Volume 11
Capítulo 11: Visando o Futuro
Dentro da Joia.
Me sentava em volta da mesa redonda com meus ancestrais, mas suas atitudes anormais me fizeram ficar em mudo espanto.
— Eh? Então vocês não têm plano nenhum como o normal?
Diante das minhas palavras, o Quinto pareceu irritado. E pressionou sua mão esquerda à testa.
『Você é um idiota? Eu falei antes, não foi? Guerra é sobre números. É uma guerra defensiva, então vocês terão a vantagem até certo ponto, mas algumas dezenas de milhares vão enfrentar um exército de centenas de milhares? Até parece que você pode vencer tão facilmente.』
Talvez o Terceiro compartilhasse seu sentimento, já que riu como o normal.
『Não se pode superar esse tipo de simples diferença numérica. Você só tem um pouco de tempo até lá, então faça o que puder.』
O Quarto retirou seus óculos.
『Acha que um plano que pudéssemos elaborar nunca teria sido pensado por outros antes. No exato momento em que um Labirinto sai de controle, já é uma falha. Em momentos assim, aceitar a realidade é a primeira coisa a se fazer.』
Então por que vocês recomendaram que eu fosse para as linhas de frente?
— Mas isso significa que não podemos vencer? Por que vocês decidiram que eu deveria assumir a vanguarda então!?
Nisso, o Sétimo ofereceu um largo sorriso.
『Porque a vitória que Beim busca, e a vitória que você busca são coisas diferentes. É verdade que do ponto de vista de Beim, eles não podem realmente chamar isso de uma derrota. Mas nós venceremos.』
Quando inclinei minha cabeça, Milleia-san, atrás de mim, soltou um suspiro.
『Lyle, assuma um ponto de vista mais amplo. Um pequeno país que deixou um Labirinto sair do controle. Beim nunca iria em seu auxílio, correto? Mesmo se esse descontrole terminar, Beim auxiliaria na reconstrução desse país? Eles alguma vez se moveriam para colocar isso sob controle?』
Beim não tinha muito território.
Eles tinham um método de governo um pouco estranho, e mesmo se seu território crescesse, não seriam capazes de mantê-lo. Não, mesmo se o fizessem, eles acreditavam que não seria lucrativo o bastante mantê-lo.
Quando esse Labirinto saiu de controle, eles avisaram os países em volta. Mas quando esses países se movessem, já seria tarde demais, e nós estávamos em um estado onde todo mundo apenas aguardava que ele explodisse.
O problema era a proximidade de tal Labirinto de Beim, e o fato de que monstros escoariam para a cidade com certeza absoluta.
A Guilda estimava que a maioria dos monstros iria para Beim, e realmente, monstros tinham uma tendência de se dirigirem para cidades com maiores populações.
Como eu não podia entender o que estava acontecendo, o Terceiro explicou:
『E agora, por causa de sua política, Beim não se importa em governar o território. Mas não é como se isso valesse para todos os países, certo? Agora, o que está do outro lado de nosso vizinho em apuros, Lyle?』
— Bahnseim. Eles vão se mover?
O Quarto deixou que seus óculos refletissem luz enquanto falava:
『Sim, eles se moverão. Mais que isso, eles devem estar reunindo um exército na fronteira. Será para propósitos defensivos, mas quando tudo houver acabado, há uma possibilidade de invadirem. Eles podem preparar razões como reconstrução e assistência se quiserem, mas o maior problema é que, sabe... não se pode confiar em um país que deixou um Labirinto perder o controle.』
Se acontecesse em uma região remota e desabitada, seria compreensível.
Se um Labirinto brotasse em algum lugar onde ninguém jamais esteve, era natural que as contramedidas se atrasassem. Mas Senhores Feudais existem para não deixar isso acontecer.
Os ancestrais estavam olhando... para além da vitória nessa guerra defensiva.
O Quinto falou:
『Bahnseim se tornará nosso vizinho. Mesmo se não se moverem imediatamente, Beim terá que lidar com eles... Você acha que um mero forte na fronteira é o bastante para deixar suas mentes em paz? É provável que Beim tente ganhar algum tempo. Eles ganharam poder total sobre aquele forte, e acho que eles moverão muitas mãos.』
Se quiser falar de extremos, Beim está satisfeita desde que a cidade esteja segura. Mesmo se perderem as vilas e vilarejos em volta, mesmo se sua autossuficiência alimentícia caísse por uma ampla margem, desde que o distrito da cidade estivesse seguro, Beim seria capaz de se levantar de novo.
A cidade dos mercadores e aventureiros podia usar seus bens exageradamente supérfluos para comprar massas de produtos.
Por conta disso, as forças principais dessa guerra estavam posicionadas em volta da cidade fortaleza de Beim.
Evacuação também foi providenciada, e um grande número de pessoas estava se reunindo lá das regiões circunjacentes.
Os homens reunidos provavelmente seriam usados como soldados improvisados.
O Quarto:
『Então vamos adicionar ao forte. Não é só para essa defesa. Estaremos encarando Bahnseim daqui no futuro.』
— Não está pensando demais nisso? Você realmente gosta de guerra.
Nisso, o Terceiro fez uma expressão irritada.
『Hah? Eu odeio. Tenho certeza que já te falei isso antes』
— Eh? Mas...
O Sétimo como se para me advertir.
『Escuta aqui, Lyle. Guerra é apenas um único meio. Não é algo que você faz por gostar.』
— Não, mas todos vocês parecem bastante dispostos.
O Quinto falou francamente.
『Se você decidir que vai fazer, então é melhor ir com tudo. Se possível, eu não gostaria de fazer algo como guerra, e é melhor se nunca acontecer. Ela desperdiça dinheiro, você perde os talentos que criou, perde suprimentos... é horrível Mesmo assim, se for fazer mesmo assim, você simplesmente tem que empregar a quantidade máxima de esforço nisso.』
Milleia-san não deu sua opinião.
Nisso, o Quarto olhou para mim.
『Lyle, Senhor Feudal é uma profissão onde guerras são apenas uma extensão de nossos deveres normais. Se puder evitar, então evite, e mantenha uma força militar para que seus inimigos não o invadam como bem entendem. É melhor você se lembrar disso. É a mesma coisa para enfrentar monstros. Nunca esqueça seu objetivo nisso. Lute porque é necessário. Isso é tudo.』
Vendo seus quatro rostos sérios, assenti silenciosamente.
Nisso, o Terceiro levantou sua mão.
『Então essa conversa já está encerrada? Sendo assim, vamos nos mover ao tópico principal... a seguir, devemos ir até a Guilda para dizer a eles que enviem algumas pessoas próprias! Todavia, até parece que eles realmente farão isso!』
Para com um alegre Terceiro, Milleia-san abriu sua boca.
『Puxa vida, então por que pedi-los?』
『Porque quero o fato de que pedimos cooperação, e eles recusaram! Pelo bem do futuro, devemos empilhar esses tipos de “verdades” enquanto podemos.』
『Então é para roubar sua autoridade no futuro, entendo. Que maravilhoso!』
Observando esses dois rindo tão alegremente, o Quarto reclamou para si.
『Eu gostaria de extorquir um pouco mais daquele bastardo do Fidel. Aquele cara definitivamente ainda tem alguma folga financeira. É doloroso que esse tanto nem mesmo é o suficiente para abalar Beim.』
O Quinto olhava para o mapa tridimensional do forte e seus arredores projetado sobre a mesa.
『Nós temos o tempo, e temos o pessoal. Se tivermos os fundos, então podemos realizar algumas construções em larga escala aqui. Se prepararmos armadilhas, então que tipo devemos escolher... me pergunto isso.』
Ele sorria enquanto pensava sobre onde preparar as armadilhas.
O Sétimo falou com um sorriso.
『E há amplas forças por trás de nossas fileiras também. Não há mal nenhum em deixar alguns monstros passarem. E estaremos levando para casa as Pedras Mágicas e materiais que recuperarmos. Parece que Beim pretende comprá-las, mas ninguém disse que temos que vender.』
O Terceiro riu:
『A força avançada já chegou ao forte, e as preparações estão avançando. Porque Beim disse que ele não resistiria de qualquer jeito, e que podemos fazer o que bem entendermos! Então vamos fazer algo chamativo!』
Eu olhei para os cinco, e pensei:
(Aquilo foi uma mentira! Essas pessoas definitivamente estão se divertindo!)
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… No 【Forte Redant】, um forte na fronteira de Beim, os soldados passavam por uma mudança de liderança.
Havia geralmente um pequeno número de homens mantendo o forte, e algumas brigadas mercenárias eram contratadas para propósitos de defesa. A fronteira não era tensa, e tudo para que o forte servia era eliminar os monstros circunjacentes a fim de garantir segurança para a área.
O país com o qual fazia divisa tinha uma dívida com Beim, e não podia invadir imprudentemente. O forte existia apenas por aparências.
E a fim de escapar dessa decoração de forte, o líder dos soldados estava transferindo a autoridade para o novo encarregado.
Esse novo nome era 【Noy Verdell】.
Capitão da Brigada de Cavaleiros Sagrados de Zayin, e aquele que liderava mais de nove mil homens ao forte.
— H-hm…
— Algo mais que deseja dizer?
Quando Noy falou isso, o soldado líder olhou rumo a nova legião descendo pela estrada principal.
Julgando pela bandeira, era a brigada de Cavaleiros de Lorphys, com seus soldados seguindo atrás. Seus números eram iguais aos de Zayin.
— Não, ouvi que você defenderia esse ponto, mas estão sérios? Isso, bem... é mais uma decoração do que qualquer outra coisa.
Quando ele próprio e seus soldados iriam evacuar, ouvindo sobre como pessoas de terras estrangeiras vinham para a defesa, o soldado chefe não pôde deixar de pensar que isso era tolice.
Mas na realidade, algumas dezenas de milhares de soldados estavam se reunindo em torno do pequeno forte. Está tudo bem que nós fujamos? O soldado pensou.
— Essas são minhas ordens. Oh, nós tentaremos nosso melhor para não deixar eles passarem. Mas é realmente pequeno. Já passei por aqui antes, mas o que devo dizer... fui ordenado a esperar pelas instruções do Lyle-dono...
Noy era originalmente um aventureiro de Beim. Um ex-nobre de uma linhagem de Cavaleiros. Quando essa linhagem caiu, ele foi parar em Beim.
Mas Lyle havia lhe passado a posição de Capitão dos Cavaleiros, e ele agora era um Cavaleiro de Zayin.
Enquanto o soldado chefe olhava em volta confuso, uma enorme caixa de metal ia rumo ao forte por uma estrada diferente.
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... A localização era bastante adequada para uma defesa, não era à toa que um forte tinha sido construído sobre ela.
Ele não fora posto sobre terra plana, e apesar de não poder chamar a área de uma fortificação natural de modo nenhum, era adequada o bastante para um forte.
Controlando o Portador do Damien, Clara confirmava as informações sobre o forte antes de se dirigir às autômatos que havia pego emprestado do Damien, Nº 2 e Nº 3.
— Pois bem, vamos pegar os dados coletados e analisá-los? Acho que o Lyle-san estará vindo, quando ele chegar, precisamos ter uma compreensão tão boa do terreno quando puder... Estão me escutando?
As autômatos Nº 2 e Nº 3 estavam fazendo expressões ainda mais desmotivadas que o normal, enquanto deixavam seus ombros caírem.
— Incapaz de trabalhar ao lado do meu mestre.
— Mesmo depois daquela ferro-velho da Poyopoyo tendo ficado para trás, por que é que eu... ela deveria ser reciclada logo.
Havia sido decidido que o Lyle montaria na May até o forte depois, e a Clara não podia ver motivação nenhuma nas autômatos que ela havia pego emprestado.
— Hm, se vocês não trabalharem, tenho certeza que o Professor Damien terá problemas quando vier...?
Ela tentou usar o nome do Damien.
— O Mestre não tem interesse nenhum em detalhezinhos.
— Bem, vamos apenas fazer o que você pedir. O que quer que peça; mas é inevitável que não possamos ficar motivadas enquanto isso. Digo, somos empregadas afinal.
Clara corrigiu a posição de seus óculos com um dedo.
(Isso definitivamente não tem relação nenhuma com ser uma empregada.)
Com isso em sua mente, ela se virou para o forte.
— Construção em larga escala aqui... Lyle-san, o que você poderia estar pensando?
Mesmo se ele se apressasse para alargar o forte, diante de cem mil monstros, tudo seria inútil. A menos que usassem algum tipo de construção especial, os ataques dos monstros explodiriam tudo.
Ferramentas e semelhantes foram carregadas no Portador jumbo do Damien, porém mesmo se as construções do forte fossem feitas a tempo, seria apenas para aparências.
Clara instantaneamente conferiu seus arredores, e planejou sua viagem de volta até Beim. Lá, ela receberia outra carga, e retornaria mais uma vez.
E servindo como guarda dela, Aria fora selecionada.
Ela pulou do Portador, levantou sua lança, e soltou um bocejo.
— Ei, está realmente tudo bem aquela Adele e Maksim-san serem aqueles dando ordens aqui?
Quando Aria perguntou, Clara assentiu.
— Essas foram as ordens do Lyle-san, afinal. Parece que a Adele-san é uma especialista nesse tipo de coisa, e o Maksim-san é o seu guarda.
O grupo da Clara havia chegado ao forte antecipadamente.
E do Portador, Maksim desceu com Adele em suas costas. Ela havia ficado nauseada no caminho, e ficou acabada.
Maksim chamava Adele preocupadamente:
— Milady, você está bem?
— D-desculpe. Não aguento mais...
Aria, vendo Adele desse jeito, parecia bastante preocupada por uma razão diferente.
— Nós realmente vamos ficar bem?
Após ponderar um pouco, Clara apenas concordou silenciosamente...
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Quando fui até a guilda para pedir por ajuda, eles ofereceram uma gentil recusa.
Pedi a eles para oferecerem algumas pessoas capazes, mas como esperado, eles estavam focando suas forças na defesa da cidade, e me recusaram.
Levando Novem e Miranda junto, deixei o quartel-general da Guilda, e fui até o escritório do Rauno-san.
Miranda, talvez incapaz de entender minhas ações:
— Você recuou muito facilmente demais. Achei que você negociaria um pouco mais, sabe? E ao contrário, você acabou surpreendendo a pessoa com quem estava negociando.
Se eu continuasse com as negociações, talvez eles despachassem algum pessoal que não causaria muitas prejuízos, caso perdidos.
Mas nesse caso, seria mais benéfico para nossa causa se eles permanecessem não cooperantes desde o começo.
— Houve um significado nisso. O fato de que eles não quiseram nos ajudar.
Parece que isso foi o bastante para Miranda entender o que eu queria dizer. Ela cerrou seus olhos.
— Não estou certa das suas intenções, mas tenho a impressão que é cedo demais para fazer a Guilda de inimiga, sabia?
Novem não disse nada quanto às minhas ações.
Mas...
— Lyle-sama, o que faremos com a Eva-san? Mesmo se obtiver a cooperação dos Elfos, numericamente, deverá conseguir algumas centenas no máximo.
Eu fiz a Eva chamar seus irmãos, e pedir assistência a eles. Eu realmente queria que a Novem fizesse isso, mas ela recusou com um sorriso vago.
Se eu apelasse um pouco mais, talvez conseguisse convencê-la, mas escolhi parar.
— Mesmo algumas centenas servem ao meu propósito. Eles são uma antiga raça de caçadores. Aqueles vivendo na cidade podem ter abandonado seus arcos, mas têm suas canções. Não acha que manipular informação é importante?
Miranda deu de ombros.
— Já está pensando após a vitória? Você já tem muitas canções sobre si, não tem?
Eu ainda tinha que criar conexões enquanto podia. E eu precisava de fama ainda maior.
Para esse momento, obter os cantores élficos do nosso lado era um ponto vital.
Novem olhou para mim.
— Como quiser.
Mas isso foi tudo o que ela disse.
(Aqui, a vitória não é nosso objetivo final. Isso. Meu objetivo é...)
Eles ainda estão pensando nisso como problema alheio. E diante do medo dos monstros em sua frente, Beim não estava vendo o perigo da Celes, logo depois deles...
Eu precisava incutir um senso de crise neles.
E antes que essa crise chegasse, eu precisava obter um certo nível de fama.
Enquanto caminhava com as duas, ouvi a voz da Milleia-san. Parecia que ela havia pensado em algo enquanto olhava para Miranda.
『Ela tem talento. Mas como imaginado, ainda lhe falta algo. Lyle, poderia convidar a Miranda para Joia em breve? Ah, traga a Shannon junto, tá?』
Eu tinha um leve mau pressentimento sobre isso.