Sessão 3
Capítulo 52 — Ajudando Pessoas, o Chamador e os Professores
Fomos a um café almoçar depois do filme. Como meu pai tem um restaurante ocidental chique, eu gosto desse tipo de lugar. Então levei ela a um café havaiano perto do cinema.
“Senpai, eu nunca fui a um café havaiano antes. É exótico e estiloso.”
Minha mãe também gosta desse café; costumávamos vir aqui nos dias de folga.
“O loco moco e as panquecas daqui são excelentes.”
Pedimos o loco moco no almoço e decidimos dividir as panquecas fofas. Embora o garlic shrimp também seja ótimo, resolvi não pedir porque era um encontro.
Antes do nosso encontro no cinema, lembrava que esse restaurante ficava perto e fiz a reserva. Foi uma boa decisão — o lugar enche em feriados. Eu já sabia a duração do filme, então reservar foi fácil.
“Mas você deve estar acostumado a sair em encontros, Senpai. Apesar da sua aparência, você é um ótimo parceiro. Quando chegamos no restaurante e vi a fila enorme, confesso que fiquei nervosa. Fiquei surpresa quando você disse que já tinha reservado.”
“Bem, fiz o meu melhor.”
Graças à minha mãe e a uma ex-namorada — que prefiro nem lembrar — estou bem treinado. Mesmo que namorar a Miyuki seja coisa do passado, sinto que aquela experiência ficou comigo.
“Fiquei feliz de ver um lado inesperado seu. Além disso, é um ponto alto pra uma garota quando você sugere dividir a sobremesa...”
Sim, isso também. Graças a mãe. Ela sempre gosta de doces, mas tem receio de pedir uma porção inteira por causa das calorias.
“Sério? Eu também quero algo doce, então não se preocupe.”
Nessas situações, não precisa falar mais nada. Só aja como um cavalheiro.
“Obrigado.”
Ichijou-san sorriu feliz, como quem percebeu minha atenção.
Comemos muito bem. Comer com Ichijou-san sempre me deixa sorrindo. Foi um tempo feliz.
Terminamos a refeição e saímos. Agora íamos passear e fazer compras; parece que ela queria olhar umas coisas na loja de departamentos em frente à estação.
Enquanto curtíamos o passeio, algo inesperado aconteceu.
“Ugh!”
Um senhor à nossa frente caiu no chão, levando a mão ao peito como se sentisse dor.
“Eh!”
Ichijou-san gritou, olhando para ele preocupada.
Eu só observava, sem saber exatamente o que tinha acontecido.
O senhor parou de se mover e respirava com dificuldade.
Isso não é bom.
Quando trabalhei no verão, num evento, fiz um curso de primeiros socorros como parte do treinamento. Lembro do rosto dos bombeiros que vieram como instrutores. O que se faz numa situação dessas? Eles nos ensinaram como agir em emergências assim.
Eu não podia ficar parado. Não se preocupe; eu consigo usar o que aprendi naquele treinamento.
“Isso é sério. Ichijou-san, corre e pega um desfibrilador (DEA/AED).”
Primeiro eu tinha que fazer tudo o possível para salvar a vida do senhor.
“Mas onde…”
Ichijou-san congelou, o rosto pálido.
“Eu vi um carro de polícia estacionado há pouco. Tenho certeza de que tem um DEA na viatura. Mesmo se não tiver, algum policial saberá onde tem um. Lojas de conveniência costumam ter também. Vou ligar para uma ambulância e cuidar dele.”
“Ah, tá, entendi.”
Ela saiu correndo em direção ao carro da polícia.
Fiz o que me ensinaram: verifiquei consciência, pedi ajuda a quem estava por perto e comecei a RCP.
Um homem gentil logo chamou a ambulância.
Sem hesitar, comecei os procedimentos para ajudar o senhor.
Pouco depois, Ichijou-san voltou com um policial e um DEA.
Uma enfermeira que parecia ter acabado de sair do serviço também apareceu para ajudar — ela notou a agitação e veio socorrer.
Não lembro bem dos minutos seguintes.
— Perspectiva de Takayanagi —
“Takayanagi-sensei, desculpe pelo fim de semana.”
O diretor pediu desculpas e parecia realmente contrito.
“Não, eu tinha atividades do clube originalmente...”
Sou orientador do clube de shogi e, com um torneio chegando, precisava supervisionar hoje, meu primeiro dia de retorno após as férias.
“Obrigado por ter nos contatado imediatamente,” disse Iwai-sensei.
Queríamos ter feito a reunião ontem, mas o diretor estava em viagem de trabalho, por isso a reunião foi adiada para hoje, sábado — uma reunião emergencial.
“Mas se a pessoa que tirou a foto for um estudante, estamos em apuros. Precisamos encontrá-lo e protegê-lo imediatamente.”
O diretor parecia impaciente e preocupado.
“Sim, foram corajosos, mas também imprudentes. Se a ação deles vazar, mesmo para o clube de futebol, podem tentar retaliar. E se isso virar um ataque...”
Iwai-sensei também estava visivelmente preocupado. Essa é a pior situação possível.
“Takayanagi-sensei, tem alguma solução? Não quero ver mais alunos machucados.”
A preocupação do diretor era evidente.
“Sim. Pesquisei bastante ontem. Kondo e Amada faltaram por estarem indispostos — provavelmente foi nesse intervalo que a foto foi tirada. Quem nos enviou a foto deve ter um rancor profundo contra o Kondo e os outros, ou ser amigo do Aono. Há uma conexão forte. Já afunilei uma lista de alunos que se encaixam nesses critérios dentre os que faltaram ou saíram cedo ontem.”
Mostrei rapidamente a lista de candidatos. O fotógrafo deve estar nela. Precisamos proteger esses estudantes. Não quero ver mais jovens se ferindo por causa disso.
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