Sessão 3

Capítulo 53 — A Família do Vovô, Kondo e Ikenobu

 

 

 Perspectiva de Eiji 

Enquanto preparávamos o desfibrilador, uma mulher de trinta e poucos anos veio nos ajudar.

“O que aconteceu?”

“O vovô, que eu nem conhecia, de repente desabou, segurando o peito de dor. Ela acabou de trazer o desfibrilador. Ele não respondeu de jeito nenhum quando chamei por ele.”

“Obrigada. Eu sou enfermeira, vou assumir daqui. Qual é o seu nome?”

“Aono.”

“Aono-kun? Muito bem. Você fez um ótimo trabalho até agora. Eu vou fazer as compressões torácicas, e você prepara o desfibrilador. Não se preocupe, ele vai dar instruções em voz alta quando for ligado — é só seguir o que ele disser. E qual é o nome da sua amiga?”

A enfermeira me passou as instruções rapidamente. Na verdade, até no treinamento a gente praticou com o desfibrilador ouvindo as instruções de voz.

“Sou Ichijou. O que devo fazer?”

“Certo, Ichijou-san. Por favor, veja se encontra a família desse senhor por perto.”

“Entendido.”

Ichijou-san saiu correndo. O policial que veio com ela foi ajudar a controlar o trânsito.

Assim, o resgate continuou.

Enquanto estávamos desesperados tentando ajudar, a ambulância chegou, guiada pelo policial. Acho que demorou menos de dez minutos, mas eu me movi tanto que pareceu passar num instante.

“Muito obrigada, Aono-kun e Ichijou-san. Vamos levá-lo ao hospital. Vai ficar tudo bem — graças à ação rápida de vocês, não deve ser nada muito grave.”

A enfermeira que me ajudou sorriu aliviada ao dizer isso.

Depois do choque inicial, o vovô recobrou a consciência. Ainda meio desorientado, mas conseguiu murmurar: “Obrigado… obrigado…”

O policial verificou a identidade do senhor e imediatamente entrou em contato com a família dele.

Ele parecia estar se recuperando.

Yokatta.

Quando eu disse isso, Ichijou-san assentiu. Um pouco aliviados, decidimos ir embora.

“Eu fiquei tão nervosa… O vovô… ainda bem que ele está bem.”

Ichijou-san respirou fundo e voltou ao seu sorriso habitual.

“Foi tudo graças a você, Ichijou-san. Você agiu rápido e ajudou a salvar a vida dele.”

Com minhas palavras, ela balançou a cabeça com um leve sorriso.

“Não é verdade. Quem agiu rápido foi o Senpai. Eu fiquei tão assustada que mal conseguia ficar de pé.”

“Não, dessa vez tivemos sorte. A enfermeira apareceu na hora certa. Eu jamais teria conseguido sozinho.”

“Mesmo assim, é muito raro encontrar alguém que aja tão depressa pelo bem dos outros. É uma das coisas que eu gosto em você.”

Ao ouvir isso, a autoestima que tinha sido despedaçada nos últimos dias começou a se recompor.

“Obrigado.”

Agradeci com o sorriso mais sincero que já dei em muito tempo.

 

 Perspectiva da Enfermeira 

“Muito obrigada.”

A família do vovô, que correu para o hospital, me agradeceu com lágrimas nos olhos.

Graças ao tratamento rápido e correto, ele sobreviveu. Parece que vai precisar ficar internado por um tempo.

“Não, não me agradeçam. Agradeçam aos estudantes que prepararam o desfibrilador. Sem eles, teríamos tido muitos problemas.”

Eles são os verdadeiros heróis. Eu só dei uma ajudinha.

“Mesmo assim, eu queria agradecer você primeiro — e também queria agradecer a eles. Pedi informações à polícia, mas me disseram que eles simplesmente foram embora depois do incidente. Você tem algum contato deles?”

Eu não esperava que tivessem ido embora assim. Tão jovens… imaginei que ficariam um pouco orgulhosos de terem ajudado alguém.

É impressionante como essa geração é diferente.

“Eu só estava de passagem… Ah, mas lembro que eles disseram os nomes: Aono e Ichijou, acho.”

“Aono-kun e Ichijou-san? Muito obrigado. Vou procurá-los — mesmo que eu só tenha os nomes.”

“Certo. Então, com licença.”

Apesar do cansaço, senti um grande alívio e satisfação. O trabalho é duro, mas preciso me esforçar para acompanhar o exemplo daquele jovem casal de estudantes. Saí do hospital de bom humor.

 

Casa de Ikenobu…

 Perspectiva de Kondo 

“Kondo-kun, eu te amo.”

Aproveitando a sensação da pele macia dela, deixei o estresse escorrer do meu corpo.

Eri tem um charme diferente de Miyuki.

Acho que eu já estava um pouco cansado da Miyuki.

“Ah, isso foi ótimo.”

“Fico feliz. Sou toda sua, Kondo-kun.”

Aqui está o problema com essa mulher. Ela nem quer namorar de verdade, mas age como se fosse minha namorada. Bem, tanto faz. Vou me divertir um pouco com ela.

“Ei, Kondo-kun… eu sou a única por quem você deve se importar, certo? Eu larguei tudo por você, então não me traia, tá?”

Trair? Eu nem sou seu namorado. Você é só o meu brinquedo. Maluca.

“Sim, claro.”

Assenti apenas para deixá-la feliz. Estou me divertindo, afinal.

 

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