Bom Demônio Brasileira

Autor(a): Trajano


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 12: O início da jornada

Com o raiar do sol, Sea acabou por acordar. Seu primeiro instinto foi tapar a luz, queria ficar ali por mais tempo, mas no fim se levantou.

Diga-se de passagem, essa foi facilmente a melhor soneca que já teve. Ao seu lado, estava Safira, dormindo calmamente com um sorriso no rosto..

Devido o clima, ele chutou que era por volta das 7 da manhã

—Safira, acorda. Vamos partir hoje, né?

—naaaaa... Só mais 7 binutinhos....

—... Ser preguiçoso é o meu trabalho.

Mesmo a muito contragosto, ou talvez nem tanto, ele empurra com força a moça cama a baixo, fazendo um barulho bem engraçado.

*Poft*

—Eh? O quê!? Um ataque!?

—Amorzinho, você caiu da cama. Você realmente se move muito—disse com um tom agradável

—ah... Eu quero dormir... uu....

—Você que disse que tínhamos de acordar cedo, lembra!?

Ela olhou de relance, e no meio tempo deu uma forte encarada. Enquanto coçava o olho, apenas finalizou:

—Malvado.

...

Em pouco mais de 40 minutos, ambos tomaram banho, se aprontaram e guardaram os itens supérfluos na mochila. Por fim, saíram do quarto.

—Então, agora vamos nos encontrar com o rei para nos despedir ou tem mais alguma coisa?

—É permitido o acesso ao guarda roupa real aos invocados. Acho que vou pegar umas roupas lá...

—Prioridades em primeiro lugar, sempre, ein.

—Sim! Você está completamente certo.

...

Uma curta caminhada de 4 minutos e chegaram ao local.

Sea ficou encucado em como algo desse tamanho podia ser chamado de “guarda roupa”. É, pelo menos, 20x o tamanho da sua casa.

Ironias à parte, lembrava bastante o guarda roupa da Barbie.

—Você... Pode pegar qualquer coisa daqui?

—Sim! Volto logo.

—Certo. Vô esperar.

—Uhum!

Em poucos segundos seu corpo se perdeu em meio as diversas roupas. E, diga-se de passagem,bastante diverso.

Sea não havia reparado, mas esse mundo por alguma razão tem roupas e estilos iguais aos da Terra. Na verdade, têm alguns que ele sequer reconhecia.

Jeans, calças, roupas de extrema qualidade estavam ao seu redor. Mesmo sendo um mundo que aparenta ser do século XVIII-XIX, e mesmo que tenha magia, esses itens de qualidade nem deveriam ser passíveis de serem feitos!

Por uma dedução lógica, Sea concluiu que: Durante todos os anos de jogos, invocados das mais impensáveis linhas temporais de seu mundo foram trazidos para cá, e graças a isso, ensinaram conhecimento do mundo moderno, futuro, e passado, para esse

Olhando por essa linha de pensamento...Esse mundo está cabível a ter fábricas, carros ou coisas realmente futurísticas. E, acima de tudo, ele tem magia. Claro, isso é apenas especulação, mas ainda fazia suas pernas bambearem um pouco.

Mais uma vez seu olhar perdeu uma parte do seu brilho, um pensamento terrível passou pela sua cabeça, mas antes que se concluísse...

—Sea!

Aquela bela moça o parou.

Safira voltou com algumas roupas para si. Rapidamente ela entra em um provador.

Vendo tal cena, Sea se tocou de uma coisa: Isso parecia bastante um encontro. Não é, pela forma literal ou figurada, mas ele considerou, sim, em seu coração.

—Sea, ficou legal?—Disse a ruiva saindo do provador.

Isso foi um tanto quanto surpreendente. Dada sua personalidade, supunha-se que escolhesse algo extrovertido e arrogante, mas ela foi pelo lado contrário.

Ao sair do provador, usava: um top verde, que estava por baixo de um casaco cinza, de cor morta; e uma calça longa. Basicamente, roupas especiais para alguém correndo uma maratona.

Sea notou como a escolha foi horrorosa, mas nem um péssimo senso de moda conseguira destruir sua beleza.

—Você... vai usar isso, mesmo?

—Eu fico bem em qualquer roupa, portanto, praticidade sobre qualidade!—Tal resposta era bem sua cara.

Em meio as diversas roupas jogadas por lá, eles tomaram cuidado de levarem roupas para ambientes oscilantes;  desde uma montanha fria, a um deserto.

Pouco antes de sair, Sea visualizou o uniforme vermelho-azul de sua colega jogado sobre um colchão turvo. Em sua mente, ele pensou que pudesse ser utilizado para trabalhos de espionagem, então colocou na sua mochila.

Ele se convenceu disso, pois não queria refletir sobre que péssima pessoa é.

...

Deve-se dizer que Safira ficava melhor com uniforme, mas por algum motivo, roupas esportivas tornavam-na muito bonitinha,

—Eu realmente fiquei bem nessas roupas...?—Após o desastre, ela parecia estar caindo um pouco na real.

—Combina tão bem quanto coca cola e pizza.

—Uaah... pizza.

Sea se surpreendeu pela existência do alimento dourado de condimentos angelicais nesse mundo.

De acordo com Safira, teriam um almoço com a nobreza do país de Diocleci, onde eles estavam. Depois, ficarão alguns dias viajando, rumo ao castelo do mestre especialista.

Não foi muito difícil chegar ao refeitório, já que dessa vez havia alguém que realmente sabia o caminho.

—E você? Não vai trocar de roupa?

—Meh... tô de boa.

Contrariando sua amiga, Sea ficou de casaco preto, calça cinza, em um tom bem escuro. Não obstante, ele mesmo possui cabelo e olhos pretos. Um pensamento de “sou gótico?” passou por sua cabeça .

Enfim, entraram no salão. Diferente da outra vez, a mesa estava repleta de pessoas, a grande maioria possuía cabelos e olhos vermelhos, enquanto alguns possuíam laranja, amarelo etc. São frutos de casamento entre reinos, uma forma de firmar alianças bastante utilizada antigamente na Terra.

—Jovem invocado, Sea, como vai? E a acompanhante de Sea também, sentem-se.

O invocado até pensou em responder, mas já se esquecera do nome do rei, então optou por deixar sua ex-serva pessoal cuidar do assunto:

—Sim, meu rei.

Safira, por ordem do rei, senta-se ao lado da princesa, e a duas cadeiras de distância da rainha, que estava na outra ponta. Já Sea, põe-se ao lado direito do rei.

—então, Predo. Como é o invocado da vez!?—Questionava um nobre.

—sim, sim, ninguém disse qual o seu título, conta aí!—Exclama outro.

—Devo dizer que ele não parece ser muito forte...—Dizia um pessimista.

Por incrível que pareça, os nobres falam como iguais ao rei. Júlio parecia ser facilmente sociável, então isso não é, realmente, um absurdo.

—Vejam só, esse garoto é o maior gênio que já existiu em seu planeta, sem falar que é um grande conhecedor das mais diversas áreas! Reinos e Deuses curvam-se perante sua presença e palavras!

—Uau!—Todos se surpreenderam ao mesmo tempo.

Sea não pôde deixar de se sentir envergonhado devido as dezenas de olhares lançados contra si, ainda mais por serem frutos de um exagero.

...

Já no fim do banquete o rei se levanta e batendo palmas fala:

—Servas, tragam o candir.

—rei, o que é um candir?—Perguntou Sea, já com pé atrás da resposta.

—é uma bebida cultural do reino de Domicia. Exportamos para todos os países.

Sea se surpreendeu, pois não era o que esperava. Na verdade, um dos seus objetivos principais nesse mundo seria conhecer novas culturas e pessoa, portanto isso não parecia ruim.

Em poucos segundos todos na mesa recebem copos com um líquido estranhamente parecido com...

Vinho.

Álcool...  Sea não é do tipo que pensa '18 anos para beber', mas tinha quase certeza que era  fraco... Então ponderou sobre o assunto.

Um pouco antes de beber o candir... seus olhos foram de encontro a Safira. A atual figura não mais se comparava com a animada garota de manhã, pois agora estava toda vermelha, esparramada pela mesa.

Reunindo toda sua coragem, Sea toma tudo em um único gole!

*Sea, você deseja permitir a ingestão dessa bebida?*

“Atlas?”

*Opa, simplificando. Graças a minha benção por ser filho de Poseidon, eu sou imune a qualquer coisa prejudicial em líquido; venenos, álcool etc*

“Então porque me perguntou se eu quero permitir?”

*Tem pessoas que gostam de beber, Então achei melhor perguntar quando isso acontecer. Se você negar, a bebida será purificada e se transformará em água*

“Entendi... Purifique, por favor. Não posso pagar papel de idiota...”

*Certo.... Da próxima vez que isso acontecer não serei eu lhe perguntando, será uma voz automática. Tenho mais o que fazer. A propósito, sua existência é idiota*

E mais uma vez sua voz para de ecoar no subconsciente de Sea.

Em instantes, todo o salão foi tomado pelo cheiro de alcoól, e todos os nobres estavam bêbados.

Logo, vendo como todos estavam indefesos, Sea recordou uma das principais regras de ser um invocado: Não ter intriga com a realeza.

 

Notando que... A princesa parecia bem emburrada, Sea deu a volta, tentando pegar o caminho mais longo, para passar despercebido pelos alcoolizados.

Perto da cadeira da rainha, algo bem estranho acontece..

—Princeshaa...!—falou preguiçosamente a outra bêbada.

—U-u...uaaah!

Em um pulo que fez a cadeira de Safira cair, a própria voou pelo céu até derrubar a princesa real de seu assento. Ela foi, várias vezes, repudiada pela vítima, mas sua força não se comparava a essa praticante de magia, então nada pôde fazer além de gritar.

—Sai de mim sua... bêbada maluca!

—Princesha... eu te amo!

Do nada, Safira começou a esfregar sua bochecha contra o rosto da princesa repetidamente, ao passo que a abraçava com uma tremenda força.

—M-mamãe! Ajuda!—A rainha, vendo isso, apenas sorriu e assentiu. Isso estava sendo divertido.—Mainhêêêê!!! Buááá!—Ela começou a ter lágrimas em seus olhos, oriundos de vergonha e repulsa.

A relação das duas nunca foi boa, mas é incrível como o alcoól consegue mudar uma mente. Safira estava perceptivelmente alegre, dizendo “eu te amuu” bastante.

Sea se odiou pelo celular ter descarregado. Essa linda cena Yuri não poderia ser salva na nuvem...

Isso continuou por um tempo, até que a princesa sucumbiu. Agora, apenas restava Safira a abraçando, com sua cabeça no queixo dela. Seu rosto estava bem cansado.

Sea decidiu acabar com a brincadeira.

Ele segurou Safira pelo braço e a ergueu. Não foi muito difícil, devido seu estado quase inconsciente. Algumas servas vieram e levaram-na para fora, a fim de tomar um ar.

—O-obrigada...—A pobre princesa agradecia de forma solene, realmente grata por ter sido salva. Seu corpo estava encharcado de suor, assim como suas roupas. Pouco parecia com a egocêntrica princesa de sempre—Manhê...—Ela correu aos braços da sua mãe, um bom lugar para chorar.

De certa forma, Sea sentiu que ela não lhe causaria problemas. Na verdade, parecia ser facilmente manipulável. Se não aguenta sequer um pouco de assédio, jamais faria algo contra sua pessoa.

Ele tentou conversar com a rainha, mas ela nunca abria a boca. Apenas movia as mãos pelo ar. No fim, Sea percebeu que ela era muda, e deixou o assunto de lado. Aprender a linguagem de mãos desse mundo para falar com ela.

...

Às 12 o rei e os nobres estavam completamente bêbados... E não parecia que ia acabar logo.

—eles vão... Demorar muito?

—Se depender do meu pai eles vão até de noite... Você quer que eu chame ele?—A princesa, já recuperada, voltou a seu estado arrogante inicial. Ainda assim, já tinha perdido uma pequena parte do ressentimento contra Sea.

— sério? Não vai me enganar, trair, ou me roubar, ou algo do tipo?

—o que você... Pensa de mim? Tem sorte que eu sou bondosa o suficiente para não me irritar. Espera um pouco.

Um pouco irritada, a princesa se levanta da sua cadeira e vai até Júlio. Alguns segundos de conversa, seguido de uma cara decepcionada do rei.

—Humpf, fique sabendo que me deve uma, invocado.

—Era isso que queria...?

O barulho da conversa dos nobres é momentaneamente pausado pelas tosses do rei, a qual ele faz o possível para ser entendida como um pedido de silêncio.

Todos se calam e o rei, com as mãos na mesa, e com uma cara bem triste e vermelha fala para todos os presentes:

—Senhores, infelizmente o invocado está com pressa para partir, então peço desculpas a todos mas já temos que nos despedir.

Os nobres nem tentaram esconder a insatisfação em seus rostos, mas mesmo bêbados eles entendem que adiar para sair de tarde não é uma coisa boa, afinal, não eram iniciantes no ‘jogo dos invocados’

Todos se levantaram e saíram pela porta. O rei se aproximou do invocado e disse:

—Pegue sua garota e vá para fora.

O rei se distanciou, indo junto aos nobres pela porta.

—...Ah, Safira.

Lembrando da jovem esposa bêbada, Sea foi até seu encontro na varanda.

Logo ele a encontra sendo sustentada na varanda apenas com suas mãos. Seu rosto estava visivelmente vermelho, mas não tanto quanto antes.

Sua atenção tentou ser chamada, mas ela não respondia. Por mais que Sea colocasse sua mão na frente dos olhos dela, eles sequer piscavam. Ele pensou em cutucá-la, mas se fosse uma bêbada irritada, talvez jogasse-o de lá mesmo, do alto do castelo.

—Safira... Tá olhando o que?

—O céu é azul...?

—Sim... O céu é azul

—Por que o céu é azul?

—Porque ele reflete o mar...—Entrar em física óptica com uma bêbada não deve ser o aconselhável.

Eal reflete por um instante, e com um bocejo resmunga:

—Legal...

Seus olhos começaram a ficar trêmulos e as pálpebras a fecharem pouco a pouco, logo ela fazia o possível para ficar acordada.

—Ei ei, você pode dormir já já, certo?Eu peço uma carroça ou qualquer coisa, mas podemos ir?

—Sonu.

—Sim, sim, faço o que você quiser. Vamos, os nobres e o rei estão esperando.

Sea se vira e começa a andar para a direção que os outros burgueses haviam ido, mas logo nota que sua companheira não o seguia.

—Mão.

—...?

—Papai me dava a mão e... Não acho que consigo andar sozinha... urgh...

Ela vomitou na varanda.

Tal entendimento não é simples. É como explicar para uma tartaruga que um tubarão é uma boa pessoa. Sea já leu sobre vínculos familiares, mas nunca realmente os sentiu em carne e osso.

Eles cresceu tão normal que isso não lhe importava e, na sua lógica, também não deveria importar para os outros.

“Não sei qual a necessidade... Eu cresci tão normal...”

Mesmo não entendendo, uma coisa ele sabia: essa garota realmente tinha um passado, e isso é algo que ele colocaria na posição 4 de sua lista: Conhecer o sogro e sogra.

Só perdia para conhecer um dragão, uma garota com orelhinhas e rabinho de animal e ter uma peixeira mágica.

—Certo, tó.

A forma que ele segurava, e como ela andava, era bem infantil. Talvez pudesse ser visto como algo estranho mas...

Ele não se importava.

...

Agora, onde eles estavam parecia mais um terreno de treino. O solo não era retilíneo como o castelo. Algumas árvores se estendiam ao redor. No mais, pelo vazio, há uma carroça estilo Berlinda.

—Isso... Seria minha “carroça”?

—Sim, qual o problema? Simples demais?

—Não... Nem vou discutir.—Mente pobre não se acostuma com a riqueza.

O invocado logo colocou sua amiga na carroça, deitada. Ela parece ser feita a partir de material alcochoado, assim como espaço para dormir, tendo 1,90cm de comprimento por 70cm de largura.

Por trás da carroça, estava um muro bastante alto. Ele aparentava ser perfeitamente uniforme, tendo apenas algumas linhas pelo contorno, para diferenciar os tijolols.

—Dá pra passar por cima?

—Isso é um feito do próprio criador. Vários aventureiros já tentaram escalar, mas nunca conseguiram passar.—Dizia em um tom debochoso.—Enfim, pegue isso—Disse o rei jogando um mapa.

Sea apenas o guardou. Isso não seria de extrema relevância agora, sem alguém para traduzir. Teria mais tempo para ver isso depois.

—Certo... Agora pegue esse dinheiro, vai ajudá-lo um pouco na jornada. Não é muito, mas é de coração.—Declarava enquanto jogava um saco.

Mais um item jogado na mochila.

—uou, sempre quis aprender magia espacial modelo portal, mas eu não tenho afinidade... Bem, parece legal de qualquer jeito.

—Então, a Safira sabe bem sobre os locais do mapa... Não é?

—Minhas servas são bem educadas, todas sabem ler e escrever a língua humana!

“língua humana...”

—Pra ser mais exato... Quantas línguas têm esse mundo?

—Vejamos... Língua vampira, língua élfica, língua trimal, língua demôniaca, língua humanóide, língua anão, se bem que a última está em processo de extinção...

—Agora, por último.—Avisava o rei, com um dedo apontado para cima—O mestre especialista é para estar em um castelo, no meio de uma floresta. Quando chegarem na capital do setor perguntem onde é.

—Setor...?

—Setor, do centro, sabe?

—Não...?

—Ah... A garota te explica quando estiver sóbria... O que me faz lembrar, leve isso aqui.

Sea recebe mais um presente: Uma garrafa de Candir e 2 copos.

—Certo... Acho que está tudo pronto... Guardas, abram o portão!

Imediatamente uma pequena parte do grandioso muro, em forma de arco, começou a abaixar, é vísivel algumas correntes o segurando.O buraco tem, aproximadamente, 6 metros de largura, com uma altura de vários metros.

Como um amante de todas as culturas e religiões, Sea sempre lia histórias sobre tais portões, pode parecer meio ridículo, mas ele realmente tremia de empolgação só de pensar nas coisas estranhas, nas religiões, nas culturas, e principalmente nas pessoas que estava destinado a  conhecer nesse mundo.

—Bem, adeus, jovem Sea. Espero te ver logo

—Sem dúvidas!

Mais alguns minutos foram dados a Sea pois, como já se era esperado, ele nã teria ideia alguma de como conduzir uma carroça. Por isso, ele foi lecionado por algumas dúzias de minutos.

...

Depois de algumas horas, o sol já estava a se pôr, deixando o castelo para trás. O céu estva limpo, literalmente. Já era de noite, mas estrelas não apareciam, apenas o grande satélite branco.

Safira ainda dormia na cabine, com uma expressão prazerosa. Sea se deitou ao seu lado, com cuidado para não incomodá-la.

Esse foi o início da aventura de alguém que não estava destinado a ser um herói ou um vilão, apenas ele mesmo.

Ou, pelo menos, era o que ele pensava. Infelizmente, nem isso podia ser dito como correto.



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