Sessão 1
Capítulo 05 — Encontro
Uma garota subiu no terraço onde ninguém deveria estar. Isso seria alarmante, não seria? E ainda por cima durante o período de orientação. Considerando os eventos que estão prestes a acontecer, essa é a aula mais importante na vida de um estudante.
Seu cabelo preto balançava suavemente. Sua pele estava fresca, sem nenhum traço de suor, mesmo no auge do verão. Um olhar levemente misterioso. Seu laço é vermelho. Ou seja, ela é do primeiro ano. Ela tinha uma beleza graciosa que tornava difícil acreditar que era mais nova do que eu.
[Almeranto: Só relembrando que ela tem cabelos loiros, não pretos. Como eu disse anteriomente.]
Nunca conversei de verdade com ela, mas ela é uma pessoa famosa nesta escola.
O nome dela é Ichijou Ai.
Ela é uma garota talentosa que tirou as melhores notas no exame de admissão do ano passado. Com sua beleza de modelo e personalidade amigável, tornou-se ídol da escola em menos de um mês após se matricular.
Ela é o oposto de mim. Não faço ideia do porquê de ela estar num lugar como esse.
"Olá, sou Aono, do segundo ano. Não queria estar na aula, então fugi e acabei vindo parar aqui."
Uma desculpa patética. Por um momento, pensei em pular do terraço para me sentir melhor, então por que estou dizendo algo tão estranho?
"Aono-senpai?"
Fiquei sem palavras com aquela voz fofa. Ela é uma garota linda e talentosa, mas sua voz é do tipo adorável. Os garotos da minha turma eram fascinados por sua aparência e acabavam sendo um incômodo para ela, mas, para ser honesto, eu não me interessava muito porque estava ocupado namorando a Miyuki.
Por um momento, o rosto de Ichijou se nublou.
Ah, você conhece meu rumor. Bem, não posso fazer nada.
Dei uma risada com um olhar resignado.
"Por que agora?"
Ela murmurou com uma voz fraca.
Ao contrário dos meus colegas, ela não demonstrou hostilidade.
Me senti um pouco aliviado.
"Desculpa. Você conhece os rumores. Por favor, me deixe sozinho. Quero me esconder aqui até o meio-dia e vou comer onigiri aqui."
Mamãe tinha feito onigiri para mim. Trouxe minha mochila quando fugi da sala de aula, então poderia ficar aqui até a hora do almoço. Queria ficar sozinho e pensar no que fazer daqui pra frente.
Não sei se ela tinha ideia dos meus sentimentos, mas demonstrou repulsa.
"Não quero. Porque este é o meu lugar. Não posso te dar. Você, Senpai, vá embora!"
Ela parece ter uma personalidade mais forte do que eu esperava. Minha simpatia por ela aumentou um pouco.
"Tem certeza? Você sabe o que dizem sobre mim, não sabe?"
Ao dizer isso, meu coração doeu.
Porque ainda não consigo aceitar esse fato.
"Eu sei."
"Então, vá logo..."
"Eu não quero."
Essa idol parece ser bem teimosa.
"Hã?"
O tom saiu mais forte do que eu pretendia. Não esperava uma reação tão intensa.
"Eu sei dos rumores. Mas são apenas rumores. Parece que há boatos estranhos sobre problemas amorosos, mas... não me importo. No geral, o amor é como uma doença. Por que deveríamos acreditar em histórias vagas e ambíguas, como alegações unilaterais ou rumores? Isso não é perigoso demais?"
Foi uma refutação mais forte do que eu esperava. E ficou gravada na minha mente. A frase que eu queria ouvir dos meus colegas mais próximos e dos membros do clube veio de uma garota do primeiro ano que eu nunca tinha conhecido. Surpresa e alegria preencheram um pouco as feridas do meu coração.
"Então você acredita em mim?"
"Não é uma questão de acreditar ou não acreditar. Esse rumor está sendo espalhado pela sua namorada, considerando as circunstâncias. Só estou dizendo que é arriscado demais te machucar com essa informação unilateral e tendenciosa. Rumores que surgem de enredos românticos são as informações mais pouco confiáveis que existem."
Ela argumenta de forma muito inteligente, ou no mínimo, lógica. Normalmente, isso seria uma fala atrevida de uma caloura, mas foi exatamente o que eu mais queria ouvir.
"Obrigado."
"Por que está me agradecendo?"
Ela me olhou com uma expressão irritada e confusa.
"Se você não entende, tudo bem."
Olhei para minha caloura inteligente enquanto segurava as lágrimas.
Uma chuva forte caiu do céu. Mudando o clima num instante.
"Ei, está chovendo muito. Vamos voltar pra dentro, vamos pegar um resfriado aqui."
"Por favor, me deixe em paz."
Fiquei chocado ao descobrir que uma proposta que achei que seria aceita foi rejeitada.
"Ah, mas..."
"Você ainda não entendeu? Por que vim aqui sozinha?"
Diferente da voz racional de antes, essa estava claramente cheia de raiva, me deixando sem palavras.
"Por quê?"
"Não preciso me preocupar em me molhar na chuva e pegar um resfriado. Porque, pra mim, o amanhã nunca vai chegar."
Como uma criança mimada, só as emoções estavam à frente.
"Calma."
"Me deixe em paz. Eu quero morrer!"
Então ela caminhou lentamente em direção à grade de segurança. Em pânico, agarrei seu braço e a impedi.
"Não faça isso!"
Eu estava pensando em me matar mais cedo, e agora estou tentando impedir uma caloura de fazer o mesmo. Foi um desenvolvimento tão repentino que não fazia sentido.
"Isso não é da sua conta. Me deixe fazer o que eu quiser."
Com mais força do que eu esperava, ela tentou se soltar. Mas eu segurei com todas as minhas forças.
"Pelo amor de Deus..."
Estávamos os dois encharcados, mas eu não me importava. Ela tentou puxar meu braço com a outra mão.
Com a cabeça confusa, eu disse as seguintes palavras:
"Se você vai morrer, pelo menos passe um dia comigo! Vamos matar aula juntos!"
"O quê?"
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