Volume 13
Capítulo 9: Marina Contra May
Nota: fui informado que me referi diversas vezes à May como Marina neste capítulo, acredito que corrigi tudo, mas caso encontrem algo errado, sintam-se livres para informar nos comentários.
... O grupo avançando pela floresta tinha uma porção de elfos na liderança, enquanto iam ao seu ponto de destino.
Uma brigada de mercenários.
E dentre os grupos de aventureiros, elfos tinham sido selecionados para assumir a vanguarda como batedores. Os elfos, provavelmente homens, se entreolhavam, e assentiam às vezes, conforme se moviam.
Eles desarmavam as armadilhas da Miranda pelo caminho, então a força principal atrás deles podia se mover adiante.
Uma base fortificada para completar o Labirinto entrou em vista. Chegando lá, um retornou para informar ao resto das forças da rota segura.
Os elfos armados em aguardo confirmaram as Valquírias de vigia sobre as muralhas.
— É como se estivessem realmente vivas.
— Em forma, pelo menos. Olhando de perto, elas fazem alguns movimentos anormais.
— Não deixe isso confundi-lo, jovem.
Apesar dos elfos parecerem jovens, parecia que havia aqueles de considerável idade em seu meio também.
E trazendo a força principal junto, o companheiro elfo deles retornou.
— As coisas estão indo bem. Mas um escorregou e arrumou uma fratura óssea.
Ouvindo isso, os elfos encolheram os ombros. Do ponto de vista deles, era simplesmente impossível perder o equilíbrio em uma floresta dessas. Deve ter sido um humano ou anão, ou um gnomo, ou alguma outra raça.
Um falou:
— Bom trabalho. Sempre se acha alguém que cai só com a jornada.
Quando um elfo pertencente à brigada mercenária falou isso, um elfo de um grupo de aventureiros deu um “é assim que as coisas são?” enquanto inclinava sua cabeça.
De trás veio o chefe da brigada mercenária, e o líder do grupo de aventureiros.
— E aí? Nossa, elas realmente são cautelosas.
O chefe animado levantou os olhos e admirou a altura das muralhas.
— Têm até vigias. Vocês não diriam que é um pouco demais contra monstros? É possível que tenham descoberto que estaríamos atacando.
O líder dos aventureiros deu uma opinião cautelosa, e o chefe dos mercenários assentiu. Ele assentiu, e imediatamente preparou uma contramedida para esse tipo de coisa.
— Nossos magos serão úteis nessa hora. Eles gostam mais quando é chamativo, sabe.
O líder assentiu a isso. Alguns magos caminharam de trás, falaram com o chefe, e levaram junto os elfos e alguns guardas, enquanto se posicionavam para cercar o forte.
Depois de um tempo, um elfo próximo ao chefe falou:
— Chefe, o sinal chegou.
— Bom trabalho. Agora, vamos começar com um bangue!
Logo depois, magia foi disparada de três pontos. Água como uma enchente desceu na fortaleza, para lavar suas muralhas de terra. Rachaduras emergiram nas muralhas, e após uma porção desabar, algumas rochas voaram nela.
Na colisão com a parede, ambos objeto e ponto de impacto desmoronaram, as vigias foram arremessadas, e um ponto perfeito para penetração foi criado.
E finalmente, massas de chamas desceram na base inimiga como chuva. Ela ardeu em chamas, iluminando a escuridão tão bem que não havia necessidade nenhuma de tochas.
O líder murmurou em frente aos magos especializados em magias de larga escala:
— Para nós, os lugares em que podemos usar magia são limitados. Contrariamente, preferimos aquelas de alta força que não chamam muita atenção, mas... entendo, então é possível usar desse jeito.
Ele admirou a ação da brigada mercenária. Mesmo sendo especializados, magos que lutavam em espaços fechados precisavam de técnicas para se protegerem. E ao invés de larga escala, eles favoreciam alta potência em espaços confinados. Acurácia também era importante.
Do contrário, eles também acertariam seus aliados.
O Chefe falou:
— Agora, vamos direto à marcha. Ôoopa.
Enquanto dizia isso, levantou sua mão para indicar que todos parassem. Uma única menina saltou de dentro das chamas. Relâmpago violeta corria pelo seu corpo, e o brilho em seus olhos era agudo. Com o inferno às suas costas, ela se punha de pé, e olhava para eles na floresta.
O líder falou:
— Ela estava nos documentos. Aquela garota é a May. Enviando ela tão cedo, isso é o quão cautelosas estão?
O Chefe falou:
— Marina, sua presa saiu. Se o cadáver dela for o de um qilin, vou estar esperando uma parte.
Aparecendo atrás do chefe, Marina usava um casaco, guarda-braços, e guardas de joelho. Ela vira os braços, e bate sua palma esquerda com o punho de sua mão direita.
— Faça o que quiser. Só estou interessado naquela garota viva.
Dizendo isso, Marina saltou da floresta com ímpeto invencível, e May também chutou o chão, seus punhos disparando na direção de Marina.
Quando as duas colidiram, Marina foi levemente rechaçada. Vendo isso, o chefe deu ordens.
— Podemos pelo menos posicionar dois para assistir a luta da Marina. Se parecer que ela vai perder, relatem a mim. Se ela derrotar o inimigo, garantam o corpo. Líder-san, quer dividir meio a meio?
É claro, o líder estava a par da alta possibilidade de May ser uma qilin. Depois de pensar um pouco, decidiu aquiescer.
— Vou abrir mão dos chifres. Mas não vou me comprometer no rosto.
— Tá bom, tá bom, podemos decidir os detalhes depois. Escutem, rapazes! Tá na hora de uma alegre guerra!
Aventureiros emergiram da floresta um por um, entrando pelas partes desmoronadas da muralha...
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... May estava sendo empurrada por Marina.
Se lutassem, ela venceria, mas uma inimiga problemática... essa tinha sido a avaliação interna de May para Marina. Mas parecia haver uma necessidade de revisar isso.
Ela chutou, mas Marina cruzou seus braços para receber. Deveria ter sido o bastante para mandá-la voando pelo ar, mas após olhar os olhos de Marina enquanto descruzava os braços, May entendeu.
— É exatamente como a Novem disse. Parece que você é o contrário de mim. Madame, enquanto humana, você está se aproximando do território das feras.
Ante a avaliação franca de May, Marina inchou os músculos do seu corpo, enquanto seus caninos se afiavam. May notou como seus cabelos negros se eriçaram, mas o que mais havia mudado eram seus olhos.
Suas pupilas haviam se tornado verticalmente longas e estreitas.
Trivialidades, garotinha... tirando a máscara humana você acha uma besta do mesmo jeito.
A Skill de Marina... Fera... oferecia um aprimoramento muscular junto a uma atmosfera como aquela de um animal selvagem.
Não era apenas fortalecimento muscular, ela até mesmo aumentava a flexibilidade do seu corpo. E a deixava ainda mais beligerante.
Chutando o chão, Marina encerrou toda a distância até o peito de May, fazendo com que May lançasse um chute. Marina também chutou, propositalmente deixando as forças competirem.
Nisso, Marina que esteve perdendo em poder até logo antes chegou ao ponto de poder ser chamada de igual.
— Óbvio demais!
May lançou seu punho, enquanto Marina o pegou em sua palma.
O punho rangeu quando Marina o usou para lançar May no ar. A direção em que foi lançada foi a da floresta, no sentido oposto ao da base.
Antes de acertar uma árvore, May corrigiu sua postura, e moveu-se de modo a acertar o tronco com ambos os pés.
O impacto a fez balançar, mas antes que May pudesse levantar seu rosto, instantaneamente sentiu que Marina estava em sua frente.
Marina lançou um chute, e quando foi evitado, ela acertou a árvore, partindo-a completamente.
Aquela árvore que não estava podre espalhou farpas e folhas enquanto caía.
— ... Incrível. Em que estágio da sua Skill você está?
May perguntou em que estágio ela estava, e Marina respondeu de forma bastante honesta:
— Ainda no primeiro. Você é uma qilin, não é? Espero que me deixe chegar ao último.
Vendo o riso e risada de Marina, May pensou:
(Esses tipos de irregulares aparecem de tempos em tempos. Realmente problemáticos.)
Relâmpago correu em volta da May, em uma tentativa de desequilibrar Marina com magia. Mas Marina continuou sua ofensiva sem prestar qualquer atenção.
Os relâmpagos queimaram seu casaco e abrasaram sua pele. E mesmo assim, Marina estava sorrindo.
Em resposta ao chute giratório de Marina, seguido por um parafuso, May recuou, e estendeu um chifre de sua mão direita.
May não tinha a intenção de triunfar em combate corpo a corpo, então tentou cortar sua inimiga de uma vez.
— Isso vai contra as ordens da Novem, mas você é perigosa, então vou acabar com isso.
Marina soltou uma risada alegre à essas palavras:
— Que interessante, garotinha. Se vai acabar com isso... é muito bem-vinda!
May cortou com o chifre laminado de uma Qilin, mas Marina o recebeu com seus guarda-braços. O golpe tinha força. E o fio era garantido.
Seu chifre qilin era sua arma, e mesmo assim Marina havia o bloqueado. Quando May arregalou seus olhos em surpresa, Marina a acertou, e a lançou voando para trás.
Suas costas acertaram uma árvore, e ela caiu ao chão.
— No Labirinto, eu coloquei as mãos em um metal incrivelmente duro, mas pesado para caramba. Esses por acaso são meus favoritos. Porque são firmes, e não quebram. Mas como esperado de uma Qilin. Você arranhou.
As guardas que nunca tinham sido danificadas não importando o quanto ela usasse, tinham sido abençoadas com sua primeira marca. Com as repetidas subjugações de Labirinto no decorrer de sua vida, Marina havia preparado seus próprios equipamentos.
Ela não era uma aventureira que tinha apenas habilidade de combate.
May se levantou, sacudiu sua cabeça, e olhou para Marina.
(A pele queimada dela já se curou? E olhando de perto, não tem buraco nenhum nas roupas sob o casaco dela.)
Não havia como roupas normais poderem suportar a descarga elétrica de May.
May revisou sua imagem mental de novo. Os cabelos dourados atrás de suas orelhas se partiram, e chifres cresceram. Eles se estendiam para trás.
Quando seus dois chifres novos emergiram, Marina pareceu bastante excitada.
— Muito bom. Vamos ambas mostrarmos nossas cartas trunfo. Mal posso esperar para ver quanto mais você está escondendo!
Dizendo isso, Marina separou seus pés, e soltou gemido como se estivesse aguentando algo. May ouviu algo que era como se uma fera estivesse tentando intimidá-la.
Os músculos de Marina incharam, e as porções visíveis... seus braços ganharam uma camada de pelo, tornando-se como aqueles de uma fera de verdade.
Uma licantropo. Para sumarizar em uma só palavra, essa era sua forma. Conforme seus cabelos engrossavam, May falou abertamente:
— Ficou peluda, madame.
— Grrrrrr… m-matar…
Ouvindo a piada de May, ela não parecia ter recebido muito bem. A esse ponto, já era como se ela houvesse sacrificado sua capacidade mental para ficar mais selvagem.
Marina correu próxima ao chão. Em um instante, May também soltou sua magia, e se focou em fortalecer seu próprio corpo. Elas seguraram as mãos uma da outra, e no que se tratava de uma competição de poder, a diminuta May parecia estar claramente em desvantagem. E na realidade, ela estava perdendo em força.
Entretanto.
— É verdade que o seu poder aumentou, mas não é bom ficar excitada demais ao ponto de perder a habilidade de pensar. Sua forma anterior ainda era uma ameaça maior!
Cabeceando para fazer Marina vacilar, May lançou um chute em sua barriga. Mas era como se ela estivesse chutando um tronco de uma grande árvore, Marina não se moveu.
Seu peso também havia aumentado em comparação a antes. Pelo visto o que parecia ser pura expansão havia até adicionado massa.
Mas estava chocada. Olhando o estado de Marina, ela notou a diferença.
— Em pura habilidade física sozinha, você pode me rivalizar. É maravilhosa o bastante para merecer um choque, madame.
Esse era um mundo onde todo humano, mais ou menos, usaria Mana para aprimorar seus corpos. Em tal mundo, com apenas o poder de músculo puro, lutar em termos iguais com o que podia ser chamada de fera divina representava uma ameaça e tanto.
Agarrando o tornozelo de May, Marina bateu May diretamente no chão. O lugar onde ela bateu foi cavado, formando uma cratera.
E sangue escorreu da boca da qilin...
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... Na base atacada, as Valquírias eram carregadas em uma carruagem à cavalo.
Havia espadas e lanças fixadas em seus corpos, e uma vez imobilizadas, os aventureiros despiam seus equipamentos olhando para seus torsos carnudos e rindo.
— Oy, elas foram feitas bem elaboradamente!
— Essas daí não venderiam pros caras com aqueles tipos de passatempos?
— Então não suja elas. Se quebrar, vai comprar.
Os gargalhantes aventureiros da brigada de mercenários haviam carregado outra Valquíria violentamente no carrinho.
O chefe da brigada de mercenários olhava para sua honrada espada que havia sido lascada enquanto lutava com elas.
— Tsc, se atravessar a carne delas, lasca. Mesmo esse bebê podendo cortar osso facilmente. Mas que problemáticas.
Chutando a Valquíria caída em sua frente, ele a virou, para que ficasse de face para cima. Ela tinha uma espada enfiada em seu corpo, e de lá, um líquido vermelho escorria.
Seus membros eram feitos de metal, então havia sido derrotada por golpes no torso. Apesar de estar usando armadura, a menor brecha havia sido o bastante para eles.
O grupo de aventureiros, por outro lado, havia cuidadosamente retirado os armamentos das Valquírias que coletaram, e ordenavam as partes em seu carrinho.
O líder dos aventureiros olhou para o chefe dos mercenários e seus homens.
— Certifique-se de lidar com os materiais que remover com cuidado.
Nisso, o chefe irrompeu em risadas.
— Desculpa por isso! Nosso suporte de retaguarda vai fazer isso certinho depois. Bem, se tem tantas assim, não importa se uma ou duas estiverem quebradas. Mas elas estão com um equipamento muito bom.
O corpo principal das Valquírias era uma coisa, mas no que se tratava de seus equipamentos, pensar o quanto ele poderia fazer se vendesse, o chefe não conseguia parar sua risada.
Ele sabia que o grupo do Lyle havia pagado uma fortuna para fazê-las, e sabia que havia mercadores querendo comprá-las.
— É uma colheita enorme dessa vez. Mas realmente são cautelosas, esse grupinho.
A base atacada era pequena em escala, e havia outra base mais adiante. O chefe dos mercenários disse que estaria tudo bem se conseguissem faturar lá também.
— Tudo o que fez foi dispersar nossas fontes de lucro, mas... raios me partam, parece que o moleque realmente é bom em guerra. Ele dividiu suas forças, e minimizou as perdas aqui.
Mas a reação do líder foi um pouco diferença.
— Meus exatos pensamentos. Mas nosso gasto de armas foi severo. Alguns até usaram as extras.
O chefe olhou em volta, e espiou seus membros pegando as armas das Valquíria em mãos, e testando a sensação delas.
— Bora fazer eles enviarem um pouco mais então. Mandar esses caras pros fundos, e fazer eles trazerem mais armas junto na volta vai ajudar bastante todos nós. O problema é... a Marina ainda está pesando na minha mente. Você acha que ela vai ficar bem?
Ainda não havia chegado um relatório, então ele estava ansioso, mas a resistência havia sido mais fraca do que ele havia esperado. E por coletar a montanha de tesouros que eram as Valquírias, nem o líder ou o chefe notaram.
Que além das Valquírias, não havia sequer uma membra entre aquelas considerada como principais do grupo do Lyle.
O líder falou:
— Vou mandar uns homens para verificar. Se parecer ruim, então melhor nos apressarmos.
O chefe dos mercenários concordou.
— Então envia meus homens. Ô cambada, parem de ficar de brincando e se mandem logo pro próximo campo de caça!
Os homens da brigada de mercenários, e os aventureiros contratados temporariamente pareciam estar em astral bastante festivo...