Volume 1

Capítulo 25: O Carniçal (1) (versão antiga)

 

Não apenas o próprio Carniçal, como agora todos os ghouls machos quebravam o chão de tanta força que aplicaram para pegar impulso. Uma verdadeira chuva de canibais. O Pai é o primeiro dessa linha de frente, e Ethan começou disparando contra ele, mas não importava que as balas acertassem seu rosto, ele sequer reagia e não parava sua investida feroz.

— Eu cuido do grandalhão! – Lucy gritava para Mary antes de sair correndo na direção dele, deixando a albina surpresa e indo logo atrás, para tentar impedir o restante deles.

A ruiva disparou uma bala de sangue que acertou o peito do Carniçal, mas sequer o fez recuar, mesmo com o sangue explodindo para trás de suas costas.

Ela se preparava para desviar de um soco dele, porém, Lucy não esperava que iria ser tão rápido assim, ela levou um soco de baixo para cima tão forte, que mesmo ela tendo defendido, ela sentiu como se seus ossos estivessem se segurando muito para não racharem.

Com isso ela saiu voando e quebrou as costas ao bater com tudo no chão, fazendo-a cuspir sangue.

Mary, aproveitando disso, tentava cortar o calcanhar dele, porém, mesmo tendo feito um corte preciso e potente, não chegou a decepar o pé dele, apenas fez um rasgo, o que deixou a albina impressionada, e logo depois disso ela teve que desviar de quatro ghouls que vieram para cima dela.

Sendo assim, cinco deles passaram por Mary e estavam indo na direção de David e Ethan. Dentre eles estava Victor, que parecia fissurado no menino loiro, tanto que, em vez de preparar uma mordida, ele preparou um soco, mirando fixamente em Ethan.

O garoto se assustava e se joga para trás, fazendo com que ele destruísse o chão com seu punho, e mesmo estando perto de David, caído no chão, Victor simplesmente o ignorou e partiu para cima de Ethan, rugindo e até mesmo salivando, uma fera não apenas esfomeada, como também enfurecida.

O singular gélido ainda mantinha a consciência o suficiente para levantar uma cúpula de gelo em volta de si, impedindo que o restante dos canibais que chegaram, o alcancem, o que não impediu eles de tentarem destruir a barreira dele, juntando ao fato de que todos eles estavam mais fortes por causa do Carniçal, era questão de segundos até que ele estivesse totalmente vulnerável.

David estava novamente resmungando, principalmente por ter uma restrição tão comprometedora sobre seus poderes.

Por causa disso, David tentou uma jogada arriscada, mesmo que Lucy tivesse dado sangue dos ghouls mortos para ele se recuperar um pouco, ainda se sentia cansado, mas mesmo assim, ele enfraqueceu um pouco sua barreira para poder criar enormes espinhos de gelo do chão e praticamente empalar quatro de uma vez, o que não os matou, mas os deixou presos, pelo menos por um tempo.

Infelizmente isso levou a barreira de David a ficar frágil para poder criar aqueles espinhos.

Ao mesmo tempo que tudo isso acontecia, Lucy se levantava, furiosa, ela cuspia o sangue em excesso da boca e usava ele para simplesmente arremessar uma pedrinha de sangue na cara do Pai, deixando—o furioso.

Ele utilizava seu grito aterrador, que por um momento, fazia Lucy sentir dores piores do que quando lutou contra as fêmeas, e quase caiu no chão, então para evitar isso novamente, ela simplesmente mira para seu ouvido e dispara uma bala de sangue em linha reta, perfurando seus dois tímpanos de uma vez.

Sem esse problema no seu caminho mais, ela partia para cima dele, que fez o mesmo, saltando na direção da ruiva com um soco preparado.

Ela conseguiu ser mais ágil e rolar no chão por debaixo dele, novamente fazendo o Carniçal quebrar o chão com o punho.

Nessa ação, ela conseguiu cortar a barriga dele e, enquanto deslizava no chão, ela puxava esse sangue que saiu dele, e ao se levantar, utiliza-o para fazer uma serra de sangue e arremessar nele.

Porém, assim que ela arremessava na direção do pescoço dele, o Pai se virava com tudo e jogava um pedaço enorme de concreto em Lucy.

A ruiva era acertada bem em seu tronco, e por causa disso, a direção da serra era alterada e acabava no braço dele, que apesar de fazer um rasgo bem grande, não chegava a decepar.

Lucy, assim que era acertada, quase vomitou sangue de tão forte que foi a pancada, mas ela manteve a boca fechada e só saía parte do líquido por entre dentes dela.

Ela caía no chão, conseguindo evitar de ser esmagada pelo destroço na parede que atingiu.

Ela se ajoelhava e ficava com a mão na barriga pela dor. Já o Carniçal só rugia novamente e enquanto seu braço regenerava, até mais rápido que o restante dos ghouls, ele partia novamente para cima dela a uma velocidade absurda.

— Seu filho da puta... — Lucy olhava para ele com a fúria em seus olhos, eles brilhavam em vermelho e as veias de seu corpo ficavam destacadas, sua pele começava a ferver e sair vapor, ela sacava sua faca militar e partia furiosamente para cima dele.

Enquanto isso, Mary tinha que lidar com os quatro restantes.

A albina desviava de um soco somente inclinando o rosto para o lado, em seguida ela atravessava sua katana no peito do canibal e logo em seguida o chutava para trás.

Nessa mesma sequência, Mary abaixava rapidamente e desvia de dois socos de mais dois ghouls, fazendo-os socar um ao outro, logo após isso, ela dava um salto e girava horizontalmente, dando um chute no rosto dos dois, com força o suficiente para os fazer girar e quebrar seus dentes.

Assim que ela aterrissava novamente, Mary dava alguns mortais para trás para desviar de uma sequência de golpes de mais um, nisso ela aproveitava para sacar sua pistola e, assim que ficou em pé, disparar e acertar bem no meio do rosto do canibal, fazendo-o cair para trás com a cara esburacada.

Na sequência, Mary via os canibais que levaram o chute, indo para cima dela novamente, então ela saltava para trás e pegava impulso na parede de uma construção, pulando mais alto ainda.

Junto disso, ela usava seu poder, sua katana saía voando de volta para a mão dela em pleno ar. Os canibais no chão saltavam para tentar alcança-la enquanto a albina se preparava, pegando velocidade o suficiente, girando e cortando ao meio com tudo a cabeça de um e o pescoço de outro. Um a menos.

Mary aterrissava no chão e ela sentia um baita incomodo no braço direito, parecia que ela já estava abusando do poder daquele item.

Porém, ela nem teve tempo de respirar direito, pois o ghoul que levou um tiro no rosto já voltava para cima dela, o que teve a cabeça cortada ao meio já estava regenerado e também partia com um soco em Mary, e o canibal que teve a lâmina em seu peito também.

A albina então decidiu se jogar para trás e desviar para recuperar suas energias. A única maneira que tinha naquele momento.

Do outro lado, Ethan lutava contra Victor.

O menino já tinha percebido que facadas não estavam adiantando nele, os cortes eram bem superficiais e eles se regeneravam em instantes, quase o mesmo acontecia com os tiros de Ethan, e o pior era que era só isso que ele tinha, o garoto não tinha uma braçadeira para socar como Mary ou uma katana para dar cortes mais fortes.

Além disso, Victor parecia querer a cabeça do menino mais do que tudo, tanto que era o único que falava alguma frase com sentido.

— Verme! – o ghoul dizia enquanto preparava um soco potente na direção do rosto de Ethan.

Ele desviava se jogando com tudo para o lado, mesmo não tendo uma agilidade exemplar como Mary, para um garotinho, era impressionante.

Vendo que tiros não estavam adiantando nem para o desestabilizar, e percebendo que seus cartuchos estavam acabando, Ethan fez algo que nunca pensou fazer, ele guardou suas pistolas e foi no corpo a corpo contra Victor.

Para alguns isso seria suicídio, mas o garoto ainda tinha seus coturnos, então, nada melhor do que fazer bom uso deles.

Se tinha algo que Mary o treinou arduamente, tanto que o próprio menino lembra de um dia estar com os pés e mãos em bacias de gelo, foi o combate de perto.

Claro, contra um ser com força sobre-humana e regeneração, isso ficaria muito difícil, mas não impossível, e Ethan demonstrava isso ao saltar na direção do ghoul e rapidamente aterrissar com os pés em sua face.

Após isso, ele saltava e dava um giro para trás, logo em seguida dava um chute de cima para baixo na cabeça de Victor, quebrando seu crânio e atingindo seu cérebro. Se fosse em humano comum, aquele chute provavelmente teria aberto a cabeça.

Mesmo com um golpe desse, só foi suficiente para o rapaz ficar desorientado, tanto que, quando Ethan iria tocar nas costas dele, Victor reagiu meio desesperadamente e girou seu corpo com o punho fechado, acertando-o bem no rosto e jogando o menino para o lado.

Felizmente, por não ter se concentrado para acertar tal golpe, o soco foi equivalente à de um boxeador apenas.

Quando Ethan caiu no chão, ele quase perdeu a consciência, além de estar sentindo muita dor na região da mandíbula, ele sentia sangue vazando de sua boca no chão, e por alguma razão ele não conseguia respirar direito.

Enquanto tentava aguentar a dor daquele soco e lacrimejava, ele tentava ver como estava seu nariz, e como esperado, também estava saindo sangue, além de doer só de encostar, o golpe o fez quebrar.

Agoniante da mesma forma, Ethan só estava conseguindo respirar direito pela boca, ele fica tão amedrontado com isso que nem repara em Victor se regenerando e segurando em seu pé.

O canibal, com toda a sua força, quase esmagava a perna do menino, que gritava de dor novamente, sorte de o coturno impedir ele de realmente fazer isso, então o ghoul o puxava, girava e arremessava Ethan na direção da barreira redoma de gelo de David.

Estava indo tão rápido que o menino iria se espatifar com tudo contra uma parede sólida, porém quando ele já pensava estar acabado, Mary o segurou antes de atingir a estrutura, mas pela velocidade, a albina também foi arrastada junto, e junto disso ela sentia uma dor enorme na barriga.

David acabava libertando os ghouls presos nas estacas de gelo para poder aumentar sua barreira e proteger não só ele como Mary e Ethan.

Enquanto isso, a batalha entre Lucy e o Carniçal prosseguia. Lucy com toda a sua ferocidade, avançava para cima da criatura com a faca na boca, enquanto fazia uma bala de sangue.

Ela disparava e acertava bem no peito dele, pelo menos fazendo-o desacelerar, então, aproveitando disso, a ruiva saltava de um soco dele que quebrava o chão, ela andava pelo braço da criatura e assim que chegava ao ombro, ela pulava e soltava a faca de sua boca, pegando com a mão.

Após isso ela se agarrava na cabeça dele e com toda a força que conseguia, ela cravava a lâmina na nuca dele.

Para a mais que surpresa da ruiva, nada aconteceu, o Carniçal ainda continuava de pé. Com isso, ele dava um soco atrás de sua cabeça e acertava Lucy em cheio, o braço, costelas e perna direitos dela se quebravam e ela era jogada longe.

A ruiva gritava de dor e cuspia sangue no processo, ela parava ao bater as costas em um monte de entulhos de concreto, provavelmente quebrando suas costas.

Quando ela levanta seu olhar enfurecido, seu olho direito também estava totalmente vermelho por causa que aquele golpe rompeu algum vaso sanguíneo de seu olho.

Não que isso fosse exatamente um problema para ela. Lucy pensava e se indagava porque não adiantou, a nuca era para ser o único ponto capaz de matar os ghouls, mas parecia que só isso não era suficiente para acabar com o original.

Enquanto se regenerava, o Pai rugia e arremessava um pedaço gigante de concreto em Lucy. Ela se assustava com o tamanho do projétil e corria para o lado mesmo com seus ossos voltando para o lugar.

Assim que o destroço atingia o chão, não apenas o fez tremer, como também levantar poeira e estilhaços bem grandes para todas as direções. Lucy estava ficando ofegante e já havia percebido que sozinha aquilo iria demorar bastante.

A redoma de gelo, pelo lado de fora, ela estava sendo atacada sem dó pelos canibais, que a socavam sem parar, David tinha que ficar concentrado em manter a rigidez daquela parede, que era a única coisa separando os três dentro daquela cúpula de um bando de esfomeados.

Enquanto isso, Mary respirava um pouco, e quando via Ethan ao seu lado, com o nariz e boca sangrando, ela rapidamente ajoelhava na frente dele e começava a gentilmente analisar a situação. O menino soluçava de dor, não só em seu nariz quebrado, como também sua boca que levou um soco muito forte.

— Hm... Ethan, quanto tempo você acha que o David é capaz de aguentar? – Mary fazia uma pergunta estranha.

— Como é que é? – o singular gélido perguntava, indignado.

— C-como a-assim, M-Mary- AH! – a fala de Ethan era interrompida por Mary segurando seu nariz e o colocando de volta no lugar.

O menino sentia uma enorme dor que ia se cessando, e após o estalo, o nariz do garoto despejava o sangue em excesso acumulado nele, e ele voltava a respirar normalmente, ou o que era possível chamar de normal naquela situação.

Junto disso, o menino lacrimejava e limpava o sangue de seu rosto, enquanto Mary pensava no que fazer agora.

— Caralho... Como você aguenta isso, Ethan? – David questionava.

— M-melhor que o braço. – disse o menino, tentando parar de lacrimejar.

David não iria aguentar segurar aquela barreira de gelo por muito tempo, os cartuchos de bala de Ethan estavam acabando, e ainda por cima tinha o Carniçal para eles darem conta.

Mary sabia que se continuassem da maneira que estavam, uma batalha de resistência, os quatro eventualmente iriam se cansar, diferentemente dos ghouls, que não pareciam querer descansar tão cedo. Os três ali então recebiam um chamado mental de Mike.

— Galera, vocês têm que pensar num plano. – o moreno dizia.

— Honestamente não gostaria de admitir, mas eu estou ficando sem ideias. – Mary assumia que sua criatividade estava acabando.

— Ai ai... Gente, Mary, vocês estavam lutando individualmente até agora, claro que sozinhos vocês não vão dar conta desse tanto de ghouls. – ele tomava mais um gole de energético. – Já pararam para pensar nisso? Porque não unem forças? Pensem igual uma equipe, vocês já são uma.

— Equipe... – Mary acabava se lembrando da última equipe que ela teve, e lembrava que ferrou tudo, talvez a albina estivesse tendo uma segunda chance agora com os Cicatrizes. Ela então começava a pensar mais em conjunto e olha em volta, via David se esforçando horrores para manter a barreira, Ethan olhando para a braçadeira de sua mestra, ela com uma katana e uma faca na outra mão, um ataque combinado e coordenado. – David, eu tive uma ideia.

— A última vez que você teve uma ideia eu quase virei comida de ghoul! – David respondia, com um tom notável de esforço em sua voz.

— Se você tiver outras ideias, estou ouvindo. O que pensei envolve um ataque em equipe. – Mary respondia, praticamente não ligando para ele estar se esforçando.

— Você é muito cara de pau sabia? Como eu vou pensar nessa situação? – David dizia, inconformado.

— Eis o plano então. – ela respondia, aproximando-se do singular gélido.

Enquanto isso, Lucy prosseguia tentando de alguma forma causar um dano considerável ao Carniçal, mas nada parecia adiantar. Nem mesmo atirar várias balas de sangue e abrindo buracos no corpo dele, ele sequer recuava ou parava para se regenerar.

A criatura dava um grito aterrador e novamente partia com uma investida brutal para cima de Lucy, dando um golpe com as duas mãos no chão, enterrando-as no concreto assim que a ruiva desviou.

Porém, o que ela não esperava era que, com a nuvem de poeira, o ghoul aproveitasse disso para arremessar vários destroços nela, foi tão rápido que Lucy só percebeu quando estavam perto dela, a ruiva então levava uma chuva de pedaços de concreto, ela já nem sabia mais quais ossos foram quebrados.

Ela caía no chão agonizando e cuspindo sangue preso na garganta. A ruiva, já enfurecida, clicava em seu comunicador.

— Ô gente, eu sei que vocês estão ocupados, mas eu preciso de ajuda... Tipo, agora! – ela dizia, e também estava sentindo que suas energias para se regenerar estavam se esgotando. Comparado ao seu oponente, Lucy não era mais que uma novata nesse quesito.

— S-só aguenta um pouco mais, Lucy. – Ethan dizia no comunicador, com um notável som de dor.

— Pronto? – Mary perguntava para David.

— Ok... Beleza, vamo lá. – o singular gélido se concentrava e após um grande esforço, ele parava de usar seu poder na barreira de gelo e coloca suas mãos no chão.

A redoma se desfazia em uma pequena explosão de cristais gélidos, distraindo os ghouls raivosos por alguns instantes, tempo suficiente para David, fazer o gelo se espalhar rapidamente pelo chão, até alcança-los.

Após isso, o rapaz erguia as mãos, fazendo surgir estacas de gelo enormes que de cara empalavam quatro canibais ao redor, enquanto os outros cinco perceberam a tempo e se jogaram para trás.

Porém, nem isso foi o suficiente para impedir David, que continuou fazendo seu gelo percorrer o chão e alcançar aqueles que haviam escapado, conseguindo agarrar mais quatro, somente Victor conseguiu escapar, e também, dentre os machos, parecia ser o mais consciente.

Nisso então, daquela névoa gelada após a explosão da redoma, Mary era vista segurando algumas coisas em suas mãos, várias facas, que provavelmente ela guardou na mochila de Ethan caso precisasse. Ela rapidamente pegava impulso e girava arremessando todas elas para várias direções.

Assim que Victor via as facas sendo jogadas, ele partia para cima dos três num impulso. Porém, quando ele deu o primeiro soco, ele foi segurado por uma mão vestindo uma luva metálica, uma braçadeira e ombreira, mas se Mary estava concentrada nas facas e David em manter as estacas de gelo, só sobrou uma opção.

Ethan, mesmo sentindo uma dor enorme em seu braço direito, seu desejo de querer proteger Mary garantia que ele aguentasse ao equipamento sugando sua energia vital para conceder força.

Sem perder muito tempo, o menino sacava sua pistola e disparava várias vezes contra o peito de Victor para o manter ocupado enquanto Mary realizava seu ato.

Os olhos da albina brilhavam no tom acinzentado, e ela realizava um movimento de puxar para dentro com os braços, as facas que ela jogou começavam a rodar e mudar suas trajetórias, até que elas vão acertando uma a uma, nas nucas dos canibais presos pelas estacas de David.

Não apenas controlando a trajetória, Mary conseguiu controlar a velocidade com que elas voltariam, quase atravessando o pescoço de todos os atingidos.

Com apenas um ataque coordenado, Mary e David foram capazes de matar oito ghouls, agora só faltava um para o foco se voltar ao Carniçal. Com isso, Ethan segurava o braço de Victor e o puxava, agora com a força aumentada, o menino era capaz de o trazer para trás de si, onde Mary estava.

David então corria, mesmo estando bem cansado, na direção de Lucy, assim que chegava perto o suficiente, ele encosta a mão no chão e depois faz um movimento de jogar algo violentamente, criando enormes espinhos de gelo que perfuram e prendem o Carniçal por um tempo, evitando que ele alcançasse a ruiva, que ainda estava se recuperando.

Voltando para Ethan e Mary, depois que o menino derrubou Victor, sua mestra já aproveitava, girava e dava um chute potente em seu rosto, fazendo-o rodar e sua mandíbula quebrar.

Ethan ia atrás de Victor logo em seguida, que tentava dar uma garrada no menino, que dessa vez, conseguia bloquear com a braçadeira. A dor que ele sentia era meramente efeito colateral do objeto.

Ethan gritava com todas as suas forças, despejando toda a sua raiva, frustração e tristeza em um soco com a outra mão, bem no rosto do canibal, que por estar com a mandíbula quebrada, não consegue revidar com uma mordida.

O menino enterrava sua mão na face do ghoul, que na teoria, não era para causar muita coisa, visto que Ethan ainda era uma criança, mas ele conseguiu até mesmo quebrar o nariz dele, e por consequência, ativar o seu poder e cancelar a transformação de Victor, fazendo com que ele se distraísse com o efeito da habilidade de Ethan.

Com isso, ele se ajoelhava, suas garras retraíam e seus olhos iam voltando a cor normal, enquanto isso ele segurava sua cabeça, como se estivesse sentindo muita dor. Ethan chegava atrás do rapaz, ofegante, com muita dor, e mira sua pistola para a nuca dele.

— Cuide da Rebecca, onde quer que ela esteja agora... — dessa vez, sem muito remorso ou dúvidas, ele puxava o gatilho e o sangue explodia em seu rosto enquanto Victor caía no chão. Todos os ghouls criados pelo Pai haviam sido mortos.

Ethan ofega e levanta seu olhar, onde ali em sua frente estava Mary, que apesar de aliviada, estava um pouco conflituosa sobre colocar esse tipo de peso tão cedo nas costas de Ethan.

Porém o momento era quebrado quando David e Lucy se aproximavam, a ruiva carregando seu namorado, que parecia exausto já.

Os quatro notavam que o Carniçal agora estava mais enfurecido do que nunca, e quebrou facilmente o gelo de David, nisso, Ethan retirava rapidamente a braçadeira e a entregava para Mary, que a colocava e saca sua katana.

Lucy, ofegante, colocava sua faca na boca e criava várias balas de sangue, aproveitando dos ghouls mortos para também se regenerar.

— Vamos com tudo. – Mary dizia e se posicionava, assim como os outros três.



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