Volume 3 – Arco 3
Capítulo 7: A Ladra e o Cavalheiro
O grito que veio de algum lugar pareceu chamar, ao menos, um pouco de atenção.
Algumas pessoas reagiram ao som, virando-se instintivamente para o lugar de onde veio o berro; outras apenas ignoraram completamente e seguiram seu caminho, ocupadas demais com qualquer outra coisa que um pedido de ajuda.
Talvez, também guiada pelo próprio instinto, Ryota apenas disparou para o outro lado da rua, buscando com os olhos a origem da voz.
— Ali! Pega ladrão! — gritou uma mulher, um tanto histérica demais, enquanto recebia olhares e apontava para a multidão — Fui roubada!
Sem pensar duas vezes, ela seguiu em disparada para onde a mulher apontava. Foi uma decisão um pouco — senão, extremamente — estúpida quando se lembrou que sequer sabia o que tinha sido levado, nem como era a pessoa. Em um lugar cheio e barulhento como aquele, onde nada em especial se destacava, como poderia encontrar o ladrão?
Ainda assim, Ryota continuou a andar rapidamente olhando para os lados, procurando por qualquer pista que denunciasse a localização do fugitivo. Mas era impossível. Impossível e estúpido. Ela era a única preocupada em encontrar um ladrão em uma cidade onde provavelmente roubos como aquele eram comuns, e ninguém ao redor sequer demonstrava interesse em auxiliá-la.
Quando um vulto passou às pressas por um beco, desaparecendo sem olhar para trás, Ryota o seguiu. Escorregando pela massa de pessoas, ela apenas acelerou o passo e se infiltrou nas sombras. Embora o lugar fosse mais escuro e difícil de enxergar, a movimentação de uma capa escura não era difícil de se ignorar a uma certa distância. Ela conseguiria alcançá-lo, com certeza. Daria tempo.
O fugitivo, de uma forma um tanto desastrada, parecendo perceber estar sendo perseguido, voltou-se para trás, mas ainda não era possível ver seu rosto. Ele prontamente virou uma esquina à direita, quase escorregando com a lata de lixo que chutou para trás. Sem dificuldade alguma, Ryota pulou sobre ela, apoiando-se na parede áspera, antes de virar também.
Ryota quase caiu de cara no chão quando bateu os pés para tentar parar a corrida. O fugitivo havia sumido. Mas, em seu lugar, encontrou quatro outras figuras estranhas. Eram de estatura mediana para baixa, os cabelos sujos e ombros encurvados para frente, todos em uma rodinha. Dois se recostavam contra a parede, um estava sentado abraçando as pernas e o outro apoiava o braço num grande latão com algo comprido entre os dedos.
Assim que o som de derrapagem chegou aos seus ouvidos, todos eles se viraram para a garota surpresa, que apenas tentava enxergar algo além deles, ao final do beco.
— Foi mal aí, gente. Não queria atrapalhar vocês não, viu? Se me dão licença, eu preciso encontrar-
— Opa, opa, calma aí, amiguinha.
— Tá pensando que pode ir passando pela gente sem mais nem menos, ô?
Dois deles prontamente se intrometeram e a interromperam, parando na sua frente e impedindo a passagem. Ryota apertou os lábios e juntou as sobrancelhas. Um cheiro forte de algo que não soube identificar invadiu seu nariz, a forçando a torcê-lo.
Ela deslocou o olhar para o latão, onde pequenos saquinhos estavam amarrados e um deles estava aberto, revelando algum pó branco. Traços deste mesmo pó pareciam marcados nos rostos daqueles moleques — eram apenas um bando de adolescentes num beco maltrapilho.
— Gente, eu realmente sinto muito por isso, mas estou com pressa.
— Cê não parece daqui. É uma caipira? — riu um que estava na parede, aproximando-se por trás. Ela estava cercada, agora.
Apenas o garoto menor, e que parecia mais jovem, permanecia em seu próprio canto, com o queixo apoiado no joelho e abraçando as pernas, ignorando toda aquela situação.
Ryota bufou, mas não de irritação, apenas de ansiedade.
— Foi mal aí rapaziada, mas eu tô mais dura que estagiário no fim do mês.
— Qualé, não mente pra gente. Você claramente tem ao menos um pouquinho de dinheiro considerando a sua aparência. Não mora nas ruas, pelo menos.
Que saco. Será que eu devia só saltar por eles?
— Não ignora a gente não, ô esquisita!
Quando o rapaz que estava no latão avançou, em meio segundo, ele estava no chão com o braço sendo preso contra as costas. Ryota suspirou e o soltou.
— Gente, isso é super clichê, sério. Saiam da frente.
E lá vamos nós…
Como pressuposto, os outros dois não gostaram que seu colega foi rapidamente ao chão, então avançaram. Um deles logo sacou uma faca e apontou para seu pescoço, a lâmina brilhando contra sua pele.
Isso não é nada comparado com a do Sora.
Erguendo o queixo e impulsionando para o lado o pulso do adolescente, que não tinha nenhuma habilidade real com facas, Ryota apenas fez a arma cair no chão antes de jogá-lo contra a parede, num golpe que com certeza tinha quebrado seu nariz.
O outro, no entanto, até que era um pouco mais ameaçador pela quantidade de músculos. Mas apenas uma rasteira foi o suficiente para ele cambalear e logo ser chutado para a pilha de lixo ao lado.
Ryota deu um olhar para os três caídos, então mais um para o garotinho no canto.
— Valeu o aquecimento, mas evitem esse tipo de coisa quando não sabem com quem estão lidando… Não que eu possa dizer alguma coisa.
Os três grunhiram, olhando-a de relance com raiva, mas claramente não iriam se erguer de novo para tentar enfrentá-la. Ryota bateu o pó das mãos, já caminhando para o final do beco, quando parou ao ouvir um chiado agudo. À primeira vista, parecia um choramingo, mas que ela logo percebeu ter vindo de um pequeno cachorrinho no colo do garotinho sentado. Ao receber sua atenção, ele tremeu, preocupado, mas logo imitou uma expressão que imaginava ser ameaçadora. O pequeno filhote em seus braços era razoavelmente bem cuidado, mas parecia faminto, ainda assim. Os ferimentos de possíveis brigas com outros cães e a sujeira em seu pêlo eram bastante evidentes.
Logo, estavam os quatro a olhando de longe, esperando que partisse e os deixasse em paz com o que quer que estavam fazendo antes. Mas Ryota não se moveu. Ou melhor, apenas esticou o braço na direção do latão, sacando uma pequena bolsinha de moedas simples, mas nova.
— Ei! Nem ouse mexer nisso!
Porém, outro rapaz tomou a frente, entendendo o intuito da garota ao colocar a bolsinha no latão.
— Não queremos caridade. Vaza daqui.
— Tá surda?! Nosso trabalho é suado, sacou? Não queremos nada que venha da sua pena de mentirinha!
— Quem disse que estou fazendo isso por pena? — retrucou Ryota, prontamente. O quarteto paralisou. — E são só algumas moedas. Usem isso pro que precisarem.
Ela achou que seria algo bem desrespeitoso de se afirmar com todas as palavras. Coisas como “para comprar comida ou roupas” soaria desconfortável até para ela, e também, havia a chance de usarem o dinheiro para qualquer outro meio.
— Tá nos seus olhos… Esse olhar de pena. Não queremos essa porcaria! — O mais alto deles avançou, batendo a palma no latão, encarando-a com raiva, mas a uma distância segura — Pode pegar de volta.
— Tem o suficiente para poderem começar um pequeno negócio, nem que seja pra vender limonada. Pensem nisso como um pequeno investimento e façam alguma coisa séria de verdade na vida. E — ela os interrompeu mais uma vez — Se acharem ruim, se quiserem devolver a grana, façam isso com juros. Pronto. Satisfeitos?
Era bastante imbecil. Eles poderiam pegar aquelas moedas e gastar com qualquer besteira. Mas estava tudo bem. Como ela tinha dito anteriormente, eram só algumas poucas moedas, mas o suficiente para começar um pequeno negócio caso fossem inteligentes para sobreviver. Daria mais dinheiro do que saquear pessoas perdidas em becos. Ryota duvidava muito que fossem fazer aquilo que ela tinha dito — muito mesmo, considerando o olhar de descrença deles —, mas essa foi a coisa mais rápida que tinha conseguido pensar como desculpa para justificar sua pequena ajuda.
A grande verdade era que Ryota deu apenas porque quis. Mas, se fosse pra ser um pouco mais sincera, talvez fosse por causa do pequeno garoto com o cachorro, que ainda tinha um brilho de vida no olhar, ao contrário dos outros três, mais velhos. Podia apostar que foram como ele no passado.
De toda forma, antes mesmo de poder se importar com os resmungos deles, Ryota seguiu seu caminho e disparou para o meio dos becos. Sua figura logo se misturou às sombras, e o trio que estava de pé se reuniu ao redor do latão com o saco de moedas. O mais alto deles o chacoalhou, conferindo a quantidade de moedas, e as esparramou sobre o metal. O tilintar das mais de trinta delas, todas prateadas, fez todos eles expressarem surpresa.
— ... São verdadeiras — disse um, girando uma moeda nos dedos.
— É claro que são. Até parece que alguém como ela ficaria carregando um saco de moedas falsas por aí.
— Os comerciantes são mais espertos do que parecem, John — complementou o mais velho para o mais baixo, aquele que ainda tinha uma das moedas nos dedos — De toda forma, vamos embora, John, Will, Dio.
— Certo, Oliver — respondeu Will para o líder, antes de dar uma bicuda fraca na perna do garoto no chão — Vamos embora, Dio.
O pequeno menino de cabelos e olhos áureos ergueu o queixo preguiçosamente, afagou a cabeça peluda do filhote no colo e o embrulhou nos braços antes de se pôr de pé e acompanhar os outros três, dando um último olhar para os fundos do beco.
***
— Sem saída. Droga.
Ryota praguejou e chutou uma pedrinha, quicando no canto da parede de pedra. A rua sem saída se erguia com um grande muro úmido e sujo. Ela suspeitava que havia perdido de vista aquela pessoa — natural, já que tinha perdido um pouco de seu tempo conversando com aqueles adolescentes.
Suspirando em derrota, deu meia volta.
— Talvez eu deva só ignorar isso, de toda forma…
— Ignorar o quê?
A voz aguda e rouca que veio da escuridão chamou a atenção de Ryota, que se virou e logo percebeu uma movimentação. A pessoa escondida em um buraco, espremida, se revelou, com a capa suja e velha se movimentando. Ela baixou o capuz, revelando a imagem de uma garotinha baixa, rosto invocado e belos olhos rosados. Um aro dourado, quase alaranjado, envolvia sua pupila, da mesma cor de seus cabelos curtos e bagunçados.
— Depois de me atrasar e trazer até aqui, vai só dar meia volta, é? E eu achando que conseguiria me alcançar e achar facilmente. Me enganei — ela riu, balançando uma mecha mal cortada de seus curtos cabelos.
— Você é-
— Uh?! Ei! Isso dói, me solta!
Em um movimento rápido, Ryota avançou e segurou o pulso magro da garotinha, que, incapaz de se defender, reclamou e tentou se livrar da outra, em vão.
— Você tinha roubado lá atrás, né?
— Só agora você percebeu isso? Que estúpida. Vai fazer o que sobre isso? Me denunciar pra guarda? Ou vai me levar até eles e receber uma grana por entregar uma ladra das ruas? Isso mesmo, vai lá, fala pra eles e veja o quão satisfeitos vão ficar por me prender!
A menina continuava a falar, se debatendo fracamente, mas Ryota apenas ficou em silêncio, observando-a com uma expressão séria.
— E só pra você saber, ô menina caipira, eu não quero nada de você, não. Então nem tenta barganhar comigo pra devolver o que peguei, ou algo assim.
— Então você viu o que eu fiz?
Por um instante, a garotinha parou de se debater, a encarando nos olhos, então virou o rosto.
— Achei que te ver apanhar seria engraçado.
— Nossa, que maldade!
Ela apenas torceu o rosto para a exclamação de Ryota, claramente desinteressada em continuar naquele tópico.
— Tudo bem, então. Faremos diferente — disse Ryota de repente, surpreendendo a garota, que se forçou a rir.
— Diferente?
— Primeiro de tudo-
O corte da espada passou com tudo por sua cabeça, mas não a tempo de acertá-la. Ryota abraçou a garota e se agachou, derrubando o agressor com uma rasteira. Ela rapidamente devolveu o golpe, socando-o com força no rosto e desviando a direção da lâmina mais uma vez — desta vez, no entanto, passando apenas de raspão em seu braço.
— É muita audácia a sua interferir numa conversa, sabia?! — disse Ryota, segurando o braço dele para baixo, num sorriso forçado. — Que tipo de educação você recebeu pra sair cortando os outros do nada?
— Detesto ficar de fora de um papo tão interessante. Achei que seria uma boa oportunidade para nos conhecermos melhor em uma dança.
Eles trocaram golpes com os braços e pernas, se defendendo e atacando. A espada indo de cima a baixo, cortando o ar.
— Como você é gentil, senhor! — Ryota deu uma cotovelada em sua barriga, o fazendo recuar um passo, antes de se afastar por um instante.
Ambos arfavam um pouco, sorridentes. Ryota limpou a sujeira da jaqueta, enquanto o homem de cabelos castanhos, com a garota logo atrás dele, fungou o nariz sangrando. Ele lentamente inspirou com a boca erguendo os olhos bicolores em sua direção, estendendo o braço para o lado a fim de proteger a garota atrás dele.
Ryota piscou uma vez, finalmente entendendo a situação.
— Vocês estão-
— Marie, explique-se — exigiu o homem ao agarrar os cabelos dela, praticamente forçando a mão em sua cabeça, e a olhando com um sorriso ameaçador. A sua aparência destroçada agora não era tão assustadora quanto deveria ser, mas pareceu funcionar com a menina encolhida.
— Hmmm… — ela gemeu, desconfortável — Eu só tinha saído pra passear, Luccas.
— Omitir não é muito inteligente, Marie.
— Ai, ai, ai, já entendi! Eu roubei umas maçãs na tenda! Me solta, agora!
Marie, disparando palavras e fazendo cara de quem ia chorar, se desprendeu das mãos de Luccas, agora assentindo sem parar.
— Agora compreendo a situação. E você tem ligação com a dona da tenda? Peço perdão pelas ações de minha protegida. — Luccas prontamente fez uma reverência para Ryota, forçando a menina a fazer o mesmo, com a palma da mão.
— A-Ah eu não… Não tenho nada a ver.
— Ela é só uma metida que veio atrás de mim e se perdeu no caminho.
— Foi isso mesmo, mas não precisava dizer com todas as palavras, viu?!
Ryota suspirou para o apontamento duro de Marie, que cruzava os braços em tom de vitória, embora Luccas a intimidasse com seu olhar reprovador.
— De toda forma, peço perdão por ter se envolvido com ela.
— Tá tudo bem. Fico feliz que tenha alguém cuidando dela, de toda forma. — Ryota abanou a mão no ar, ao que Marie interferiu.
— Eu já tenho treze anos, falou?! Não sou criancinha, nem nada!
— Mais uma adolescente rebelde…?
— Sim.
— Não!!
Luccas e Marie afirmaram ao mesmo tempo, de uma forma um tanto cômica, ao que a garota deu uma bicuda na canela dele, já irritada e com as bochechas vermelhas de raiva.
— Aaaah, esqueça! Só vamos resolver isso logo, ok? Aqui, toma essas coisas. Eu nem queria mesmo.
Ryota quase deixou as duas maçãs caírem quando a menina as sacou da capa e as lançou em sua direção. Vendo isso, Luccas grunhiu com insatisfação e deu um puxão de orelha nela, ao que a garota começou a resmungar com ele também, se debatendo sozinha.
— Na verdade, eu ia fazer uma proposta para ela.
— Uma proposta? — perguntou Luccas, ainda puxando o lóbulo de Marie. Ryota assentiu.
— Pensei em apenas pagar por elas e pedir desculpas para a dona. Bem simples, não?
Assim expôs a ideia, inclinando a cabeça, deixando os outros dois em um silêncio quase constrangedor.
— Você… Não é mesmo daqui, é?
— É uma caipira em carne e osso. Dá pra ver só pelo jeito que ela se veste, anda e fala.
Ryota fez uma careta, percebendo que não eram exatamente elogios, mas também não era algo que ela poderia negar.
Luccas estalou os dedos no ar.
— Mas é uma ideia tentadora.
— Sem chance! Eu não vou fazer isso, nem ferrando! Se ver aquela velhota de novo, vou acabar querendo chutar ela também!
— A sua protegida é meio barulhenta, né? — Ryota comentou baixinho, rindo para a menina histérica. Luccas suspirou, dando de ombros.
— Talvez seja culpa minha. Eu mimei muito ela.
— Não falem de mim como se eu não estivesse aqui, seus idiotas!
Marie bateu o pé no chão, exigindo atenção, e ambos riram daquele gesto. Um instante depois, o homem guardou sua espada na bainha ao lado da cintura, oculta pelo grande casaco cinza que usava.
— Não nos apresentamos formalmente, não é? Me chamo Luccas, e esta é minha protegida, Marie.
Marie bufou, cruzando os braços. Então deu outra bicuda na canela dele, e, desta vez, pareceu doer de verdade.
***
— É uma ideia estúpida.
— Mas ela pareceu aceitar. Olha.
Ryota assim apontou com o queixo para a tenda a alguns metros dela, onde Luccas pedia perdão com todo o charme que conseguia fazer. Seus olhos bicolores — um dourado e outro azul bem claro — chamavam bastante atenção de um jeito bom, e seus modos de cavalheiro encantaram a senhora, que até entregou uma maçã a mais para ele de presente.
— Posso perguntar uma coisa?
— Já perguntou.
— Então, posso perguntar três coisas?
— Fala logo.
Marie bufou para ela, mas Ryota ignorou.
— Por que você roubou? Pelo o que tô vendo, parece que ao menos o Luccas tem um pouco de dinheiro. E ainda assim…
A menina a olhou de escanteio.
— Mais metida que isso impossível, né?
— Eu juro que tento me conter, mas não consigo. E desculpa se fui indelicada. Antes e agora.
Marie deu de ombros para as desculpas de Ryota, voltando a olhar para Luccas.
— … Eu só… Queria dar algo pra ele.
— Tipo um presente?
— Preciso mesmo explicar? — Marie bufou, claramente envergonhada de colocar isso em palavras — O Luccas me criou, então ele é meio como um irmão mais velho pra mim. Mas ele tá sempre sendo gentil demais, mole demais, se achando demais… Só achei que poderia retribuir ao menos uma vez.
Pela primeira vez desde que se viram, ela tinha mostrado uma expressão mais suave. Na verdade, quase triste. Mas isso logo mudou quando Luccas se aproximou, com Marie fechando a cara. Ryota não se atreveu a falar mais, nem a dizer sobre o que estavam falando quando ele perguntou, embora uma parte dela tivesse vontade de que o homem soubesse o quanto sua protegida prezava por ele.
***
Não haviam palavras suficientes para descrever o quão irritada Eliza ficou após não ver Ryota no lugar onde combinaram.
Digamos que naquela noite elas tiveram uma boa conversa sobre manterem-se informadas da situação uma da outra em um diálogo que mais parecia um grande sermão.