Volume 2

Capítulo 111: O Irritante

Alaric e o recém-conhecido Galean haviam acabado de enfrentar uma pequena gangue, se é que podiam ser chamados assim; eram apenas um grupo de delinquentes, que não deram nenhum trabalho para serem derrotados. Tudo isso para salvar o suposto líder, Lucian, que estava sendo espancado quase até a morte.

Lucian, o garoto em questão, estava nas mãos de Galean, sem forças para se manter em pé. Seu rosto estava inchado de tantos socos, e sua consciência vacilava a cada momento.

— O que fazemos com ele? — indagou Galean, olhando para o pobre garoto.

— Agora que nos envolvemos, deixá-lo aqui não é mais uma opção — afirmou Alaric, lançando um olhar para o agressor, que após um golpe certeiro do jovem, estava desmaiado em cima de uma lixeira. — Até porquê, se o deixarmos aqui, será o mesmo que condená-lo à morte assim que aquele idiota acordar.

Galean que olhou para o agressor, e voltou a atenção para Lucian. Era uma verdade, assim que o homem acordasse ia retornar a espancar o garoto, talvez com muito mais raiva, após ter apanhado da maneira que apanhou para Alaric. Enquanto, ponderevam sobre o que fazer, as pálpebras de Lucian começaram a se mexer, ele estava prestes a acordar. 

— Onde… onde estou? — perguntou ele, recobrando parcialmente a consciência. 

— Acho que você chama isso aqui de casa — respondeu Galean, olhando ao redor, na verdade era apenas um beco, mas provavelmente para o garoto, era como sua casa. 

— Casa…? Casa! — Ele abriu os olhos com tudo, e se desvencilhou das mãos de Galean. — O que houve? Espera… na verdade…

Ele se lembrava de tudo, dos socos que levara, da sua quase morte por aquele que um dia chamou de família, o olhar pesaroso se dirigiu até o homem, enquanto pressionava os lábios, em melancolia. 

— Pelo jeito os socos não afetaram sua cabeça — Galean caminhou até ele, com um sorriso no rosto. — Ainda bem…

— Ei! Calma aí! O que está havendo aqui afinal? — Ele olhou ao redor, percebendo que não havia mais ninguém. Então, lembrou-se da última visão: Alaric segurando o braço do agressor. — Por que vocês me ajudaram? O que eu tenho a oferecer para vocês? Não faz sentido algum...

— Ele eu não sei, mas eu... — começou Alaric, com uma voz mais ameaçadora que a de Galean, fazendo Lucian estremecer levemente. — É que um certo alguém acabou me impulsionando a agir.

Tanto Lucian quanto Galean ficaram fitando-o, confusos com aquelas palavras. Alaric suspirou e avançou um passo.

— Só esquece. Te salvei para não ter mais uma morte na minha consciência — Era mais fácil falar isso do que explicar suas motivações mais profundas. — Vamos sair daqui agora, tudo bem?

— É sério? — Os olhos dourados de Lucian se arregalaram, brilhando como os de uma criança animada. — Posso ir junto? Tipo, realmente posso?

Alaric já havia percebido o tipo de personalidade daquele rapaz, um tipo bem irritante. Sem olhar para trás para confirmar as indagações, deixou a resposta para Galean, que tocou no ombro do garoto.

— Se ele disse que sim, é verdade — Galean abriu um grande sorriso.

— Woa... Eu... Eu... — O olhar de Lucian se dirigiu àqueles que ele chamava de família há poucos minutos atrás, as pupilas abraçavam a melancolia. — Mas abandonar eles...

— É sua escolha — afirmou Alaric, convicto. — Fique aqui e veja no que resultará; garanto que será na sua morte. Ou faça uma aposta e me acompanhe, tendo talvez uma vida ligeiramente melhor.

Galean observou Alaric, orgulhoso apesar de conhecê-lo há tão pouco tempo. Dando dois tapinhas no ombro de Lucian, começou a andar também.

— Como ele disse, a escolha é sua — Galean parou, baixando a cabeça e cerrando os punhos. — Só tente não escolher a opção que fará você viver por alguém que possa te descartar em um piscar de olhos... apenas isso.

Lucian absorveu aquelas palavras e olhou para as próprias mãos, sujas e cheias de cicatrizes. Em seguida, lançou um olhar ao passado, àqueles que um dia chamou de família, e depois para o futuro, representado pelos dois que poderiam tornar sua vida um pouco melhor. A escolha, que parecia difícil, tornou-se fácil, mesmo que fosse triste, depois de tudo que viveu.

— Vejo que sabe tomar boas decisões! — comentou Galean com um sorriso ao ver o garoto acompanhá-lo.

— Vivi na rua a vida toda. Ou eu tomava as melhores decisões, ou já estaria morto há muito tempo. — Ele olhou para Galean, que exibia um sorriso simpático, e depois para Alaric, cuja expressão apática era assustadora. — Vem cá... vocês dois são bem diferentes, né? Você é mais simpático, já o chefe é mais quietão. Dá até medo às vezes... Quer dizer, ele é legal e tal, mas...

— Você realmente é do tipo que fala demais, não é? — disse Alaric, desanimado. — Espalhafatoso... Primeiro, você mal me conhece para tirar conclusões. E segundo, eu não sou seu chefe!

Com o grito, Lucian arregalou os olhos, e Galean deu risada.

— Desculpe, chefe! É só que... Vamos lá, é impossível tirar outra conclusão com essa cara de cachorro estressado aí... — Ele percebeu que havia se expressado mal. — Espera! Não quis te ofender! É que... é que...

— Hahahah! Esse moleque é engraçado, isso você tem que admitir, Alaric.

— Ahhh... — Alaric já estava arrependido de ter trazido o garoto junto. — Só calem a boca...

Que reviravolta na vida: de sozinho, perseguindo um bandido nos telhados, para ser acompanhado por um garoto que mal conhecia e outro que, do mesmo jeito, mal conhecia, mas era irritante. Alaric se perguntava o que havia feito para merecer isso e pedia aos deuses para não responderem.

Escutando aquele moleque falar a cada dois segundos, intrometido e irritante, eles chegaram à rua principal, que ainda estava lotada como sempre. Andando um pouco mais, encontraram-se com Zhi Fēng e Eian Liu.

— Alaric! E... quem são eles? — indagou Zhi Fēng, um pouco confuso.

— Bem, este é o Galean... — Alaric indicou o outro, que se escondia atrás dele. — E esse aqui é o Lucian...

— E por que ele? — Eian Liu apontou para o garoto, estranhando-o estar escondido atrás de Alaric.

Alaric virou-se e o puxou contra a vontade para frente. Lucian tentou se esconder de novo, mas não era páreo para a força de Alaric. Restou a ele juntar as mãos nas coxas e desviar o olhar para baixo.

— Você falou o caminho inteiro... — disse Alaric, erguendo uma sobrancelha. — Por que o silêncio agora?

— É que... sabe como é, meu tipo de trabalho rende muitas inimizades... do tipo que adoraria me estrangular...

— Tipo de trabalho? — Eian Liu franziu o cenho, cruzando os braços. — Alaric, onde você encontrou esses dois?

Galean, que estava ao fundo, deu alguns passos à frente, chegando ao lado de Alaric, e encarou Eian Liu com um sorriso simpático.

— Bem, senhor... Como ele já me apresentou, sou Galean Vandever. Eu havia sido roubado, imagino que como vocês.

— Vandever? — questionou Zhi Fēng, cruzando os braços também. — Você realmente não é daqui. E espera... Roubado também?

Alaric então tocou os ombros de Lucian, fazendo-o estremecer. O garoto ficou imóvel, sem conseguir escapar.

— Apresento a vocês, o ladrão em questão.

Todos encararam Alaric surpresos, menos Galean. Os demais desceram o olhar até Lucian, que era ligeiramente mais baixo que o jovem, estreitando os olhares.

— Então ele é o ladrãozinho... — disse Eian Liu, apertando os braços cruzados. — O que vai fazer com ele? Entregar aos guardas?

— Não. Eu prometi lhe dar um lugar para ficar e algo para comer. — Alaric deu dois tapinhas no ombro de Lucian. — Espero que não se importem.

O jovem ladrão, ainda com o olhar desviado para baixo, levantou-o levemente, apenas para encontrar os olhares estreitos dos outros dois, e imediatamente voltou a olhar para o chão, temeroso.

— Nunca pensei que você fosse do tipo caridoso... — comentou Zhi Fēng, observando melhor o pobre Lucian. Ele estava magro e sujo, denotando a falta de cuidados. — Bem, por mim, não vejo problemas... Mas me diga, como fará para proporcionar tudo isso a ele?

— Então, aí que vocês entram. — Os dois o olharam perplexos. — Deem um emprego para ele na residência do clã.

Todos arregalaram os olhos, e Lucian saltou para se livrar das garras do jovem, começando a observá-lo atentamente.

— Está maluco? Como poderíamos oferecer um emprego a um ladrão? — indagou Eian Liu, visivelmente estressado.

Zhi Fēng parecia incapaz de reagir de imediato, na verdade, parecia ponderar enquanto observava Lucian com um olhar pesaroso.

— Eu não entendo — Galean se intrometeu, puxando a atenção de todos para si. — Se não oferecerem um meio para ele subsistir, como ele vai parar de roubar? É um modo muito egoísta de pensar…

— Mas calma aí também! — exclamou Lucian, claramente mais em choque que todos. — Eu não tinha ouvido esse plano aí não, chefe! Trabalhar na residência de um clã? Até eu consigo ver que é demais.

— Não acho que seja algo tão absurdo assim — respondeu Alaric, encarando Galean e depois lançando um olhar decidido para Eian Liu. — Inclusive, eu concordo cem por cento com o que Galean disse.

Eian Liu descruzou os braços e levou uma mão à testa para coçá-la, enquanto a outra descansava na cintura. Alaric e Galean o encaravam de frente, enquanto Lucian estava ao seu lado, olhando para Alaric, e Zhi Fēng, ainda pensativo, observava o ladrão.

— Claro que para você não é um absurdo — começou o guardião, em tom ameno. — Você não é daqui, não conhece tudo que envolve um clã, as tradições, a hierarquia. Eu entendo o que vocês estão dizendo e concordo que, se quisermos que ele pare de roubar, temos que fazer com que ele pare de sentir... não, pare de passar fome. Eu não me importaria de ajudá-lo a encontrar um emprego comum, se esse for seu desejo, Alaric. Mas trabalhar na residência de um clã? Ainda mais o clã do vento? Isso é demais, é incabível.

— Na verdade... — interrompeu Zhi Fēng, parecendo finalmente ter chegado a uma conclusão. — Não vejo problemas...

— Espera! Sério? — perguntou Lucian, enquanto Alaric e Galean olhavam para o jovem mestre com bons olhos. — Calma aí! Calma aí! Eu ouvi certo, não é? Ei, chefe! O verdinho aqui falou o que eu ouvi, sim?

Galean abriu um amplo sorriso, e Alaric balançou a cabeça, aquele idiota poderia ter arruinado tudo se Zhi Fēng não fosse um pessoa mais moderada. Tanta que apenas deu um riso sem graça, para maneira que foi rotulado, verdinho… As pessoas realmente o chamavam assim pelas costas? 

— Eu não concordo… Mas, também não vou contrariá-lo, jovem mestre. Você é um dos possíveis sucessores do clã, é quem melhor deve tratar de assuntos assim… 

Alaric sabia que Eian Liu não estava nada satisfeito com aquilo, mas nunca iria contrariar algo dito por Zhi Fēng, bem, já era alguma coisa. Inclusive, uma maneira de manipular o guardião, algo que os dois deviam ver melhor, pois era perigoso. 

— Ótimo, então se tudo está resolvido — Galean começou, ainda com um sorriso simpático no rosto. — Irei partir, tenho muitas coisas para fazer por aqui.

— Coisas? — indagou Zhi Fēng, uma voz vacilante, mas curiosa. — Desculpe minha intromissão, mas o que irá fazer por aqui?

Todos passaram a observar Galean, que coçou os cabelos cinzentos.

— Ah, já ouviram falar do torneio? Meio que fui chamado para participar dele. 

Eles adotaram um semblante perplexo, exceto Lucian, que parecia mais perdido que cego em chuva de flechas. As pessoas passavam ao redor; eles estavam no meio da rua, a segurança realmente não existia, mas parecia que nenhum deles estava preocupado com isso.

— Hã? Mas... Bem, irá representar qual clã? — investigou Zhi Fēng, erguendo uma sobrancelha.

— Pelo que me lembro, se chamam de Clã das Estrelas.

— Um clã menor... — ponderou o jovem, lançando um olhar para Eian Liu. — Ficou sabendo de algo assim? Clãs menores sendo permitidos participar?

— Não, jovem mestre... — Ele então olhou para o céu. — Mas se não me engano, o Clã das Estrelas é um abaixo dos oito grandes, não é?

Eian Liu estava certo; o Clã das Estrelas era considerado o nono clã na hierarquia de influência, o que o tornava um clã de menor expressão.

— Hmmm… Você irá participar do torneio... — Alaric encarou Galean. — Seremos rivais então.

— Hm? Não creio, você também irá participar?

— Gente, gente! Por que parece que depois que o assunto sobre mim foi resolvido, vocês passaram a falar outra língua? Caramba, torneio? Que mer... que coisa é essa?

Alaric olhou para ele com desdém e voltou sua atenção para Galean, que continuou:

— Sobre o clã, fiquei sabendo por eles que dois clãs de menor expressão, como vocês chamam, seriam convidados a participar... Me escolheram como campeão de um, e o outro ainda está vago...

Foi nesse momento que os olhos de Alaric se arregalaram. Assim, uma pessoa que tanto queria participar do torneio poderia finalmente ter uma chance.

— Bem, mas se isso é tudo... — Galean acenou com a mão e virou-se, caminhando entre a multidão. — Estou de partida, e Alaric, você é uma pessoa legal, te conhecer foi divertido... Mas saiba que quando nos encontrarmos na arena, seremos rivais. Espero que lute com todas as suas forças contra mim... A extensão do seu poder vai muito além do que os outros podem sequer imaginar. Contudo, não se segure, pois eu também não vou.

Palavras corajosas, que arrancaram um leve riso de Alaric, algo que ele não fazia há muito tempo.

— Garanto em nome de meu irmão, que contra você, usarei tudo que tenho — disse, começando a caminhar na direção oposta. — Esteja preparado para enfrentar a força de um deus em carne humana.

Zhi Fēng, Eian Liu e Lucian seguiram Alaric, afastando-se de Galean, que desapareceu entre a multidão. O dia de passeio havia acabado; agora, eles precisavam retornar para casa e refletir sobre como agiriam dali em diante.

A viagem de volta foi tranquila, apesar da distância. Não foi exaustiva, exceto pela constante tagarelice de Lucian, que não parava um minuto. Alaric estava a ponto de arremessá-lo longe. No fim, Lucian conseguia ser mais irritante que Aldebaram, na opinião do jovem. Mas ele não podia negar que sentia uma certa nostalgia exatamente por isso.

— Uau… Ei, chefe! Aquela casona é do verdinho?

Eles já estavam de frente à residência do Clã do Vento, uma enorme mansão que cobria tantas quadras que era difícil de mensurar. Não era surpreendente que alguém com a vida de Lucian tivesse tal reação ao vê-la. Alaric também teve quase a mesma reação quando a viu pela primeira vez, mas soube se conter.

— Lucian, não fique dando apelidos para os outros assim — orientou Alaric, estreitando o olhar. — E pare de me chamar de chefe!

— Como ordena, chefe! — respondeu, com um sorriso que mostrava todos os dentes.

O jovem levou a mão aos olhos. Era de propósito, só podia ser. Eian Liu começou a rir; nunca imaginou ver Alaric naquela situação. O único que parecia ter uma reação diferente era Zhi Fēng. Ele encarava a casa com olhos ansiosos, nada confiantes, parecendo prestes a dar meia-volta.

"De novo essa reação... O que esse cara tem?" Alaric o observava de soslaio, ponderando sobre o porquê de ele sempre agir assim. Quando saíram da residência mais cedo, ele estava da mesma forma. Era estranho, e o jovem começava a sentir uma vontade intrínseca de descobrir o motivo.

Zhi Fēng percebeu o olhar de Alaric e voltou a si, balançando a cabeça.

— Bem, vamos entrar?

Todos assentiram, e ele caminhou na frente. Os seguranças abriram os portões, e eles atravessaram, passando pelo quintal e chegando à porta principal. Zhi Fēng, então, parou e virou-se para eles com uma expressão desanimada.

— Lucian, me perdoe… Mas não posso permitir que você entre na casa principal do clã... Ainda não.

— Ah, tudo bem! Não se preocupe. Por onde eu vou dormir então? Oh... não me diga que será um lugar tão confortável assim? — Ele olhava em direção às árvores e começou a pisar na grama, parecendo testá-la. — Isso é até demais, verd... Sr. Fēng, a grama é tão macia... e as folhas serão uma ótima coberta. Você é realmente um cara incrível!

O jovem novamente levou a mão ao rosto, primeiro porque aquele moleque falava demais e segundo porque ele simplesmente entendeu tudo errado. Alaric sabia lidar com isso, mas Zhi Fēng, coitado, não sabia nem como reagir. E, Eian Liu se segurava para não rir; era uma situação muito complicada.

— Então, sabe... Acho que você está um pouquinho enganado... — Zhi Fēng sorriu sem graça e olhou para Eian Liu. — Eian, acompanhe-o até a casa dos empregados e peça para Sofia situá-lo sobre tudo.

— Como deseja, jovem mestre — disse Eian, tocando no ombro de Lucian com um sorriso simpático. — Vamos?

— Oh, vovô, esse sorriso aí parece mais de um maníaco prestes a atacar do que qualquer outra coisa... Não me dá muita confiança não...

Já impaciente, Alaric não conseguiu se segurar mais e deu um tapa na nuca do rapaz, quase o fazendo voar contra o guardião. O golpe ressoou seco, e Lucian cambaleou, firmando-se enquanto levava a mão à nuca.

— Aí! Ei, chefe! Está achando que minha nuca é mesa de carteado? Pode bater à vontade? As coisas não são assim não! Poxa…

— Toda vez que você falar besteira, vai levar outro — ameaçou Alaric, estreitando o olhar e assumindo uma expressão sinistra.

Lucian deu uma leve estremecida e finalmente começou a seguir Eian Liu, não sem antes reclamar, ainda acariciando a nuca que ardia:

— Muito violento, não acha, vovô? E que mão pesada da desgraça... É uma mão ou uma marreta? Isso vai arder até amanhã, droga, chefe!

Nem depois de apanhar ele conseguia calar a boca. Era incrível. Alaric sentia que havia arrumado uma maritaca, não um companheiro. Ele podia ser considerado um companheiro? Alaric ainda não saberia responder.



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