Vida em Folhas Brasileira

Autor(a): Lucas Porto


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 4

 

Tudo ocorreu de maneira muito rápida.

Kishi estava se retirando da casa de Alissa quando notou algo pela janela. Tão leve quanto uma bruma, um homem com uma roupa azul escuro adentrou o local, sua veste cobria tudo com exceção dos olhos, não foi necessário pensar muito para concluir que se tratava de um ninja. Sua presença era quase nula, o que fez com que Alissa e seu pai só o percebessem na última hora. Ele colocou a mão na parte de trás do seu traje e retirou algo.

Um explosivo.

Kishi não teve tempo de fazer muita coisa. Sua mente ainda queria acreditar que tudo aquilo era uma alucinação, mas o ninja em sua frente o dizia o contrário. O explosivo foi lançado na direção do pai de Alissa. Ele apenas teve tempo de empurrá-lo com força para o lado e receber a explosão de frente.

Assim que colidiu com sua pele, o explosivo soltou uma grande quantidade de fumaça preenchendo todo o ambiente. A garota apenas viu a fumaça tomando conta de sua casa em questão de segundos. Tanto ela quanto seu pai estavam assustados e não sabiam ao certo o que fazer. O ataque surpresa havia os deixado desorientados.

"Calma, calma, calma", foram as palavras que ecoaram em desespero no cérebro de Alissa que focou sua visão tentando enxergar alguma coisa. Silhuetas, 4 delas. A mais próxima de si parecia estar agonizando de dor. Aquele é o Kishi. Duas das outras silhuetas corriam levemente agachadas na direção da silhueta de Kishi sacando algo que deveria ser uma espada. A última silhueta vinha em sua direção.

Seu pai caído no chão esfregava as costas das mãos em seus velhos olhos. Tentando limpar com sua pele enrugada, ele queria entender o que estava acontecendo e se apressava para recuperar a visão. A silhueta iria aproveitar a chance. Sacou o que parecia uma faca e estava preste a apunhalaram.

Alissa agiu.

Sacou sua própria faca e defendeu o ataque do ninja. O choque dos metais se colidindo fez o homem recuar alguns passos. Ela estava em uma boa posição, atrás da mesma seu pai se encontrava ainda agachado, o ninja terá que derrotá-la para o acertar.

Mesmo tendo seu golpe defendido, ele não parou. Apoiando seu peso em sua perna direita ele desferiu um chute com a perna esquerda em Alissa. Ela viu o golpe e com destreza se defendeu usando os braços, o impacto foi forte, sua postura se fragilizou por um momento, seu corpo estralou, as pernas fraquejaram e os músculos do braço rangeram como uma porta velha.. Mas ela não caiu, não poderia mesmo se quisesse.

Empurrando a perna do inimigo ela avançou, o ninja ficou surpreso com a garra da garota. Ele tentou parar seu avanço, fincando sua arma no pescoço dela. A fumaça agora estava desaparecendo e Alissa via os movimentos do ninja com mais clareza. Quando ela viu a kunai na mão direita dele vindo em sua direção ela segurou seu braço com a mão esquerda. Em um pulo ela jogou todo o seu peso contra o corpo dele, ao mesmo tempo perfurando sua barriga com sua faca.

Enquanto isso, Kishi rangeu os dentes irritado. Ele não conseguia ver nada, não sabia direito de onde os inimigos estavam vindo, ele começou a entrar em desespero. Seu desespero então abriu espaço criando um vazio, vazio esse que foi ocupado pelo Noredan e seus poderes; sua regeneração começou a trabalhar.

Seus olhos negros estavam curando suas feridas. Sua visão parcialmente abalada já conseguia distinguir algumas coisas. Olhando para os lados ele viu um raspão negro passando ao seu lado, logo em seguida olhando para frente viu duas silhuetas pretas se aproximando. São inimigos.
Ataques coordenados em um ritmo perfeito. Os inimigos lhe davam estocadas com suas espadas e a única coisa que Kishi pode fazer foi tentar se esquivar de maneira falha para que nenhum ponto vital fosse atingido.

De repente, ele sentiu algo duro em suas costas. Era parede da casa. Os ninjas aproveitaram da distração de Kishi, um deles usou as costas do aliado como plataforma para saltar mais alto e em um giro no ar, acertou um chute no peito dele, que por conta do impacto, o fez atravessar a parede atrás dele. Felizmente a parede se tratava de uma porta de shõji, portas essas que não são resistentes, seu material é facilmente rasgável o que o fez cair direto no chão do outro cômodo. Ele se levantou depressa e deu passos para trás, sua visão foi totalmente recuperada. Ele consegue enxergar novamente.

Em uma olhada rápida ao redor, Kishi notou estar na cozinha da casa. Ele não teve muito tempo para pensar, pois um dos ninjas que estava em sua frente correu em sua direção com uma espada curta de lâmina reta. O ninja desferiu um corte vertical seguido por um outro corte horizontal, ambos esquivados por ele.

Avançando, Kishi acertou um soco potente com seu punho direito. O ninja até defendeu o ataque, entretanto, a força descomunal que o Noredan lhe dava foi tanta que o ninja voou até uma parede, ao colidir com a mesma o ninja desmaiou.

O segundo ninja ficou perplexo com aquele que deveria ser um simples soco. Ele quase perdeu sua concentração por um instante, mas mantendo a mente calma formulou um plano. Ele correu na direção do alvo com um de seus braços levantados pronto para acertar um soco no rosto de Kishi que cruzou os braços de maneira defensiva.

Enganado, Kishi se surpreendeu quando o ninja se abaixou e fincou a espada em sua barriga. Uma dor horrível se espalhou por todo o corpo, ele cuspiu sangue de sua boca e irritado segurou o braço do ninja que portava a espada. Usando a outra mão, acertou um soco com o máximo de força que conseguia produzir no momento, o resultado, foi a morte do ninja por fratura craniana.

Kishi segurou a arma que perfurava sua pele, contando até três em sua mente, ele arrancou a arma e em seguida se ajoelhou. Ofegante, caminhou a passos lentos para fora da cozinha. Ainda segurando a arma ele voltou para o cômodo no qual estava e segurou a arma com ambas as mãos. Foi uma surpresa, no entanto ver que o outro ninja estava caído no chão. Morto. Ao seu lado se encontrava Alissa.

O ferimento que tinha acabado de receber estava se curando de maneira mais lenta que o normal, ele não se importou muito a princípio, o importante naquele momento era ver como ela estava..
Assim que chegou perto dela, se abaixou e a encarou. Seu rosto estava em choque pelo que havia acabado de fazer, em sua mente, um turbilhão de pensamentos se alastraram e colidiram entre si. Kishi viu que suas mãos estavam ensanguentadas e olhando para o corpo do ninja morto, a faca de Alissa estava fincada em seu estômago. Um ataque mortal.

— Alissa! Você está bem?!

Silêncio.

— Alissa! Vamos me responda! — exclamou, um amargo sentimento de culpa o acertou, ele sabia o quanto o peso de tirar uma vida poderia destruir a mente de alguém, foi um erro deixar Alissa entrar em combate. Porém aquele não era o momento de ficar se culpando, mais inimigos podiam surgir.

Alissa continuou em choque. Murmurando algo em tom baixo.

Sua visão começou a se fechar. O cheiro de sangue se impregnou e a fez arrepiar por toda a espinha. A audição ficou embaralhada, os sons das palavras de Kishi corriam, mas nunca chegavam até ela. Sua voz quis sair, gritar para o mundo sua dor, mas a garganta não permitiu a passagem, inconformada, a dor que sua voz carregava começou a derramar e se espalhar. A escuridão estava tomando conta de sua mente pouco a pouco.

Mas sua pele reagiu ao estímulo externo.

Um toque trêmulo, que assim como ela estava recheado de dor e culpa.

O simples gesto afastou um pouco a escuridão e deu passagem para que uma simples palavra entrasse.

"Pai" 

Seus olhos se mexeram e viram Kishi, lendo seus lábios, ela finalmente conseguiu entender o porquê de tanto alvoroço:

"Onde está seu pai?!"

"Onde está seu pai, Alissa?"

— Pai... O meu pai... Onde ele está? — Ela olhou ao redor preocupada e não viu nada, seu pai havia simplesmente sumido.

— Eu também não sei. Vamos sair daqui rápido antes que mais alguém apareça.

— Sim... Vamos.

Kishi ajudou Alissa a se levantar, juntos eles correram para fora da casa. Logo que chegaram na porta principal, assim que abriram e espiaram o lado de fora, ambos puderam ver mais dois ninjas e o pai de Alissa ajoelhado no chão.

Eles reconheceram um dos ninjas; com apenas os olhos à mostra, aquele foi o ninja que iniciou o ataque com a bomba de fumaça. Ele retirou a máscara e revelou seu rosto. Um homem de pele clara, cabelos negros como carvão e olhos afiados. Já em frente ao pai de Alissa estava um jovem com roupas simples se apoiando em uma lança dourada. Sua postura torta e seu jeito descontraído fizeram ambos questionarem se ele seria um ninja também.

Alissa tremeu o corpo vendo seu pai. Se por um lado ela queria sair dali, acabar com aqueles dois e salvar a vida de seu pai, do outro sua mente se lembrava do corpo morto do ninja caído no chão após ter sido perfurado por sua faca. Kishi percebeu seu estado e fazendo um sinal com as mãos mandou ela ir para trás. Ele cuidaria daqueles dois.

 

 

Amordaçado, o velho usava toda a sua força para tentar sair dali. Suas pernas fracas e derrotadas pelo tempo se recusaram a mexer um milímetro que fosse. Suando frio e pensando em sua filha, ele por um momento sentiu arrependimento.

Não, não ajudaria em nada sentir pena de si mesmo. O máximo que podia fazer era torcer para que aquele jovem chamado Kishi, que segundo sua filha, um exímio guerreiro, tivesse conseguido derrotar os inimigos e estivesse bem longe dali com ela. Essa mínima esperança era o que separava o velho do desespero.

— Então você foi mesmo um capitão... — Olú que estava na frente do pai de Alissa dizia quase num tom de deboche e insatisfação. — O lorde Hakuro disse que precisávamos tomar cuidado, mas não foi tão difícil assim cuidar de você. 

— Seu lorde está certo...

— Oh?

— Eu posso não estar em meus dias de glória, mas sei que a Lótus Vermelha nunca perdeu sua força! Continuamos sendo honrados guerreiros e pode ter certeza que iremos atrás da cabeça do seu fajuto líder!

A lança parou a poucos centímetros do pescoço do velho.

— Deveria ser mais cuidadoso com as palavras. Se exaltar desse jeito pode levar seu frágil corpo a óbito, senhor — provocou, Olú demonstrou uma seriedade que quase nunca era vista, Winike que estava a seu lado ficou surpreso por um instante quase não acreditando em tudo aquilo. — Ei Winike. Os soldados não estão demorando demais para voltar?

— Eles não pareciam estar tendo muita dificuldade com a garota e o outro homem, tem certeza que ele é o Noredan?

— Muita certeza! — Olú voltou a sua estadia comum e postura desleixada. — Eu o vi no torneio, Balar não teve a menor chance, foi demais.

— Eu lhe disse para não ir até aquele torneio idiota, mas você nunca me escuta. De qualquer forma eu vou averiguar a situação lá dentro, mate logo esse velho.

— Ordem dada é ordem cumprida capitão! — brincava sem comprometimento algum, ele colocou a mão fechada sobre o peito, ironizando a postura de respeito que os soldados da Lótus Vermelha sempre realizam ao receberem uma ordem. O pai de Alissa ficou irado ao ver tamanho desrespeito vindo daquele moleque.

A porta de shõji bateu com força.

Eles todos se surpreenderam com aquilo.

Kishi saltou pela porta e veio correndo em alta velocidade. Com a espada curta na mão, que ele havia roubado de um dos ninjas que os atacaram, o ninja só teve como resposta jogar uma shuriken em sua direção. Kishi rebateu o projétil e com a mão aberta agarrou o rosto de Winike e o jogou contra o chão.

Sem hesitar, ele cortou o pescoço de Winike que nem ao menos pôde dizer suas últimas palavras. 

Com o primeiro ninja derrotado, bastava mais um, olhou para frente e-

— Você não acha que isso foi um pouco brutal demais? — Tomou um susto ao ver o rosto do outro ninja a centímetros do seu, em uma reação automática saltou para trás ganhando espaço entre eles.
“Que rápido….”, era o que Kishi pensava naquele momento, se não fosse pela sua reação em último instante ele poderia estar morto.

— Ah Winike... Eu gostava tanto de você, eu sempre lhe disse que ser sério demais iria comprometer o desempenho do Ry, é uma pena que agora já é tarde... — Ele se virou para Kishi e deu um grande sorriso de felicidade que deixou Kishi confuso. — Eai parceiro! Você é um Noredan né não?

— Você sabe o que é um Noredan? —  perguntou para ganhar tempo, ele formulava um plano tentando encontrar alguma brecha no adversário para que a luta se resolvesse da forma mais rápida possível. Estranhamente ele se sentia muito exausto.

— Claro que sei! — Ele rodou a lança dourada e colocou atrás da cabeça brincando com a mesma. — Meu chefe tem alguns probleminhas para tratar com um dos seus, mas não sei direito o que é. Você conhece um noredan que parece um tigre? Uma besta elétrica?

— Não faço ideia de quem seja.

— Ah é uma pena... Você não está completamente unido né?

— Unido? Do que está falando?

— Ah você não sabe? Bem... Então não deve estar, isso facilita muito as coisas. — Tirando a lança da parte de trás do seu pescoço, Olú a rodou em suas mãos e em uma estocada perfurou a cabeça do pai de Alissa.

— NÃO!

— Sem distrações agora. Então vamos..

Kishi partiu em fúria e começou a atacar diversas vezes. Todos esses ataques eram esquivados e defendidos sem muitos problemas por Olú que se perguntava por que da mudança de humor tão drástica.

Conforme se esquivava, Olú fazia pequenos cortes em seu inimigo, nada muito fatal, apenas arranhões superficiais sobre sua pele e ficava surpreso ao ver as feridas se curando. Era uma habilidade incrível ele admitia em sua mente, se perguntava se todos os outros Noredan também tinham uma habilidade como essa, se esse fosse o caso eles dariam um grande trabalho. Olú suspirou ao pensar nisso.

— Pare de brincar comigo! — Após se defender de um golpe, Olú saltou para trás em guarda. Levantando uma das sobrancelhas ele tentava entender.

— O que foi?

— Como você pode... — murmurou, ele se virava para o cadáver do pai de Alissa e depois voltava sua atenção para Olú. Culpa e ódio preenchiam seu ser, arrependido de ter falhado em proteger os dois.

— Achei que você queria salvar ele, então o matei para evitar distrações durante a luta. Ótima ideia não acha?

— VOCÊ É MALUCO POR ACASO?! 

— Calma parceiro! Eu fiquei com medo de você fugir e a gente não poder lutar. Ainda bem que você é bem lento para perceber as coisas, não é? — Olú deu uma risada junto a um sorriso tranquilo. Irritado com as provocações, Kishi pulou para cima dele.

Algo cortou sua orelha.

Ele colocou a mão onde antes estava sua orelha esquerda. Apenas sangue e dor. Em desespero, se deu conta que alguns ferimentos que Olú havia causado não tinham se curado completamente e o mesmo valia para sua orelha que não dava nem sinais de que o sangramento estava parando.

Sua regeneração simplesmente parou.

— Opa, foi mal! — exclamou levantando a mão em um pedido de desculpas. — Eu queria perfurar seu olho, sabe ele é todo negro e tals fiquei com medo. Acabei acertando a orelha, mas relaxa, não vou errar de novo.

Se preparando, Olú fechou um dos olhos e começou a mirar no olho do seu alvo que estava perplexo. Seus poderes estavam sumindo e sem eles, não, mesmo com eles Kishi não sabia ao certo se venceria o combate.

Seu olho direito foi perfurado.

Não houve tempo de gritar. A lança fincou todo o corpo de Kishi em questão de segundos, quando seu cérebro assimilou a dor ele já estava cheio de buracos e imóvel. Suas costas caíram no chão. Sua boca começou a cuspir sangue.

Sua regeneração desapareceu completamente. A presença do Noredan em seu corpo aos poucos sumia sem deixar vestígio. Olú se aproximou do corpo de Kishi.

— Foi mais rápido do que eu pensei... Sabe eu comprei essa lança de um mercador charlatão, é uma lança horrível para se lutar, mas combina com você. Lixo deve ser morto por lixo. — Olú esperou uma reação de Kishi. Nada. O mesmo apenas ouvia zumbidos enquanto sua visão ia escurecendo.

Ele fincou a lança no coração de Kishi.

Sem batimento, a vida rejeitou o corpo e desapareceu.

 

 

Respirou fundo.

Deixou o ar preso nos pulmões por aproximadamente 4 segundos.

Expirou.

Após realizar esses movimentos várias vezes, finalmente Alissa conseguiu acalmar seu corpo. Suas pernas já não tremiam tanto. Escondida dentro de casa, ela queria que Kishi e seu pai surgissem  ali naquele instante, dizendo que tudo havia saído bem. Já se passou tempo demais, 30 minutos se não estiver enganada. E nada, decidiu sair do interior da casa e olhar a situação lá fora.

Se levantando devagar, caminhou silenciosamente para fora.

Após atravessar a porta, ela se deparou com três corpos caídos no chão. Não esboçou reação.

Ela caminhou. Passou pelo corpo de um ninja com a garganta rasgada. E viu o corpo de Kishi com uma lança perfurando seu peito.

Um pouco mais a frente estava o corpo do seu pai. Também morto.

Sempre foi difícil para Alissa pensar como ela se sentiria ao estar em frente ao corpo de seu pai. Imaginou inúmeros cenários. Tristeza, raiva, solidão. Infelizmente nada do que ela imaginou era como aquele momento.

Nada. 

Alissa não sentia nada. Ou ao menos não conseguia encontrar o sentimento certo para expressar aquela dor.

Se ajoelhando no chão, ela forçou que as lágrimas saíssem; mas as mesmas se recusaram. Ele não conseguiu gritar, se mover. Ao não saber como se expressar sua mente quebrou em diversos cacos espalhados pelo chão.

Passos.

Se virou assustada para o lado e viu alguém alto se aproximando. Seu coração gritou de medo. As pernas ficaram inquietas querendo fugir. A escuridão da noite tampava o rosto do homem que agora parou de andar.

Sua voz se pronunciou tomando a liderança em frente ao resto do corpo.

— Quem é você?

— Meu Deus… O que aconteceu aqui… — Seus olhos se focaram em um dos corpos em particular.

— Não pode ser...

Ao ouvir o questionamento da jovem o homem se abaixou e como um pedido de desculpas disse.

— Eu me chamo Edo Sanju.



Comentários