Volume 15
Capítulo 7: Rede
... Propriedade do Lyle em Beim Sul.
Em um quarto, Mônica estava posicionada enquanto cercada por três Valquírias. Ela havia elaborado um dispositivo especial, e as primeiras a serem ativadas, Unidade Um, Dois e Três estavam o colocando ali. O quarto não tinha nada em particular dentro, era apenas um espaço desnecessariamente amplo.
Com essas quatro reunidas naquele quarto, havia razão para estarem cercando a Mônica desse jeito. Elas abriram suas bocas em ordem, de Um para cima.
— No fronte de Zayin, eles tomaram uma cidade a sul deles. Despacharam e posicionaram soldados lá.
— No fronte de Lorphys, absorveram um território ao sul deles. Há insuficiência de pessoal para administrá-lo. Estão solicitando assistência.
— Os esquadrões dispersados para saquear estão começando a se reunirem. Porém, uma porção dos Senhores Feudais e brigadas mercenários não mostram sinal algum de parar.
A informação chegando das Valquírias posicionadas por Beim estava passando através do Lyle para Mônica, onde era organizada. Esse papel era deixado para as três unidades.
As três especiais... as Valquírias tiveram suas habilidades elevadas pelo trabalho de Damien e Letarta.
Por causa disso, receberam os papéis de autômatos hospedando a computação para o sistema.
Mônica coletava a informação delas, e enviava os resultados finais para o Lyle. Se não o fizesse, haveria tanta informação entrando que até mesmo o Lyle não seria capaz de processar, não importando o quanto tentasse. Por causa da grande amplitude de informação, seu gerenciamento tinha sido deixado para Mônica e para as Valquírias.
— Como esperado, não podemos enfrentá-los individualmente. Mesmo sendo conforme planejado, certamente era perturbador. E precisamos que o fronte de Lorphys resista. Presentemente, não temos a folga para enviar pessoal. Diga-os para desmantelarem a unidade da Alette e instaurar seus membros como comandantes. Não temos o tempo para mantê-los como uma força de elite.
Graças a sua onda de azar, Lorphys planejava centrar seu potencial de guerra em volta de algumas poucas elites. Porém, isso estava se tornando um problema a esse ponto. Unidade Um transmitiu os movimentos da Fortaleza Redant.
— Movimento na Fortaleza Redant. Entrando em preparações para Marchar em Beim.
Unidade Dois passou a situação do lado de Beim:
— Ao aceitarem refugiados, a população no setor urbano está passando por um drástico aumento. Sem sinais de surtida.
Unidade Três conclui:
— De Beim Sul, as unidades da Aria, unidades da Miranda, e unidade do Baldoir estão saindo com quinhentos. Estão marchando aos vilarejos em volta de Beim Sul.
Mônica reuniu as informações delas, antes de organizá-las e enviar ao Lyle.
— O Frangote também está se preparando para avançar. Vamos nos apressar com as conferências finais do destino marcado.
Enquanto não se moviam minimamente, o grupo da Mônica desempenhava um papel vital nessa batalha...
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... Aqueles invadindo a área sul de Beim era uma Casa de Condes com números excedendo seis mil.
Porém, os soldados do Conde eram metade disso. Os três mil restantes eram compostos de Casas vassalas e mercenários, e essas adições atacavam os vilarejos.
Talvez planejassem levar seu saque ao limite, já que não havia sinais de seu planejado retorno. Eles estavam ocupando o sul de Beim, e como não havia nenhum outro Senhor de Bahnseim na área para disputar com eles, estavam agindo como bem entendiam.
Uma das unidades.
Algumas dúzias de homens unidos sob uma Casa Cavaleira atacavam um pequeno vilarejo. Reunindo os aldeões em um único ponto enquanto invadiam casas em volta, matando impiedosamente qualquer um que se opusesse, a fim de atacar o espírito de resistência dos aldeões.
Um homem com nível de Cavaleiro falou:
— É como se eles não possuíssem qualquer resistência. Se algo assim acontecesse no meu vilarejo, até as mulheres e crianças se armariam para atacar.
Outro Cavaleiro que esteve sorrindo e ouvindo abriu sua boca.
— Assim fala o homem que é perseguido pela esposa com uma lança. Mas realmente, desse jeito, parece que estamos enfrentando nada. Além disso, os resultados são esplêndidos. Não consigo parar de rir.
Toda sua força não chegava a duzentos, mas para um vilarejo com apenas esse mesmo número de aldeões, eles eram uma ameaça.
Nisso, um soldado foi correndo aos Cavaleiros reunidos.
— M-mensagem! Há um exército vindo em nossa direção! Sua escala excede quinhentos!
Os Cavaleiros olharam para o mensageiro, irritados por um momento com as palavras saindo de sua boca. A razão era simples. Beim não tinha nenhum soldado decente. E desde o momento em que chegaram em Beim, não tinham captado sequer um vislumbre de uma força de aventureiros com essa escala.
Eles eram incapazes de entender por que apareceriam a esse ponto?
— Tem certeza que não confundiu nossos aliados? É a unidade do Conde vindo em nossa direção?
O mensageiro tinha um olhar desesperado em seu rosto.
— Têm uma diferente bandeira hasteada. E eles vêm de mais ao sul!
Um dos Cavaleiros esfregou seu queixo.
— Então é Beim Sul, eh? Foi estabelecida bastante recentemente de acordo com os mercenários.
Como se recordasse algo, outro Cavaleiro falou:
— Ouvi que o filho da Casa Walt está lá. Pelo visto, ele foi expulso da Guilda dos Aventureiros também. Parece que ele atuou bem na Fortaleza Redant, mas no final tudo o que ele tem é um grupo de aventureiros. Não são inimigos para nós... o que devemos fazer?
Olhando em volta, a pilha de bens saqueados ainda havia de ser carregada. Após pensar um pouco...
— ... Retirada. Eles têm a vantagem numérica. Não direi que definitivamente perderemos, mas enfrentar baixas aqui não é de vantagem para ninguém. Ponha fogo no vilarejo imediatamente.
Ele falou e deu ordens, mas o mensageiro falou:
— Isso é impossível! O inimigo já está logo...
No instante seguinte, a cabeça do mensageiro foi penetrada por uma flecha, com elmo e tudo. Por que não falou isso antes!? Mesmo que quisessem berrar com ele, o homem já havia caducado. Os Cavaleiros puxaram as espadas em suas cinturas enquanto os soldados balançavam uma bandeira que nunca tinham visto antes sobre seus cavalos.
— Uma cavalaria!?
Geralmente, Beim tinha muitos aventureiros feitos de mercenários. Por causa disso, não havia muitos treinados em cavalgamento. Quando aventureiros usavam cavalos, era principalmente para levar carga, e até o momento, essa era a primeira vez que esses Cavaleiros tinham visto uma força de cavalaria.
Mas um dos Cavaleiros falou:
— Não pode ser! Aquela bandeira é de Cartaffs, não é!!?
O Cavaleiro em armadura vermelha avançava como intencionado a abrir um caminho para seus soldados aliados... atrás deles, estandartes balançavam, e neles estava uma insígnia que nunca tinham visto antes. Um círculo azul envolto por um padrão prateado. Ainda assim, alguns estandartes eram da bandeira de Cartaffs.
Cartaffs... uma terra que havia guerreado com Bahnseim por longos anos, um exército de um país que sabia guerrear. Os Cavaleiros imediatamente empalideceram. Um olhar para aqueles Cavaleiros brandindo suas lanças em seus cavalos era o bastante para saber que eram elites.
— Retirada! Retirada imediata!!
Enquanto seus aliados realizavam batalhas esporádicas, os Cavaleiros corriam até onde seus próprios cavalos estavam amarrados. Porém, o Cavaleiro vermelho que assumia a vanguarda cortou seu caminho.
— É uma mulher!
Os Cavaleiros de espada desembainhada deram cortes contra a Cavaleira de armadura vermelha. Mas a Cavaleira estocou com sua lança, empalando e os cortando. Quando abateu os Cavaleiros blindados em um instante, outros Cavaleiros a cavalo se aproximaram dela.
Entre eles havia dois Cavaleiros de cabelos negros e olhos azuis trajando armadura azul.
— Aria-sama, uma porção dos soldados escapou.
— A ordem é que deixe-os ir.
Em volta, os Cavaleiros e soldados de Cartaffs ainda enfrentavam os soldados de Bahnseim, mas o resultado já estava determinado. De uma situação onde o lado de Bahnseim precisava derrotar três por pessoa, havia passado a quatro e cinco, com os soldados até mesmo desistindo de resistir no final.
Quando confirmou que as coisas tinham se acalmado, Aria removeu seu elmo.
— ... não é das melhores sensações.
Murmurou Aria, olhando aos Cavaleiros caídos...
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... Miranda liderava os soldados de Beim Sul, correndo ao seu terceiro vilarejo.
A praça no centro do vilarejo. Lá estavam os cavalos e carroças da Casa de Baronetes que ela havia acabado de enfrentar. Ela se sentava em um caixote de madeira, e havia duas Valquírias estacionadas por perto.
Em sua volta, os soldados de Beim limpavam os cadáveres horrivelmente desmembrados dos soldados de Bahnseim.
Miranda virou seus olhos ao chefe do vilarejo diante de si. O homem que além de chefe do vilarejo, também era um mercador usando o vilarejo como sua base, reclamava com Miranda.
— Por que não veio antes!? Por sua causa, o vilarejo foi danificado! Nos reembolse! Irá pagar por isso!
Miranda olhava para o homem inexpressivamente, cruzando suas pernas enquanto sentada.
— Q-que atitude é essa sua!? Não sabe que sou conhecido de um mercador influente em Beim!?
Em volta, os aldeões enviavam olhares de condenação para ela. Mas Miranda não se afetou. Ela se levantou do caixote.
— Este lugar não serve. Estamos partindo. Levem toda a bagagem aqui.
Nisso, o chefe do vilarejo agarrou o manto azul de sua armadura dourada.
— E-espere! Essa é a bagagem deles. É necessária para reviver o vilarejo! Fomos nós que sofremos! E vocês precisam nos proteger!
Miranda agarrou seu manto, e o arrancou das mãos do chefe.
— Se protejam sozinhos de agora em diante. Lamento, mas não tenho qualquer interesse em vocês. Devo dizer, não tenho nenhuma obrigação com vocês também. Afinal, nós somos de Beim Sul. Isso deve ser o bastante para entender o que quero dizer, não é?
A boca do chefe se abriu e fechou em silêncio. Certamente ele pensou que eram aventureiros, ou talvez mercenários, despachados de Beim. Não, era isso o que ele queria pensar.
Miranda falou às Valquírias:
— Como a Aria está indo?
— Atualmente, está indo para seu segundo vilarejo.
Ouvindo isso, Miranda suspirou. Ela suspirou pensando em como isso era do feitio da Aria.
— Ela está um pouco atrasada. Tenho certeza que ela se esforçou demais tentando persuadi-los, não é? Isso é muito coisa da Aria¹. E o Baldoir?
A outra Valquíria respondeu:
— Em batalha com uma força em marcha. Ele obteve vitória nas planícies, e logo irá ao seu vilarejo de destino. Ele está se movendo como ordenado, apesar de tudo deve cumprir seu objetivo como antes do planejado.
Miranda pareceu feliz.
— Que talentoso. Gostaria de Casar a Dóris ou Lucy com ele pela conexão, mas não desejaria um destino desses para ninguém.
Olhando para os aldeões ansiosos, Miranda decidiu partir para o seu próximo destino imediatamente. Não era como se ela houvesse deixado Beim Sul para salvar um pequeno vilarejo. Ela estava aguardando um alvo maior se mover. Ou talvez fugir.
— Então, como está o ó grandioso Conde?
Com as palavras de Miranda, as Valquírias falaram:
— É imaginável que já tenha sido informado. Mas não mostra sinal algum de retirada.
Miranda riu:
— Ora ora, ele realmente está calmo, mesmo quando seus números caíram tanto.
Uma Valquíria falou:
— Não é provável que ele tenha um entendimento preciso das baixas. E não acho que ele pense em Beim Sul como uma ameaça. Não que o conde seja particularmente incompetente, considera-se que ele tenha tido azar, e carecido um pouco em habilidade.
Se fugisse, sua vida talvez tivesse sido poupada. Mas se fugisse e se reunisse à força principal, provavelmente teria sido chamado de covarde por aqueles em volta. Era por saberem disso, que Miranda e Cia. iriam marchar contra o Conde.
— Espero que ele sirva como uma boa isca.
Miranda pôs seu elmo, e certificou-se de que o sorriso em sua face não fosse visível para aqueles em volta...
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Fazer de Beim Sul uma ameaça.
Mas sermos atacados por trezentos mil seria problemático.
Então queríamos que o inimigo despachasse em uma escala apenas o bastante para que pudessem nos derrotar.
Para isso, havia trabalho sendo realizado no lado de Bahnseim. Se isso fosse bem, eu lideraria cerca de seis mil tropas.
Nós derrotaríamos o Conde saqueando o sul, e faríamos o exército de Bahnseim despachar outros. Fazer isso enquanto a força principal marchava contra Beim era a situação que esperávamos.
Novem veio ao meu lado:
— Lyle-sama, os preparativos estão em ordem.
Novem carregava seu cajado, mas estava em um conjunto completo de armadura. Seria ruim ela ser claramente discernida como maga e alvejada. Olhando adiante, vi a Clara trajando uma armadura não familiar ao lado do Portador.
— ... Eu não deveria montar um cavalo também? Sabe, como um comandante.
Reclamei com a Novem, mas ela não aceitava.
— Não, não deveria. E você emprestou seu cavalo para a Aria-san. Estamos com falta de materiais, então peço que desista.
Meus ombros caíram. De dentro da Joia, pude ouvir a voz do Sétimo:
『Bem, é ideal que o Lyle não se mova pessoalmente. Se o general estiver agarrando sua lâmina no campo de batalha, não poderemos vencer essa batalha.』
Uma opinião sensata. E eu tinha conquistas o bastante para os soldados me seguirem mesmo se eu não me apresentasse em batalha. Eu não tinha que forçar as coisas.
Dado isso, o Terceiro falou:
『Descanse um pouco antes do alvo chegar. Deixar as coisas para os seus homens também é o trabalho do General.』
O Quinto sussurrou:
『E quando que ele vai ter algum tempo...? Não importa como se veja isso, ele está ocupado para caramba. Hah.』
Milleia-san falou apologeticamente:
『... Pai, não fique tão deprimido. Isso dói meu coração. Lyle, se possível, quando tiver tempo para isso, deixarei com você a grande despedida do Quinto.』
Não era por ela continuar dizendo coisas assim que o nível de dificuldade continua aumentando? Por alguma razão, senti pena do Quinto.
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Nota:
- É modo de falar, está dizendo que um certo de atitude é do feitio da pessoa.