Volume 2
Capítulo 6: A Luta Mortal de uma Noiva
Uma solene procissão caminhou através das montanhas que cercavam o castelo de Elisabeth, todos parecendo convidados de um funeral. Eles derrubaram árvores e arrancaram suas raízes durante sua passada. Lacaios feitos de carne grudada por arâme farpado brandiam seus machados incansávelmente para limpar o caminho de sua senhora.
As árvores levaram centenas de anos para crescer e agora elas estavam sendo cortadas sem misericórdia por mãos sujas. Quando estavam prester a tombar, um homem voando com roupas pretas cilindricas e uma máscara moldada a partir de um cabeça de corvo, lançava fogo por sua boca, as transformando em cinzas.
A conduta majestosa dele era repleta de dignidade, entretanto, o ato de um demônio andar pra lá e pra cá com fogo lembrava uma performace de rua.
O demônio, o Supremo Marquês, tinha uma agulha em forma de cérebro brilhando em seu pescoço e trabalhava obedientemente para servir a sua senhora. A seus pés, o Marquês ofegava enquanto era transportado em uma gaiola de ferro. A goila era rolada por outro lacaio, fazendo o Marquês se bater e gritar toda vez que a pele debaixo de suas ataduras era machucada.
A uma certa distância atrás deles, lacaios coloridos estavam carregando um extravagante palanquim. Ele era dourado e possuia um trono requintado de pele de lobo branco, o qual hávia sobre sí uma linda e arrogante mulher. Ela mostrava sua pernas longas por baixo de seu vestido escarlate de criolina enquanto se abanava com o leque de penas de corvo o qual tanto amava. Ocasionalmente deixava escapar um bocejo gracioso.
O caminho percorrido pelos mil soldados era estranhamente quieto, ainda que agitado.
Um horrendo pesadelo se desenrolava como um desfile em direnção ao cestelo.
Eventualmente, eles chegaram na linha de árvores. Uma colina árida estavam além do final delas. Seu destino, o castelo estilo fortaleza com visão de todos os ângulos e paredes de pedra crua, estava diante deles.
Seu foco era o portão devidamente selado e depois dele seu senhor, Elisabeth, mas a procissão foi tomada por um inesperada comoção e os lacaios cambalearam quando pararam.
Uma noiva apareceu em sua vista.
Uma linda noiva que parecia recem saída de um altar.
A figura branca como a neve passava uma sensação cômica, estranha e deslocada.
— ... O que será isso?
O Rei inconscientemente franziu o cenho de surpresa. Não importava quantas vezes checasse, a figura permanecia lá. A garota vestindo um amável vestido de casamento estava bloquenado seu caminho como uma guardiã.
Seus cabelos prateados estavam delicadamente cobertos por um véu bordado. Sua bochechas coradas estavam coberta por uma pequena sombra. Seu vestido era simples, embora elegante. Seus ombros expostos estavam adornados com flores. Suas mãos estavam cobertas por luvas de ceda longas que cobriam até seus cotovelos. Sua saia composta por várias camadas de tecido, cobrindo até seus tornozelos.
Elas estava em pé sobre a colina desolada esperando por seu noivo.
O fato dela estar lá diante de mil soldados chegava a ser cômico, mas o objeto que carregava não era um buque de rosas. Seu lugar definitivamente não era no altar, mas no campo de batalha.
A noiva carregava uma peculiar alabarda, uma mais parecida com um machado de carrasco.
Ela tinha um cabo preto lustroso e possui um adorno feito do rabo de um animal preso a ele. Sua gigantesca lâmina invocava a imagem da mandíbula de um carnívoro.
Enojada dos caprichos daquela garota, o Réi, também por curiosidade, avançou a frente de suas tropas com seu palanquim.
Como se a cumprimentasse, a noiva lentamente abriu seus olhos.
Ela ficou seu olhos esmeralda na personificação da morte, o Réi.
Reconhecendo a voraz força de vontade quimando em seus olhos, o Réi fechou seu leque.
— Entendo. Suponho que isso não seja uma farça ou um mero capricho.
Falando calmamente, o Réi concluiu que a pessoa absurdamente vestida diante dela era, sem dúvidas, sua inimiga.
Ela reconheceu o fato que a garota vestida em seus vestido de noiva estava mais apta para o campo de batalha que um cavaleiro em uma armadura brilhante. Sem delongas, ela chamou a noiva, Hina, com uma voz interrogativa.
— Ah, eu me lembro de você. Você é a namorada autômata daquele jovem, aquela profundamente afeiçoada por aquele garotinho amável, certo? Do que está brincando Não parece ter confundido este lugar com um altar e não tem um noivo. Veio morrer sozinha?
— Exatamente...
Sem um mínimo de hesitação, Hina respondeu a pergunta do Réi. Ela franziu o cenho e fez um sorriso antes de fazer outra pergunta a ela por trás de seu leque.
— Veio para morrer? Sob as ordens de Elisabeth? Mas que tragédia, meu bixinho, ser sacrificada como um peão. Qual é o proposito desta vestimenta? Manisfestar seus arrapendimentos?
— Não seja presunçosa. O mestre Kaito foi gentil o bastante para realizar meu ultimo desejo e preparou este vestido para mim. Está e a manifestação de meu desejo e de meus sentimentos por ele. Mestre Kaito foi quem me ordenou estar aqui, pois ele é meu amada e meu único e verdadeiro mestre.
— Por aquele garoto amável?!
Os olhos do Réi se abriram. Após um momento, um sorriso de escárnio se abriu em seu rosto. Ela sacudiu a cebeça e falou tênue como se consolasse um tato.
— Mas que dó. Lamento por você, garota. Não se engane, você está sendo usada como um peão. Se ele disse para esperar aqui para proteger Elisabeth, então ele mandou você morrer pelo bem de outra mulher. Sendo eu também uma mulher, não posso se não simpatizar com você.
O réi se compadeceu de Hina em um tom bastante sincero, entretanto, os cantos de sua boca estava curvados em um sorriso perverso. Ela suspirou para Hina com uma expressão realmente desagradável.
— Me diga, moça. Elisabeth pode ter se recusado a se render, mas você não teria nenhum interesse em ser minha subordinada? Você não é tão valiosa quanto Elisabeth, ainda sim é uma espécie rara, uma boneca criado por Vlad. Eu vou polir sua engrenagens todos os dias, então nunca terá que se preocupar com ferrugem. Não há necessidade de ser usada e destruida por causa de um homem desses.
— Não se atreva a fazer pouco caso de meu noivo.
Sua rejeição foi afiáda como uma agulha. Uma das sombrancelhas do Réi tremeu.
Hina colocou sua alabarda em frente a ela, cruzando por seus cabelo e criando uma corrente de ar. Nivelando a lâmina em direção ao Rei, Hina falou.
— Aquele homem gentil me pediu para morrer. Você se recusa a entender oque isso significa?
— Lamento dizer, mas sim. Você foi largada e deixada para morrer. Oque você quer que eu diga?
— Depois de se angustiar por isso, Aquele homem decidiu confiar em mim e me confiou uma grande ordem. Ela veio de um lugar cheio de amor e confiança. Depois de se apaixonar por mim do fundo de seu coração ele finalmente me pediu para lutar a seu lado. Finalmente ele me incluiu em seus pensamentos e planos. Para aquele gentil e covarde homem ter tanta confiança em mim, para ele pensar em mim com tanta intimidade... Você tem noção da alegria que é isso?
Ela segurou o cabo da alabarda com força. Lágrimas desprovidas de tristeza lentamente correram por seus olhos de esmeralda. O Réi fez uma expressão de desgosto e balançou sua cabeça com ainda mais força. quando ela falou, seu tom era áspero.
— E isso é o suficiente para você morrer de boa vontade. Enfrentada por mil soldados, você planeja desperdiçar sua vida."
— E de bom grado.
— Isso... É uma surpresa. Você... É louca!
Enquanto penetrava os olhos ardentes de Hina, o Réi perdeu a compostura e gritou. Seus lábios sedutores se partiram e sua expressão foi tomada pelo choque. Ela olhou para o céu e então continuou falando incrédula.
— Você enlouqueceu.
— Com certeza. Você não sabia Réi? Amar é uma loucura! O dia em que me encontrei com mestre Kaito, o amor que senti por ele me enloqueceu!
Hina se declarou em alto e bom tom. Ela balançou novamente sua alabarda, desta vez para o lado. O ar se dividiu e a rajada atingiu os soldados. O vestido de casamento sacudiu com elegância.
Seu vestido branco como a neve e seu véu foram sacudidos quando ela gritou.
— Venham demônios, me enfrentem! Meu nome é Hina! Eu sou a querida e eterna amante do mestre Kato, sua fiél companheira, sua soldado, sua arma... E sua noiva!
Apôs escutar sua introdução exacerbada, o Réi fechou seu leque e o apontou para ela.
— Muto bem. Se é então como diz, eu irei pisotear esse seu corpo.
No momento seguinte, uma onda de lacaios avançou contra a noiva.
Seus incontáveis passos chacualharam a terra, com Hina preparando sua alabarda e assumindo uma postura baixa. Conforme seus inimigos a cercavam, ela chutou forte o chão e mergulhou em suas fileiras. Balançando sua arma na horizontal, ela cortou seu estômagos, fazendo alguns deles tropessaram na próprias entranhas. Os outros retiraram as espadas de suas banhas e avançaram. O réi, por algum motivo, hávia perdido o interesse.
Banhada por clamores, ele se sentou bem reclinada em seu trono.
— Hum... Me perguntou oque foi aquilo.
O Rei soltou um bocejo enquanto depois de murmurar com ápatia. No final a coragem daquela noiva não iria durar. Nem mesmo autômatos podem rir pra sempre. Dado o número de soldados que estava enfrentando, a batalha estava por acabar a qualuer momento. O Réi deu de ombros e ordenou um de seus lacaios lhe servir bebida.
Ela bebeu de um cálice dourado cheio de vinho, elegantemente passando o tempo.
Um punhado de cabeças rolaram em frente a ela, acompanhadas por um enxurrada de sangue, mas ela nem ligava em perder alguns homens, se limitando a um olhar sonolento sobre o desenrolar da batalha.
— Ela está dando tudo de só, não é...?
Sangue jorrava, cabeças voavam e decepados caiam no chão. O vestido de noiva balançava de um lado a outro. Os lacaios resolveram investir contra ela todos de uma vez, mas ela quebrou sua formação e os fez recuar.
Não importava o tempo que se pasasse, o som da lâmina cortando carne nunca cessava.
Percebendo algo de errado, o Rei enrijeceu o rosto.
Algo impossível estava acontecendo.
Antes que se desse conta, uma montanha de corpos já se hávia pilhado em sua frente, além de um punhado de visceras.
Um grito veio, depois outro. Mais cabeças voaram. A alabarda assoviava cortando o ar, com seus movimentos lançando sangue para todos os lados.
Os olhos de Rei se abriram. O cálice dourado caiu de sua mão. Vendo aquela pessoa encima de uma montanha de corpos foi demais para ela conter a voz.
— Isso tem que ser uma piada... Aquela filhotinha...
Com seu vestido impregnado de vermelho, a noiva ficou com sua arma de prontidão.
Seu véu era puro carmesim como se tivesse tomado um banho de sangue. A noiva sangrenta apunhalou com força seu peito com o lado do machado, então se virou para o lado e desviou de um ataque com a graça de uma dançarina, lançousse no chão e pulou fazendo uma cambalhota. Seu véu fez o contorno de um arco no ar.
Enquanto aterrizava, ela baixou sua lâmina, cortando um de seus inimigos no meio.
Vendo seus movimentos descomunais, o Réi, por reflexo, fechou seu leque.
"Aquela arma... Será um dos dipositivos de tortura de Elisabeth? Não, não deve ser. O que é então?"
Era inacreditável o quão afiádo era aquela lâmina. Parecia muito com um dos dispositivos de Elisabeth, mas ela deveria estar em coma. Ela não devia ter a capacidade de fazer uma arma daquelas e da-la a autômata. o Réi ficou perplexo.
Oque mais lhe impressionava eram os movimentos de Hina. A maneira como ela se movia para matar seus oponentes já tinha passado a muito tempo de ser apenas excelente, já estava ao ponto de ser repulsiva.
Não hávia uma única abertura nas defesas de Hina. Ela mantinha um olhar atento em todas as direções, forçando tanto seu corpo que se tivesse veias elas provavelmente arrebentariam. A velocidade que ela respondia aos ataques era inimaginável.
Com movimentos eficientes, ela cortou as cabeças de seus inimigos, abriu seus corpos e as vezes os usava como escudos enquanto matava todos em seu caminho. A única coisa que se podia sentir através de seus movimentos era uma abusoluta determinação em destruir seus oponentes.
Foi quando Réi se recordou de um fato.
— Me diga, Vlad. Suas bonecas são muito bem fabricadas, mas elas meio tediosas?"
As palavras que ela uma vez hávia dito para Vlad ecoaram em sua mente. Suas autômatas eram geralmente bem funcionais, mas o alcance de suas emoções eram bem limitados. Elas careciam de sentimenros e seus movimentos eram geralmente padronizados. Como resultado, não podiam ser usadas como nada além de peões.
Por vezes, determinação, impulsos e emoções fortes, podiam dar as pessoas incomuns montandes de energia, tanto de forma positiva quanto negativa. O Réi se lembro de um homem, que embora fosse humano, ele foi capaz de derrotar 5 lacaios enquanto protegia seu filho. Se ela partisse do pressuposto que aquela autômata, cuja habilidades estavam além dos humanos, possuia emoções semelhantes ou talvez maiores...
"Poderia o amor... Trazer tamanha...?"
Oque nasceu em consequência disso não poderia ser considerado uma noiva comum.
Ela não era menos que um monstro.
— Eu posso fazer isso o dia todo!!!
Enquanto rolava, Hina aproveitou o embalo e usou sua perna para derrubar diversos lacaios de uma vez. O sangue deles escorreu pelo seus rosto. Ao cuspir violentamente o sangue que respingou em sua voca, ela segurou sua alabarda com força e perfurou o pulmão de um oponente que tentou investir contra ela. Mantendo sua postura, partiu em disparada, impalando seus inimigos, quebrando seus ossos e os chutando-os para fora de sua arma.
— Mande quantos quiser! Meu amor é idestrutível!
O Réi estremeceu parente aquele timbre impetuoso.
Embora sua situação fosse brutalmente desesperadora, a noiva realmente pretendia vencer.
Pelo bem de seu amado, pelo seu novo e ninguém mais, ela pretendia matar todo e cada um dos mil adversários a sua frente.
"Como isso é possível? Como é possivel eu sentir medo?"
Se dar conta daquele fato preencheu o Rei de um sentimento humilhante.
Naquele momento, ela sentiu como se pudesse escutar o som da risada de Vlad em seus ouvidos. Ele foi o tipo de homem capaz de apreciar reviravoltas bizarras como aquela, mas o Réi não estava disposta a aceitar aquilo. Ela era um mulher com afeição apenas por sí mesma, por isso, não poderia ter afetos por aquela situação.
"Maldito seja, Vlad! Isso é tudo sua culpa por inventar uma criação tão irritante!"
O Réi se levantou. Ainda hávia alguns lacaios e familiares restantes, mas ela não poderia deixar aquilo com eles. Ela resignadamente fechou seu leque de penas e o baixou, como se desse comandasse uma execução.
Do topo de seu palanquim, deu suas ordens para os dois que permaneciam na reserva.
— Marquês, Supremo Marquês, vão.
O homem negro cilíndrico lentamente assentiu. Quando o fez, a gaiola se abriu e o Marquês saiu dela cambaleante, dando gritos stridentes.
— Maldita seja sua meretriz, sua prostitu...ta...ta, sim, claro sua majestade o Réi, agora mesmo!
O Réi cerrou os tentes. Por mais que o Marquês estivesse sobre forte controle, ele era mais ou menos capaz de usar habilidades de controle mental, mas se ela afrouxasse os grilhões sobre ele, mesmo um pouqinho, as chances dele se virar contra ela eram altas.
De toda forma, eu duvido que controle mental tenha muito efeito sobre um autômata.
Tendo chegado a esta conclusão, o Réi deixou seu controle mental intacto ao mandar os dois atrás de Hina.
O Supremo Marquês subiu pelo ar, acima dos lacaios. Ele abriu seuu bico de corvo e expeliu fogo por ele, queimando também seus subordinados.
Como um ráio, Hina levantou sua alabarda o mais alto que pôde e dai a baixou novamente. O chão ondulou por onde a onda de choque passou, lançando os corpos de seus inimigos no ar. Os corpos formaram uma barreira e foram atingidos diretamente pelas chamas. Por um instante, a fumaça negra e as cinzas bloquearam a visão do Supremo Marquês. Cortando a nuvem ao meio, Hina avançou.
De baixo de seus véu ensaguentado, seus olhos tinham um brilho bestial. Com um gritou feroz, ela desferiu um golpe diagonal em seu alvo.
— Te peguei...
— De fato, se ele fosse seu único inimigo, teria sido capaz de atingi-lo
O Rei falou docemente. Ao mesmo tempo, uma sombra surgiu a atrás de Hina.
O Marquês, o qual hávia se arrastado pelo chão em agônia, bateu seu membros no chão. Ele saltou no ar como um grilo, com uma força e a uma altura que nenhum humano seria capaz.
Hina levantou sua arma, deixando seu estômago desprotegido e recebendo um golpe certeira que fez seu corpo entortar.
Hina foi lançado ao longe, colidindo logo em seguido com a terra. Enquanto era arrastada, lutou para ficar de pé, entretanto, o Marquês já hávia aterrizado e corria a seu lado. Ele saltou sobre ela e quando a agarrou trincou seus braços.
Engrenagens e olhou correu por sua pele branca.
Ela foi construida com muita delicadeza e o fato dela ser capaz de sentir dor só piorou as coisas.
Seu corpo convulsionou repetidamente e seus olhos de esmeralda rolaram para dentro da cabeça. O Supremo Marquês flutuava a seu lado. Antes que pudesse lançar suas chamas, o Rei chamou por eles.
— Alto. Eu criei interesse por essa criança. Eu nunca vi um dos autômatos de Vlad fazer tamanha demonstração. Eu quero isso... Mas ao mesmo tempo, não é possivel ter cuidado demais. Queime seus membros.
O Supremo Marquês assentiu e lançou uma chama controlado. Ele cuidadosamente queimou os membros de Hina. Onde uma vez esteve sua mão, apenas sua arma restou.
Cerrando os dentes e tentando desesperadamente abafar seus gritos, Hina olhou mortalmente para seu algoz. A ráiva queimava em seus olhos, mas ela já não tinha mais pernas para ir atrás dele.
O Rei olhou para ela já com seu autocontrole e seu sorriso restaurado.
— Então finalmente se acalmou. Você é bem obstinada, mas certamente ninguém pode lhe acusar de ser tediosa, jovem moça autômata.
— Depois de eu matar Elisabeth, oque eu deveria fazer com você? Primeiro de tudo, vou dar uma boa olhada em suas engrenagens, dai depois de lhe examinar, talvez eu a deixe sem suas pernas e braços, exatamente como está agora. Sua boca e os outros buracos de seu corpo seguirão funcionando, então vou fazer questão de todos que vierem a minha se satisfaçam com você.
Um sorriso gracioso ficou estâmpado no rosto do Réi, com ela cobrindo sua boca com seu seu leque ao fazer seus comentários vulgares. Quando terminou, Hina bufou e começou a rir dela.
— Ha, sua desprezivel. Você não é diferente das pessoas que vinham visitar Vlad. Agora, mais uma vez, eu devo declarar a você. Me tornar a noiva daquele homem... Me deixou feliz do fundo do meu coração.
— Céus, ainda tetando ter a palavra final mesmo estando nesse estado. Que adorável.
O Rei falou com grandeza. Quando terminou, Hina deixou cuspiu algo. Era uma pequena presa de um animal que estava em um buraco no cabo da alabarda. Em seguida ela saltou apenas com seu torso.
Seu véu, o qual hávia sobrevivido ao fogo, flutuou e algumas engranagens saltaram dela. Quando fez isso, o cabo de sua arma girou para o lado onde a presa estava. A lâmina dela escapou e foi lançada no ar.
Hina pegou ela pela parte de trás com os dentes e a balançou com a força de sua mandíbula.
Com isso, ela cortou o pescoço do Marquês.
Sua cabeça rolou pelo chão. Seus olhos olhavam para os lados, como se tentasse entender uma piada ruim. Ele parecia não ter entendido a situação ainda.
— // — // —
Nota do tradutor: Se você estranhou essa cena, saiba que eu estou bem confiante de ter traduzido certo.
"Então você ta me dizendo que ela se lançou sem os braços e as pernas e de algum modo fez a alabarda girar, a lâmina se soltar (embora todos os outros ataques não tenham conseguido fazer isso), ainda por cima no ângulo certo para ela, ainda no ar, pegar com os dentes pela parte de trás, com força e velocidade o suficiente para atacar o Marquês (o mesmo que era rápido o suficiente para ter parado Hina no meio do ar antes de com conseguir acertar o Supremo Marquês) e ainda arrancar a cabeça dele fora?"
Pois é...
— // — // —
Apôs um breve periodo a boca do Marquês se abriu e ele parou de se mover. Seu corpo e sua cabeça se contorceram e ele se transformou em penas negras.
— ...Ora... Ora.
Tamanha foi sua surpresa que o Rei não foi capaz de conter sua voz incomumente tola, embora seu lado racional estivesse analizando a situação.
Foi por causa da lavagem cerebral, sem dúvidas.
As ordens estritas que ela hávia imposto acabaram tendo o efeito contrário. Por causa dela ter ordenado para queimar "apenas seus membros", o Marquês não foi rápido o bastante para responder ao ataque de Hina, mesmo assim...
— Um autômata... Matou um demônio?
O Rei murmurou incrédulo. A realidade divergiu demais de suas espectativas.
O Marquês estava enfraquecido, verdade, ainda sim, aquilo era um incômodo inaceitável, como um coelho matando um leão. Era algo que alguém como ela, acostumado a estar acima dos outros, não poderia permitir.
O Rei colocou força em sua mão que segurava seu leque. Ele era seu favorito, mas ela o quebrou. Tendo finalmente perdido a elegância, as veios em suas testa ficaram visíveis enquanto gritava:
— Mate ela! Mate ela! Esta garota não pode continuar viva nem mais um minuto! Queime ela até não sobrar nada!
Ouvindo seus berros que pingavam com sede de sangue, o Supremo Marquês assentiu com todo respeito. Ele abriu a boca em sua máscara de corvo. Vendo o fogo inferno dentro de sua garganta, Hina levantou a cabeça e falou baixinho.
— Mestre Kaito... Mesmo que a morte nos separe, eu sempre serei sua. Eu acredito que eu também tenho uma alma... e eu estarei esperando por você.
Uma labareda foi disparada, a maior até então. A violenta onde mortal cobriu Hina.
Quando o fez, um sorriso de amor e afeição se abriu em seu rosto.
— Eu lhe peço, não venha me encontrar muito depressa.
Naquele momento, a noiva sussurou como uma prece, já a beira de ser queimada até a morte.
A distância, no castelo, o noivo estava observando tudo.
Mil correntes prendiam seu corpo. Ele estava suspenso no ar como uma presa em uma teia de aranha.
Uma fórmula mágica hávia sido desenhada no chão abaixo de seus pés. Se alguém com conhecimento de mágica visse aquela inscrição, ele sem dúvidas entraria em choque.
A arma de Hina tinha sido ligado aquele simbolo arcano. Kaito o baseou apartir dos dispositivos de tortura de Elisabeth e o criou com a ajuda do Kaiser. A fórmula deveria transferir toda a dor causada pela lâmina para as correntes e dai para o corpo de Kaito.
Demônios tinham pouco prazer com a dor de lacaios.
Para ser capaz de transferir sua dor como se fosse humana, Kaito deveria reesperenciar todo o sofrimento por sí mesmo.
O jovem, que experimentou a morte agonizante de uma centena de lacaios, que teve seus nervos queimados até secarem e que morreu várias vezes só para ser resucitado de novo e de novo, falou.
— Já posso ir? Desse jeito minha noiva irá morrer.
— Oh, claro... Isso deve ser o suficiente, seu louco.
No momento seguinte, as chamas negras que tentavam engolir Hina foram devoradas pelas trevas.
Todos ao redor ficaram incrédulos. Enquanto isso, penas negras e flores índígas começaram a cair do céu. Elas dançaram sobre o campo de batalha, como se celebrassem algo.
As belas cores e o tom sinistro se misturaram sobre o chão coberto de sangue.
— O que é isso?!
O Rei escancarou seu olhar ao contemplar a última pessoa que ela estava esperando.
Um homem louco coberto embebido em sangue apareceu.
O tecido negro-azeviche feito com mágica que adornava seu corpo flutuou com o vento. A esbelta vestimenta lembrava um uniforme militar e estava enfeitado com tecidos vermelhos por dentro de sua capa particularmente longo.
A figura tinha uma certa semelhança com Vlad, mas dava uma expressão mais parecida com o de um militar do que da de um nobre. Pisando sobre a penas negras e as flores índigas, ele falou.
— Desculpe a demora, Hina.
Kaito falou em um tom gentil, um não condizente com a situação.
O noivo tomou seu lugar ao lado de sua noiva.
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