Setes Japonesa

Tradução: BatataYacon

Revisão: Delongas


Volume 17

Capítulo 14: Senso Comum


... Miranda olhava para as filas de soldados da fortaleza ambulante.

No palco que tinha sido preparado, Lyle se erguia em sua armadura. Das sombras, Eva colocava um acompanhamento musical sobre seus vários gestos, tudo enquanto usava sua Skill para fazer a voz dele chegar aos mais de duzentos mil soldados.

— Realmente foi um caminho rápido para chegar aqui.

Um dos maiores fatores foi a sorte com a qual o Lyle foi abençoado. Não, poderia chamar de chance.

Para aqueles que fazem preparações, um apuro era um tipo de chance. Lyle tomou vantagem da recaptura de Zayin sob uma situação desesperadora para expandir sua influência.

Apesar do Lyle uma vez ter sido um bom menino de boa criação, a este ponto ele dava um discurso para um exército de centenas de milhares.

— ... Se quiséssemos ser espertos, nossa melhor aposta seria esperar a exaustão de Bahnseim antes de invadirmos. Nós certamente seríamos capazes de obter vitória sem qualquer esforço da nossa parte. Não haveria necessidade nenhuma de fazermos o esforço de lutarmos agora.

Ouvindo as palavras do Lyle enquanto negava a validade da invasão de repente, Miranda olhou em volta. Em torno do Lyle, havia as pessoas que tinham lutado junto a ele desde o começo. Novem, Aria, Shannon, Clara, Eva e May. Mônica estava trabalhando nos bastidores.

— Mas mesmo enquanto falamos, sangue continua a escorrer. Se ignorarmos, Bahnseim certamente espalhará morte por todo o continente. Eu não posso permitir isso. Ignorar o mau e aguardar até que a vitória venha até nós; vocês realmente poderiam chamar isso de justiça!? Não, isso não é justiça minha! Para salvar este continente, para trazer a paz! Não importa o quão difícil seja, eu estou decidido a lutar! Damas, cavalheiros. Galantes soldados! Rogo a vós que me emprestem sua força! Pela justiça, para salvar o continente dos atos perversos de Bahnseim, rogo a vós para que me emprestem suas vidas! O desfecho dessa batalha depende do trabalho de todos os heroicos homens e mulheres do exército!

Lyle declarou que eles eram a justiça, e preparou a justa causa de salvar o continente. Mesmo se ele não exagerasse, boatos dos malfeitos da Celes tinham se espalhado.

E como o Lyle, eles tinham pouco tempo. Se ele esperasse mais, definitivamente poderia organizar melhor suas forças. Ele poderia preparar um exército mais poderoso.

Mas acima da vitória na guerra, a existência da Celes era perigosa demais. Ao invés de vencer a guerra, o Lyle pensava que derrotar a Celes se provaria mais difícil.

Vera, que tinha movido a fortaleza, assistia Lyle da janela de um cômodo. Nas filas de tropas estavam as formas de Gracia e Elza.

Onde marchavam os superiores de Zayin, havia Thelma, Aura e Gastone. De Lorphys, havia Annerinne e o Primeiro Ministro Lombolt. Havia a forma dos mercadores também. Fidel, por exemplo, parecia bastante entediado.

Lianne e Adele também estavam naquela fila.

E Baldoir e Maksim que comandavam exércitos próprios se punham em fila em suas armaduras.

— Esta batalha será relembrada pelas eras. Galantes soldados. Vençam e ponham seus nomes junto aos de heróis! A justiça está do nosso lado! O sorriso da deusa está sobre nós!

De pé ao lado de Miranda, Shannon se posicionava para que os soldados não vissem enquanto ela bocejava.

— Como ele gosta de falar. Ele só está tentando atacá-los o mais rápido possível por medo da Celes ser absorvida pela Agrissa. E estamos atacando porque sabemos que vamos vencer de qualquer jeito, não é?

A colheita havia terminado, e os tempos tinham se acalmado. Era a época do ano em que se podia reunir mais soldados, e a mais conveniente para uma batalha. Era o mesmo para o lado de Bahnseim também.

Mas na exausta terra de Bahnseim, Centralle era a única terra restante capaz de oferecer qualquer resistência decente de acordo com a informação coletada.

— Saber que se vai vencer sem dúvida abaixa sua guarda, e abaixar sua guarda é perigoso. Um senso de perigo põe um pouco de desespero nas suas ações. E não é como se fosse possível vencer com certeza desde que se tenha um grande exército.

Miranda olhou para as expressões nos rostos das fileiras de soldados. Eles estavam mostrando alguma motivação ao ouvir a palavra “justiça”. Na realidade, eles acreditavam-se corretos. Se não pensassem nisso, não lutariam. Se fosse por suas famílias, eles pegariam suas armas. Mas em uma terra distante, um lugar que ninguém era capaz de sequer dizer se beneficiaria seus lares, era difícil encontrar uma razão para lutar.

Uma justa causa era necessária. Não importando o quão ilusória pudesse ser.

— Estão todos olhando para ele com caras que sabem bem demais que ele derrubou um enorme exército com uma pequena força. É irritante. Afinal, é como se só fossem lutar se tiverem a vantagem absoluta.

— E preparar uma situação dessas é o nosso trabalho e do Lyle. Bem, apenas deixe suas reclamações por isso.

Lyle estava erguendo uma espada ornamental ao invés da Katana em sua cintura para bem das aparências. Os soldados responderam à sua voz e levantaram seus gritos.

O ar tremeu, como se seu zelo fosse soprar para longe o frio matinal.

— ... Todas as tropas, avançar!

Pela Skill da Eva, a voz de Lyle chegou a cada uma das tropas reunidas...

... Enquanto Lyle marchava, Lianne tinha trabalho na retaguarda, então retornaria imediatamente ao castelo.

Mas a Unidade Trinta e Quatro tinha o dever de proteger o Lyle, então não podia acompanhá-la desta vez. Na carruagem da frente, a Valquíria conversava com Lianne.

— Mesmo se eu não estiver com você, não pode colocar uma porção extra de açúcar.

Uma veia se projetava na testa de Lianne em resposta à lenga-lenga da Unidade Trinta e Quatro.

— Você realmente é rude até o fim.

A Unidade Trinta e Quatro levou uma mão até a boca.

— Que pena. Sou uma autômato.

Vendo a Unidade Trinta e Quatro rir, Lianne soltou um suspiro.

— Volte logo. Vou te fazer trabalhar até os ossos.

A Valquíria sorriu. Ela estava em um conjunto azul de armaduras com prendedores em forma de asa em suas costas, ao invés de seu uniforme de empregada de sempre. Para o uso das Valquírias, havia simples autômatos em forma de cavalo preparados, e ao lado da Unidade Trinta e Quatro havia um cavalo mecânico.

As Valquírias insistiram bastante nos cavalos, dizendo que não havia elegância em motos.

— Isso é pra ser uma tsundere? Infelizmente algo desse nível não é nada mais que uma recompensa para nós. Mesmo que diga que me odeia, continuarei te servindo até que vire uma inútil sem mim.

A ponta de seus cabelos estava amarrada com o cordão rosa que havia recebido de Lianne.

— ... Hah, não importa o que eu diga, você acha razão de ficar alegre. Que vida alegre que você vive aí. Bem, é bom ter alguém que te deixa fazê-la trabalhar até os ossos. E é bom que vocês não traem.

A Unidade Trinta e Quatro tocou sua boca com a mão em resposta ao que Lianne falou:

— É uma história diferente se mostrar suas presas ao mestre. Não se preocupe. Irei assumir responsabilidade pelo pintinho por você e o criarei. Como uma amorosa mãe, como uma amorosa irmã, como uma amorosa amante... espera, o quê!? Será que assim vai ser mais interessante?

Quando algo bastante inquietante passou pela cabeça da Unidade Trinta e Quatro, Lianne deu-lhe um belo golpe na cabeça.

— Apenas vai logo! Quando você voltar, irei corrigir essa sua personalidade.

Quando a Unidade Trinta e Quatro subiu em seu cavalo e sorriu:

— Isso é impossível. Esse é o padrão do programa.

Ela falou enquanto se separava de Lianne...

Enquanto marchávamos, nossa força principal consistia em geral de cem mil.

Baldoir e Maksim-san, cada, lideravam cinquenta mil por uma rota separada, e para garantir que não fôssemos atacados por trás, tomávamos os pontos importantes de surpresa enquanto avançávamos.

Entretanto...

— Começar o bombardeio!

No terceiro andar da fortaleza ambulante havia o maquinário para movê-la. Ali, Vera e o capitão da Casa Trēs junto com os marinheiros operavam a fortaleza.

Quando fogo disparou dos canhões brotando de seu porte metálico, a fortaleza tremeu.

A muralha de um forte de Bahnseim foi facilmente penetrada pelo bombardeio da fortaleza ordenado por Vera.

Um forte com apenas um punhado de Cavaleiros capazes de usar magia não era inimigo para nós. A bandeira branca subiu de imediato, e dei a ordem de tomar o forte. Com apenas isso, as forças se moveram e o suprimiram.

— Não há nada para fazer.

— Sentar quietamente também é um trabalho. Bem, é hora dos subordinados ganharem seus méritos. Não faça nada exagerado demais.

— Eu sei.

O general Blois estava por perto, sentado em uma cadeira.

Eu havia pego vinte mil¹ da força principal, os deixado a comando da Aria e da Miranda, e colocado eles na direção dos Senhores que não fizeram suas posição clara.

Por perto, Mônica habilidosamente colocava chá na fortaleza estremecida e oferecia para mim.

— Mensagem da Miranda-san. Ela conseguiu tomar o Vilarejo alvo junto com a Elza-san. Apenas cercá-los foi o bastante para que se rendessem.

O General Blois também tomou um pouco de chá.

— Tenho certeza que sim. Desde o começo de nossa marcha, levou apenas alguns dias para avançarmos bastante. Temos o poder e disposição para esmagá-los caso se oponham. O que pretende fazer com os senhores que se renderam?

Tomei um gole de chá enquanto falava:

— Vou reduzir a posição deles à Cavaleiros e mandá-los para reclamar terras.

— Então está mandando eles para as bordas do continente? É assim que se acaba odiado.

Eu dei uma leve risada.

— Já sou bastante odiado.

Nisso, Mônica me falou:

— A Aria-san está enfrentando uma dura batalha.

Minhas sobrancelhas tremeram.

— Uma dura batalha com a Gracia ao lado dela? Então eles tinham gente talentosa sobrando?

O lugar para onde enviei a Aria não estava em uma escala de enfrentar um exército de dez mil. Enquanto me perguntava que tipo de problema havia acontecido, ela prosseguiu:

— Não, parece que estão realizando as negociações para a rendição, mas a conversa não está avançando com a outra parte. Eles estão exigindo paz para o seu território e um status digno quando o frangote sair de vitorioso. Se recusarem, estão dispostos a resistirem com tudo ou nada.

General Blois faz uma expressão compreensiva.

— Ah, esses tipos estão por aí. Os Senhores Feudais que não olham para a situação em volta. Se bem me lembro, ele deve ser um Baronete, e vassalo de outro.

Levei minha mão à Joia, mas a meio caminho, cerrei meu punho e resisti.

(Estou sendo rápido demais tentando depender deles. Isso não é nada bom.)

Recordei as palavras dos meus ancestrais.

— Diga para a Aria que estou deixando nas mãos dela. Eu poderia sair se precisasse, mas isso é algo que ela precisa aprender. Se não tiver como ela resolver, diga para enviar outra mensagem. E faça preparações para enviar reforços de vinte mil a qualquer instante.

General Blois falou:

— Deveria ter colocado alguém bom em negociações com ela.

Eu sorri:

— Bem, ela precisa ser capaz de fazer pelo menos isso. E um oponente ainda maior aguarda logo adiante.

O general fez uma cara bastante relutante.

— Ah, aquele Senhor Feudal. Se essa é a atitude do vassalo, talvez o suserano seja horrível.

... Com as negociações deixadas em suas mãos, Aria se virou para Gracia.

A resposta da Valquíria tinha sido “é tudo com você”, então Aria e Gracia estavam forçando suas cabeças com o assunto.

A linha de visão da Gracia vagava pela barraca.

— O-o que faremos? Geralmente eu posso lidar com esses tipos de negociações com poder, mas devemos invadir com alguns milhares para mostrar nosso poderio?

Aria estava perturbada. Gracia tinha uma cabeça de músculos pior que a dela, mas nunca pensou que seria tão inapta em tudo senão batalha. Já que ela estava liderando um país, ela tinha pensado que seria boa pelo menos em negociações, mas esse não parecia ser o caso.

— Não, isso não é bom. Eles já disseram que se renderiam, então temos que negociar, de alguma forma.

Mas Gracia exclamou:

— Então quer dizer que aceitará aquelas exigências!? Quando estamos tomando os outros territórios, além do mais, apreendendo seus Senhores, só esse cara vai receber garantia de segurança!? Seria muito mais rápido apenas invadir e tomar o lugar!

O território só tinha algumas centenas de soldados, mas eram bastante teimosos.

— Não consigo compreender porque seriam tão teimosos também!

Nisso, um Cavaleiro entrou na barraca.

— Hm, eles estão ficando impacientes com a questão de quando enviarão o negociador.

Quando a Aria e Gracia se viraram para ele, o Cavaleiro soltou um “Eeek!”. As duas mulheres apressadamente formaram tranquilidade em suas faces e o enviaram de volta pacificamente.

Aria falou:

— D-de todo modo, temos que ensiná-lo a realidade.

Gracia fez uma cara relutante.

— Não acho que as negociações avançarão. Ele está nos subestimando por alguma razão.

Aria nunca pensou que seu oponente seria tão teimoso quando estavam liderando um exército de tal escala. E como a Gracia disse, ela achava que seria muito mais fácil se tivesse terminado em batalha...

... Por outro lado, no lado da Miranda.

Sentada em sua cadeira, ela cruzava as pernas em sua armadura.

Havia um Baronete em sua frente, tentando o melhor para implorar pela segurança de seu território. Sem negociador para mediar, ela havia chamado diretamente pelo Senhor Feudal.

— ... Não temos outra escolha senão seguir a vontade de nosso Senhor. Pelo que leve nossas circunstâncias em consideração.

Miranda dirigiu um sorriso ao Senhor Feudal.

— Então não vê problema em serem atacados, tomados, e destruídos em nossa marcha? E vocês oficialmente declararam que se aliariam com o trono de Bahnseim, não foi? Depois que já proclamaram sua hostilidade, não acredito que esteja compreendendo sua posição.

O Baronete — em termos de escopo territorial, era um Senhor com algumas centenas de soldados ao seu comando —, mas seu suserano, aquele com as maiores terras na área, era da facção de Bahnseim, então havia declarado hostilidade ao Lyle. Mas no final das contas, nenhuma ajuda estava vindo de seu senhor, e as forças inimigas estavam na casa de várias centenas de milhares. Além do mais, dez mil soldados tinham acabado de cercá-los.

Mesmo se o Senhor e outros vassalos reunissem o que tinham, para começo de conversa, seria impossível conseguir dez mil tropas desse território.

— ... Seu território está confiscado. Se quiser que o nome da sua família viva, então comece de novo como Cavaleiro. Lhe é permitido o direito de reclamar terras não cultivadas. Se não gostar disso, então lute até ser o último de pé. É claro... me pergunto com quem o seu povo se aliará.

Em resposta às palavras de Miranda, o Senhor Feudal ficou de rosto pálido. Do ponto de vista do povo, era uma sentença leve caso conseguissem escapar com uma simples mudança de senhor.

— É uma boa oportunidade para testar o quão amado você é pelo seu povo. Vá em frente e se prepare. Lhe darei tempo para isso.

Se ele fosse amado pelo povo, havia uma possibilidade de ajudarem-no a resistir até o último momento. Mas a investigação prévia já havia deixado claro que isso não ocorreria.

— Espero que não seja morto pelo seu próprio povo.

Disse-lhe Miranda com um sorriso.

Um suor frio escorria em Elza, que estava por perto, enquanto assistia a Miranda.

Assistindo o Baronete enquanto levava seus Cavaleiros para fora da barraca, a Valquíria de serviço falou:

— Com isso, você suprimiu todos os vilarejos designados. Enviarei o relatório.

Quando Miranda se levantou, perguntou à Valquíria:

— Então, como estão indo as coisas do lado da Aria?

— ... As negociações não estão indo a lugar nenhum. Parece que o oponente dela está dificultando as coisas.

— Aria, o que é que você está fazendo? Puxa vida...

Elza perguntou para Miranda, talvez achando a situação estranha:

— Olhe a escala do nosso exército. Tenho certeza que o senhor dele se fecharia em seu próprio território. Por que aquele Baronete pensaria que haveria reforços a caminho?

Miranda olhou para ela.

— Mesmo se reforços não viessem, ele sobreviveria mudando para o lado que saísse por cima. Até agora, esse sempre foi o normal, então ele ficou em pânico quando ouviu que sua terra foi confiscada. Veja, mesmo caso se tome a terra, ainda é preciso alguém para administrar, não é?

— Bem, admito que é necessário, mas nesse caso, isso não deixa as coisas perigosas agora que o administrador da área se foi?

Miranda sorriu.

— Está tudo bem. Este lugar se tornará uma das terras que daremos de recompensa depois. As recompensas que podemos dar são limitadas, então essa área apenas virará um sacrifício. Eles tiveram azar. Bem, falta de sorte é um defeito fatal para alguém que está acima dos outros. Então este lugar será limpo e descartado. É culpa deles em pensar que sua regência provincial continuaria para sempre.

Elza jurou que não iria se opor à Miranda...

... Por outro lado, do lado da Aria.

— Confisco do território está fora de questão! Se perdermos o poder, acha que vai ser possível governar!?

O Cavaleiro negociador metido era um homem barbado de meia-idade. Ele tinha uma alta voz, e não importava quantas vezes fossem explicadas, as palavras do lado da Aria não entravam em sua cabeça.

— Para início de conversa, que história é essa de alistar mulheres em serviço militar!? Está claro que o seu lado está com falta de pessoal, e se não tiverem nossa cooperação, serão incapazes de administrar este território! Acham que podemos entregar as terras que trabalhamos tão duro para estabelecer pra gente assim!?

Não era como se tudo o que ele havia dito estivesse errado. Mas apesar do nível de tenacidade que demonstrava, estava em uma posição perdedora.

Gracia falou de modo irritado:

— Então retorne e se preparem para guerra. Se nossas palavras não lhe são o bastante, deixaremos claro no campo de batalha.

O negociador:

— Já expressamos nossa rendição! Vão atacar aqueles que já se renderam e ainda se chamam de Cavaleiros!? Não são diferentes de bandidos com falta de senso comum!

Aria se dirigiu ao negociador.

— E essa não é a atitude de alguém que se rendeu! Tá ouvindo? Estamos falando que nossas condições são o confisco do território e suas riquezas. Pouparemos a vida do Senhor responsável.

— Que ignorância! Posso ver que não têm os modos da guerra. Não tem como este território poder ser deixado para uma pessoa dessas. Chame seu superior!

O país Bahnseim era grande. Era precisamente por isso que quando se tratava de guerras entre territórios que iam além de escaramuças, tomar tudo dos territórios de vassalos ou coisas similares trariam problemas de regência. A forma de governo entre diferentes partes de Bahnseim era relativamente similar, então ao obter vitória se tomaria tudo, vassalos inclusos, ou talvez apenas uma porção dos vassalos para si.

Apesar de haver vezes que alguém caía em ruína, caso tivessem se rendido, aceitá-los era o senso comum de Bahnseim. Essa era uma política nacional, e Beim e outros lugares não a praticavam.

Além do mais, talvez o senhor tivesse dito para o negociador remover essas condições a todo custo, o homem estava bastante desesperado como se sua vida dependesse disso.

Com veias brotando em suas testas, Aria e Gracia estavam com ares de que estavam prestes a cortar o negociador a qualquer momento.

— Irão puxar suas lâminas!? Se cortarem o mensageiro, a natureza do seu senhor será conhecida! Vamos, me matem! Me matem e mostrem minha cabeça se quiserem!

A Valquíria a serviço soltou um suspiro.

— Hah, vocês duas, venham aqui. Há uma mensagem do meu mestre.

Quando a Valquíria suspirou em suas orelhas, se viraram de volta ao negociador. Apesar de ansiosa, Aria falou:

— ... Suas vidas e de sua família estão garantidas. E você é um vassalo, não é? Se for agora, embora sejam enviados para terras não cultivadas, prepararemos o título de Cavaleiro e os fundos para começarem. Apesar de estarem em uma região remota, garantiremos que não serão vassalos de outros. Se alguém tiver sido feito de refém, enviaremos pessoas para resgatá-los.

Os olhos do negociador se arregalaram enquanto seu rosto ficava um vermelho brilhante. Quando pensaram que ele berraria de novo.

— ... Hm, minha filha foi casada, então gostaria que mediasse com aquela casa também. Tenho uma grande dívida com a casa onde ela se casou. Se fizerem isso, farei preparações para aceitar seus termos imediatamente! Também conseguirei persuadir os outros!

Ele se rendeu tão facilmente…


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Notas:

1. Essa parte esta meio confusa no inglês e japa, não sei se são vinte mil para cada, ou vinte mil em total



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