupo trocou olhares silenciosos, sabiam do destino que tiveram, fosse na nobreza ou na pobreza que lá havia. Não viram razão de dar a notícia do ocorrido. 

Eles cruzaram uma rua repleta de oficinas. Homens e mulheres poliam ferramentas, afiavam lâminas, construíam móveis, tudo em perfeita sincronia. Nenhum barulho destoava. Nenhum rosto parecia cansado. 

O ancião prosseguiu, animado: 

— Depois deles, vieram os ferreiros e marceneiros. Trabalhadores duros, gente simples. Construíram as primeiras moradias com as próprias mãos e trouxeram suas famílias. Planejavam ir e vir entre Phareon e as grandes cidades, mas logo descobriram que não precisavam mais sair daqui. 

Quando os caçadores chegaram, quiseram trocar carne por abrigo. E foi então que algo belo aconteceu. Aprendemos a compartilhar. Sem moedas, sem contratos, sem barganhas. Apenas... dar e receber. 

Ele ergueu o olhar ao céu, como se visse algo muito distante dali. 

— Em um lugar onde a moeda deixou de existir, a ganância perdeu o sentido. A cobiça desapareceu. E com ela, a necessidade de acumular. 

Erina observava os moradores sorrindo, trabalhando em conjunto, como se todos compartilhassem o mesmo pensamento, o mesmo compasso. 

— E tudo isso... se manteve até hoje? — perguntou, com sincera admiração. 

— Claro, minha jovem! — respondeu o ancião. — Quando as primeiras fazendas começaram a produzir o bastante para alimentar a todos, a carne tornou-se um luxo reservado apenas para as festas. Por isso... nunca deixamos de festejar. 

— Vocês vivem em festa? — perguntou Zhen. 

— Sim! — disse Amosek, sorrindo, como se fosse a resposta mais natural do mundo. — A alegria mantém a alma desperta. E nós devemos celebrar a cada dia em que o Farol ainda brilha. 

O grupo permaneceu em silêncio. 

A atmosfera demasiadamente leve dava a impressão de terem embarcada em outro mundo. Afastado de toda corrupção e intrigas que existiam nas demais civilizações. 

Nem mesmo o farfalhar das árvores destoava da harmonia. 

— O mais curioso — retomou o ancião, com um brilho no olhar —, é que a natureza aprendeu a conviver conosco. As feras não nos atacam. As colheitas nunca falham. O clima nunca muda demais. É como se Phareon e a natureza tivessem aprendido a respirar em conjunto. 

O grupo observava aquela aparente utopia. As flores balançavam em sincronia, o vento soprava suave e cálido.  

— Senhor — chamou Kenshiro, aguardando até que o Ancião terminasse sua longa explicação sobre a vila —, poderia nos contar um pouco mais sobre o Ren? Sobre quando ele chegou aqui? 

O velho piscou algumas vezes, surpreso com o pedido. 

— O juiz, vocês dizem? O que desejam saber, exatamente? 

— Tudo que for possível — respondeu Erina, com suavidade e firmeza. 

O Ancião levou a mão à barba branca e longa, enrolando-a entre os dedos. Fechou os olhos por um instante. Vasculha lembranças antigas, adormecidas no fundo da mente. 

— Hmmm... sim, lembro-me bem daquele dia — começou, com voz arrastada. — Era apenas uma criança... vagando sozinha pela floresta. Sete dias e sete noites, sem companhia alguma além dos animais. Dormia sob as árvores, bebia da chuva e tentava, incansavelmente, abrir a porta do Farol. 

O grupo ouviu em silêncio.  

— A torre, claro, já existia — continuou o velho. — Mas os Phareos haviam partido em uma missão diplomática, e o Farol estava trancado. Ninguém podia entrar. E o vilarejo... bom, o vilarejo permanecia oculto por nossas ilusões. 

— Ele não percebeu vocês? — perguntou Gurok, franzindo o cenho. 

Oh, não! — Riu o velho, divertido. — Não precisávamos esconder-nos ou suspender nossas vidas, se é que entende. Ele passou bem diante de nossas casas! Mas com as fachadas transformadas em rochas, arbustos e troncos ocos, ele acreditou estar apenas... atravessando a floresta. 

Kenshiro se inclinou um pouco, intrigado. 

— E o que aconteceu depois? 

— Certo dia, os Phareos voltaram da viagem. O garoto se apresentou a eles com um bilhete. Dizia vir de um herói imperial, pedindo auxílio. Parece que buscava alguma resposta dentro do Farol do Saber, entre seus diversos pergaminhos e livros. 

O velho soltou uma risada rouca. 

— Tivemos de revelar a vila. Ah, vocês deviam ter visto a cara dele! Ficou furioso. Gritava que tínhamos brincado com ele o tempo todo! Hahaha! Criamos até um festival em sua homenagem, só para zombar da situação. 

Alguns riram junto. Até Sebastian deixou escapar um sorriso nervoso. 

— Ele chegou a dizer o que procurava? — perguntou Erina, o olhar sério e atento. 

O Ancião abriu um meio sorriso. 

— Lamento, minha jovem, mas não sou homem de xeretar nos segredos alheios... e você também não deveria ser. 

Antes que ela pudesse retrucar, ele prosseguiu, animado: 

— O garoto ficou. Passou a viver entre os Phareos, a aprender com eles. Com o tempo, tornou-se mais sábio, mais forte... e, eventualmente, o nosso Juiz. 

— Juiz, é? Isso não é pouca coisa — disse Gurok, cruzando os braços. 

— De fato, — acrescentou Fox. — No Império, os heróis imperiais são os “juízes”. 

Ora — retrucou o velho, abrindo um sorriso orgulhoso —, vocês acham que fizemos uma escolha errada? Hahaha! Nosso juiz é justo, corajoso e poderoso. E, por causa dele, ganhamos o direito de celebrar um festival de três dias inteiros! 

— Vocês realmente gostam de comemorar tudo, não é? — perguntou Xin, incomodada. 

— E o que há de errado nisso? — perguntou Amosek, aproximando-se dela com um brilho jovial nos olhos. 

Antes que Xin pudesse reagir, ele segurou suas mãos e, com uma leveza surpreendente para a idade, puxou-a para o centro da rua. 

— Vamos, menina! Não se vive apenas de perguntas! 

De repente, uma banda começou a tocar um ritmo alegre, os tambores e violinos despertando risadas e palmas. O ancião rodopiou com Xin, e logo outros aldeões os imitaram. Casais formaram-se. Crianças correram entre os adultos. As bandeirinhas coloridas tremulavam, acompanhando o compasso da música. 

Erina e Kenshiro se entreolharam, era impossível não sorrir.

Mesmo Fox, que raramente se deixava levar, sentiu o corpo balançar discretamente no ritmo contagiante. Entretanto, algo fez sua expressão endurecer. Procurou algo pelos arredores, recuando alguns passos até desaparecer.

Claro, ninguém percebeu sua saída. Estavam distraídos por tanto entusiasmos.

O ancião, ainda dançando, ergueu a voz: 

— Temos muito a celebrar! Temos saúde, comida, bebida e alegria de sobra! Dançar, sorrir e viver, qualquer coisa que não seja isso deveria ser considerada um crime! 

E então, em perfeita sincronia, como se tivessem ensaiado, todos os aldeões gritaram em uníssono: 

— Vamos nos divertir até cair! 

A frase ecoou por toda a vila, repetida, vibrante... hipnótica. 

Por um instante, Xin jurou ouvir o eco daquelas vozes se repetindo de forma errada, como se viesse de múltiplas direções, ou de bocas que não se moviam mais. 

Mas quando piscou, tudo voltou ao normal. 

O sol brilhava. As risadas continuavam.  E a música parecia cada vez mais bela. 

“Acho que devo ter ficado tonta...”, concluiu para si mesma. 

Ainda que de maneira desajeitada, o grupo tentou participar daquela festança. Nenhum deles sabia exatamente como começar: alguns observavam, outros se encolhiam, sem saber se deviam rir ou se envergonhar. 

— Não sejam tímidos — disse uma voz familiar. 

Ren. 

Ninguém o havia visto se aproximar, mas lá estava ele, misturado à multidão, como se sempre fizesse parte dela. 

— Acreditem — Acrescentou com um leve sorriso —, é melhor aproveitarem junto deles... 

— Nossos equipamentos... — murmurou Erina, ainda desconfiada. 

— Não se preocupe — garantiu Ren. — Ninguém aqui vai roubá-los. 

Por um instante, pareceu que ele iria partir novamente, como de costume. Em vez disso, caminhou até uma pequena estalagem próxima. Abriu a porta com um gesto e, de lá, surgiu o dono do local, empurrando um carrinho de mão repleto de barris de cerveja. 

Não estava sozinho. Outros comerciantes vinham logo atrás, trazendo seus próprios tonéis e garrafas. Cada um oferecia a bebida que produzia com orgulho: cerveja, vinho, licor, hidromel. 

O cheiro do álcool espalhou-se pelo ar, quente e doce, como uma promessa.  Fazia semanas que o grupo não sentia aquele aroma, e ele despertou em todos um desejo quase primitivo. 

Quando o hidromel começou a ser servido, Gurok não aguentou mais. 

— SIMBORA! — gritou, num rugido de pura felicidade. 

A passos largos, já largava sua pesada armadura platinada no chão.

Não quis copo, nem caneco: agarrou o barril inteiro e virou-o goela abaixo, bebendo como um viciado tentando aliviar a abstinência. 

— Brrrupt! TRAGAM MAIS! — berrou, ofegante e risonho. 

Os produtores de bebida o cercaram, encantados com o orc. Cada um queria ouvir sua opinião sobre o próprio produto — e Gurok, claro, não recusava nenhum convite. 

***

Mais adiante, quando as barracas de gincana foram erguidas, Takashi já estava no centro de uma delas, segurando um pequeno estilingue e mirando alvos de madeira.

Nem lembrava como fora parar ali, mas o olhar animado das crianças à sua volta, ansiosas para ver seu desempenho, o convenceu a continuar. 

Derrubava os alvos com tanta precisão que os pequenos gritavam e batiam palmas, rindo e pulando a cada acerto. 

***

Enquanto isso, Xin dançava — ou, ao menos, tentava. 

Presa em um labirinto de ritmos, que mudava sempre que uma nova música começava, o corpo dela se movia de forma quase descontrolada. Tentava sair dali, mas era impossível; o fluxo da dança a engolia. 

Sua vergonha crescia a cada passo, o rosto corado, o coração acelerado. 

Quando finalmente conseguiu se libertar da roda, foi puxada de volta por uma mão firme. 

Assustada, ergueu o olhar e uma das mãos, pronta para reagir. 

— Zhen?! 

O monge sorria, um sorriso tranquilo, e mais atraente do que ela gostaria de admitir. 

— Perdoe-me, senhorita — disse ele, inclinando-se levemente. — Não pude me conter. 

Xin ficou sem palavras. Antes que pudesse recuar, Zhen já a conduzia novamente, seus movimentos suaves e precisos, guiando-a pela melodia como se o tempo tivesse abrandado. 

E, pela primeira vez, ela não resistiu. 

Permitiu-se seguir o ritmo, esquecendo a vergonha, o cansaço e o medo — apenas por aquele instante.

***

Vaelis, sempre curiosa e gentil, tornara-se uma figura querida entre os donos das tavernas da cidade. Sua magia de gelo, antes usada em combates e feitiços de precisão, agora servia para criar pequenos cubos translúcidos que tilintavam nos copos. Os clientes se maravilhavam com o espetáculo discreto — o vapor das bebidas quentes se transformando em névoa fria, um contraste bonito, quase hipnótico. 

Foi assim, entre risadas e canecos, que acabou se aproximando de Gurok. O paladino tinha o costume bárbaro de não esperar suas bebidas esfriarem a tempo, até que Vaelis, com sua impaciência doce, decidiu mudar isso. 

— Vamos lá, garota! — gritou Gurok, erguendo o caneco como um troféu. — Dê o seu melhor trago! 

A maga de gelo arqueou uma sobrancelha, os olhos brilhando com o reflexo azulado de sua magia. 

— Está me desafiando, grandalhão? Muito bem, que os deuses não digam que fujo de um brinde! 

E sem hesitar, ergueu o caneco, o líquido espumando contra seus lábios. Engoliu o primeiro com entusiasmo, o segundo com determinação, e o terceiro com uma gargalhada que fez o ambiente inteiro vibrar. 

— Aaaahhh! — exclamou, limpando os lábios com as costas da mão. — Hic! Uma pena... que eu... fico bêbada tão fácil... Haha... Pode trazer outro! 

— É assim que se fala! — rugiu Gurok, batendo o punho na mesa. — HAHAHAHA! 

***

Enquanto o bar improvisado ecoava em risadas e brindes, Soren caminhava timidamente pelo pátio do festival, tentando se aproximar de Takashi, o arqueiro. A multidão o engolia; sua postura curvada e o andar hesitante faziam-no parecer menor do que era. Alguns aldeões até acharam que se tratava de uma criança perdida. 

Mas quando finalmente chegou perto o suficiente, Takashi se virou com um sorriso surpreso. 

— Soren! — chamou, amigável, segurando algo nas mãos. — Aqui, tenta você — Entregou-lhe um pequeno estilingue. — Fica chato quando só um acerta o alvo. 

— Eu... eu não sei — balbuciou Soren, recuando meio passo. 

As crianças ao redor, curiosas e excitadas, logo o cercaram. 

— Vai, tenta! 

— Você consegue! 

— Mostra pra gente, senhor Soren! 

Encurralado pela empolgação inocente, o mago respirou fundo e pegou o estilingue. Seus dedos tremiam levemente, mas havia algo reconfortante na textura lisa da madeira. Puxou a corda com cuidado, surpreso com a leveza da arma. E então soltou. 

O pequeno projétil voou pelo ar, riscando o espaço como um flecha. 

— Você acertou! — gritou o dono da barraca, batendo palmas. 

Por um instante, Soren ficou imóvel, sem acreditar. Depois, um sorriso tímido se abriu em seu rosto, e o grupo inteiro explodiu em aplausos. 

— Agora o próximo alvo! — alguém gritou, e ele riu, já mais à vontade. 

***

Sebastian buscava diversão de um tipo diferente e, como de costume, sem fazer nada. Gostava da quietude, do conforto das sombras e do som distante das risadas alheias. Encontrou um canto discreto perto da fonte, onde o murmúrio da água se misturava ao som das flautas do festival. 

Mas sua paz logo foi interrompida por uma voz trêmula e amável. 

— Com licença, meu jovem... eu poderia me sentar ao seu lado? — perguntou uma idosa de bengala, o rosto coberto por rugas delicadas. Os olhos, quase opacos, guardavam no mínimo um século de histórias. 

Sebastian sorriu, surpreso. 

“Jovem”, ela dissera. Ele, um vampiro. 

— Claro, minha senhora — Levantou-se e puxou uma cadeira melhor. 

Ela se acomodou devagar, soltando um suspiro satisfeito. 

Ah, como você é bondoso... — murmurou. — Sabe, você me lembra alguém do meu passado. 

— É mesmo? — perguntou ele, curioso. 

— Sim... alguém que também ouvia, sem pressa. Hoje em dia, ninguém mais faz isso. 

E ali, no canto esquecido da praça, Sebastian encontrou o tipo de alegria que sempre buscava: o silêncio preenchido por palavras sinceras.  

Enquanto a tarde chegava ao seu final e as luzes das moradias dançavam ao vento, ele se perdeu nas histórias daquela mulher. 

***

Kenshiro e Erina observavam seus subordinados se divertindo, interagindo com os moradores e deixando-se levar pelo clima contagiante do festival.

O sentimento de paz era tão intenso naquela vila que parecia ser físico, como se pudessem tocar o ar tranquilo que os envolvia. 

— Parece que eles são bonzinhos — comentou Ren, apoiado casualmente contra a parede mais próxima. — Mas duvido que vocês aceitariam pessoas de caráter duvidoso. 

— Isso era óbvio, não acha? — respondeu Erina, sorrindo. Ela estava sem armadura, e talvez pela primeira vez em muito tempo, parecia apenas uma mulher comum, relaxada. 

— Sim, é claro — Sorriu. — Desculpem por duvidar, por um instante. 

Virou-se então para a multidão, o olhar fixo nas luzes e na dança.  

— Deveriam aproveitar também. Não querem dançar um pouco? 

— E o que você vai fazer? — perguntou Kenshiro, entrelaçando os dedos aos de sua esposa. 

Ren sorriu de canto, aquele sorriso enigmático que nunca mostrava tudo o que pensava. 

— Agora, irei entrevistá-los. 

E partiu, misturando-se à multidão. 

Por um instante, o casal apenas o observou, sua silhueta sendo engolida pelas luzes e pelas risadas. 

Ironicamente, com toda a alegria que reinava, ninguém percebeu o repentino desaparecimento de Fox e Kaji. 

No caso de Fox, não era algo inédito. 

Ele tinha o costume de se afastar das celebrações, talvez para não se deixar afetar pela alegria alheia. Desaparecera assim inúmeras vezes, em Cenara, entre os Cavaleiros de Camelot, e agora, novamente. 

Era quase esperado. E, como sempre, imaginavam que ele acabaria voltando por conta própria. 

Mas Kaji... 

Este fora realmente esquecido, assim como a carruagem. 

Talvez porque, ironicamente, o elemental sempre fora o motivo de tantas festas animadas ao redor do grupo. E, pela primeira vez, uma celebração acontecia sem sua presença. 

Ninguém percebeu o vazio deixado. 

Ninguém notou a ausência da chama que dava cor às noites. 

Apenas o vento noturno, por um breve segundo, pareceu suspirar por ele. 

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