Volume 15
Capítulo 5: Saque
... Um vilarejo no território de Beim.
Ali, os exércitos de Bahnseim enxurravam, e reuniam os aldeões em um lugar. Os soldados armados entravam nos edifícios diante dos aldeões ansiosos, agarrando várias coisas, e empilhando-as em uma enorme pilha.
Começando com comida, ornamentos, e avançando para armas e similares. Em volta dos aldeões, os jovens armados que os soldados tinham matado estavam colocados à vista. A noção de resistência era fútil em suas mentes, eles acatavam ao medo.
O barão que assaltara o vilarejo falou com seu Cavaleiro vassalo:
— Que frouxidão é essa? Em Bahnseim, ou eles resistiriam mais, ou ofereceriam os produtos desde o começo.
O Cavaleiro vassalo olhava aos aldeões assustados.
— As roupas que eles vestem e o que possuem não são coisas que se encontraria em Bahnseim. Ouvi que os impostos eram baixos, mas é como se eles não fossem nem um pouco administrados. Além do mais, os jovens que nos enfrentaram não eram lá grandes coisas.
— Será que estão achando que somos os monstros? Como esperado de Beim: cidade dos aventureiros. Eles não entendem nada.
Os soldados olhavam satisfeitos para a abundância de bens para roubar. À primeira vista podia-se ver os soldados segurando as roupas e decorações que tinham encontrado.
— Ei, troca essa comigo. A filha lá de casa vai se casar logo. Quero que as roupas dela sejam as melhores dentre as melhores.
— Nesse caso, me dá esse pingente que tem aí. Tava querendo usar como presente pra minha esposa.
Eles estavam rapidamente tratando o que tinham saqueado como se fosse deles, e trocavam entre si. Entre eles, havia até alguns que entravam em brigas, mas os Cavaleiros se intrometiam para mediá-las.
O Barão olhou em volta, e bufou:
— Carreguem o que ganhamos nas carroças. Não temos mais assuntos nesse vilarejo... queimem-no.
Ouvindo essas palavras, os aldeões berraram.
— Espera! Vocês já levaram tudo o que podiam, pra que queimar...?!
Uma flecha se cravou no peito do morador que se levantou em protesto. Um soldado perto do Barão a tinha disparado, e outros soldados também estavam prontos com seus arcos.
— E daí? Vocês não são do meu território. E não tenho interesse nenhum em qualquer um de vocês. Como esperam continuar vivendo depois de terem tanto tomado de vocês? Esse é o mínimo de misericórdia que posso oferecer. Todos serão mortos aqui.
Uma porção de Cavaleiros invocou magias, e incendiaram os edifícios nos arredores. Os aldeões abriram choro com os edifícios em chamas. E os soldados dispararam suas flechas sem questionar.
Mas a maioria delas mirava nos homens, e a maioria tinha errado as mulheres. Vendo isso, o Barão sacudiu sua cabeça, e riu:
— Vocês, sinceramente; não tem jeito... Certifiquem-se de que possamos partir a tempo. E não briguem entre si.
Dizendo isso, ele foi até a montanha de saques empilhada. Os soldados soltaram vivas e levantaram seus punhos no ar, puxando as mulheres pelos braços...
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... Fortaleza Redant.
Ali, Blois via a partida dos nobres feudais que tinham partido um após o outro desde o início da manhã. Seus sentimentos eram complicados. Mas ele não tinha uma razão boa o bastante para impedi-los.
E para melhor ou pior, não era nada raro de se ver em guerras, e Bahnseim não era exceção. Ainda mais, o território de Beim que nunca tinha permitido-se experimentar guerras era o maior campo de caça que se podia pedir.
Se ele tentasse impedir de mal jeito, certamente haveria alguns que até mesmo o assassinariam para conseguirem o que querem.
— Puxa vida, é em horas assim que a impotência de alguém mais dói.
Houve momento em que ele pensara em ser promovido para impedi-los. Mas não era como se promoções fossem obtidas apenas com belas palavras, e ele hesitava em enfiar as mãos na injustiça e saqueamentos que ele tanto odiava para ascender em posição.
Nisso, de cima da fortaleza, ele notou um soldado movendo-se estranhamente. Enquanto mantinha-se alerta aos seus arredores, estava indo na direção dele. Pela constituição e movimentos, era provavelmente uma mulher.
— ... Um inimigo?
Blois imediatamente entrou na fortaleza, e levando consigo alguns homens, procurou pela mulher de cabelos negros que havia avistado antes, apenas para encontrá-la dentro da fortaleza.
Deixando uma certa sala, e movendo-se na direção oposta a dele.
— Um momento de seu tempo? Qual a sua afiliação?
Blois chamou com uma voz gentil, mas sua mão estava apertando o cabo de sua lâmina. Os Cavaleiros e soldados em volta dele também tomavam cuidado com a mulher.
Mas então, um indivíduo problemático apareceu ali.
— Que barulheira. O que está acontecendo aqui?
Uma voz veio de trás do grupo de Blois, fazendo-o se virar e encontrar Breid. Blois manteve em mente que isso iria se tornaria problemático.
— Avistei uma indivídua suspeita, então estava apenas a abordando. E esse é um dos quartos oferecidos aos Senhores Feudais. Eu gostaria de perguntar algumas coisas para ela.
Breid mostrou uma risada para Blois que estava alerta à traição de um Senhor. Ao contrário da reunião no outro dia, sua atmosfera era relaxada.
— Ela não é ninguém suspeita. Eu garanto. Agora vá andando.
A soldada de cabelos negros... e olhos vermelhos, abaixou sua cabeça sem mudanças em suas expressão, e deixou o lugar com passos apressados.
Blois falou para Breid.
— ... Então será você quem irá falar?
Ele tinha um mal pressentimento, e a resposta de Breid foi exatamente como esperado.
— É tudo parte do plano. Bem, meu plano, devo adicionar. Apreciaria bastante se não se intrometesse.
Dizendo isso, Breid entrou no quarto de onde a mulher havia saído. Blois decidiu reportar essa questão fielmente aos outros generais...
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... Confirmando a saída de Blois, Breid reclamou ao Baronete.
— Eu realmente gostaria que fizesse essas trocas de cartas serem menos chamativas.
— Minhas desculpas. E eu fiz aquela que acabaste de ver escrever uma carta para a entrega do modo que especificaste.
Breid assentiu, enquanto menosprezava o Baronete internamente.
(Foi problemático ter sido o Blois quem viu. Mas por acaso esses caras não têm senso de crise? Mesmo que estejam me obedecendo, não posso tê-los me atrasando. Nesse caso, eu deveria me encarregar de interações futuras. Puxa vida, subordinados incompetentes realmente são um problema.)
Breid propôs:
— Deixe-me testemunhar a próxima troca de cartas também.
Ele não pensava estar sendo enganado, mas falou isso para o caso da chance de um em um milhão. Nisso, o Baronete não pareceu particularmente incomodado.
— Entendido. Arranjaremos deste modo de agora em diante. Nesse caso, a próxima será...
Vendo o Baronete se mover como previsto, Breid ficou alegremente de bom humor. E quando a reunião terminou, o Baronete lhe falou:
— A propósito, capitão.
— O que foi?
— É sobre o general Blois, ele pode tentar se intrometer em nossos assuntos. Com base no andar das coisas, ele irá reportar isso aos outros generais, e pode tentar tirar esses méritos de você... estamos em uma situação em que é questionável o capitão da guarda real poder garantir nossa segurança. Por que não toma algumas medidas contra isso?
Breid imediatamente respondeu:
— ... Assassinato, eh?
O Baronete negou a noção apressadamente:
— Nem pensar! Se um escândalo de assassinato surgir em uma hora dessas, nossos planos serão expostos. Selar as ações do general Blois e explicar a situação quando houver obtido suas conquistas pareceria melhor.
Breid achava isso um incômodo, mas concordou com a opinião do Baronete.
(Se for após eu ter obtido minhas medalhas, ninguém será capaz de ignorar minha opinião. Precisamos apenas nos livrar de Blois após isso, huh.)
— Entendido. Tomarei algumas providências.
Enquanto isso, ele planejava cuidar da... matar aquele incômodo chamado Blois quando tudo estivesse resolvido...
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Nós havíamos ajudado a Guilda no Labirinto.
Mas o primeiro pensamento que me veio à mente quando saímos...
— Hm, qual o significado desse “nada”?
Eu havia me preparado para a despedida do Quinto, mas ele não havia dito uma única palavra o tempo todo. Milleia-san também estava incomodada, e May, que sentia que esse seria o fim, me enviava um olhar de reprimenda como se tivesse sido traída.
Dentro da Joia.
Eu perguntava sobre a situação na Joia enquanto cercava o Quinto.
Milleia-san falou:
『... Ele se trancou no quarto, e não está saindo! Depois de eu ter me preparado tanto para isso!』
O Quinto encarava a Milleia-san enquanto falava:
『Não use a May como uma desculpa! Escuta aqui, dar adeus nesse tipo de atmosfera só aumenta a dificuldade, maldição! Se é assim que vai ser, uma despedida normal teria sido várias vezes melhor!』
Eu estava me perguntando o que era isso, parece que o Quinto não queria participar da “Festa de despedida” que a Milleia-san havia planejado. É verdade que os ancestrais até agora nunca tinham partido com tal atmosfera. Até agora, eles tinham partido quando era necessário... não, por causa de mim, apenas a Segunda Geração não tinha sido capaz de oferecer despedidas adequadas.
Milleia-san não tinha permitido a sucessão da Skill do Quinto. Mas ela tinha removido a restrição quando soube do passado dele. Por ela ter falhado em informá-lo deste fato, o Quinto havia deixado passar o melhor momento de passar a Skill para mim.
O Sétimo falou:
『Ei, por que você simplesmente não a dá para ele aqui e acaba logo com isso? Você não quer fazer muita algazarra disso, e já transmitiu tudo o que queria, não é?』
O Quinto estava mal-humorado.
『Eu fui forçado a passar tudo o que eu não queria também. Beleza, vamos lá, Lyle.』
Enquanto ele tentava levar o Lyle ao seu quarto de memórias, Milleia-san entrou no caminho.
『Não, não e não! Se é minha responsabilidade, então eu tenho que fazer algo a respeito disso!』
O Quinto olhou para ela:
『E! Eu estou! Dizendo! Isso é um incômodo! Escute bem, eu realmente não ligo para melhor momento e coisas assim. Meu papel de transmitir minha Skill ao Lyle é importante. É verdade que não posso mais parecer maneiro, mas o que é mais importante é dar essa Skill ao Lyle. Então, Milleia, apenas desista logo disso.』
Dentro dessa atmosfera questionável, tal conversação se desenrolava, mas... eu sentia que também tinha algo a dizer aos ancestrais.
— Lamento, mas parece que Bahnseim se moveu, então terei que me apressar do meu lado. Parece que ficarei ocupado, e não acho que estarei voltando para cá por um tempo. O trabalho tem sido tão caótico ultimamente... E-eu realmente sinto muito!
Enquanto eu corria para partir, o Quinto estendeu sua mão para mim com uma expressão indescritível em seu rosto.
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... Um vilarejo ao norte de Beim.
Ali, os aventureiros contratados como guardas, e os aventureiros vindos do vilarejo estavam caídos no chão, tendo sido derrotados por soldados. O sangue vermelho escorrendo na terra oferecia prova de todos os lugares onde as lutas tinham ocorrido.
Um jovem soldado levantou um dos aventureiros.
— Esse daqui tá usando uma armadura boa à beça. Já que derrotei ele, tá tudo bem eu ficar com ela, né?
O soldado rindo ao lado dele talvez fosse da mesma vila.
— Eu não ligo, mas não recomendo tentar se destacar mais que nosso general. Se você se destacar demais, vai ser o primeiro alvejado no campo de batalha. Nesse caso, é melhor você vender e arrumar algum dinheiro.
Ouvindo essas vozes nos arredores, um jovem Baronete olhava em volta.
— Puxa vida, eles desperdiçaram nosso tempo desnecessariamente. Eles realmente achavam que ataques tão esporádicos funcionariam em soldados completamente equipados?
O jovem Baronete chutou um aventureiro que ainda respirava. Nos arredores, esse aventureiro era atacado por várias pessoas, provavelmente em ressentimento por um soldado que havia morrido.
O aventureiro não parecia compreender o que estava acontecendo.
— P-por que... nós... no trigésimo andar do Labirinto...
Aventureiros que tinham rompido o trigésimo andar. Eles realmente eram habilidosos. Tendo “como aventureiros” como premissa.
O Baronete ria.
— Fazer seus magos darem um espetáculo daqueles só é pedir para que eles virem alvo. Pra um bando do seu nível, há várias maneiras de lidar quando estão cercados. Com seus números de nem mesmo dez, vou admitir que somando as mortes e ferimentos, vocês levaram mais de vinte dos nossos homens. Mas isso é tudo. Mesmo assim, a espada nas suas mãos é realmente esplêndida. Uma ferramenta mágica... Serei eu quem a usará de agora em diante.
Havia mais de cem soldados armados, e aventureiros cujos magos eram alvos ambulantes para flechas. Depois disso, eles só precisavam fazer aqueles que podiam atacar de longe cercar e abater quaisquer aventureiros que aparecessem.
O Jovem Baronete usou a espada tomada do aventureiro para empalar seu antigo usuário.
— Você parece feliz com suas habilidades para matar monstros, mas... não tem qualquer conhecimento do campo de batalha. É por isso que esses aventureiros sem noção são tão problemáticos.
Ele testava o fio de sua nova lâmina. Nesse momento, alguns mercenários se aproximaram.
— Chefe, por favor não se esqueça de nossos serviços.
O Baronete dirigiu um sorriso aos mercenários sorridentes.
— É claro que não esquecerei. Irei agradecer por nos guiar todo o caminho até o vilarejo. Podem disputar como distribuir o saque obtido entre si. Pois bem, quando estivermos terminados aqui, para onde devemos ir a seguir?
Em volta, os soldados saqueavam e atacavam mulheres. Quando os homens do vilarejos não podiam mais suportar assistir e punham suas armas em mãos para atacá-los, os soldados os empalavam em suas lanças e os acertavam com seus arcos.
Os mercenários olhavam para os homens desse Baronete.
— Mesmo assim, vocês têm ainda menos misericórdia que nós, mercenários.
O Baronete falou com um sorriso.
— Passei por campos de batalha ainda mais cruéis em Bahnseim. Mas quando a resistência deles é tão fraca, até meu coração começa a doer. É claro, mesmo nesse caso, não tenho intenção nenhuma de pegar leve com eles. Agora nos apressemos. Caso nos demoremos, os outros Senhores tomarão nossos prêmios.
Havia problemas em Beim. Eles haviam experimentado um período de paz longo demais usando o poder do dinheiro. Trocando o sangue das terras circundantes por dinheiro, e o sugando para sua própria prosperidade.
A mentalidade de que eles próprios estavam seguros sempre tinha sido prevalente, isso gerou um ambiente onde eles não podiam sequer oferecer uma resistência decente quando se tratava de uma situação como a atual.
Para Bahnseim, era um ambiente onde eles podiam tomar o que quisessem. As cores nos olhos dos Senhores tinham mudado, enquanto seus horizontes se expandiam às suas frentes...
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