Volume 1
Capítulo 15: Um Inimigo Natural
Com passos rápidos, eles conseguiram chegar na praça um pouco atrasados. Procurando por Hemetsu, eles avistaram várias lanchonetes a sua volta, todas com suas iguarias unicas. Yuta observando todos os belos e deliciosos lanches expostos à sua volta — a sua maior parte em vidraças — cogitou comprar algum lanche, mas rapidamente desistiu dessa ideia, por não sentir fome o suficiente. Zeldres procurava atentamente pelas mesas, olhando para todas elas em uma distância consideravel, sempre procurando pelo Togen de Hemetsu, mas as pessoas a sua volta o impediam indiretamente. Crianças, adultos e idosos… todos caminhavam pelo local normalmente, com suas famílias e amigos, e seus Togens fluindo em sua essência. Por sorte, Yuzumi conseguiu visualizar o rosto de Hemetsu em meio a todas as mesas de uma loja de frituras; assim que chegaram em sua mesa. O cheiro gorturoso estava esposto ao ar, mesmo assim, Hemetsu aparentava saborear cada pedaço dos frangos fritos que continham em seu balde de plástico.
— Você não tá cheio não? — perguntou Yuta, surpreso com sua fome insaciável.
— Aposto que vocês queriam um pedaço desse frango empanado, mas não se preocupem, deixei um lanche especial na mochila de vocês. — Esfregando suas mãos, Hemetsu sorriu maliciosamente.
— Não quero nem imaginar… — falou Yuzumi, preocupada.
— Mas a missão é muito simples! Vocês só vão precisar achar e capturar um cara que está próximo a vila de Callepi — explicou Hemetsu. — Esse cara tem atormentado e prejudicado muitos moradores desse lugar, então vocês foram selecionados para comprir essa missão.
— E como vamos saber quem é esse cara?! — perguntou Zeldres.
— Tem um retrato do meliante em sua mochila, que inclusive foi desenhado por mim! Talvez vocês possam até duvidar achando que é um retrato — explicou Hemetsu, tampando sua boca para não rir. — Há tambem uma barraca para cada um de vocês, caso precisem dormir por lá.
— No meio das aranhas?! — perguntou Yuzumi, pensando nos pequenos “vermes” que ela tanto repugnava.
— Isso mesmo! Faz parte da missão — respondeu Hemetsu, apontando para o lado — sigam aquela direção que terá um portal pronto para vocês chegarem na vila.
— Você não vai vir com a gente, Hemetsu? — perguntou Yuta, desconfiado.
— Tenho coisas mais importantes para fazer! — respondeu Hemetsu, pensando nas boas próximas horas de sono que ele havia acabado de ganhar.
Os três, acreditando em suas palavras, andam até o local onde ele havia falado. Quando chegaram, o portal já estava aberto e pronto para uso.
— Vamos — disse Zeldres, atravessando o portal, junto de Yuzumi e Yuta.
Zuum
A visão deles, assim como na última vez, se embranqueceu por completo, mas quando diminuiu, eles estavam no meio da floresta próxima da vila.
— A… não parece estar tão longe — disse Yuzumi, contente.
— Pelo menos uma vez na vida o Hemetsu nos ajudou — falou Yuta, já começando a caminhar em direção a vila.
No meio do caminho, eles observavam atentamente toda a floresta à sua volta.
— Se não andarmos rápido, o sol vai se pôr em breve — avisou Zeldres, tentando acelerar seu passo.
— Pelo menos estamos com as barracas!
— Eu não acho que essas barracas vão nos proteger dos insetos…
Tentando não pensar muito nisso, Yuzumi começou a caminhar ligeiramente em direção a vila, para que pudessem achá-lo e capitura-lo.
Vila de Callepi
Saindo da floresta, eles finalmente avistaram a placa de entrada da vila. Animados, eles correram na esperança de achar alguém que pudessem os informá-los sobre o que estava acontecendo nos últimos dias, porém, Zeldres se lembrou do retrato que Hemetsu havia falado.
— Antes de pedirmos informações… — Zeldres, tirando sua mochila de suas costas, cotinuava a falar. — Vamos tentar ver o retrato que o Hemetsu deixou do “Meliante”.
— Espero que não esteja em uma qualidade ruim.
— Mas Yuta, ele falou que foi desenhado por ele mesmo, não tem como estar em uma qualidade ruim — afirmou Yuzumi.
Abrindo o papel… os três olharam sem reações para ele.
— Acho que não é muito bom acreditar nesse papel.
— Era só ele falar que não queria ajudar — exclamou Yuta.
— Melhor irmos pela segunda opção… — disse Yuzumi, se aproximando de um homem que andava pela rua — Boa tarde! Você sabe se tem ocorrido algo estranho ultimamente nesse vilarejo?
— Olá, mocinha — respondeu o homem a comprimentando. — Estou morando aqui há uns bons anos, mas nas últimas semanas… algumas coisas estranhas têm acontecido, como animais presos em galhos de árvores. Era como se… as próprias árvores estivessem criando vida e os impedindo de andar. Eu não sei o que pode estar acontecendo.
— Mas você já presenciou algumas delas fazendo isso? — perguntou Zeldres.
— Eu não pude ver com meus olhos, porém, há algumas pessoas que conseguiram ver nitidamente o que houve — respondeu o homem, apontando para um caminho na floresta. — Os maiores relatos estão vindo daquela parte da floresta.
— Beleza! Obrigado, moço — disse Yuta, caminhando em direção a floresta, ao lado de Zeldres e Yuzumi.
— Boa sorte, Garotos! Tomem cuidado!
✪✯✯✯✪
Ao pôr do sol, eles arrumaram suas barracas, fizeram uma fogueira para lidar com a noite, e procuraram pela comida que Hemetsu havia deixado em suas mochilas.
— Achei! — disse Yuta, segurando com seus braços 3 latas de feijão.
— Feijão? Até que não é tão ruim — falou Yuzumi, vendo o lado positivo.
— Tambem achei algo — disse Zeldres, segurando 3 colheres.
— Vou procurar na minha mochila para ver se também consigo encontrar algo.
Yuta e Zeldres concordam, colocando as latas de feijão no chão perto da fogueira.
— Gente, achei algo, porém não era o que eu esperava — disse Yuzumi, saindo de sua barraca e segurando 3 pacotinhos de carne seca.
— Até que está ótimo, vindo no Hemetsu.
— Os feijões já estão quentes, lembrem-se de pegar panos para segurá-los.
Com os panos em suas mãos, eles pegaram suas latas de feijões e se sentaram em um tronco próximo da fogueira.
Com uma colher cheia, Yuta colocou o feijão em sua boca, esperando saborea-lo, mas tudo que ele sentiu foi sua língua em chamas. Desesperado, ele bebeu toda a água de sua garrafa, aliviando a dor. Zeldres apenas encarou seu desespero com um leve sorriso, demonstrando estar segurando sua risada.
— Tome mais cuidado, Yuta! — disse Yuzumi, direcionando seu dedo para o rosto de Yuta.
— Ok, ok.
Depois de longos minutos de conversa, eles concordaram em deixar a fogueira acesa e deitaram-se em suas barracas, mesmo com suas roupas sujas e suadas.
— Boa noite, pessoal! — disse Yuzumi, virando-se para dormir.
— Boa noite — respondeu Zeldres.
Na barraca de Yuta, ao invés de uma resposta como “Boa noite” ou “Até amanhã”, tudo que estava ecoando pela floresta era o ronco pesado de Yuta.
“Ele deve estar bem cansado… Boa noite, Yuta.” pensou Yuzumi, com um sorriso amigável em seu rosto e bochechas rosadas.
Bluf
Antes do amanhecer, uma das árvores caiu extremamente próxima a barraca de Yuta; inesperadamente, os três acordaram assustados, mas quando se levantaram, a árvore já havia sido incendiada por entrar em contato com a fogueira.
— Ele está por perto! — Firmemente, Zeldres olhava por toda a sua volta, tentando localizar onde o inimigo estava se escondendo.
Fwoosh
O fogo começou a se intensificar e espalhar por todas as árvores em volta. Zeldres, olhando para uma das árvores, conseguiu identificar um Togen de um ser humano escondido dentro dela.
— O cara da árvore está ali, Yuta! — gritou Zeldres, apontando para uma grande árvore que levemente rachada. Entre essa pequena fresta, um olho os observava.
— Pode deixar comigo! — Usando seu fogo para impulsioná-lo até a árvore, Yuta desferiu um soco com seu punho carregado de chamas que quebrou uma parte da árvore.
“Droga! Eles me descobriram!” pensou o homem, saindo de dentro da árvore e correndo rapidamente dos três. Encarando seu punho, Yuta sentiu uma dor aguda por um breve momento.
Zeldres e Yuzumi correram em meio ao fogo e velozmente alcançaram Yuta, porém, se eles não continuassem a correr na direção do rapaz, rapidamente o perderiam de vista. As árvores começaram a fechar o caminho com seus troncos, galhos e folhas, dificultando a passagem.
— Yuta! vai por cima! Depois te alcançamos! — gritou Zeldres, cortando os galhos das árvores e avançando em frente rapidamente.
— Ok! — Yuta andou dois passos para trás, tentando não incendiar mais a sua volta, ele usou seu fogo para planar por cima das árvores.
— Eu também quero ajudar! — Concentrando sua energia psíquica, Yuzumi cobriu a espada de Zeldres com sua energia psíquica, criando uma camada fina e resistente que facilitava os seus cortes.
“Acho que despistei eles.” pensou o homem, ainda correndo entre as árvores.
— FOGE NÃO! — gritou Yuta, vindo de cima e desferindo um soco na cara do rapaz, que antes que tocasse no chão, é segurando pelos galhos das árvores ao seu redor. — Se você cooperar, eu garanto que não vou precisar te bater tanto.
— Você é mesmo uma piada… devia ter jogado aquela árvore em cima de sua barraca de uma vez.
Com uma expressão séria, Yuta partiu para cima do homem, que estava lutando de igual para igual com ele.
— Você não va…
flup
O pé de Yuta foi agarrado por uma das árvores, que o puxaram e prenderam instantaneamente. Rodeado de árvores e sem opção, Yuta incendiou todo seu corpo, queimando todas as árvores em volta e causando um pequeno dano ao seu corpo. Quando ele saiu dos restos de árvores queimadas, o homem já estava correndo para longe novamente. Ao continuar correndo, seu capuz que dificultava a Yuta a ver seu rosto caiu para trás, revelando seus cabelos verdes que continham uma tonalidade próxima a das folhas. Mesmo com o capuz preto de seu traje caindo, seu rosto ainda era tampado máscara de ferro com alguns furos, facilitando sua respiração e impedindo que ele fosse descoberto.
— Preciso avisar o chefe! — sussurrou o homem para si mesmo, pegando um dispositivo de seu bolso para tentar se comunicar com algum dos membros superiores. Mesmo sendo rápido, as chamas do Yuta ainda o alcançaram primeiro, obrigando ele a soltar o dispositivo de comunicação e se afastar. O dispositivo, sem aguentar a pressão das chamas, explodiu, e tudo que lhe restou foram pequenos pedaços queimados sobre o solo.
Furioso, imediatamente ele se virou, pegando Yuta que já estava próximo a ele desprevenido, e assim, ele golpeou Yuta com um soco certeiro em sua cara, que no mesmo instante devolveu o soco de raspão.
— Porque você estava prejudicando as inocentes pessoas daquele vilarejo?
— Isso não é da sua conta! — gritou o homem, desferindo outro soco, mas dessa vez no estômago de Yuta, que não deixa isso barato e tenta acertá-lo com uma rajada de fogo direcionada a seu rosto.
Facilmente ele desviou e partiu novamente para cima de Yuta, utilizando das árvores para agarrá-lo, mas Yuta, aumentando as chamas de seu corpo, segurou o rosto dele com sua mão esquerda e soltou outra rajada de fogo.
Antes que derretesse, o homem retirou sua máscara de ferro de seu rosto e se afastou de Yuta rapidamente. Ainda correndo pela floresta, ele segurava sua máscara pela pontas dos dedos, já que o material de ferro estava fervendo, e para que não derretesse, ele estava usando do vento que estava vindo enquanto ele corria para esfriar-la
— Verme maldito! — gritou o homem, quanto passava a mão em seu rosto, que agora estava com algumas queimaduras leves.
Os raios de sol já estavam se infiltrando em toda floresta. Quando ele olhou para trás, seus olhos vibraram de desespero; o rosto de Yuta estava com um semblante alegre, mesmo que machucado e com uma de suas narinas sangrando. Em sua mente uma inquietação surgiu.
“Porque ele está sorrindo?” pensou com certa hesitação, entretanto, ele foi impedido de continuar por uma barreira rosa gigante a sua frente.
— Acho que aqui é o seu limite, “Meliante” — disse Yuzumi, com uma risadinha, e seu rosto com ferimentos sutis causados pelas árvores.
“Como estão tão alegres nessa situação?” pensou o homem, novamente hesitando em continuar.
— Me tirem daqui, árvores!
flap
Os galhos que se aproximavam dele para arremessá-lo para longe, instantâneamente foram cortados por Zeldres. A lâmina pontiaguda e brilhante da espada, agora estava sendo direcionada para seu rosto. Com um suor escorrendo lentamente de seu rosto, ele engoliu em seco, assim, compreendendo que não haveria mais o que ele fazer além de sua última estratégia.
— Renda-se — ordenou Zeldres.
O homem quase caindo no chão sobre o gramado verde, sorriu suavemente, colocando sua máscara em seu rosto novamente.
— QUEREM SABER? EU JÁ NEM LIGO PRA MAIS NADA MESMO, ENTÃO PORQUE NÃO NOS DIVERTIMOS?! — gritou rapaz, loucamente olhando para eles. — INNALENT: VINDA DO ESPÍRITO DAS ÁRVORES!
Todos os três arregalaram seus olhos extremamente intrigados e tentaram se afastar lentamente, mas já era tarde demais… Assim que a pronúncia já havia sido feita; uma forte energia começou a ser emanada dele, ao mesmo tempo que um símbolo de árvore ao centro de um círculo verde que estava a sua frente era intensificado.
— Vamos nos afastar agora! — gritou Zeldres, pulando sobre os pedaços do chão, que agora estavam sendo desproporcionalmente destruídos pelas raízes das árvores secas e podres, que há alguns instantes atrás, eram belas.
O homem, rindo com uma voz abafada, começou a correr para longe, aproveitando que a barreira psíquica de Yuzumi havia sido desfeita.
— ATÉ NO INFERNO, PIRRALHOS! — gritou o homem, correndo pelo destroços das árvores podres que restaram, indo em direção onde restava uma vegetação viva.
A energia verde aos céus, carregava as nuvens acima e puxava a vida das árvores abaixo.
— Não vamos ter muito tempo! — disse Zeldres — Yuta você vai atrás dele! Eu e Yuzumi cuidamos de… seja lá o que é isso.
— Eu não vou.
— Mas Yuta, no momento você é o único que pode alcançar ele, se não fizer isso não teremos como…
ARRRR
A imensa energia se expandiu no próprio ar, formando uma grande árvore monstruosa que consumia toda a energia das outras pequenas árvores à sua volta. Estranhamente, um pedaço de seu tronco estava rachado, mesmo consumindo tanta energia.
As nuvens no céu se escureceram, formando gotículas de água que começaram a cair do escuro céu.
Yuta se lembrou de uma conversa com Hemetsu a alguns dias atrás:
Flashback
— Hemetsu! Qual era o Ranking das criaturas que Nomori e Hyuma se transformaram?
— Vocês ainda utilizam os Ranks? Quase não vejo ninguém falando disso, mas… imagino que sejam B-
— Eles eram tão fracos assim? — questionou Yuzumi, levantando suas sobrancelhas — Eu mesmo não aguentava lidar com as pequenas múmias.
— Considerado com o que enfrentamos na corporação, eles não passam de moscas — explicou Hemetsu, enquanto se sentava sobre o gramado onde eles haviam treinado da última vez. — Falando de uma maneira que vocês entendam, geralmente as nossas maiores preocupações são as criaturas de Rank S para cima ou usuários de Innalent.
— Você já enfrentou usuários de Innalent? — perguntou Zeldres.
— Alguns, mas os poucos que enfrentei, venci sem dificuldades.
— Como?! — perguntou Yuta.
— Para que entendam, vocês precisam saber de algumas coisas muito importantes — disse Hemetsu, tentando se lembrar de algo. — Por acaso, vocês já ouviram falar sobre Innalent?
— Sim! No livro que meu pai deixou para mim, continha algumas informações sobre elas, porém, tudo que li foi que a Innalent era acúmulo de poder dentro de si, meio que é como se seu poder se libertasse ao máximo — explicou Yuta, tentando se lembrar — No livro, ele também falava que não era que todas as pessoas sabiam sobre isso.
— De certa forma, seu pai estava certo… — disse Hemetsu, enquanto Yuta o encarava curioso — Não vou julgar, a época que ele escreveu isso não tinham tanto conhecimento por esse mundo, então vou a vocês explicar o que eu sei. As Innalents são sim o seu “poder interno”, porém, elas não são só isso, já que temos três formas diferentes; elas são classificadas como área, uma Innalent que modifica toda a sua volta, criando uma área que 90% das vezes terá uma barreira que impede pessoas que saiam ou entre; a Innalent de corpo pode mudar ou adicionar alguma modificação em seu corpo, que pode melhorar seu combate e seus status físicos; por fim temos a Innalent de “poder”, essa Innalent em específico talvez é um pouco mais complicada de explicá-los, pois ela se divide em 2 subcategorias: Criação e Destruição. Essas categorias vem pelo fato que de uma Innalent de poder pode gerar uma criatura, seja ela qualquer forma de vida, ou, um acúmulo de seu próprio poder, elevando qualquer limitador que você já tenha alcançado.
— É muita informação! — disse Yuta, tentando se manter concentrado, mesmo com seu cérebro quase fritando.
— Com estudos mais aprofundados, vocês irão conseguir entender mais sobre isso.
— Você tem Innalent, Hemetsu?
Mesmo escutando a pergunta de Yuzumi, Hemetsu apenas se levantou do gramado com um sorriso de canto, se mostrando confiante.
Fim do Flashback
— O que vamos lidar agora… é algo completamente fora do nosso nível — disse Yuta, se preparando para talvez o último combate de sua vida. — Eu não vou deixar vocês lutarem sozinho com essa aberração!
Com um sorriso, Yuzumi e Zeldres encaravam a grande árvore, que agora, estava partindo em direção à vila.
— Se é assim… vamos derrotar essa árvore juntos! — disse Yuzumi, fazendo uma lança psíquico.
Imediatamente Yuta utilizou o apoio de suas chamas para escalar a imensa criatura, que direcionava vários galhos para tentar impedi-lo. Yuzumi, assim como na luta contra Hemetsu, fez uma grande mão psíquica para arremessar Zeldres em alta velocidade no rosto da criatura.
— Agora! — gritou Zeldres, voando em direção ao rosto da árvore.
Escutando Zeldres, Yuta soltou uma bola de fogo em um dos olhos da monstruosa árvore, fazendo-a gritar de raiva.
As pessoas do vilarejo observaram a gigante árvore se aproximando lentamente, enquanto pediam por uma salvação.
“Se eu conseguir perfurar o outro olho, já vai nos…” pensou Zeldres, porém, sendo interrompido por um dos galhos da árvore que puxou um de seus pés. Quando ele olhou, surpreendentemente o galho se soltou.
— Acertei! — gritou Yuzumi, depois que sua lança psíquica havia acertado o galho, fazendo soltar Zeldres.
Mesmo caindo, Zeldres cravou sua espada firmemente no caule da árvore, escalando-a lentamente.
De repente, uma das raízes da árvore ergueu-se do chão e segurou Yuzumi. Tentando se soltar, ela fez uma adaga, porém, nitidamente ela já estava enfraquecida. “Meu Togen já está acabando.” pensou Yuzumi, preocupada e tentando se soltar da árvore.
Se afastando da árvore, Yuta soltou uma bola de fogo em suas raízes, para que assim, Yuzumi conseguisse se soltar, mas antes mesmo de chegar, seu fogo se apagou. A chuva cada vez se intensificava.
“Oque…” pensou Yuta, mandando várias bolas de fogos, mas nenhuma alcançando Yuzumi. Segurando-a firmemente, as raízes da árvore se estenderam, levando Yuzumi a sua boca.