Volume 1 – Arco 3
Capítulo 30: A Guerra Que Está Por Vir
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O som de carne e ossos sendo cortado pode ser ouvido a distância, Daidairo luta para se manter focado seguindo sua companheira atravessando as docas.
Em meio ao caminho, ao úmido ambiente com artigos de pesca espalhadas sobre o chão, Nohi que está a frente é surpreendida por uma figura que salta de trás de um ponto cego da parede a fazendo cair no chão com a pessoa em cima dela.
— Nohi! — grita Daidairo correndo para ajudar sua parceira.
Da mesma direção, outra figura encapuzada salta para cima de Daidairo, no entanto diferente de sua parceira ele percebe, girando seu grande martelo atingindo o abdômen dele, o fazendo ser lançando para o alto cuspindo sangue.
Nohi ao mesmo tempo flexiona seus joelhos, batendo com os dois pés no peito da figura que a atacou, o afastando rapidamente de cima de si, para em seguida apontar sua arma para ele disparando uma raio de eletricidade em seu corpo.
Abrindo um buraco fora a fora de seu corpo, que cai no chão sem vida, nem mesmo tendo tempo de reagir.
— Você está ferida? — questiona Daidairo estendendo a mão para ela.
Nohi bate na mão dele, afastando de perto de si se levantando sozinha, — Para onde foi o outro?
O som de objetos e caixas caindo é ouvido ao lado esquerdo deles, Daidairo e Nohi se recompõem perseguindo o som, percebendo ao chão rastros de sangue contínuo os levando até sua caça.
A figura exausta de correr cai no chão, começando a se arrastar, vendo todo seu tórax quebrado pelo golpe que recebeu de Daidairo.
— Desista, diga onde estão os outros Numens e lhe daremos um exorcismo rápido — diz Nohi, apontando sua arma em direção a figura caída.
— Pra que? para matar todo o resto... assim como vão fazer comigo? — responde o Numen tossindo em meio a sua frase.
Nohi ergue seu queixo em superioridade, — Sem nos contar ou não, todos os Numens que estão aqui serão exterminados de toda forma.
O Numen se vira para poder olhar para o céu, aceitando seu destino, com sangue escorrendo pelos seus lábios.
— Não!!! Se afaste!!! — Um grito ecoa vindo de alguns poucos metros de onde estão.
— Essa voz me parece familiar... — diz Daidairo, olhando para sua parceira.
— Vá conferir, deixa eu termino aqui — exclama Nohi, apontando sua arma ao Numen caído.
Daidairo concorda com um aceno, passando pelos dois correndo em direção ao grito ouvido, sem muita demora ele chega até uma espécie de armazém de carga, a porta da frente já está entreaberta.
Por fim ele entra empurrando a porta com força, se deparando com a cena que o fez arregalar seus olhos.
Ao chão está o corpo de um homem forte, trajado com as mesmas roupas que a sua, no entanto sem a cabeça.
Ao lado do corpo está uma jovem de cabelos pretos, chorando com um corte limpo em sua barriga, nesse exato momento ele pode perceber, a jovem é a Chiaki, e o homem morte é seu parceiro que teve sua cabeça arrancada.
O tempo parece passar mais lento para Daidairo, ele pode ouvir seu coração batendo de uma forma que nunca sentiu antes, ele vira seu olhar para frente, vendo a pessoa responsável pela morte de um dos seus.
— Ins...inspetor Daidairo, por favor... corra! — exclama Chiaki em meio as lagrimas com seu corpo tremulo.
A sua frente está um Numen, seu rosto está calmo e sereno, suas roupas estão rasgadas em trapos, mas acima de tudo, seu Bakemono ativo é como uma cauda com lâmina afiada como navalha em seu comprimento que sai de sua cintura.
— É melhor escutar sua parceira... ou vai ter o mesmo destino do primeiro — diz o Numen, movendo sua cauda em tom de ameaça.
— Consegue se mover ainda Inspetora Chiaki... — questiona Daidairo de cabeça baixa.
Ela pressiona suas mãos em seu corte com lagrimas em seus olhos, — Acho que sim.
— Nós vamos sair daqui, não se preocupe... — Daidairo encara o Numen com uma chama crescente de ódio em seus olhos — vou apenas fazer esse desgraçado sentir duas vezes mais a dor que sentiu.
O Numen demostrando a mesma intensidade, parte para cima de Daidairo com um pequeno salto movendo seu Bakemono como uma lança em direção a ele.
Percebendo tal movimento, Daidairo brandi seu martelo de baixo para cima batendo contra a cauda com tremenda força empurrando o Numen novamente para o alto.
Com um giro o Numen estende a perna tentando acertar um chute aproveitando o impulso dado pelo seu alvo, porém Daidairo de maneira preciso se move para o lado esquivando, vendo o golpe do Numen atingir o chão o rachando com tremenda força.
Os olhos de Daidairo se cerram, movendo seu martelo outra vez, fazendo o Numen bloquear com seu Bakemono que ao contato com a eletricidade do martelo cria uma faísca roxa que brilha ao ser lançada ao redor.
O Numen corre em direção as paredes, com o inspetor o perseguindo constantemente enquanto trocam golpes sem ser efetivo para qualquer um dos lados.
Por fim o Numen salta prendendo seu Bakemono na parede utilizando sua força para se manter no alto, em contrapartida Daidairo salta sobre os paletes pegando impulso ficando de frente para seu alvo no ar.
Surpreso pela força e agilidade de um simples humano, o Numen desce ao chão aproveitando o momento de ricochete de sua calda desprendendo da parede para enrolar na perna direita de Daidairo o puxando com tudo para baixo.
Ele pode sentir a lâmina do Bakemono do Numen penetrando sua pele, com a possibilidade de ter sua perna arrancada, deixando ser puxado por ele para evitar que isso ocorra.
O Numen move a cauda de um lado para o outro, fazendo Daidairo bater em caixas, paletes e até mesmo barras de metais por alguns segundos antes de ser lançado de uma vez em direção a um container o afundando dentro.
— Hunf, acabou — exclama o Numen, alongando seu ombro.
— Do que está falando? Esse foi seu melhor?
Surpreso o Numen volta seu olhar para o container que o jogo, vendo Daidairo lentamente se levantar em meio a ferro bruto que foi jogado com ódio em seu olhar.
— Eu nem senti.
— Como... diabos isso é possível? Você realmente é um humano? — questiona o Numen assustado.
— Sou a pessoa que vai te exorcizar — Em seus pensamentos Daidairo agora foca um único pensamento, “Ninguém mais vai morrer aqui”.
No exato momento em que deixou tal pensamento fluir, sua arma se transforma na foice com a lâmina tão grande quanto o cabo, correndo em um golpe de frente contra o Numen com toda raiva de seu coração.
Tomado pelo choque, o Numen ergue seu Bakemono para se defender, assim em um golpe limpo de cima para baixo, a foice bate contra a cauda fazendo um som agudo ser ouvido por todo ambiente.
O Numen salta pra trás em seguida, suspirando fundo em alívio por não ter sido atingido, — Merda, essa foi por pouco.
— Do que está falando praga? — questiona Daidairo, limpando sua foice suja de sangue.
Os olhos do Numen tremem ao olhar para seu Bakemono, que lentamente começa a sangrar caindo metade em um corte limpo, — O...o que?
Pequenas gotas de sangue em seguida se formam no centro do rosto do Numen, que lentamente começa a se abrir. Em desespero ele tenta pressionar as duas mãos em sua cabeça tentando não a deixar se abrir em completo choque.
— Morra.
Ao Daidairo dizer tal palavra, o corpo do Numen se parte ao meio em uma chuva de sangue.
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— Os Numen são fortes, resistentes e talvez alguns deles beira a um poder divino, mesmo assim nós matamos eles... porque os humanos têm algo que superam tais criaturas — diz Kaguya, ajeitando o óculos em seu rosto.
Do outro lado das docas, Kaori suspira olhando para seu parceiro, — E o que seria?
— A crueldade.
Kaori abaixa a cabeça em silencio, olhando ao redor do armazém vendo dezenas de corpos caídos sobre os pés de Kaguya, sendo homens, idosos, crianças e mulheres, enquanto o rosto visível dele somente demonstra apatia por tudo a sua volta.
— Animais e Numens são parecidos, eles matam e procriam pela sobrevivência, já humanos não fazem isso, por isso conseguimos matá-los, por nossa violência — diz novamente Kaguya, se aproximando de seu parceiro.
— O que está dizendo pode fazer sentido a sua loucura Kaguya, mas nós também lutamos contra eles por nossa sobrevivência — responde Kaori, abaixando sua arma.
— Eu já aceitei ser uma engrenagem desse sistema a muito tempo Kaori, não estamos lutando pela sobrevivência, mas sim pela nossa superioridade.
— Superioridade? Do que está falando?
— Uma raça semidivina, amada e escolhida pelos deuses, ela com toda certeza iria nos superar em uma constante evolução, nossos antepassados mataram seus semelhantes para serem os únicos no domínio, assim continuou sendo por eras e sempre vai continuar sendo assim.
Kaori cerra os punhos encarando seu parceiro, — Então você está me dizendo que todos que morreram antes mesmo dessa guerra começar, todas as crueldades que fizeram com os jovens que você treina no distrito zero, é por mera superioridade?
Kaguya se vira em direção a porta, sem olhar para seu parceiro, — Eles são os coringas dessa história.
— Coringas? Que merda você está falando dessa vez?
— Humanos lutam pela superioridade, Numens pela sobrevivência — Kaguya vira seu rosto levemente para o lado — Os coringas sãos os únicos que podem decidir o final dessa guerra.
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No dia seguinte no Distrito Independente, Erisu está caminhando na rua com ambas as mãos no bolso parecendo estar irritado com algo.
O distrito está mais movimentado do que o comum, mas isso não o incomoda, mas o que Erisu não esperava é ver alguém familiar se aproximando de si com um sorriso largo em seu rosto.
— Oh, se não é o grande Erisu — diz a voz grave do homem a sua frente.
— Hum? Quem caralhos é você?
— Vai dizer que realmente não se lembra de mim? Assim eu fico triste.
— Oh, você é o cara estranho do cassino.
— Me chame de Aoi por favor — Ele sorri, levando seu braço em torno do ombro de Erisu — A quanto tempo, seus músculos cresceram ein.
— Sai do meu pé chulé, me larga — Erisu empurra Aoi — se estiver procurando a Oinari ela meio que foi deixada de castigo pela Himeno.
— De castigo? Por uma humana?
— Err... uma longa história...
— Haha, mas não se preocupe com isso, eu não vim até esse distrito procurando por ela, mas sim eu vim por você — diz Aoi o encarando nos olhos.
— Que merda é essa? Já disse que não corto para esse lado porra!
— Acho que está entendendo errado... — O sorriso de Aoi se desfaz lentamente — temos assuntos a tratar, por isso preciso que venha comigo.
— Eu tenho quase certeza de que não tenho nada a tratar com um viciado em apostas como você, então não me enche — Erisu volta a caminhar sem ligar para Aoi.
— É sobre os abutres, como guarda costas da Oinari, esperava que fosse se interessar sobre isso.
Erisu para, virando seu rosto para o olhar entre os ombros, — Do que exatamente está falando?
Aoi estende os braços sorrindo, — Agora está interessado?
— Desembucha logo!
— Uma guerra está por vir Erisu, Humanos contra Numens, por isso precisamos de você.
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