Volume 2
Capítulo 1: O Dia Antes do Encontro - O Ofensor e o Paradeiro do Vingador
── O dia anterior, sábado (6 de setembro, à tarde) — Perspectiva da Miyuki ──
“Peço sinceras desculpas pelo que meu filho tolo fez. Eu cobrirei todos os custos de hospitalização.”
O pai do Senpai fez uma reverência profunda, demonstrando uma atitude respeitosa e sincera. Mas minha mãe nem olhou para ele.
“Não me insulte. Posso pagar isso sozinha. Típico de um político — uma reverência cheia de arrependimento convincente enquanto secretamente nos menospreza. Não quero ver o rosto de um falso como você. Por favor, vá embora.”
Suas palavras foram frias e cortantes. De algum modo, senti que também eram dirigidas a mim, e meu coração doeu. Eu nunca tinha visto minha mãe tão zangada antes. A culpa era minha. Eu desabei e a preocupei — a obriguei a se esforçar ainda mais quando ela já estava tão ocupada.
“Então deixarei meu cartão aqui. Por favor, entre em contato se algo acontecer.”
O pai do Senpai colocou um envelope — claramente cheio de dinheiro — onde minha mãe não pudesse ver, e saiu silenciosamente.
Depois que os dois se foram, o quarto do hospital ficou em silêncio. Minha mãe falou, com a voz trêmula.
“Miyuki… não te entendo mais. Aquele garoto Kondo — ele sabia que você tinha namorado e mesmo assim foi atrás de você, não foi? Por que você se envolveu com alguém assim...? Você realmente ama esse homem?”
“……”
Eu não consegui responder. Nem sabia mais como me sentia.
E se minha mãe descobrisse que o Eiji estava sendo intimidado por nossa causa — o que aconteceria?
A ideia dela descobrir me aterrorizava.
“Então você não vai responder. O que você fez... foi errado como ser humano. E eu, como sua mãe, não pude te ensinar algo tão básico. Eu devo ser uma mãe horrível.”
Ouvir isso, vindo dela — que me criou sozinha — me fez tremer de desespero. As lágrimas se formaram e escaparam dos meus olhos.
“…Me desculpe.”
“Você não é quem deve se desculpar. Vá para casa hoje. Por favor... me deixe sozinha.”
As palavras dela, como lâminas geladas, perfuraram meu peito.
※
── Mesma Tarde — Perspectiva do Denunciante ──
Confirmei que o casal traidor havia sido levado pelas autoridades e então voltei em direção à estação mais próxima antes do pôr do sol. Isso não era a vingança concluída — era só o começo.
Peguei meu uniforme escolar no armário da estação, me troquei no banheiro e segui para a escola como se nada tivesse acontecido. A maioria dos clubes já estava terminando as atividades do dia. Afinal, era logo após os simulados — muitos alunos estavam saindo mais cedo.
Mesmo que encontrasse alguém conhecido, poderia dizer que fui buscar algo que esqueci. Já tinha avisado que não compareci ao simulado por estar doente. Agora que estava me sentindo melhor, poderia dizer que voltei para pegar meus cartões de vocabulário para estudar. Ninguém duvidaria.
Não importa para quem eu tenha que mentir — a vingança vem em primeiro lugar.
Dirigi-me discretamente até a sala do clube de futebol, tomando cuidado para não ser visto. O clube já havia terminado as atividades do dia. Pelo que soube, eles teriam uma partida de treino amanhã, o momento perfeito para liberar as fotos.
Não faço parte de nenhum clube esportivo, mas ninguém acharia estranho eu estar andando perto do campo com uniforme. As salas dos clubes ficam espalhadas pela escola, e as esportivas ficam juntas. As pessoas só presumiriam que eu terminei o treino e me troquei para ir embora.
Deslizei casualmente o envelope com as fotos impressas — reveladas numa loja de conveniência — pela fresta da porta da sala do clube.
Os membros do time de futebol praticamente veneram o Kondo. Já confirmei que vários deles participaram ativamente do bullying contra o Aono, sob a desculpa de um senso distorcido de justiça. Não há motivo para ter misericórdia desses escrotos. Esse envelope é uma bomba-relógio.
Claro, Kondo é talentoso no futebol, inegavelmente. Esse talento criou a imagem carismática dele. Mas carisma sustentado só no talento também é uma fraqueza. Basta uma rachadura nesse vidro frágil para que a dúvida o quebre completamente.
“Essa foto vai destruir o clube de futebol. Mesmo que tentem encobrir, não conseguirão se recuperar a tempo do grande torneio. O resto vai se resolver sozinho. Os próprios membros preencherão as lacunas com suas imaginações.”
Mitsuda, um dos membros do clube de futebol, é basicamente uma rémora grudada na reputação do Kondo. Minha investigação já mostrou que os veteranos do segundo ano no clube estavam por trás do bullying contra o Aono.
[Almeranto: Para quem não sabe, rémora é um peixe que tem tipo umas ventosas que grudam. Eles as usam para se prender a corpos maiores, como tubarões, com o propósito de aproveitar os restos de carcaça que eles deixam de suas presas e também para locomoção.]
Idiotas, todos eles.
Basta uma pequena investigação nas redes sociais para ficar dolorosamente óbvio o quanto o clube de futebol estava envolvido no bullying.
A escola provavelmente já começou uma investigação interna, então a maior parte disso deve ter vindo à tona. Tudo o que preciso fazer agora é dar o golpe final e deixar o caos cuidar do resto.
Mas o fato da escola ainda deixá-los circulando livremente sugere que estão planejando alguma coisa.
Duas hipóteses vêm à mente:
Hipótese ①: A escola vê Kondo como o líder e está trabalhando para reunir provas irrefutáveis antes de agir, garantindo que ele não possa jogar a culpa em outra pessoa com truques covardes.
Isso seria conveniente para mim. Tenho os dados das fotos comprometedoras. Se eu cooperar com os professores, podemos encurralar o Kondo completamente.
Hipótese ②: A escola está ativamente tentando encobrir tudo.
Se for esse o caso, as coisas ficam complicadas.
Se tudo o que eu tiver forem as fotos, podem tratar o caso apenas como “conduta inadequada” e aplicar uma punição leve.
O verdadeiro problema é a família do Kondo — o pai dele é CEO de uma construtora local e membro do conselho da cidade. Isso complica as coisas.
Se a Hipótese ① for correta, a escola pode estar apenas esperando o momento certo para garantir provas decisivas antes que as conexões poderosas do Kondo possam intervir. Vão querer derrubá-lo tão completamente que não reste espaço para desculpas.
Se a Hipótese ② for a certa — de que a escola está tentando abafar tudo por medo da influência da família Kondo — então talvez seja melhor recorrer a outros membros do conselho da cidade ou à diretoria de educação.
Considerei vazar as informações para um daqueles streamers de denúncias, mas não tinha certeza se eles lidariam com responsabilidade. Pior: poderiam distorcer a situação do Aono e transformá-la em entretenimento, levando à vitimização secundária. O risco era grande demais, então desisti dessa ideia.
“Mesmo que o clube de futebol desmorone e eles percam miseravelmente no torneio que vem, tudo o que vai acontecer é uma pequena mancha no histórico do Kondo. Ele vai continuar vivendo com arrogância como se nada tivesse acontecido. E vai continuar machucando outras pessoas — do mesmo jeito que fez com o Aono!”
Para ser honesto, eu não conseguia me perdoar. Se eu tivesse feito alguma coisa naquela época — qualquer coisa — o Kondo não teria se tornado tão arrogante. Provavelmente, eu era o único que poderia tê-lo parado.
Imaginei o rosto da minha antiga amiga de infância — alguém por quem agora eu não sentia nada além de ressentimento. Este último incidente com certeza iria empurrar ainda mais o já frágil estado mental dela para o abismo. Mas eu não me importava mais. Eu preferia proteger o amigo que ficou ao meu lado no meu momento mais sombrio do que aquela que me abandonou.
Depois de ter desabado e me tornado um recluso, passei um ano refazendo os exames de admissão para o ensino médio. Consegui entrar nesta escola, mas mesmo assim, acabei permitindo que as más ações do Kondo se espalhassem ainda mais. Isso é culpa minha.
“Ei, Endou. O que você está fazendo aqui? O clube de ciências não está suspenso hoje? E você não estava doente desde ontem? Perdeu até o simulado.”
Uma voz me chamou pelas costas, e eu me virei instintivamente. Era o Imai, um colega de classe vestido com o uniforme de kyūdō.
Agradeci silenciosamente ao destino por esse encontro inesperado. Imai era o outro amigo de infância e melhor amigo do Aono — meu segundo amigo de verdade desde que entrei no ensino médio, graças ao Aono. Se alguém soubesse de algo, seria ele.
Com isso, minha vingança tinha chegado a um ponto de virada.
Os dados foram lançados. Deus está do meu lado.
“Ah, eu tinha esquecido uma coisa. Tem aquele teste de vocabulário semana que vem, né? Deixei meu livrinho de palavras na escola, então voltei para pegar.”
Dei a desculpa que havia preparado. Mesmo alguém tão esperto quanto o Imai não acharia isso estranho.
“Entendi. Mas você ainda está doente, né? Faltou no simulado. Não força a barra. Se tivesse me avisado, eu poderia ter levado para sua casa.”
“É, desculpa. É que estava trancado no meu armário, então...”
Ele pareceu acreditar, então passei para o verdadeiro motivo de ter puxado assunto.
Primeiro obstáculo superado — ele não desconfiou. Agora era hora do assunto principal.
“A propósito… o Aono está bem? Mandei mensagem para ele, mas ele não leu.”
Provavelmente ele está evitando de propósito. Se eu estivesse no lugar dele, faria o mesmo.
Com tanta maldade concentrada nele pela escola inteira, eu também não conseguiria abrir as redes sociais.
E as pessoas que empurraram meu querido amigo para aquele canto… são essas que eu nunca vou perdoar. Transformaram alguém que me salvou no alvo de seus abusos. É claro que eu não posso perdoar isso.
“É… ele está aguentando. Valeu, Endou. Fico feliz em saber que não somos os únicos — ainda tem gente que se importa com ele.”
“Claro. O Aono não é do tipo que faria algo como o que andam dizendo.”
“Então… por que a gente não vai ver ele junto depois do fim de semana? Ele tem ido para enfermaria ultimamente. Graças ao Takayanagi-sensei e aos outros, ele tá se recuperando bem. Se você aparecer, tenho certeza de que vai significar muito pra ele.”
Obrigado, Imai.
Essa informação — sobre o Aono estar melhorando graças aos professores — era incrivelmente importante para o meu plano. Pelo menos, isso significava que a escola não pretendia encobrir nada. Se pretendesse, o Imai já teria tomado alguma atitude drástica.
Disso eu tinha certeza.
Isso queria dizer que a escola podia ser confiável. O que tornava a Hipótese ① o cenário mais provável.
Nesse caso, vou em frente e compartilho as provas fotográficas com a escola e vejo como eles reagem.
Lembrei que o site da escola listava um número de fax para contato. Ultrapassado nos dias de hoje, claro — mas dessa vez, isso jogava a meu favor. Diferente do e-mail, que podia ser rastreado até o servidor, usar uma máquina de fax pública numa loja de conveniência tornaria quase impossível rastrear o remetente.
Para evitar o risco de as fotos serem descartadas como uma brincadeira de mau gosto, também deixaria um conjunto impresso na caixa de correspondência da escola, endereçado ao Takayanagi-sensei.
Isso completaria a segunda fase da minha vingança.
“Beleza, vou indo para casa. Até semana que vem.”
Mantive um tom casual e encerrei a conversa rapidamente. Eu não podia deixar o Imai se envolver nisso. Se ele tomasse o meu lado e virasse o próximo alvo da retaliação do Kondo, eu nunca me perdoaria. Se o Imai acabasse sofrendo o mesmo que o Aono…
“É, se cuida. Ah, Endou… Isso pode ser só coisa da minha cabeça — ou talvez eu esteja totalmente enganado, mas…”
O Imai, normalmente direto e sério, de repente estava hesitante.
“Hm?”
“Só… não exagera, tá? Se as coisas ficarem realmente difíceis, fale com alguém. Comigo, ou com algum professor — qualquer um. Por favor.”
Por um instante, o tempo parou.
Não pode ser... ele sabe? Como? Eu não dei nenhuma pista que fizesse ele desconfiar. Mas quando percebi a expressão amarga no meu rosto, me forcei a sorrir rapidamente. Não deixe ele perceber. O Imai era perspicaz. Mesmo com o mínimo de informação, havia a chance de ele descobrir a verdade. E se descobrisse, com certeza tentaria me ajudar — se arriscaria por isso.
“Ah — é, você diz o resfriado. Valeu por se preocupar.”
Forcei a desculpa no último segundo. Ele sorriu.
Aquele sorriso de sempre.
“É, o resfriado. Deve ter sido duro vir até aqui só para pegar um livro de vocabulário.”
Eu não confirmei nem neguei. Só entrei no jogo, sorrindo junto.
Rimos… e então seguimos direções diferentes.
※
── Mesmo dia, à noite – Perspectiva de Takayanagi ──
As provas simuladas tinham acabado e, tecnicamente, eu poderia ter ido para casa direto. Mas, com várias tarefas ainda pendentes, fiquei na sala dos professores, fazendo hora extra para dar conta de tudo.
De algum modo, essa semana turbulenta estava finalmente chegando ao fim. A batalha estava só começando, é claro, mas por ora, tínhamos conseguido colocar as aulas de reforço do Aono em andamento, além de estabelecer uma linha de comunicação confiável com os pais dele. Também havia uma confiança sólida entre o corpo docente. Até agora, eu diria que as coisas estavam indo bem. Provavelmente eu teria que vir no fim de semana de novo, mas era só mais um esforço.
“Indo bem, hein? Só de pensar isso já me deixa arrogante. Afinal, isso tudo foi uma confusão que nunca deveria ter acontecido. A escola também não está exatamente sem culpa.”
Senti uma onda de autodesprezo por ter deixado esse pensamento fraco escapar.
Havia outro problema também. A Ayase-sensei, a professora assistente da turma, tinha tirado uma licença médica — em parte porque se culpava pelo que aconteceu com o Aono. Eu queria apoiá-la também, mas no momento tinha que priorizar o Aono. O diretor e o vice-diretor estavam cuidando das coisas no lugar dela.
Havia tantos pontos a serem refletidos neste caso. Mas eu não podia me dar ao luxo de me desanimar demais. Uma batalha longa embota o julgamento, e quanto mais ela se arrasta, mais se torna um teste de resistência.
Devo estar só cansado. Cheguei até aqui graças ao apoio de todos ao meu redor.
Depois de finalmente terminar a correção dos testes atrasados, me levantei para fazer uma pequena pausa. Uma xícara de café cairia bem — algo para clarear a mente. Peguei minha caneca e o café instantâneo do armário enquanto estava passando pela impressora quando ouvi o aparelho de fax começar a funcionar.
“Um fax? Isso é raro hoje em dia.”
Ele ainda era usado ocasionalmente para comunicações do conselho de educação, mas já estamos bem dentro da era Reiwa, onde até e-mail parece ultrapassado. Ouvi dizer que alguns professores já criam listas de transmissão para os alunos via LINE. É impressionante como a tecnologia evolui rápido.
[Almeranto: “LINE” é como se fosse o nosso WhatsApp pra quem não sabe.]
Curioso, fui ver o que havia chegado — e vi o que pareciam ser fotos sendo impressas.
“O que—!?”
A resolução era baixa, como se esperava de um fax. Mas mesmo assim, deu para perceber imediatamente — era a prova que eu estava procurando.
As imagens em preto e branco estavam difíceis de distinguir, mas me lembrei de que todos os documentos de fax também eram salvos no servidor da escola como arquivos digitais. Fui checar rapidamente.
Usando um programa de edição de imagem, ajustei as configurações de cor para melhorar a visibilidade. Imediatamente ficou mais claro do que a versão impressa no fax.
“Kondo e Amada...”
Não dava para saber exatamente quando a foto tinha sido tirada. Mas lá estavam eles — inegavelmente entrando em um motel. A segunda imagem mostrava os dois sendo detidos por policiais.
Havia também um bilhete escrito à mão: “As impressões coloridas originais foram colocadas na caixa de correio da escola. Por favor, confirme.”
Lembrei do depoimento anterior deles.
“É verdade — eu tive uma briga com o Eiji quando tentamos terminar... Foi quando o Kondo-senpai me ajudou, e o Eiji entendeu errado ao nos ver juntos.”
“Só estávamos andando juntos, e aquele cara nos viu. Ele deve ter pensado que eu estava traindo.”
Então os depoimentos eram mentira. Com isso, poderíamos pressioná-los ainda mais. Se a investigação corresse bem, a verdade poderia finalmente estar ao nosso alcance.
Mas eu tinha uma grande preocupação.
O denunciante anônimo.
Provavelmente não era um membro da equipe — muito mais provável que fosse um estudante. Um responsável também seria possível, mas eles não precisariam ter ido a tais extremos.
Como um aluno conseguiu tirar essas fotos?
Devem ter corrido sérios riscos para isso.
Quem quer que fosse, certamente carregava ou um rancor profundo contra Kondo — ou um forte senso de obrigação com Aono. Provavelmente um ou outro. De qualquer forma, eu podia sentir a determinação dessa pessoa nas fotos — estava preparada para se sacrificar, se fosse preciso.
E isso era um adolescente...
O que uma criança poderia ter passado para desenvolver uma determinação tão inabalável?
Ainda são menores de idade — alguém que os adultos deveriam proteger.
Desde que me tornei professor, vi inúmeras situações em que os adultos falharam em proteger as crianças: alunos forçados a largar a escola por causa das dívidas dos pais, alunos que se tornaram delinquentes por crescerem sem amor, alunos como Aono, cujo futuro foi distorcido pela crueldade do bullying.
Quero encontrar esses alunos — e estender a mão antes que seja tarde demais. Chame de arrogância, se quiser, mas para mim, essa é a responsabilidade que vem com essa profissão.
Desta vez, não serei lento demais.
Vou consertar isso. Tudo isso.
Entrei em contato com o diretor e o vice-diretor e compartilhei as informações com eles.
Algum tempo depois, os dois chegaram à escola.
“Takayanagi-sensei, desculpe a demora,” disse o diretor, com um tom de desculpas.
“De forma alguma. Eu já planejava fazer hora extra mesmo.”
Enquanto esperava por eles, consegui adiantar boa parte das minhas tarefas. Essas fotos tinham o potencial de derrubar todos os depoimentos anteriores. Claro, ainda havia a chance de serem uma farsa destinada a prejudicar Kondo — mas as imagens não pareciam forjadas.
No mínimo, precisaríamos confrontar Kondo e Amada novamente e confirmar se estavam dizendo a verdade.
“Você fez bem em nos avisar imediatamente,” acrescentou o vice-diretor.
“Mas se a pessoa que tirou essas fotos for realmente um aluno, estamos diante de uma situação perigosa. Precisamos encontrá-lo e garantir que esteja seguro. Caso contrário, ele pode acabar correndo perigo também. Esse é o nosso dever como adultos. Os alunos merecem ser protegidos.”
O diretor parecia preocupado, perdido em pensamentos. Senti um certo alívio ao ver que meus superiores compartilhavam da minha visão.
Eram pessoas em quem eu podia confiar.
“É verdade. É provável que essa pessoa esteja correndo um risco sério. E se o clube de futebol descobrir isso, podem tentar identificar quem tirou as fotos para se vingar. Se isso levar à violência...”
O vice-diretor esfregou a testa, claramente aflito. Esse seria realmente o pior cenário possível. Não podíamos permitir que mais nenhum aluno fosse colocado em perigo. Era natural pensar assim como professor.
“Takayanagi-sensei, tem alguma ideia? Não suporto a ideia de ver outro aluno ser ferido.”
O diretor perguntou com uma expressão profundamente preocupada. Comecei a explicar o plano que elaborei enquanto esperava pela chegada deles.
“Sim. Verifiquei algumas coisas enquanto esperava. O Kondo e a Amada faltaram ao simulado de hoje, alegando doença. Julgando pelos horários registrados, as fotos provavelmente foram tiradas no mesmo período em que o simulado estava sendo realizado. Quem vazou essas imagens deve ter um forte rancor contra o Kondo ou ser um amigo próximo do Aono. É provável que seja uma dessas opções. Estive restringindo os possíveis alunos com base em quem faltou ao simulado ou não participa de nenhum clube.”
Imediatamente mostrei a eles a lista de possíveis candidatos. O denunciante quase certamente estava entre eles. E nós protegeríamos esse aluno — não importava o quê.
Para que nenhuma outra vida jovem fosse destruída por este incidente.
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