Volume 17
Capítulo 15: Retorno
... Quando corpo principal de forças do Lyle começou seu avanço, Cartaffs também se moveu.
Eles compartilhavam uma fronteira, e essa terra sempre teve várias escaramuças.
Assim que a invasão começou, Bahnseim mostrou reação imediatamente.
No forte de Bahnseim frente à invasão de larga escala de Cartaffs, um Cavaleiro ficava de boca aberta enquanto via a cena de cima do forte.
— ... Não pode ser. Por que há bandeiras além de Cartaffs levantadas!?
As bandeiras do países vizinhos de Cartaffs.
Diante do exército que nunca viram antes, o Cavaleiro encarregado do forte enviou um mensageiro para Centralle de imediato.
— Solicite reforços de Centralle. Este forte não resistirá muito tempo!
Enquanto o mensageiro corria às pressas, os exércitos se encaravam de diferentes lados de um rio.
Mesmo se a despreparada Bahnseim tentasse obter forças, o máximo que poderiam reunir seriam dez mil no máximo.
— Enquanto causam caos no leste, a Rainha de Cartaffs se move... Mas mesmo se o leste tiver caído, ainda há várias centenas de milhares de tropas posicionadas no sul e oeste. Centralle ainda está de pé; ainda temos poder de sobra!
O comandante que falara isso para que os Cavaleiros e soldados pudessem ouvir, tentava acalmá-los com essas palavras.
Mas um mensageiro correu ao forte que protegia o norte. Trazendo notícias de que Faunbeux havia se movido, e que o Margrave de Resno havia traído a nação. Que no sul, os países com Djanpear como núcleo estavam se movendo...
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... De cima de seu cavalo, Ludmila olhava para o forte do outro lado do rio.
Muitas vezes tinha ela lançado ataques naquele forte, e às vezes, o tomando e protegendo ela mesma. Sendo tomado pelos dois lados, era como um símbolo entre Cartaffs e Bahnseim.
— Pois bem, acho que está na hora do mensageiro chegar.
A Valquíria ao seu lado chamou.
— Há qualquer razão em atrasar seu avanço propositalmente? Não parece muito motivada com tudo isso.
Ludmila olhou para a Valquíria enquanto ria.
— Não é preciso dizer que é melhor vencer sem lutar. Me atrasando, além deles descobrirem que não terão reforços, a informação de que Bahnseim está sendo atacada de todos os lados terá se espalhado. A moral do inimigo vai desabar.
A Valquíria olhou para frente.
— Acha que essa desculpa funcionará caso se atrase para o encontro?
Ludmila trajava uma pele animal branca, de aparência cara, sobre a armadura de couro que cobria todo o seu corpo. Sobre seus ombros, ela apoiava sua longa espada ainda na bainha.
— O Norte é o mais próximo de Centralle. Irei me abster de reduzir minhas tropas por querer ser a primeira. E o momento da reunião é importante. Se formos os primeiros a cair, afetará a moral da nossa aliança.
Agindo em busca de benefícios próprios, Ludmila ria enquanto assistia o emissário de Bahnseim se aproximando, que tinha enviado para as negociações...
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... No fronte oeste, tendo cruzado sem problemas o território do Margrave Resto, os exércitos centrados em torno de Faunbeux tinham começado sua marcha.
Os barões, viscondes, e outros nobres feudais variados da região reuniram seus vassalos, mostrando preparações para uma batalha até o amargo fim, mas ninguém havia esperado que o Margrave encarregado de proteger a fronteira deixaria Faunbeux passar sem resistência.
Suas preparações não foram terminadas a tempo,e antes que pudessem se encontrar, muitos deles foram esmagados individualmente.
Faunbeux usou essa chance para reclamar entusiasmadamente a terra que a Casa Walt antes tinha removido deles, enquanto Varius Resno se infiltrava nas novas terras que queria receber e conferia o território.
Ele ocupou a mansão de um dos barões, deixando o exército Resno usá-la como forte.
O Barão arrastado até ele estava amarrado com uma corda, deitado ao seu lado.
— Margrave!? Você entende o que é isso!? É um claro ato de traição, não é!?
Varius olhou para o homem na sua frente.
— Os primeiros a trair foram os monarcas. Exigindo que eu enviasse não só meu herdeiro, mas sua esposa e meu neto também... Sua família foi feita de refém, você não tem problema nenhum com isso!?
O Barão o encarou.
— É assim que é a aristocracia! Não é como se nunca tivesse ocorrido antes! E você virou as costas para o seu país por causa de seus sentimentos familiares!
Varius estava inabalado.
— Quem em sã consciência juraria lealdade a um estado sem autoridade. A atual Bahnseim não tem valor, é só isso. Vocês todos falharam em entender a direção da época.
E um de seus homens veio correndo.
— Varius-sama, a busca da mansão foi completada. Como mostrado pela investigação prévia, ele já estava cercado de amantes. Encontramos crianças, e não parece haver dúvida que são filhos do Barão.
Varius olhou para o Barão.
— ... Você preparou outro herdeiro porque sabia que sua família não voltaria viva. Vendeu sua família, não foi?
O Barão deu um sorriso enlouquecido.
— E daí? Passar o sangue adiante é nossa obrigação. Eu sabia que as pessoas feitas de refém não estariam seguras. Mas... e daí!? Se for pela paz da Casa, eu os descartaria mesmo sendo família. Assim é a nobreza.
Varius recordou os rostos de seu filho, sua nora e seu neto.
— Hmm. Mas seu baronato termina aqui. Direi que morreu em batalha com honra. Se sua família ainda estiver viva, cuidaremos deles. Não tenho nada senão pena pela família que descartastes.
Quando o Barão foi levado, Varius cobriu seu rosto com sua mão esquerda.
— Varius-sama.
Um de seus subordinados mostrou preocupação, então Varius falou:
— ... Mesmo se tudo o que ele disse está correto, aqui estou eu, preocupado com a segurança do meu filho. Não é nada mais que uma fraca esperança, mas se ele ainda estiver vivo... não, estou com medo de descobrir. Em que estado meu filho está?
Seu subordinado Cavaleiro também parecia abatido.
Celes, a terrível. Uma mulher que calmamente colocaria as mãos até naqueles que a adoravam.
Varius falou para seus homens.
— Por enquanto, seguiremos em frente. Se nos atrasarmos para o encontro, há a possibilidade de usarem isso como razão para reduzir nosso território. Vamos correr para suprimir nosso próximo alvo.
O homem deixou o cômodo, e seus subordinados acataram suas ordens...
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... O Sul.
Após Djanpear provocar Bahnseim, imediatamente correram para as montanhas e os tentaram a seguir.
Fizeram parecer como se pudessem apenas lutar em seu campo de batalha especializado. Os países em volta tinham se movido, e agora que eles sabiam que estavam sendo atacados de todas as quatro direções, o lado de Bahnseim estava mostrando alguma impaciência.
Eles provavelmente queriam derrotar Djanpear de imediato para oferecer alívio aos seus outros frontes.
— Estamos sendo subestimados.
O Rei Jules de Djanpear estava com um pano branco sobre os ombros de sua armadura, continuando seu envolvimento até a cintura dele. Estava adornado de ouro, e se destacava consideravelmente.
— Vossa Majestade, devemos simplesmente continuar atraindo os soldados do sul assim?
— O plano é esse. Eles têm a vantagem nas planícies. Bem, planejo atacar caso mostrem as costas, mas... o inimigo pode cair antes de terem a chance.
Os nobres feudais do sul, ao ouvirem das ações do continente, ficaram bastante compelidos a considerar uma mudança de regime.
E na verdade, mesmo se lutassem, Jules conseguia ver Bahnseim perdendo sua motivação. E levou sua mão ao queixo.
— Pois bem, mais ou menos a que ponto nosso líder favorito chegou?
Assim que Jules disse isso, a Valquíria por perto respondeu.
— A área sob o controle direto da capital já está em sua frente. Ele está no meio de uma disputa contra o último Senhor Feudal em seu caminho.
Jules, ao ouvir isso:
— O leste já tinha perdido antes, e ele absorveu seus soldados. Eles não conseguem oferecer qualquer resistência adequada, huh. Nesse caso, precisamos pregar bem os soldados do Sul.
Falou ele.
(Se possível, eu gostaria de subjugar os senhores do sul e correr para ajudá-lo para vender um favor. Se fizer isso, aquela lá não terá problemas em arranjar casamento. Não posso deixá-la no país, e ela é apenas problema, então preciso dar um jeito de forçar ela pra cima do... Digo, confiá-las a boas mãos. A Ludmila-dono também parecia preocupada, então também preciso me mover.)
Jules pensou em como forçar sua problemática meia-irmã para o líder enquanto considerava seu plano seguinte...
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... Um exército de cerca de cento e noventa mil se punha diante da área sob controle real direto, sitiando a cidade do último Senhor Feudal.
Era a força principal do Lyle, mas por enquanto não estava mostrando qualquer movimento.
Com o avanço agradável que tiveram até tal ponto, sem fôlego... era algo que eles não estavam. Eles tiraram algum tempo para descansar enquanto realizavam negociações com as outras partes.
Aqueles encarregados disso eram Baldoir e Maksim.
Um emissário do Conde viera, suando com uma expressão indescritível enquanto explicava a presente situação.
Dentro da barraca, o emissário se punha diante dos dois enquanto parecia estar desesperadamente dando uma desculpa.
— N-nós estávamos bastante confusos, e não tínhamos ideia do que estava acontecendo... é-é verdade que viramos nossas lanças para vocês, mas as bolas azuis de luz começaram a descer de repente e recuperamos nossa sanidade, como devo dizer...
Antes do Lyle sair.
Ele havia desfeito o charme da Celes sobre a área. Por causa disso, a beligerante Casa de Condes repentinamente ficou relutante.
Baldoir falou com alguma simpatia por seu apuro.
— Por que não tira algum tempo para se acalmar? Não poderemos realizar qualquer negociação decente quando está em tal estado. Recomendo que retorne e se estabilize.
O emissário se dirigiu a ele.
— M-mas! Não tem como nos acalmarmos com um exército enorme desses na nossa frente. As vozes de ansiedade já estão crescendo lá dentro...
Maksim cruzou seus braços.
— Isso é com vocês, e não da nossa conta. Quando sua administração doméstica tiver se acalmado, se estabilizem e podemos começar as negociações de novo. Bem, precisamos estabelecer um prazo bem definido. Por enquanto, volte daqui a uma semana.
Vendo os ombros do emissário caírem, seus corações doeram. Quando o enviaram de volta, os dois homens soltaram seus suspiros. Baldoir esfregava seu suor.
— Com isso, podemos ganhar algum tempo e economizar trabalho com a segurança pública.
Maksim compartilhava o sentimento dele.
— Se avançássemos de uma vez, seria um sofrimento de administrar. Não podemos avançar enquanto o Lyle-dono não está aqui. Seria ruim se os soldados corressem soltos dentro da cidade.
Os dois estavam fazendo o que podiam para esconder a ausência do Lyle, enviando de volta o mensageiro e ganhando algum tempo.
Baldoir levantou seu rosto.
— ... Conseguimos de algum jeito possibilitar o retorno do Lyle-sama para casa.
Falou ele, tristemente...
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Nas memórias dos ancestrais dentro da Joia, eu tinha visto a mansão várias vezes.
Mas vê-la em realidade trazia outra emoção.
— Os detalhes mudaram aqui e ali. Acho que o tempo passa para mansões também.
Havia uma estátua de pedra no centro da fonte além do portão. Mas a forma da estátua era diferente daquela que ele tinha visto na Joia.
Novem, ao meu lado, falou sem mudar a expressão:
— ... Foi destruída quando o Maizel-sama e a Claire-sama estavam tendo uma briga de casal. Eles consertaram, mas o Maizel-sama disse que estava cansado da anterior.
Uma briga de casal... isso quer dizer que meu pai também tinha um lado bem Walt.
Olhando em volta, pude ver os servos caindo de joelhos, cobrindo seus rostos com as mãos. Aqueles que pegaram suas armas para tentarem se matar foram cercados e suprimidos pelos Cavaleiros que trouxemos.
Eu tinha vindo à Casa Walt no sudoeste do país.
Tínhamos nos infiltrado em pequenos números, mas com a orientação dos Cavaleiros e soldados da Casa Walt que trouxemos junto, entramos muito facilmente.
E daí, usei a Joia para desfazer a maldição da Celes.
Aria e Miranda vieram até mim.
— Lyle, trouxemos ele.
— O mordomo da Casa Walt realmente é extremo. Ele já tinha começado a escrever um testamento, sabia? Devo dizer que ele é rápido em se recuperar, ou impulsivo?
Me pus diante do mordomo da mansão.
— ... O que aconteceu com a cabana do velho Zell.
O mordomo manteve sua cabeça abaixada.
— Minhas profundas desculpas, jovem mestre... Minhas mais profundas...
Shannon, atrás de mim, puxou minhas roupas.
— Lyle, agora realmente não é uma boa hora. Parece que ele realmente está desesperado. Deixa ele descansar um pouco.
Concordando com ela, falei:
— Não permitirei suicídios. É uma ordem. E não tenho qualquer intenção de puni-los. Deixarei guardas de vigia, vocês devem descansar um pouco por hoje.
Quando saí caminhando, Eva e May olharam para a mansão.
— Realmente não passa a atmosfera de liberação. Isso é só, triste, ou melhor, parece que fizemos algo ruim.
— Mais importante, estou mais preocupado com aquele lá. Olha, ele está vindo!
Um Cavaleiro investia contra nós. Seu rosto poderia ser classificado como belo; um Cavaleiro com rosto de bebê que poderia ser considerado como “fofo”.
— Pra fora daqui! Desgraça da Casa Walt!!
Com uma expressão horripilante, ele puxou a espada de sua cintura e deu um corte contra mim. O Cavaleiro de guarda que saltou às pressas foi golpeado, e Eva e May dispararam para minha frente.
Afastei elas para o lado e puxei a Katana em minha cintura. A Katana de metal raro que finalmente tinha sido forjada com sucesso emitia uma luz pálida.
Quando ataquei com o mesmo movimento de retirá-la de sua bainha, cortei o Cavaleiro, com espada e tudo.
Enquanto limpava o sangue na lâmina, olhei para o meu inimigo.
— Não reconheço ele.
Um dos Cavaleiros da mansão soltou uma voz fraca:
— ... E-ele era o Cavaleiro favorito da Celes-sama. Desde que a Celes-sama partiu para a capital, foi deixado de lado. Ele passava todo dia resmungando sozinho.
Ele provavelmente tinha jurado lealdade à Celes do fundo de seu coração. Não sob sua maldição, um verdadeiro juramento de lealdade.
— Então também há esses tipos. Entendo. Tratem os Cavaleiros de guarda. E coletem suas armas. Caso se oponham, não me importo se retaliarem.
Dei as ordens e me dirigi ao local onde havia recebido a Joia.
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— ... Zell, voltei. Me desculpa. Eu... não consegui a tempo.
Sem sequer as marcas de fogo restando, o lote onde antes a cabana esteve era o único lugar onde grama não crescia.
Foi aqui que eu recebi a Joia no passado.
Se o velho Zell não estivesse lá, não tenho certeza se estaria aqui agora.
Eva se aproximou de nós.
— Lyle, eu trouxe eles. A família do Zell-san.
Me virando, olhei para a família do Zell. Seu neto havia crescido, enquanto seu filho e filha já estavam em idade avançada. Eu podia até ver um bisneto. Dei uma simples explicação e ofereci minha gratidão à família.
Logo após, Gracia retornou. Ela parece ter trazido o que eu havia pedido.
— Isso foi tudo o que eu consegui. Bem, dada a estação, acho que era inevitável.
Pegando o buquê de flores, o coloquei onde antes esteve a cabana.
Elza olhou em volta.
— Realmente estava em um lugar bastante escondido.
Clara olhou para mim.
— Então você queria mostrar para nós? É isso?
Sacudi minha cabeça e neguei.
— Não. Eu queria mostrar para ele. Mostrar que estou bem. Verdade seja dita, eu queria me tornar um aventureiro de primeira classe e pagar o favor. Mas não consegui a tempo...
Mônica não usou seu tom brincalhão de sempre.
— Então ele é o seu salvador? Assim sendo, é nosso salvador também. Fico surpresa que ele tenha conseguido manter a própria mente e vida nesta mansão de loucura. Não duvido que ele tenha sofrido muito.
Nisso, o filho do velho Zell falou:
— Meu pai foi ferido quando a guilda dos aventureiros traiu e devastou o território. Ouvi que isso foi logo antes dele ascender de soldado a Cavaleiro. O chefe da Casa estava ausente na época, e ele lutou com tudo o que tinha para protegê-la, mas... foi incapaz de atender às expectativas do chefe, e ele parece ter se arrependido disso pelo resto da vida.
Nunca soube que o velho Zell teve um passado desses.
Mas eu sabia porque o Sétimo o mantinha ao seu lado.
— Não, meu avô era grato ao velho Zell. As expectativas dele foram mais do que atendidas. E devo minha vida ao seu pai. Se qualquer coisa lhes causar problema, me diga. Irei pelo menos proteger sua família por ele.
O filho sacudiu sua cabeça.
— Essas palavras teriam sido o bastante para o meu pai. E temos uma casa e alguns bens. O chefe da geração passada foi muito bondoso conosco.
Pensei sobre a consideração do Sétimo.
— Entendo. Então se qualquer coisa acontecer, me diga.
Dizendo isso, me virei mais uma vez para onde a cabana costumava estar.
Em sussurro.
— ... Não fui capaz de virar um aventureiro de primeira-classe, mas espero que me perdoe por isso.
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