Ryota Brasileira

Autor(a): Jennifer Maurer


Volume 5 – Arco 3

Capítulo 48: Dança

— Parece bastante distraído hoje — comentou uma voz doce, sussurrando. 

Em resposta a essa observação claramente maldosa, Zero apenas lhe deu um olhar sério. A mulher ao qual acompanhava tinha lindos cabelos verde água, presos de forma que mostrassem seu pescoço. Seu vestido e máscara combinavam com as cores de sua família, os Megalos, acentuada por sua aura celestial. Sofia era uma mulher deslumbrante, que sempre chamaria a atenção por onde andasse. Ainda quando estavam rodeados de pessoas, momentos atrás, apenas conversando, todos os tópicos de discussão eram direcionados à nobre. 

Não apenas por sua aparência sedutora, é claro. Sofia era inteligente, carismática e certeira em suas palavras. Era impossível não ficar sempre deslumbrado em como ela encaminhava as conversas, plenamente ciente de onde e o que queria fazer. Uma pessoa decidida e que sabia muito mais do que falava, o que apenas atiçava ainda mais a curiosidade das pessoas sobre ela. Perguntas pessoais eram sempre respondidas com pequenos deslizes, mudando de assunto. Mas aquelas aos quais inferiam a informações gerais — essas sim eram perfeitamente respondidas pela moça.

Sofia rapidamente observou que Zero, seu acompanhante, parecia estar distraído. Ainda que estivessem juntos o tempo todo, rodeados por pessoas e conversas paralelas, o rapaz, vez ou outra, tinha seu par de olhos voltados para algum outro lugar. Não demorou muito para que a moça descobrisse a origem disso e, então, riu maliciosamente em sua direção. 

— Não me diga que prefere concentrar sua atenção naquela garota do que em mim — provocou ela, ciente de que o irritaria — Você sabe que muitos homens gostariam de estar em seu lugar agora, não é?

— Eu sei.

— Uma nobre da corte e uma das mulheres mais lindas do mundo está diante de você. Não sente nada quando pensa sobre isso?

— … A única coisa que sinto pela senhorita é gratidão.

As respostas dadas por Zero não deixaram Sofia insatisfeita, apesar de ter sido duramente rejeitada. Ela estava ciente de que era incapaz de seduzi-lo, mas ainda era divertido fazer isso ciente de que não conseguiria. Porém, ouvir seus sentimentos com clareza era um tanto quanto confortável. O rapaz se manteve sério e respeitoso durante todo o período em que adentraram o salão como uma dupla, andando entre a multidão. Jamais se aproximou demais ou falou além do necessário, impressionando a nobreza com sua boa educação. 

Embora ele não fosse do tipo de homem mais bonito, havia certo charme em sua forma reservada e olhares profundos. As íris prateadas, que brilhavam com recepção, encantavam aqueles com quem conversava. Zero era astuto e esperto o bastante para dialogar de forma apropriada apenas com sua pequena experiência trabalhando como guardião. Ele não teve aulas de etiqueta nem nada, então, Sofia ficou surpresa ao vê-lo se sair tão bem.

— Gratidão pelo o quê, exatamente?

Sofia sorriu, apertando a mão que segurava o ombro dele. Eles também haviam se unido aos pares de casais para dançarem, chamando a atenção. Como a melodia era lenta, porém, alta o bastante para intervir na audição das pessoas, poderiam conversar baixo sem terem medo de serem ouvidos por alguém com más intenções. Havia uma distância considerável entre os pares presentes — que, diga-se de passagem, eram muitos —, então não havia chance de algum outro casal escutá-los, também.

— Apenas pedi para que fosse meu acompanhante no baile, não foi? Não entendo porque teria gratidão por um pedido simples como este.

Sofia continuou falando com um tom divertido. Zero sabia que a moça estava apenas brincando, tentando se divertir ao parecer uma dama inocente, mas ele também se sentia ingrato quando era incapaz de agradecer de forma apropriada à pessoa que se ofereceu, ainda que de forma indireta, a apoiá-lo.

— Além disso, a pessoa com quem você gostaria de passar o baile não sou eu. 

— Isso não importa.

— Está escrito no seu rosto, rapazinho. Não adianta desviar o olhar de mim, consigo sentir sua atenção nas minhas costas. Parece que eles dois estão se divertindo.

Propositalmente, Sofia girou-os onde estavam, de forma que ambos pudessem olhar o casal que se destacava à distância. O príncipe e sua guardiã, lentamente, começaram a chamar a atenção com sua compatibilidade e beleza. Posteriormente, quando a música começou a ficar mais agitada, o par dançou com uma leveza e ânimo admiráveis, roubando as luzes para si mesmos. 

Não era apenas porque eram o futuro rei e sua primeira e exclusiva guardiã — Ryota e Edward pareciam possuir uma espécie de aura hipnótica ao seu redor, como se estivessem em uma sincronia muito além do mundo real. Seus passos e coreografia eram simples, mas se você parasse para assisti-los, dificilmente tiraria seus olhos deles.

Em comparação, apenas Sofia chamava a atenção. Enquanto Ryota vestia um rosa brilhante, a nobre possuía um verde azulado frio e destoante, mas era apenas isso. Zero não era particularmente chamativo de forma alguma, então os dois eram facilmente ofuscados por isso. 

— Sim — respondeu o rapaz, lutando para não dar o gosto da vitória dela estar certa. 

— Minha nossa, mas que garoto seco. Mas não precisa se preocupar, meu querido. A música está começando a mudar…

***

— Eles estão alterando o ritmo?

Em paralelo a isso, Ryota também reparou que algo estava diferente. Antes, a música clássica tocava de forma uniforme e serena, quase lenta. Agora, ela lentamente aumentava de volume e velocidade, permitindo que o antigo passo de “um, dois” se tornasse “dois, dois”. Os vestidos começaram a girar e mover mais rapidamente no centro do salão, acelerando os movimentos dos casais.

— Sim. O baile não se mantém apenas com uma melodia tão romântica. Eles, eventualmente, começarão a mudar a tonalidade.

— Espera, o quê?

— Isso significa que vamos mudar a dança.

Edward girou duas vezes Ryota, a deixando um pouco tonta com tantas informações.

— Calma, espera um pouco. O que isso significa?

O príncipe deu-lhe um sorriso divertido

***

— Vamos trocar de pares em breve.

Sofia notou que os musicistas lentamente trocavam não apenas a escolha musical, mas também o estilo ao qual dançavam. Considerando que todos da nobreza tiveram aulas de dança, não haveriam preocupações quanto a se acostumarem com a repentina troca.

— Trocar de pares? — Zero perguntou, confuso.

— Oh, você não sabia? Durante as mudanças de estilo, costumamos trocar de pares aleatoriamente, girando as damas. Os cavalheiros dão dois passos para a direita e alcançam a mais próxima deles para continuar o baile. 

***

— Não, não, não. Sem chances. É impossível para mim, Edward.

— Fique tranquila. Apenas repita o que fizemos antes.

— Não tem como! — Ryota se agarrou aos braços do príncipe, que ria de sua situação — Não posso dançar com outra pessoa. Eu vou… Passar vergonha! E ainda por cima é outro estilo totalmente diferente! Eu não posso! E se eu cair com alguém sem paciência? Ou alguém bastante chato? E se…

— Vamos, segure-se. Hora de rodar.

— Não, não, nãããããoo-

Enquanto tentava, em vão, discutir com Edward sobre sua situação, o rapaz ergueu sua mão no alto e a mandou girando para algum lugar. Foi tão rápido que seus protestos pararam imediatamente, seus pés apenas seguindo o fluxo da música, parando exatamente quando a troca de trilha foi feita. Neste instante, alguém a segurou perfeitamente na cintura, mantendo-a parada.

***

— E então? Qual a sensação de dançar com uma duquesa?

— Sinceramente, é mais tranquilizador.

Fuyuki riu para o suspiro de Zero. Quando Sofia girou para longe, imediatamente seus braços seguraram a duquesa Minami, que não pareceu nada surpresa. Na realidade, ela pareceu feliz em poder ter a honra de dançar com um de seus guardiões — ou seu ex-guardião. 

— A dona Sofia parece um pouco… Animada, hoje. 

— Pode não parecer, mas ela fala bastante. Como se ela quisesse toda a atenção para si, o tempo todo.

Do outro lado do salão, agora estando nos braços de outro nobre, como se sentisse que estavam falando dela, Sofia acenou para Fuyuki e Zero com um sorriso brincalhão. 

— Mas, de toda forma, você deveria melhorar um pouco a sua expressão. Seu rosto está enrijecido. 

— O quê? — Zero voltou seus olhos para Fuyuki, sem entender.

— Caso lhe vejam mostrando um olhar de frustração desses para todas as moças que dançar nesta noite, vão lhe dar um apelido estranho, sabia? 

— … Uh. Eu estou… Fazendo uma cara ruim?

Percebendo que provavelmente mostrou muito mais o que sentia que o necessário, Zero relaxou os músculos do rosto. Fuyuki manteve o sorriso educado.

— Muito bem. Não importa com qual pessoa acabe caindo na dança, mantenha, pelo menos, um sorriso agradável. Não precisa conversar se não quiser. Talvez, eventualmente, você consiga dançar com ela.

— N-Não era isso que eu…! Uh, esquece — mais uma vez frustrado por ter tido sua mente lida com tanta facilidade, o rapaz girou a duquesa fazendo bico. A dança havia saído de algo lento para um ritmo um pouco mais acelerado, com os passos fazendo soar pelos ouvidos o som dos saltos batendo. 

***

— Vai pisar no meu pé de novo.

— Eu já pedi desculpas!

— É a terceira vez em dois minutos. 

Ryota ergueu o tom de voz, as bochechas vermelhas de vergonha por seus erros, porém, ao mesmo tempo, com um sorriso divertido, quando olhou para seu parceiro que constantemente insistia em lhe xingar.

— Eu me pergunto porque, dentre tantas pessoas, cairia justamente com a dançarina mais inábil — Sora resmungou sozinho mais uma vez, xingando-a pelos motivos corretos. 

— Bom, eu não posso negar que não sou muito boa nisso, mas estou me esforçando — a garota respondeu, constrangida, enquanto lutava para manter o ritmo. 

— Ao menos não está com o comportamento esdrúxulo de antes. 

— Ah… — Ryota piscou, encolhendo os ombros — Acho que meu humor melhorou um pouco com o baile. 

— Pisar nos pés dos outros melhorou seu humor? Aumentou seu ego? Lhe fez sorrir? Um comportamento digno de uma garota infortunada como você.

— … Eu realmente tinha esquecido do quão insuportável você conseguia ser às vezes. 

Ryota desfez o sorriso divertido e mostrou bico. Sora, ainda com sua expressão sarcástica de sempre, revirou os olhos. Vendo-o daquela forma, era difícil se lembrar de como ele reagia a quando se conheceram, sendo alguém completamente impossível de se aproximar e lidar. Agora, ao invés de ameaçar sua vida, apenas optava por destruir sua auto-estima. Pareciam duas coisas terríveis, porém, havia aí algo que a garota poderia chamar de uma amizade sincera e diferente.

Quando assim pensou, não conseguiu evitar de abrir um novo sorriso.

— Pisou no meu pé de novo — Sora ameaçou baixo, a voz rouca, enquanto uma veia de raiva saltava em sua testa — Está fazendo isso de propósito? Não tem amor à própria vida? 

— … Ah.

Ryota apenas reagiu com uma única sílaba saindo de sua garganta.

***

Quando sentou-se novamente, suas pernas estavam doendo o bastante para amolecerem completamente. Ryota apenas não derreteu de exaustão porque ainda estava no salão de festas e, portanto, cometer um ato daqueles seria bastante errado. Assim que a dança de troca de pares parou, Ryota imediatamente saiu dali às pressas. Não aguentaria mais dançar nem se quisesse. Por isso, apenas manteve-se sentada, em repouso, por alguns segundos.

Edward ainda estava na pista, dançando para lá e pra cá com outras moças. Ele mantinha seu sorriso jovial, parecendo conversar alguma coisa com a dama que conduzia. Vendo que estava realmente se divertindo, sentiu-se feliz por ele. O príncipe merecia algum tempo para descansar a mente também. Depois de tê-la ajudado a esquecer os problemas por um instante, permitindo que pudesse pensar neles agora com mais calma, Ryota esperava que fosse capaz de ajudá-lo tanto quanto ele a ajudou.

Recostando as costas contra a parede, decidindo observar mais um pouco a movimentação, Ryota estranhou algo. O que chamou sua atenção, à princípio, foi o som de algo se movendo. Mais como se arrastasse. Então, algo batucando na mesa de aperitivos ao seu lado. Franzindo a testa e, ao mesmo tempo, olhando para os lados, conferindo que ninguém a veria, a garota ergueu o lençol branco que cobria a mesa.

Antes mesmo que pudesse ver o que estava escondido ali embaixo, algo agarrou seu pulso. Foi uma mão pequena e fria. Porém, não foi capaz de ver a quem pertencia, pois logo tudo se distorceu. O espaço ao seu redor repentinamente se borrou, a sensação de estar sentada agora se foi. Sua cabeça doeu e estômago vazio sacudiu. Por fim, quando o instante de desconforto se encerrou, Ryota se viu de pé. Mas não estava mais no salão de baile.

Quando seus olhos pararam de girar e se acostumaram com a sensação de estar de pé novamente, Ryota piscou para o corredor. Pelo som, podia dizer que não estava longe do salão onde ocorria o baile, porém, era distante o bastante para que não houvesse uma única alma viva ali. Sem guardas, ou empregadas. 

Iluminado pelas lamparinas alaranjadas e a suave luz da lua que atravessava as cortinas, a garota finalmente conseguiu se localizar. Então, prendeu a respiração quando notou que não estava sozinha. Haviam duas pessoas diante dela.

— Há quanto tempo — cumprimentou um homem de idade jovem com olhos bicolores, tendo uma pequena garota agarrada às suas pernas. Ela parecia mais limpa e bem cuidada, usando uma faixa branca ao redor dos olhos. Um colar de elástico preto com um pingente — não, com um botão dourado — estava preso ao redor de seu pescoço. Ryota reconheceu imediatamente aquela dupla e perdeu as palavras. — Vamos, vá vê-la. 

Luccas, com um sorriso, encorajou Marie a andar sozinha. A garotinha lentamente se soltou de suas roupas e, guiada por ele, andou em linha reta. Ryota, com lágrimas nos olhos e balbuciando alguma coisa inaudível, abriu os braços para recebê-la. Os dois corpos se chocaram em um abraço apertado.

— M-Marie… É você mesma?

— … Sim. Sim, sim — Marie resmungou aos seus ouvidos, choramingando — Estou muito feliz por te ver de novo… Obrigada… Muito, muito obrigada…!

— Eu prometi que iria te tirar de lá… Apenas cumpri com minha palavra — Ryota acariciou os cabelos dourados, agora arrumados, e sorriu, lutando contra as lágrimas. Soltou uma fungada com o nariz que já estava vermelho — Como você está? 

Ryota afastou-se cuidadosamente do abraço e, com as duas mãos, segurou o rostinho da menina sorridente.

— Estou bem. O Luccas cuidou dos meus machucados. 

— Ele te deu comida e bebida? Vocês conseguiram se virar?

— Sim, graças a você, à senhorita Fuyuki e Sua Alteza — Luccas respondeu, se aproximando — Não sei como lhe agradecer.

Ryota se colocou de pé com um braço ao redor de Marie. A garotinha a imitou, usando a mão livre para segurar o botão dourado de seu colar.

— Não precisa me agradecer. Eu só… Fiz aquilo que combinamos de fazer. Então, não precisa… Não precisa chorar, Luccas. Senão eu vou chorar de novo, também.

Embora o homem estivesse se contendo para manter a pose firme, pareceu não durar por muito tempo. Seus ombros tremeram e olhos encheram de água ao ver a felicidade de Marie reencontrando a garota que salvou sua vida. E, por mais que houvesse dentro dele a culpa por tê-la feito se envolver em uma situação que deveria ser responsabilidade apenas, havia também a mais pura gratidão em seu coração.

Luccas abraçou Ryota de um lado, também fungando. Então o trio, que chorava de felicidade e gratidão pelo reencontro, continuou daquela forma durante alguns minutos.

***

— Por que ainda estão aqui?

Ryota fez a pergunta que não queria calar, após terem se afastado depois de tanto chorarem. Marie ainda estava colada com a garota, segurando sua mão.

— Desde o dia em que você entrou no castelo para descobrir o paradeiro dela, eu não consegui ficar parado. Mas acabei descobrindo tarde demais o que aconteceu a vocês duas. E, não importa o quanto eu tentasse, não me deixavam entrar no palácio sem permissão. Tentei todos os dias pensar em uma forma de entrar, de manter contato com você para saber a respeito dela, mas não consegui… Até alguns dias atrás, quando a resgatamos. 

Luccas sorriu com paz. Parecia que ele realmente havia ficado muito preocupado com o estado da garota ao qual tinha sob sua asa. 

— Mas não saímos. O príncipe nos permitiu ficar nas passagens secretas por algum tempo, cuidando dos ferimentos dela. Era perigoso demais sairmos e nos encontrarmos com qualquer outra pessoa, principalmente com o guardião do rei. 

— Entendo… Mas, agora, é o momento perfeito para escaparem, não? Estão todos reunidos no baile. Não perceberão se tentarem escapar.

Ryota apontou algo lógico, e pareceu que Luccas concordou com ela. Porém, seu silêncio em seguida foi mais intenso do que deveria ter sido.

— O que foi? — a garota franziu a testa, preocupada — Por que não fugiram do palácio?

— Existe algo que devemos lhe contar… Nós dois.

Luccas mencionou Marie no meio e a garota apertou ainda mais a mão que segurava a da outra. Ryota piscou para os dois, sem entender.

— Me contar? O quê?

— É algo importante e que devemos lhe dizer depois de termos lhe envolvido em tudo isso.

Um arrepio frio subiu por sua espinha, arrepiando os pêlos das costas dela. Sentindo que o clima estava prestes a mudar para algo realmente sério, Ryota engoliu saliva e aguardou.

— Na verdade, nós dois-

Passos soaram no corredor. Foi alto e repentino o bastante para todos se assustarem. Ryota quase deu um salto ao ouvi-los e, possivelmente, os dois ali também. Luccas interrompeu suas palavras imediatamente e, puxando Marie para trás de suas costas, a dupla se virou para o outro lado do corredor, ao qual Ryota estava de costas. Neste instante, o mundo congelou.

Aos fundos, de onde uma porta deveria ter sido aberta, duas saíram. O mais estranho era que aqueles dois vestiam roupas da nobreza, tendo saído do salão de baile, mas não pareciam estar perdidos, procurando por um banheiro ou algo assim. A dupla andava com confiança pelo corredor, os dois pares de olhos deslizando entre ela e Luccas conforme se aproximavam. O coração de Ryota foi parar em sua boca. A pele empalideceu e as pernas amoleceram quando Fanes e Miura se locomoveram na direção deles, cada um deles com um sereno sorriso em suas faces.



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