Setes Japonesa

Tradução: Batata Yacon

Revisão: Delongas


Volume 12

Capítulo 1: Passando o Bastão


Retornando da Subjugação do Labirinto à Beim, dei uma passada na Guilda para reportar.

Chegamos em Beim por volta do meio-dia e, após retornarmos à mansão e lidarmos com os relatórios, fui para a Filial Leste.

Mônica se grudou em mim, a arrancá-la foi uma provação enorme, então eu estava um pouco cansado.

Quando cheguei na Guilda, naturalmente, fui ao terceiro andar. Eu cheguei, me encontrei com a recepcionista cuidando da mesa, e me encontrei surpreso.

Longos cabelos dourados, e olhos um pouco lânguidos. Seus olhos eram esmeraldas, e ela emanava uma atmosfera fofa.

— Oh nossa, já faz bastante tempo~.

Estressando o final de suas palavras, ela me confrontou com um sorriso brilhante. Após se levantar e preparar uma bebida de uma jarra na sala, ela a colocou na mesa.

— Marianne-san? Eh? Por quê?

Diante de minha confusão, Marianne-san deu um sorriso amargo.

— Ahaha, na verdade, eu fui demitida da mesa especializada em novatos no primeiro andar. Foi aquilo, sabe? Quando eu devo bancar a irmãzona para eles, as coisas não funcionam realmente se nossas idades ficarem muito distantes, talvez? Alguém próxima em idade, mas ainda assim longe do alcance é importante para a mesa de novatos.

Era esse tipo de posição? Pensei isso, mas decidi não me aprofundar muito por enquanto. Ao invés disso, se eu pulasse nas conversas sobre a idade dela, eu certamente sairia desagradável, dada minha própria idade.

Assumi a postura mais segura de mudar o rumo da conversa.

De dentro da Joia, o Quarto...

『Que tal falar para ela que vinte ainda está na sua zona? Na realidade, a Thelma-san já tem trinta e seis, não é?』

— O que é que ele estava tentando realizar? Com isso em mente, o ignorei, e com um vago sorriso em meu rosto, me sentei na frente dela.

— Que assustador. Ah, aqui está o nosso relatório do pedido atual.

Marianne-san aceitou o envelope que eu estendi, e o conferiu. Pegando outro documento de uma gaveta na mesa, ela os comparou.

— ... Mal há qualquer diferença com o relatório oficial da Guilda. A documentação também confere.

Assuntos de papelada foram deixados para a Adele-san. Então fui capaz de me devotar às aplicações práticas da Série Valquíria.

Era só que, as Valquíria tinham um grande problema. Desde que eu não me tornasse mestre delas, não seriam capazes de estabelecer aquilo que chamavam de 【Network】.

E fazer isso por conta própria seria um fardo enorme, mas havia muitos outros problemas.

... Elas custavam dinheiro. Simplesmente movê-las custava dinheiro. Fazer elas lutarem custava ainda mais dinheiro. Eu entendia a razão de porque um grupo de aventureiros-mercenários eram tão desesperados para coletar fundos.

— Isso é bom. Nós ficaremos imóveis com manutenção de equipamentos e folgas por um tempo, então mostrarei meu rosto na Guilda outra hora. Poderemos conferir os pedidos disponíveis nessa hora, então...

Com as formalidades e documentação terminadas, me movi para deixar a sala. Marianne-san sorriu para mim.

— Sim. Trabalho esplêndido. Tenha um bom descanso.

Quando desci ao primeiro andar, vi uma recepcionista diferente no balcão que era ocupado pela Marianne-san.

Ouvi uma voz animada, e vendo de perto, vi uma recepcionista de cabelos castanhos do tipo adorável. Muito mais velha que a Marianne-san, e com uma atmosfera diferente.

Ao invés de fofa, talvez animada seria o termo certo?

Independentemente, o que ela fazia era o mesmo.

— Isso é incrível. Você sempre teve 【D】s até agora, mas finalmente conseguiu um 【C】! Nesse ritmo, será capaz de conseguir todo o seu equipamento mais rápido do que pensei. Puxa vida, você foi contra os meus planos de um modo bom. Dê o seu melhor daqui em diante, tá bom? Eu também farei o meu melhor.

Pedidos de biscates... geralmente limpeza da cidade, e ajudas por todo o lugar. A avaliação normal que se podia esperar deles era um 【C】.

Se você trabalhasse habilidosamente, um 【B】, enquanto 【A】s raramente apareciam. Porque se o solicitante desse um A, seriam forçados a pagar uma recompensa extra.

Bem, até agora, eles estavam indo terrivelmente, e finalmente conseguiram ganhar avaliações normais.

— Não, se a gente ficar sério, uma coisa assim num é nada, tá.

Com um sorriso, ela elogiava os novos recrutas. Se inclinando para frente, e fazendo todos os tipos de gestos... ela continuava a elogiá-los. A qualidade de seus equipamentos era baixa, e talvez eles tivessem vindo oferecer o relatório imediatamente, já que estavam cobertos em sujeira, mas ela tratava com eles com um sorriso.

(Então eles tinham uma substituta. Mais jovem que a Marianne-san, entendo. Da minha idade, ou um pouco mais nova?)

Eu não achava que a restrição de idade fosse tão forte assim, mas de qualquer modo, a recepcionista especializada em novatos usava um uniforme levemente modificado enquanto recebia novos aventureiros de modo amigável e cheia de energia.

Eu tinha visto o rosto dela em algum lugar antes.

(... Rühe-san, não era?)

Ela parecia bastante adequada à tarefa, mas eu não pude deixar de sentir que havia alguma coisa ocorrendo por detrás das cortinas.

E enquanto eu observava o balcão, notei um grupo observando o mesmo lugar.

Era o grupo do Erhart.

Ele vestia uma camiseta, e apesar de finalmente ser a estação certa para isso, eu realmente não sabia o que dizer de um aventureiro expondo todos os seus pontos vitais. A enorme espada que ele carregava era uma espada extremamente normal. Seu nome era Gramr.

Ele liderava seus companheiros, observando o lugar com uma expressão de conflito em seu rosto.

E quando seus companheiros lhe chamaram, ele se moveu para outra mesa, quando...

— Ah?

— Yo!

... Nossos olhos se encontraram.

Deixamos a Guilda e entramos em um estabelecimento para escutar suas histórias.

Era uma loja que oferecia muita comida e o gosto não era ruim, então para aventureiros que não podiam ganhar muito, era uma loja a se dar graças, pelo que parecia.

Eu geralmente estava cercado por mulheres, e as refeições geralmente tinham uma atmosfera mais graciosa, ou como devo dizer... de qualquer modo, esse tipo de atmosfera. Mas o grupo do Erhart não tinha restrição nenhuma.

— Ah, garçonete, outro bife! Igual ao de antes!
— Eu também!
— Coloca um pouco mais de pão!
— Pra beber, vou querer suco, recém espremido! Com gelo!
— Aquela coisa de fruta meio congelada pra sobremesa. Pra todos nós!

A garçonete parecia acostumada com isso. Mas aqueles em volta também estavam olhando o grupo comer, então acabei dando um sorriso torto.

Simplesmente ouvir o que eles tinham a dizer de graça não me caía muito bem, então disse que pagaria a comida. Assim, eles começaram a ler o menu começando pelas coisas mais caras.

A falta de restrição deles na realidade era uma visão bastante agradável.

— Vocês vêm aqui com frequência?

Erhart conversava comigo enquanto esperava seu bife extra.

— Tá zoando comigo? Do seu ponto de vista, num é muito, mas essa loja é famosa pra onde todos aventureiros novatos voltam por nostalgia. Número um em Beim.

Não importava o que ele dissesse, soava beligerante, mas ele não estava me desafiando diretamente como antes.

Eu olhei para o menu. Vi que ele oferecia refeições baratas para aventureiros que não ganhavam muito.

— Não, eu acho que é um bom lugar. Eu costumava vir bastante pra estes tipos de lugares para comer, afinal.

Era nostálgico. Quando comecei como aventureiro, eu comia em lugares assim.

Eu passara minhas noites em pousadas, e era incapaz de fazer qualquer trabalho doméstico na época. Em Daliem nós conseguimos viver em uma casa, mas cansados como ficávamos com os pedidos, nós comíamos fora.

Na época, era eu e a Novem. E pelo caminho, a Aria se juntou. Eu acho que eu era bastante incapaz e de nenhuma confiança.

— ... Levando mulheres junto, né? Realmente deve ser bom, ter um rosto bonito.

Ele se virou para mim com um olhar de inveja em sua face, mas o rosto dele também não era ruim. Se ele se arrumasse um pouco mais, então ter mulheres atrás dele não seria...

(Parando para pensar, tinha aquele tal de Larc em Cartaffs.)

Ele era um aventureiro que carregava uma espada como o Erhart, mas o resto era suspeito.

— Bem, sem objeções.

— Keh! Então o que é que você queria perguntar?

Eu queria perguntar sobre a Marianne-san. Atualmente, o grupo do Erhart estava cumprindo pedidos como aventureiros, e derrotando monstros em volta de Beim. Eles estavam trabalhando o bastante para uma vida estável.

Podia-se chamá-los de aventureiros esplêndidos, e eu estava curioso quanto ao porquê daquela que os havia elevado a esse nível, Marianne-san, ser removida do papel de cuidar de novos aventureiros.

— É sobre a Marianne-san.

Nisso, o grupo do Erhart parou de comer, cada um deles deixando suas cabeças caírem em angústia. Enquanto me perguntava o que havia acontecido, Erhart quietamente começou a falar.

— ... Aquela mulher, ela traiu a gente. Falou que a gente tinha talento pra fazer a gente trabalhar, na verdade ela tava rindo por trás das nossas costas. Eu perguntei aos outros aventureiros também e ela era uma recepcionista que trabalhava enganando habilidosamente todos os novatos. Já que ela foi promovida para as mesas no terceiro andar, aposto que ela perdeu a necessidade de manter a fachada. Mas eu sei que ela tá dando um sorriso falso para os aventureiros capazes lá em cima.

Algum tipo de problema parecia ter acontecido entre eles. Quando pedi os detalhes, parece que durante o último incidente com o exército de monstros, o grupo de Erhart tinha declarado sua vontade de participar.

E ela obstinadamente colocou um fim nisso.

Para pedidos de fora das muralhas da cidade, as recompensas eram extraordinárias. Talvez eles estivessem atraídos por esses prospectos quando insistiram em participar, mas teria sido melhor não.

No pior dos casos, eles poderiam ter morrido.

Tentando desfazer o mal-entendido, eu estava prestes a abrir a minha boca, quando a voz da Milleia-san veio da Joia.

— Lyle, agora não é a hora. Parece que o sangue correu à cabeça deles, e não importa o que você fale, eles não vão aceitar. Deixe eles crescerem um pouco mais como pessoas, até serem capazes de rir disso. Se eles continuarem vivendo como aventureiros, o dia que poderão rir disso certamente virá. É melhor você contar para eles nessa hora. Eles parecem ter a habilidade para isso... aquela garotinha Marianne que construiu as fundações deles até esse ponto deve ter estado cuidando deles com cuidado.』

Eu me perguntava se estava tudo bem deixar o mal-entendido de pé, mas eu tinha certeza que o grupo do Erhart tinha sentimentos muito fortes sobre isso. Não acho que minhas palavras farão nada a respeito.

(Talvez ela tenha sido para eles, o que o recepcionista Hawkins-san de Daliem foi para mim?)

Recordei um pouco o passado. A simples presença dele projetava pressão em seus arredores, mas eu relembrava o quão educadamente ele lidava com todo mundo.

— Entendo...

— É, isso mesmo. Ouviu o bastante? É culpa nossa termos sido enganados, fim da história. Pode rir se quiser.

— Eu não vou rir. Obrigado por me contar.

Já que fui capaz de ouvir a história deles, agradeci. As porções extras que eles pediram foram levadas bem a tempo, então, como se para apagar a triste história, o grupo do Erhart virou sua atenção para a comida diante de seus olhos.

Um dia de folga.

Tendo saído para fazer compras, levei a May e Mônica para o mercado.

Tendo retornado da Subjugação do Labirinto, terminamos de inspecionar nosso equipamentos, e solicitamos a manutenção. O tempo até a entrega e podermos aceitar o próximo pedido seriam dias de folga.

No mercado com bastante tráfego de pedestres, eu carregava bolas para a Mônica, enquanto ela comprava um ingrediente após o outro. Ao invés de carne, peixe e vegetais, ela estava comprando principalmente temperos.

— Hah, eu realmente queria ir sozinha com o maldito frangote. A mansão tem aqueles pedaços de sucata, e aqueles pedaços de sucata produzidos em massa, e aqueles defeitos produzidos em massa, então não posso flertar com meu Frangote lá...

A pessoa recebendo as reclamações da Mônica era a May. Quando falamos que iríamos ao mercado, ela disse que iria junto. Seus olhos estavam brilhando enquanto olhava em volta.

Enquanto eu carregava um saco marrom de papel com as compras, me virei para a Mônica, que estava diagonalmente atrás de mim.

— E quando foi que eu flertei com você?

— Não fique tão envergonhado. Eu, Mônica, posso entender a afeição de um frango. Mesmo sendo violentas, dentro dos meus bancos de dados, são apenas expressões de amor.

— Não, violência não vai acontecer. Eu não curto esse tipo de amor.

Recuando da declaração dela, virei meus olhos para May. Ela mostrava seus ombros e umbigo, e tinha uma minissaia justa.

Em Beim, os transeuntes não mostravam muito interesse, mas em outras cidades, ela e Mônica atraíam olhares.

May estava olhando para um fruto raro.

— Que isso!? Ei, o que é isso?!

A tia cuidando da barraca de frutas explicou com um sorriso.

— É uma fruta entregue de um lugar depois do oceano. Não dá para comer a casca, mas cortar ao meio e raspar o interior com uma colher é o modo padrão de comer.

Sua superfície era negra, ou um roxo escuro? Pegando tal fruto em mãos, Mônica olhava para ele.

— Minha nossa, vocês até têm uma coisa dessas. Vamos comprar.

Quando ela comprou alguns, a tia olhou para mim segurando a bagagem, ela os empacotou em uma bolsa pequena, e a enfiou no meu saco de papel marrom.

— Garotinha, aqui um extra. Visite de novo.

Já que a May havia parado, e havíamos feito uma compra, a mulher deu uma das frutas do mesmo tipo que havíamos comprado para a May como um extra.

Ela pareceu muito feliz ao aceitar. Ela o segurou com as duas mãos, e parecia estar ansiosa para comer na hora.

Eu olhei para as frutas na barraca.

— Você realmente consegue obter tudo em Beim.

Nisso, a mulher riu em voz alta.

— Mas é claro! Esta é a cidade mais desenvolvida no continente. Não vai nem perder para uma metrópole de qualquer país enorme por aí.

Eu ofereci um sorriso. O Sétimo soltou algumas palavras espinhosas.

『Oh, tenho certeza disso. Espremendo sangue, recursos e sangue dos países em sua volta, é uma cidade que floresce desse lucro. Realmente uma terra pavorosa.』

Mas a expressão da tia escureceu um pouco.

— Mas é só, ouvi que Rusworth e Galleria vão começar uma guerra de novo. Nós de novo vamos começar a ganhar mais coisas que geralmente não colocaríamos as mãos. Aqueles dois países realmente são problemáticos.

Rusworth e Galleria eram dois países que estiveram em guerra um contra o outro por muitos anos. Atualmente, eles estavam posicionados do outro lado de Lorphys.

O Terceiro soltou uma voz relutante:

『Sério? Em uma hora ocupada dessas? É normal esperar o outono passar antes de ir à guerra. Ou será que a estação da colheita muda de acordo com o país?』

Dos Senhores Feudais que restavam, a escala do território tinha sido a menor na era do Terceiro. Ele soltou uma voz de descontentamento com essas ações de fora de estação.

Mas o quarto era diferente.

『Eles são países consideravelmente largos. Talvez estejam bem o bastante para manter a forma? Existem coisas que não requerem muita mobilização. Tenho certeza que eles têm Cavaleiro, e talvez possam compensar os números com mercenários daqui.』

O Quinto soava desagradado com a opinião do Quarto.

『Contratar mercenários custa dinheiro. Bem, talvez eles planejem pilhar as terras que conseguirem. Hah, que terrível.』

Enquanto eu pensava a respeito, May pegou uma faca emprestada da tia das frutas, e cortou a fruta ao meio. Ela entregou um dos lados para mim.

— Aqui, pra você, Lyle.

— Eh? Oh, obrigado.

Aceitando com a minha mão livre, descobri que seu interior estava cheio de carne de fruta. Seu suco transbordava, deixando minha mão molhada e grudenta.

Mordendo, sua doçura me deixou um pouco surpreso.

— O que é isso? É um pouco diferente das frutas que conheço.

May era da mesma opinião.

— É mesmo, não é! É deliciosa.

Mônica olhava para nós dois.

— É uma fruta das terras ao sul. Passa uma sensação bastante tropical.

Nisso, a mulher olhou para Mônica e riu.

— Então você sabia? Bem, é verdade que as frutas do sul têm um gosto característico. Verdade, realmente é... tropical?

Mônica sorriu.

— Significa que vem dos trópicos.

Isso realmente não ajuda, pensei, enquanto continuava a fazer compras com as duas.

Agradeci à tia.

— Obrigado. Nós definitivamente viremos de novo.

— Obrigada pela fruta!

May também sorriu enquanto acenava. Mas minha gratidão não era só sobre a fruta.

(Galleria e Rusworth, huh. Pode ser a hora de entrar em contato com eles.)


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