Tsunagari Brasileira

Autor(a): Lich


Volume 2

Capítulo 7: Recomeço

BOKUTSUNAGARI

Recomeço

O olhar determinado de Hikaru impressiona o meio-vampiro.

— Sobre o quê exatamente?

— Sobre… toda essa loucura de vampiros. Quero conversar com você.

「 Não troquei uma palavra com ele desde que virei vampiro… Será que sabe do que aconteceu ontem? Espero que não.」

— Ok. Me encontra no intervalo.

Akihiro se vira, pronto para sair, mas Hikaru insiste, segurando seu pulso.

— Eu quero conversar agora.

— …Ok.

Eles se encontram na sala de aula de Hikaru. Akihiro permanece em pé enquanto Hikaru se senta calmamente.

— Não quer se sentar? Fica melhor pra conversar.

— Pode falar. Não precisa se preocupar comigo.

Hikaru suspira.

— O que eu queria conversar com você é sobre essa sua vingança contra os vampiros.

— Continuo firme nisso.

— Eu sei, mas… você já pensou que isso pode te prejudicar?

— Não vou me prejudicar… Estou bem e quero continuar bem.

Hikaru se levanta e encara Akihiro.

— Me diga, Akihiro: foi você?

Akihiro se surpreende com a acusação.

— Do que está falando?

— Ouvi a coordenação esta manhã: o vidro da porta da escola estava quebrado e o zelador desaparecido.

— Ele provavelmente foi embora. O que há de errado nisso?

— Não minta. Os familiares disseram que ele não voltou desde ontem. E a coordenação não chama a polícia, porque perderia créditos do colégio 

— Está dizendo que eu o matei? Que ideia absurda você tem na cabeça?

— Você comentou sobre vingança. Acho que seu ódio está fora de controle — que é por isso você o matou.

Akihiro suspira, impaciente.

— Por que essa perseguição contra mim? Você é idiota? Eu não sei de nada disso.

Ele sente o peso da discussão o esmagando.

— Hikaru… me escuta — sua voz falha, mas firme.

— Ontem à noite, eu caminhei de madrugada e ouvi gritos vindo da escola. — pausa longa, carregada de arrependimento — quando entrei, vi o zelador sendo devorado por um vampiro, o mesmo que me devorou naquela noite.

— E o que você fez?

— Eu... o matei, mas pra vencer tentei pará-lo por completo — comi ele para impedir a regeneração. Depois joguei seus corpos no incinerador até virar cinzas.

— Por que não chamou alguma autoridade e disse o que aconteceu?

— Você é imbecil? Ninguém acreditaria. Me prenderiam. — Akihiro se afasta, irritado.

— Por favor, pense nisso, Hikaru… aqueles vampiros quase te mataram, devoraram seus amigos.

Akihiro saiu da sala antes de Hikaru poder responder, indo direto para sua própria turma.

Arrastou sua mochila, curvou-se de cabeça baixa, mas o sinal tocou antes que pudesse respirar com alívio.

— A primeira aula já é biologia… lá vamos nós…

A aula foi arrastar de horas lentas como sempre, até que o olhar dele se deteve numa garota adormecida: longos cabelos cobrindo o rosto, parecendo morta.

「Ela, qual era o nome dela—Misaki? ... Ela parece sempre cansada… ou pior. Talvez meu próprio peso me faça vê-la assim. Não posso ir falando da vida dos outros logo de cara.」

Ele desviou para não ficar encarando demais, tentando se concentrar até o fim da aula.

Na saída, algo chama sua atenção: uma capa de couro familiar. Morgan.

— Morgan?...

Ele não esperava encontrá-la ali. Ele pensou que ela estaria esperando outra pessoa, e se surpreendeu quando ela o puxou pela gola do uniforme após o portão.

— Vai fingir que não me viu?

— Não esperava te encontrar aqui.

— Para de ser tapado. Vamos.

Ela entrelaçou os dedos nos dele e o levou em silêncio até sua casa.

— Pra onde?

— Pra sua casa. Só quero passar um tempo com você. Ah, e eu segui seu cheiro até a sua casa hoje de madrugada, caso estivesse curioso.

Ele se calou. Ao entrarem, ouviu o celular apitar com mensagem de de Rem enviada a trinta minutos atrás: “Saí cedo, vou dormir na casa de uma amiga. Tem uma amiga sua em casa hoje. Aproveite!”

— Aquele safado… apostei que vai tentar algo com a garota.

— Ele namora?

— Não, acho que é só ficar.

Ele fechou a porta.

— Quer comer alguma coisa?

— Se tiver algo doce… não recuso.

Ele abriu a geladeira e pegou uma torta de maracujá.

— Que é isso?

— Torta de maracujá. Nunca comeu?

— Nunca hear falar. A culinária humana é pequena pros vampiros.

— E vocês vampiros comem o quê? Exceto carne humana…

Ela refletiu.

— Bolo às vezes, carne de animais, vegetais, massas.

— É limitado, né?

— Na real comemos mais, mas tinhas preguiça de lembrar.

Ele riu e ofereceu um pedaço. Ela mordeu sem colher.

— É... — mordeu outra vez — gostoso.

— Pensei que reagiria surpresa por nunca ter comido isso.

— Não sou de extremos, mas é realmente gostoso.

Ele guardou o resto, subiu as escadas. Ela o acompanhou.

— E agora?

— Vou tomar banho.

— Claro… — ela olhou em volta o quarto de Akihiro 

— Não venha julgar meu quarto 

— Nem sei se estaria em posição de julgar. O meu seria bem bagunçado.

Ele sorriu arrumadamente e abriu o guarda-roupa para pegar roupa limpa.

— Akihiro, uma pergunta...

— Diga. — ainda de costas.

— Você é virgem?

O rosto dele mudou instantaneamente.

— Por que essa pergunta de repente?

— Nem sei... só curiosidade. Ou posso tirar isso de você.

— Morgan... nunca fiz coisa dessas e...

Ele desviou o olhar, pesado.

— Eu... não sei se estou pronto.

— Akihiro...

Ela aproximou seu rosto para um beijo suave e rápido.

— Você tem medos e traumas. São óbvios no seu jeito. Eu também. Mas... a verdade é que quero superar isso com você.

— Por que está fazendo tudo isso?

— Não é óbvio? Gosto de você. Espero que você sinta o mesmo. E você...?

Ele suspirou, repassando tudo o que vivera. Então falou, com voz firme e trêmula:

— Quero descansar dos meus pesadelos… quero superar isso ao lado de alguém que gosto.

Ela sorriu, o puxou para a cama e o deitou sobre si.

— Não precisa ter medo se sabe, ou não sabe fazer isso. Vou gostar só pelo fato de ser com você.

Ele assentiu, tímido, e a beijou. Desceu até o pescoço dela. Ela sorriu e desabotoou o uniforme dele, jogando-o de lado junto com os cabelos soltos. Com delicadeza, ela se afasta apenas para tirou sua blusa e o sutiã.

— Seu corpo é lindo.

O rosto dela corou.

— Para de ser bobo. — Ela responde cobrindo seus seios enquanto se volta a deitar 

— Não precisa se esconder. Eu acho você linda.

Ela suspirou, apoiou o braço sobre o seio.

Eles foram tirando as roupas aos poucos, entre beijos e movimentos lentos. Akihiro estava por cima dela. Ela o segurou pelas costas, os arranhões curando rápido como chagas abertas.

— Está bem?

— Sim... por favor, continue.

Ele se movimentou com delicadeza, ainda com medo de machucá-la. Ela soltou leve gemido abafado e sentiu o prazer crescer junto com sua respiração acelerada. Ele fechou os olhos, nervoso, mas ela o abraçou mais forte e se ergueu, sentando-se sobre seu colo.

— É minha vez...

Ela se deitou sobre ele e segurou sua mão pousada em sua parte traseira, um convite silencioso à ousadia.

— Está gostando da vista?

— Sim...

Ele assentiu e colocou a mão em seu rosto.

— Você é tão linda...

Ela parou, surpresa. Lágrimas escorreram da face dele.

— Por que chora?

— Não sei...

Ele sorriu e a puxou para um abraço terno.

— Por quê tem que ser tão... fofo?

— Só estou feliz de viver este momento com você.

— Seu idiota, eu te amo.

— Também te amo. Você quer descansar?

Ela o fitou intensamente.

— Não... quero continuar.

— Se é o que quer, eu quero também.

Eles sorriram um para o outro, selando um beijo com a promessa de recomeço.

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