Volume 1

Capítulo 14: Corre (1) (versão antiga)

 

Mary olhava de relance pela porta, e conseguia ver pelo menos cinco ghouls indo na direção da entrada, onde David e Lucy estavam. Antes de iniciar seu ato, ela acenava positivamente para Ethan e retirava lentamente a pistola de tiro único que Bruno lhe havia entregado.

A albina se posiciona logo atrás daquele grupo enquanto abria o compartimento de munição, após isso retirava uma bala da bolsinha de munições em sua coxa, colocava na arma e, numa sucessão extremamente rápida, Mary respirou fundo e fechou o compartimento num baque, para a arma fechar e já mirar engatilhada.

Os ghouls escutaram um clique estranho, vindo de trás e, quando iriam se virar para olhar o que havia sido, viram somente uma bala sendo disparada junto de sangue sendo espirrado. Por não ser seu forte, Mary não conseguiu acertar corretamente na nuca, porém passou perto, fora que aquela arma era mais forte que a de Ethan, então a bala fez um buraco de entrada e de saída no rosto da canibal, que começou a se contorcer de dor.

O grupo se assustou de primeira vista e, quando pararam para olhar direito, a companheira deles mal conseguia fechar a mandíbula, pois ela ainda precisava se regenerar. Os quatro restantes começam a rosnar e a ficar com expressões de pura raiva, seus dentes se cerram, as garras se expõem rapidamente e os olhos dos canibais começam a ficar avermelhadas.

O pescoço da garota restante começava a ficar com as veias saltadas. A mesma coisa acontecia com os homens, porém nos braços e pernas. Mary, enquanto isso acontecia, não demonstrava um resquício de medo, apenas esperou pelo primeiro que iria disparar na direção dela.

 E assim que o primeiro deu um passo, ela rapidamente recarregou sua arma e se virou de costas, saindo correndo na direção contrária aos ghouls a uma velocidade impressionante. Os canibais machos rugiam e saíam atrás da albina na mesma hora que ela correu, também a uma velocidade anormal, enquanto a fêmea parecia respirar fundo para gritar.

Mary, enquanto corria a toda velocidade, saltava e girava por qualquer obstáculo que encontrasse, sejam destroços, buracos e até usando a grade ao seu lado como impulso para chegar no segundo andar da fábrica.

Mesmo assim, os canibais conseguiam acompanha-la sem maiores problemas. Um dos ghouls machos estava para chegar nela e saltou para dar uma investida na albina, abrindo sua boca com caninos afiados, pronto para abocanhá-la.

Porém, a moça encontrou no caminho do segundo andar um buraco, que levaria para o primeiro novamente, então Mary pensa rápido e, no instante antes de saltar, ela se virava de frente para o rapaz que iria devorá-la e mirava sua pistola para ele.

Saltando de costas na direção do buraco, a albina disparou, e dessa vez conseguiu acertar no meio do rosto dele, só não fazendo um buraco de saída pois havia muita coisa no caminho, mas conseguiu deixa-lo incapacitado por alguns momentos.

Enfim, Mary caía no buraco e girava no ar, aterrissando sem dores e recomeçando a correria novamente. Quando ela estava para chegar no final daquele corredor reto e chegar num salão mais amplo, a garota, que ainda estava lá atrás, enfim realizou seu golpe.

Ela soltou um grito extremamente alto e ensurdecedor. Combinado ao fato de aquele corredor não ser tão amplo, a intensidade do grito ficou ainda maior. Mary, que estava no final dele, conseguiu ouvir, e aquele som estridente conseguiu deixa-la desnorteada por alguns instantes.

O pior foi Ethan, que, quando escutou o grito, por estar mais perto, quase tem seus tímpanos estourados e sua visão ficava turva de tão alto que havia sido. Após realizado esse grito, a ghoul não perdia tempo e também ia atrás da albina.

Mary havia apagado por alguns instantes, mas retomou a consciência bem a tempo de sentir a energia de um deles se aproximando. Quando virou para trás, conseguiu ver uma garra se aproximando mais de seu rosto.

A albina sacava sua katana bem na hora e o braço do rapaz é dividido ao meio, sem dificuldade alguma para aquela espada, que claramente, nesse ponto, não se podia duvidar que ela também tinha algo a mais.

A assassina aproveitou esse golpe bem—sucedido, que com o baque, fez o ghoul recuar inconscientemente, para girar rapidamente e emendar um chute bem no rosto dele. A força do golpe foi o bastante para não apenas ele ser arremessado contra a parede próxima, como também quebrar seu crânio contra a estrutura. Após isso, Mary novamente saía em disparada.

Enquanto isso, Ethan, ao perceber que a canibal já estava atrás da albina, saía de seu esconderijo até onde Lucy e David estavam. O ambiente ia ficando mais claro, ele conseguia ver David na entrada da fábrica, observando os arredores, porém o menino é surpreendido bem no momento em que chega na área em que estavam, que era mais ampla, por uma figura surgindo pela lateral e mirando algo em seu rosto.

— Argh! – Ethan se assustava e caía para trás no susto.

— Meu deus, Ethan, desculpa, eu pensei que era um ghoul. – disse Lucy, desfazendo a bala de sangue e acalmando o menino, enfim o ajudando a se levantar. – Aquele grito, foi uma?

— Foi. E-eu acho que só as fêmeas são capazes de fazer isso. – disse ainda um pouco nervoso.

— Ethan, cadê a Mary?! – David dizia da entrada, suando um pouco frio.

— E-ela foi distrair eles! – respondeu tentando retomar sua postura e se aproximando do singular junto de Lucy. – E-ela disse também para derrubarmos o prédio, ela já nos alcança!

— Droga... Mais alguma coisa? – David perguntava enquanto estendia as mãos para o lado, dissipando a cortina de vapor gelado.

— Só isso por enquanto. – disse Ethan, não sabendo nem para onde olhar de tanta pressão.

— Então vamos! – ele dava a cartada final e levanta Ethan nas costas.

— O-o que tá fazendo? – perguntou o menino, um pouco assustado e confuso.

— Perguntas depois, vamos, Lucy! – os dois acenavam positivamente. Os dois com olhares focados, de formidáveis guerreiros e singulares e, enfim, eles saíam correndo na direção do prédio.

Das construções ao lado também era possível ver ghouls surgindo nos telhados e perseguindo o trio. Enquanto isso, na fábrica, uma janela lateral se quebrava, e dela Mary saía protegendo seu rosto com os braços.

Era possível ver que ela estava manchada de sangue e também carregava sua katana, onde nela estavam fincados alguns órgãos e um pedaço de intestino.

Ela limpava sua arma rapidamente e partia na direção de Ethan, Lucy e David. Os ghouls restantes também pulavam a janela e prosseguiam em sua perseguição, a fêmea inclusive tenta soltar seu grito mais uma vez, porém a albina conseguiu tampar seus ouvidos a tempo.

— Por que ela não cai?! – a garota ghoul, Rebecca, perguntava, indignada, saindo correndo também. – É só força de vontade?!

— Eu sei lá! Ninguém me falou dessa mulher, pra você também não?! – Um dos rapazes, Victor, perguntava.

— Não, só foi ela quem me arrebentou quase sozinha na vila dos Cicatrizes. – ela lembrava como foi praticamente humilhada.

— Ela é problema. Temos que acabar com ela primeiro. Eu sei que o sabor dos mais jovens é melhor, mas não seja precipitada. – ele respondia para Rebecca.

— Eu tava com fome, ok?! – rebateu enquanto os dois continuavam sua perseguição à Mary.

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David, Lucy e Ethan chegavam no prédio dos ghouls, e o garoto conseguia sentir que havia praticamente metade da quantidade que tinha no começo, ou seja, metade daqueles canibais estavam fora e em perseguição. Com toda a barulheira, certamente não iria demorar muito para o restante deles retornarem, e aí sim os três estariam em sérios apuros.

O singular gélido soltava Ethan, que já sacava as pistolas e ficava de costas para o prédio, observando e tentando sentir qualquer energia singular que se aproximasse. David corria até a base do prédio, respirava fundo e se posicionava enquanto seus braços ficavam pálidos e soltando vapor frio.

Lucy, sem tempo de sacar sua faca, simplesmente fincou suas unhas no braço e arranhou com tudo, fazendo o membro sangrar. Ela grunhe um pouco de dor e começa a levitar o líquido, retirando o suficiente para algumas balas de sangue.

Ela formava algumas bolhas pequenas, porém concentradas, mirando-as com sua mão imitando uma arma. David pegava impulso e tocava no prédio, congelando em questão de poucos segundos toda a base dele.

— Agora! – ele dava o sinal, e Lucy respirava fundo antes de disparar sequencialmente cinco balas de sangue, que atingiam a estrutura e formavam buracos. A princípio eram pequenos os que ela havia feito, porém, depois de disparar, Lucy estalou seus dedos e as bolhas concentradas de sangue se expandiram, utilizando o líquido para aumentar os buracos e destroçar metade da base frontal da construção.

O prédio começava a tremer. Os ghouls que ainda estavam ali dentro começavam a olhar pelas janelas quebradas para ver o que estava acontecendo. Percebendo o trio de singulares ali, eles começam a se organizar para pular e tentar impedi-los.

Ao mesmo tempo, Ethan sentia energias singulares se aproximando e, ao olhar para frente, conseguia ver vários movimentos bestiais e grunhidos de feras. O restante dos canibais, os que haviam ido para o outro lado ao invés da fábrica, estavam retornando.

O garoto, praticamente no susto, levantou suas pistolas e se concentrou o máximo que conseguia para disparar nas cabeças deles. Pelo nervosismo ele acabou acertando dois apenas na cabeça, nem chegaram a acertar a nuca, enquanto o restante acabava sendo acertado nas pernas, tronco e braços. Ethan ficava com uma expressão de quase desespero, ele entendia que realmente não estava pronto ainda.

— Se preparem para correr! – gritou David enquanto suas mãos pareciam criar algo com a criocinese, até que de sua mão é criado uma enorme foice de gelo.

David se posicionava, pegava impulso e girava seu corpo, arrebentando a arma na base congelada do prédio, mas conseguindo quebrar a metade restante para a construção enfim ceder. Após isso, ele e Lucy saem em disparada em direção à esquerda, oposta de onde vieram.

Ethan, ao mesmo tempo em que David arrebentava a estrutura, sentiu outra energia vindo pela direita e, quando olhou, era Mary, correndo dos ghouls. Por um instante ele ficou aliviado, porém Mary não estava da mesma maneira. Ela analisou toda a situação e ambiente em volta e tomou uma decisão. Enquanto corria, ela encheu os pulmões de ar e gritou para Ethan.

— Corre! – Era notável a hesitação na voz dela, porém também a preocupação.

— Hã!? – Ethan ficava confuso e perdido com o comando de Mary, ela estava dizendo para ele correr e a deixar para trás. Ela notou isso e dessa vez gritou até sentir sua garganta arder.

— ETHAN, CORRE!! – dado esse grito, até Ethan se assustou e, num impulso, sem pensar praticamente, com a adrenalina percorrendo seu corpo, ele guardou suas pistolas e tropeçou algumas vezes enquanto dava meia volta e saía correndo na direção de Lucy e David a toda velocidade.

Mary não parecia se cansar pela correria, mas sim por ter gritado tão alto. O prédio, depois que o três correram, enfim desabava e vai ao chão, levantando uma quantidade inimaginável de poeira e destroços que cobre todos em volta.

Victor e Rebecca cobriam o rosto e praticamente são empurrados pela cortina de poeira, perdendo Mary de vista, enquanto o trio que escapou, foi protegido por uma barreira de gelo criada por David.

Quando a poeira abaixou, David abriu a barreira e Ethan tentou procurar por Mary. Ele estava tão desesperado que nem conseguia se concentrar para distinguir a diferença das energias dos singulares.

— Mary. Mary! Mary! – ele chamava por ela, aproximando-se um pouco mais dos destroços do prédio.

— Ethan! – Lucy tentou agarrá-lo para não ir até lá.

O garoto acabou vendo, enquanto se aproximava, uma silhueta no meio daquela imensidão de poeira. Ele ficou feliz por um momento, imaginando que fosse Mary, porém, o sorriso logo era desfeito quando reparou que mais silhuetas estavam se levantando junto daquela. Acompanhado disso, o menino escutava grunhidos bestiais e algumas vozes.

— Seus malditos. – uma ghoul fêmea dizia.

— Não vai sobrar nada de vocês. – um ghoul macho dizia dessa vez.

Conforme as silhuetas se levantavam e diziam aquelas palavras, Ethan, Lucy e David arregalavam os olhos e se preparavam para correr novamente, a ruiva chamava pelo menino enquanto se preparava para correr. Ethan estava tão assustado que saiu em disparada antes que o casal pudesse dizer pela segunda vez para ele correr.

Ethan começava a se lembrar de uma coisa que Mary havia explicado para ele na vila dos Cicatrizes a pouco tempo.

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— Botas militares, iguais às suas? – Ethan questionou a albina, que havia lhe entregado aquele par para o garoto enquanto eles estavam conversando na casa.

— Sim, calce elas. Eu sei que nunca falei disso para você, Ethan, então acho que devo pelo menos te esclarecer. – Mary mostrava seu braço direito, no que ela usava uma braçadeira elástica e uma ombreira junto de uma luva. – Tanto isso, quanto as minhas botas, são itens... Feitos pelo meu pai.

— Seu pai? Ele também fez a sua espada? – Ethan perguntou, curioso.

— Sim, o poder dele é este, de forma resumida: qualquer objeto que ele criar, seja forjando ou tecendo, terá seu potencial elevado ao máximo. Itens que você veste, irão elevar sua proteção e força, armas ficarão indestrutíveis e até podem ser mais eficientes que uma normal. – ela tentava explicar de maneira simples.

— Então... Essas botas farão de mim mais rápido? – Ethan tentava assimilar as informações.

— Além de não tomar muito dano de queda e seus chutes serem quase mortais. Mas até estar mais treinado, fique de longe ainda. Conseguiu entender?

— Acho que sim, mas por que você tem dois pares? – o menino não parava com as perguntas, e essa em especifico a deixava um pouco hesitante.

— Era do meu irmão. – respondeu, deixando Ethan um pouco assustado. – Como meu pai já está morto, itens desse tipo não podem mais ser criados. Eu tentei preservar o que eu pudesse dos que ele já tinha feito, como esses coturnos. Itens que ele fez devem estar por todo o mundo, pensei que alguém da vila pudesse fazer um bom uso dessas botas, mas o Bruno disse que todos que tentaram desistiram depois de alguns minutos, era meio perigoso aparentemente.

— E-e não vai ser perigoso comigo então? – ele ficava relutante de usa-las.

— Eles só não se adaptaram bem, com você pode ser diferente, eu vou te treinar para usa-las corretamente. Pode colocar. — ela o acalmava o suficiente para ele aceitar a ideia.

— Não são muito grandes para mim ainda? – Ethan perguntava enquanto os calçava.

— Elas vão se ajustar ao seu tamanho sozinhos e, conforme você cresce, eles também vão se remodelando. – Mary explicava e, após o garoto calçar as duas botas, elas encolhem para ficar do tamanho adequado para Ethan. Impressionado com isso, Ethan abria um sorriso e amarrava os cadarços delas.

— Obrigado, Mary. – disse, contente. A albina tentou não sorrir também, ao menos externamente ela conseguiu, por fim ela faz alguns últimos adendos sobre as botas.

— Ah, é, você vai sentir uma dor depois que as calçar pela primeira vez. – logo que ela disse isso, os coturnos brilharam e pareceram agarrar as pernas de Ethan. As veias no membro dele começavam a ficar pretas e saltadas, estendendo-se dessa maneira até os joelhos do menino, tudo isso acompanhado por gritos de dor e agonia de Ethan. Ele sentia como se suas pernas estivessem sendo arrancadas com uma lâmina quente.

A albina se abaixava para ajudar o menino a se recompor depois de ficar agonizando no chão. Ele perguntava em meio a lágrimas.

— O que foi isso? – perguntou, ainda com as pernas tremendo devido ao acontecimento. As veias voltavam ao normal e os coturnos paravam de agarrar os membros.

— Foi um processo de ligação com seus nervos, era necessário. – Mary suspirava e decidia contar o fator final sobre aqueles itens. – Ethan, agora preciso que preste atenção. Toda vez que você utilizar o poder desses objetos, você vai sentir um pouco de dor, é inevitável, e pra ela te proporcionar velocidade ou força, você vai ter que dar algo em troca, sua própria energia e vitalidade.

— O quê? – ele perguntava ainda confuso e meio debilitado. Mary então, para facilitar a explicação, retirava um pouco a braçadeira, mostrando seu braço direito, que até então parecia ter apenas cicatrizes de queimaduras e cortes.

— Essas cicatrizes são realmente cortes que eu tive, mas essas, — ela se referia às de queimadura. – são resultados do uso de todo esse conjunto de braçadeira, ombreira e luva. Quanto mais tempo você utilizar, mais o item vai precisar retirar da sua vitalidade, você vai deteriorando. Tem maneiras de atrasar isso, comendo e dormindo bem, o que não é algo que eu possa fazer sempre, mas você sim. – Mary ajoelhava e ficava na altura do menino, que estava sentado. – Esse é o risco, Ethan. Se você não tem certeza, é só retirar essas botas, mas você daí não vai comigo, entendido?

— Sim... Sim, senhora. – respondeu, um pouco assustado e ainda lacrimejando de dor.

— Levante. – Mary ficava de pé e oferecia a mão para Ethan, que aceitou a ajuda enquanto secava as lágrimas na manga da blusa. Ele olhava para sua mestra, um misto de determinação com tentativa de não chorar. – Vamos.

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Lembrado de toda essa explicação, Ethan inconscientemente ativou o poder de suas botas, e as veias em suas pernas, apesar de não visíveis por causa da calça que ele usava, ficam enegrecidas e salientes.

Ele sentia uma dor considerável nelas, mas estava tão assustado e com o comando de Mary martelando em sua mente que praticamente ignorou e começou a correr muito mais rápido do que quando estava sem.

David e Lucy viam o garoto passando e se impressionavam, mas não tinham muito tempo para apreciarem isso, pois os ghouls que saiam dos escombros pegavam impulso e saltavam de uma vez para cima do casal. Os dois tropeçavam algumas vezes e se levantavam, saindo correndo atrás de Ethan.

— Como diabos ele- Ah, deixa pra lá. – disse Lucy, indignada. A ruiva ativava sua habilidade e suas pupílas brilhavam, com isso, as veias em suas pernas se salientavam e ela mesma ficava com uma cor mais avermelhada e, assim como Ethan, ela acelerava e corria praticamente na mesma velocidade do menino.

— A gente pergunta isso depois. – ao mesmo tempo, David também usou seu poder e de seus pés começava a ser criado uma pista de gelo, na qual, conforme ele vai se deslocando, vai se criando mais, também ficando na mesma velocidade de Ethan e Lucy.

Os ghouls também não deixariam barato, pois já eram mais rápidos que humanos comuns, então, se o trio desacelerasse, seria pego em praticamente um segundo. Por enquanto, eles só tinham a opção de correr.

Do lado oposto ao que eles estavam, Mary estava encostada em alguns destroços de casas com a pistola numa mão e a katana na outra, ela estava cheia de sangue e ofegante. Enquanto descansava um pouco e se escondia, ela pensava um pouco e sussurrava para si mesma.

— Como eu vou sair daqui agora?

 



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