A Saga de Hyan Fayfher Brasileira

Autor(a): A. F. Willians


Volume 1

Capítulo 19: Emboscada

 

 

 

Honestamente, se não fosse a necessidade da minha presença na cidade para resolver assuntos familiares, a muito tempo teria saído da Cidade de Eydilian, desejando assim visitar lugares especiais, aos quais me concederiam experiências valiosas, assim como acelerariam minha cultivação.

Quebra do Vento!!

E assim como estava conversando agradavelmente com Elise, senti uma sensação repentina de perigo, e sem perder se quer um segundo, agarrei Elise pelo braço, puxando-a para o meu peito, quando apressadamente puxei o escudo de suas costas, nos defendendo.

Impacto! Colisão!!!

No momento que o escudo foi estendido em nossa frente, duas flechas colidiram com precisão, ficando presas em sua estrutura.

— Covardes! Mostrem-se!! — Vociferei, reprimindo o meu descontentamento, enquanto abaixava o escudo, observando assim cautelosamente a plantação em nosso entorno.

— Haha! Pensei que uma pequena emboscada seria o suficiente para lidar com aventureiros do seu nível, mas quem diria… parece que vocês são mais esperto e capazes do que parece. — Riu descaradamente um homem, se levantando de dentro da plantação, segurando uma longa espada, apoiada imponentemente em seu ombro.

— Garoto! Vou ser gentil desde que é o nosso primeiro encontro, entregue seu anel interespacial, e deixe sua companheira para trás…

— Eu desejo alguma diversão, fazendo bastante tempo desde que saboreei uma nova mulher — proclamou o homem, dando um sorriso perverso em nossa direção, principalmente a Elise, lambendo os lábios desprezivelmente.

— Você…! — desembainhando enfurecidamente sua longa espada, Elise queria avançar, mas foi imediatamente impedida por mim.

— Não deixe ser provocada com facilidade, Elise. Acredito que tem dois arqueiros escondidos dentre a plantação, um passo em falso e isso acabaria por nos colocar em grande perigo. — Avisei severamente, vendo-a se recompor, me olhando em um tom de desculpas.

— Eu irei confronta-lo. Quanto a você, Elise. Se mantenha um pouco afastada, esteja atenta e protegida por seu escudo. E não se distraia! Os arqueiros provavelmente irão lhe alvejar, portanto, fique atenta as minhas ordens. — Ordenei, vendo sua compreensão.

Assim, vendo Elise naturalmente se afastar, suspirei internamente, quando olhei venenosamente para o homem em minha frente.

Por mais que Elise pudesse participar desse confronto, possuindo uma força e defesa acima da média devido a nossa técnica secreta, ainda não era uma despertada.

Assim, tendo muitas incógnitas que poderiam mudar repentinamente no processo de uma batalha, não queria lhe colocar em perigo.

Desta forma, fazendo a minha escolha, avançando calmamente contra o inimigo, me preparei para confrontar essas pessoas sozinho.

E ficando frente-a-frente com o homem, o mesmo me olhou com diversão; quando assim que me aproximei, uma flecha passou por cima de seu ombro, passando quase rente à sua própria pele, tentando pegar-me desprevenido.

Clang!!

Infelizmente, para o seu descontentamento, percebi de antemão as ações dos arqueiros, desviando facilmente sua flecha com o uso eficaz da minha lâmina.

— Oh! Eu não esperava que um mero garoto detivesse tal capacidade, impressionante… contudo, e sua companheira? — comentou cruelmente o homem, sinalizando com os dedos.

— Elise!! A sua esquerda!! — gritei abruptamente, sem tirar os olhos do homem, que olhou com surpresa, vislumbrando Elise bloquear precisamente as flechas em sua direção, se protegendo.

— Tsk! Não tem como vocês serem aventureiros normais… Diga, quem diabos é você? — perguntou o homem com desconfiança, tendo seu sorriso desvanecendo lentamente, não querendo assim ter problemas com uma grande família.

— Quem sabe? Desde que teve a audácia, você irá morrer definitivamente por minhas mãos, não tendo a necessidade de saber. — Bufei, vendo a raiva escancarada em seu rosto.

Sem mais palavras, nos observando cautelosamente por um momento, acabei investindo contra o homem, onde colidimos nossas espadas, forçando-me assim a recuar dois passos devido à grande força imposta em seu ataque.

Contudo, ignorando seu sorriso confiante, o meu objetivo não era feri-lo, mas medir sua força, onde em nossa curta troca, poderia perceber com precisão que o homem não detinha a energia carnal, mas sim a energia vital, uma agradável vantagem; caso contrário, poderia acabar tendo muita dificuldade ao enfrentar três oponentes simultaneamente.

Desta forma, suspirando em alívio, pronto para me concentrar em nosso confronto, acabei tendo um mal pressentimento, quando fiquei repentinamente alarmado, sentindo com meu sentido espiritual os dois arqueiros alvejando novamente Elise.

— Elise! Cuidado! Está vindo da direita desta vez!! — gritei, retirando minha adaga apressadamente dentre as roupas, acertando assim a segunda flecha, que alvejava maliciosamente sua parte inferior.

“Tsk! Malditas escórias!! Por mais que consiga ter uma visão de suas ações, preciso avisar de antemão Elise; que por sorte está protegida por uma boa armadura, caso contrário, não conseguiria me concentrar no combate”.

“Além disso, espero que suas ações não persistam, pois se tiver que apoiar Elise constantemente estarei definitivamente em desvantagem, por isso tenho que acabar com esse combate urgentemente, pois dois arqueiros podem complicar grandemente as coisas…”. Pensei amargamente, tendo um rosto sombrio.

— Hmpf! Eu não sei como você está descobrindo de antemão nossos padrões de ataque. Contudo, não se engane garoto, você vai definitivamente morrer. — Rosnou o homem, me olhando atentamente, quando um sorriso distorcido surgiu em seu rosto.

Irritado, não querendo ouvir mais suas bobagens, investi contra o homem que me olhava com cautela, quando levantei precisamente a minha espada, indicando golpeá-lo em um ataque vertical.

No entanto, no momento que o homem posicionou sua espada para aparar meu golpe, meus olhos brilharam, causando-lhe uma poderosa vertigem.

Surpreso, pego completamente desprevenido, aproveitei o meu ímpeto para mudar a direção da minha espada, quando girei abruptamente o meu corpo, usando a força giratória para mudar de um ataque básico para um ataque ondulante, cortando-o em diversas partes do seu corpo.

Infelizmente, mesmo confuso com a situação, o homem como se sentisse o grande perigo, suportou a dor causada em sua mente, assim como a fraqueza momentânea, quando apressadamente reajustou sua longa espada, protegendo diagonalmente seu corpo.

Desta forma, amaldiçoando internamente ao ver suas ações, sabia que meu ataque surpresa foi um fracasso, tendo a maior parte do dano causado sendo bastante superficial.

Entretanto, ainda não deixei minha investida, forçando-o cada vez mais intensamente, tornando sua respiração ficar cada vez mais ofegante.

E foi durante esse confronto, em meio a nossa troca de golpes, que nossos olhos se encontraram novamente, quando aproveitei a oportunidade para reativar outra vez a minha habilidade.

Choque! Vertigem!!

Atordoado novamente, troquei habilmente minha espada de mão, quando aproveitei do seu descuido para conduzir sua espada, quando girei meu corpo, me reposicionando habilmente ao seu lado, desferindo assim um soco precisamente em seu rosto, derrubando-o.

Baque!

Criando a oportunidade perfeita para matá-lo naquele exato instante, tendo diversas aberturas para terminar de uma vez por todas com esse confronto; duas flechas vieram em minha direção, fechando completamente as rotas que detinha para aborda-lo.

E sentindo o perigo, interrompendo o meu avanço; pulei apressadamente para trás, escapando assim das flechas. Contudo, devido a essa breve interrupção, só poderia observar resignadamente o homem aproveitando da situação para se recompor.

“Suspiro. Os arqueiros são um incômodo ainda maior que o previsto. Não poderei vencer sozinho essa batalha, também não posso prolonga-la, acabando por restar a última opção…”. Pensei resignadamente.

— Elise. Eu sei que pode parecer abrupto, mas terei que depender de você. Não consigo vencer esse homem com os arqueiros esperando de prontidão, eles devem ser exterminados — declarei seriamente.

— Eu farei…!! — respondeu Elise determinadamente após compreender o meu pedido, quando seus punhos cerraram com força, tendo seus olhos brilhando decididamente.

— Tudo bem. Tentarei ao máximo indicar sua posição. Entretanto, quando se aproximar do seu alvo, dependera totalmente de suas próprias habilidades. Por favor, volte em segurança… — proclamei, escondendo minhas preocupações.

— Hmm… eu voltarei definitivamente! — respondeu Elise, desembainhando sua espada, enquanto cortava completamente as flechas que estavam presas em seu escudo.

— Vá! Corra nessa direção, se apresse, o arqueiro está se posicionando, essa é a oportunidade perfeita. — Apontei, proclamando abruptamente, tendo Elise avançando imediatamente.

— Hmpf! Não vai ser tão fácil comigo aqui!! — gritou o homem, querendo interceptar Elise. Porém, rapidamente o parei, usando minha energia mental.

— Urgh!! Maldição!! Não pense que não consegui perceber seu truque! Se eu não fizer contato visual, então você não conseguira utilizar dessa maldita habilidade!! — Rugiu o homem, cerrando violentamente seus punhos, avançando raivosamente em minha direção.

Zombando de sua falsa confiança, acabei o atraindo com sucesso, quando desviei eficientemente do seu golpe raivoso, o contornando, quando desferi uma estocada em direção ao seu estômago.

Contudo, por mais que estivesse com raiva, seu julgamento ainda não tinha sido completamente perdido.

E desviando para o lado, o homem conseguiu se reposicionar, cortando horizontalmente em minha direção, onde levantei prontamente o punho de minha espada, erguendo uma postura defensiva, guiando desta maneira sua espada em direção ao solo, quando nossos olhos se encontraram novamente.

Dor! Vertigem!!

Aproveitando o momento, acertei o homem, quando virei em direção a Elise, que corria urgentemente na direção indicada, enquanto suas costas desaparecia rapidamente de minha visão.

— Elise! Vire-se mais para a direita, proteja seu peito da flecha, então se agache imediatamente!! — gritei, desviando por pouco da espada vindo em minha direção, sentindo por um fio a sensação de sua lâmina roçar o meu rosto, tornando-me a recuar apressadamente.

E seguindo urgentemente as minhas ordens, Elise defendeu desajeitadamente a flecha alvejando seu peito, quando deslizou pela terra apressadamente, sentindo uma flecha passar por cima de sua cabeça.

Desta forma, sem precisar ordenar novamente, Elise identificou o rastro deixado pela última flecha, adentrando assim o campo de plantio que quase a cobria completamente, protegendo assim a sua dianteira.

Vendo suas ações, sentindo-me um pouco ansioso, tudo o que pude fazer era observar suas costas desaparecendo; pois desse ponto em diante a vitória dependeria totalmente de Elise.

E mesmo que meu sentido espiritual pudesse parcialmente descobrir suas posições, desta distância, seria muito difícil auxiliar Elise, podendo muito bem atrapalhar sua concentração ao invés de realmente a ajudar.

Enfim, com o coração um pouco aflito, podendo somente confiar em suas capacidades, olhei com crueldade para o homem em minha frente, pois se quisesse ajudar apressadamente Elise teria que mata-lo de uma vez por todas, assim como atentar-me e perseguir o último arqueiro.

— Você é corajoso, Garoto. Mas pude perceber, sua companheira ainda não despertou, certo? — indagou o homem zombeteiramente.

— Realmente acredita que ela é capaz de enfrentar diretamente um verdadeiro cultivador? Acredita verdadeiramente que ela pode vencer? Hehe, acho que acabara por se decepcionar. — Provocou o homem, tentando assim destruir a minha compostura.

Avanço!! Tintilar!!

Ignorando sua provocação, avancei imediatamente, trocando assim um poderoso golpe, ao qual aproveitei da força repulsora para me afastar, quando rapidamente consultei meu anel interespacial, retirando um pequeno objeto.

Confuso, tentando descobrir rapidamente o que retirei do meu anel interespacial. Avancei novamente, quando arremessei uma bomba paralisante.

E diante seus olhos chocados, o homem reflexivamente tentou cortar o objeto; contudo, explodiu antes que pudesse tomar uma atitude.

Desesperado, confuso diante a nuvem de fumaça que o envolveu, o homem tentou se acalmar, quando focou sua concentração ao máximo, percebendo uma trilha sutilmente em meio a fumaça.

E esperando sua chance, percebendo que estava prestes a ser golpeado, o homem preparou seu contra-ataque, quando uma sombra avançou sobre sua posição.

Desta forma, desferindo uma estocada, o homem perfurou algo com sucesso, quando sangue escorreu por sua lâmina.

Satisfeito, exultante com sua vitória, o homem percebeu tardiamente que o sangue se tratava de um cadáver, quando rapidamente foi envolvido por um péssimo pressentimento.

E olhando nervosamente por seu entorno, procurando desesperadamente por indícios de seu inimigo, o homem sentiu repentinamente uma dor dilacerante em seu peito.

E abaixando o rosto, olhando para baixo, o homem vislumbrou uma espada perfurando seu peito, quando descobriu da pior maneira onde se encontrava seu inimigo, usando o próprio cadáver para camuflar sua aproximação.

Confusão!! Dor!!!

Perdendo vagarosamente a força em seu corpo, observando calmamente a nuvem de fumaça se espalhando, o homem perdeu sua capacidade de sustentação, quando se ajoelhou diante o jovem, sabendo obviamente que tinha perdido esse confronto.

Contudo, vendo aquele olhar desdenhoso, sentindo a dor dilacerante se espalhando por seu peito, todas essas circunstâncias o ajudou a recobrar a consciência, quando o homem persistiu valentemente, mesmo ferido, a tentar pegar sua longa espada.

E diante a cena, vendo sua impressionante vontade, honestamente, por um mero instante senti uma leve admiração.

Mas como poderia ser compassivo em tal momento? Relembrando de todas as palavras nefastas que saiu de sua boca, acabei reforçando minha determinação, quando agarrei firmemente o punho da minha espada, onde fiz um único movimento com toda a minha força.

Splash! Sangue!!!

Cortando seu braço direito sem qualquer hesitação, sangue espirou por minha armadura, quando observei silenciosamente o homem uivar miseravelmente, desabando em poucos segundo no chão inconsciente, tremendo instintivamente devido a dor avassaladora que envolveu seu corpo.

Wosh!!

E assim como cortei o braço do homem, uma flecha veio em direção ao meu coração na esperança de se aproveitar dessa pequena abertura.

Entretanto, acompanhando o entorno com meu sentido espiritual, estava preparado, quando usei eficientemente um dos meus braceletes para defender, olhando assim cruelmente em direção do disparo.

Avançando, sem dar um segundo olhar ao homem provavelmente morto, ativei ao máximo o meu sentido espiritual, percebendo inesperadamente que o meu segundo alvo, o arqueiro, estava repentinamente incapacitado.

Confuso, percebendo que recebi a oportunidade perfeita, apesar de não entender a situação em um todo, não deixei que a situação escapasse das minhas mãos, avançando apressadamente.

E conforme avançava, adentrando cada vez mais a plantação, cortei alguns ramos com cuidado, aos quais obstruíam a minha visão, encontrando assim o meu alvo, que estava ajoelhada, em muita dor.

E em um rápido vislumbre, estando um pouco surpreso, se tratava de uma jovem mulher, não tendo mais que seus dezoito anos de idade.

Assim, trajando uma armadura leve de couro, bastante apegada ao contorno do seu corpo, sua pele era a própria definição do ébano, tendo cabelos inesperadamente brancos, que chegavam na altura de seus ombros.

No entanto, o que chamava realmente minha atenção, era que estava tremula, contendo tatuagens desagradáveis, semelhante a correntes, que surgiam e desapareciam constantemente por seu corpo.

Surpreso, franzindo as sobrancelhas ao ver essas correntes, acabei interrompendo a minha espada, quando parei a poucos centímetros de seu pescoço, olhando-a fixamente.

E nesse momento, como se percebesse e sentisse as minhas ações. A mulher tentou ao máximo se mover, tentando desesperadamente o que podia para suportar a intensa dor, reagindo assim diante a morte eminente.

Entretanto, por mais que se esforçasse, tudo não passava de um esforço infrutífero, pois, por mais que se esforçasse, poderia encontrar diversas maneiras para tirar facilmente a sua vida.

“Essas tatuagens, mais precisamente essas correntes… nunca esperei encontrar uma escrava nesse lugar. Contudo, o que é esse sentimento, é estranho, parece que tem algo especial nessa pessoa, só não consigo dizer o que exatamente é esse sentimento…”.

“Espera! Esse cabelo, em conjunto com esse tom de pele… como é possível! Certamente essa pessoa é um membro do Clã das Sombras”.

“Hmm… Estranho, muito estranho, normalmente não teria compaixão por tais pessoas, mas parece que suas habilidades ainda não foram despertadas, que lamentável… tão jovem, mas sofrendo um destino pior que a morte…”. Pensei, tentando me decidir se deveria ou não a matar.

Arbustos! Farfalhar!!!

E em meio a minha indecisão, enquanto hesitava em tirar sua vida, um barulho estranho veio de repente em minha direção.

Em guarda, recuperando minha espada de seu pescoço, acabei por erguer prontamente minha postura de combate, me preparando imediatamente para um novo confronto.

Porém, o que surgiu em minha frente foi um escudo bastante maltratado, algo que estava perfeitamente familiarizado. E percebendo que se tratava de Elise, gritei apressadamente para que interrompesse seu arranque, quando usei minha espada para bloquear seu avanço.

Desta forma, conforme Elise se acalmava, não consegui evitar de sorrir grandemente em satisfação, sentindo-me verdadeiramente orgulhoso por sua conquista.

Entretanto, conforme seu escudo era vagarosamente retirado, senti meus sentimentos ondularem violentamente.

Afinal, diante os meus olhos chocados, percebi que seu braço esquerdo, onde seu escudo era apoiado, tremia nitidamente, tendo diversos ferimentos; aos quais, a partir dos ferimentos, conseguia imaginar as dificuldades que enfrentou, podendo assim representar um perigo a sua vida, caso Elise tivesse tomado uma decisão errada naquela breve momento.

Quanto ao seu braço direito, que deveria empunhar sua espada, estava ainda pior, estando pendurado sem qualquer força ao lado, tendo uma flecha penetrada em sua carne, onde o sangue escorria lentamente por sua pele.

Mesmo o seu rosto tinha um corte passando por sua bochecha, algo causado provavelmente por uma adaga, sem mencionar os outros ferimentos causados por seu corpo.

— Droga!! Elise, aqui, tome apressadamente! Esse é um elixir que irá ajudar com a recuperação de seus ferimentos, irei lhe ajudar imediatamente a absorve-lo. — Ordenei, retirando apressadamente o medicamento do meu anel interespacial, enquanto me preparava para retirar a flecha, aplicando também uma pomada regenerativa.

No entanto, por mais que me adiantasse em ajuda-la, percebi que Elise estava com um estranho humor. Na verdade, estando extremamente calma, Elise não parecia nem se incomodar com seus ferimentos, quase como não se importasse com sua própria vida.

E vendo sua atitude, percebendo que seus olhos estavam olhando penetrantemente para a mulher, acabei conseguindo sentir sua raiva, a indignação, assim como o indescritível ódio que se concentrava em seus olhos.

Suspiro!

Entendendo repentinamente sua atitude, lembrei que seus pais foram empurrados a morte devido a tais pessoas egoístas.

E após repreendê-la, ouvindo brevemente de sua vitória contra o arqueiro, terminei de aplicar o medicamento, quando observei seu olhar novamente se concentrar na mulher, que parecia já ter desistido de viver.

Desta forma, observando silenciosamente sua atitude, ciente que deveria levar Elise para um lugar seguro, me adiantei em frente a mulher, quando a agarrei rudemente pelo pescoço.

Surpresa, vendo minhas ações, Elise não disse nada, observando tudo em silêncio.

Quanto a própria mulher, tentou nervosamente se livrar do meu aperto; contudo, algo a infligia interiormente, deixando-a indefesa em minhas mãos.

Desta forma, convergindo minha energia mental, imbuindo-a forçadamente em seu corpo. Nesse instante, sua expressão mudou tremendamente, quando seu semblante expressou perfeitamente a dor agonizante que sentia.

E vendo o seu sofrimento; Elise somente franziu as sobrancelhas, observando-a enquanto começava gritar, incapaz assim de reagir diante minhas ações.

Porém, em um fenômeno estranho e completamente fora de suas expectativas, ressoando claramente pelo ambiente, sons de tilintar metálico ecoaram abruptamente de dentro do corpo da mulher.

E diante a perplexidade estampada em seu rosto, as tatuagens no corpo da mulher que se concentravam em seu pescoço, pulsos e tornozelos começaram a ondular visivelmente. Era como se estivessem colidindo com algo intangível, quando abruptamente começaram a se romper, desaparecendo.

Em um curto período, as tatuagens simplesmente sumiram, era como se nunca existissem a princípio, trazendo assim um óbvio alívio para a mulher, que ficou distraída e sem forças sob o meu aperto.

Baque!

Terminando de completar o meu objetivo, soltei o seu pescoço, tornando-a cair desajeitadamente no chão, estando evidentemente bastante fraca, quando tentou se mover, demonstrando assim uma expressão de incredulidade diante todo o ocorrido.

— Vamos retornar, Elise. Precisamos cuidar adequadamente de seus ferimentos, não é algo que devemos tratar levianamente. — Ordenei, vendo sua expressão complexa, e após olhar para a mulher tremendo visivelmente, Elise optou por não dizer nada, acenando sutilmente.

— Esp… Espera! Porquê? Porque me ajudar! Eu tentei mata-los! — Grunhiu a mulher, conseguindo levantar o rosto com grande dificuldade, olhando para a minha expressão solene com aquele inesperado par de olhos dourados.

— Hmpf! Por mais que não hesite em tirar a vida daqueles que levantam suas armas contra mim… você era somente uma escrava, alguém obrigada a seguir as ordens de seu mestre…

— Além disso… você já sofreu mais que o suficiente, não tenho vontade em tirar sua vida — declarei, percebendo uma pequena mudança na expressão de Elise.

— Porém, não se engane, se voltar a bloquear nosso caminho novamente, então irei matá-la definitivamente — expressei, emanando brevemente a minha intenção assassina.

Assim, sem mais nada a dizer, ignorando a expressão da mulher, indiquei a Elise para seguirmos em frente, retornando à Cidade de Eydilian.

 



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