Reino da Verdade Brasileira

Autor(a): Lucas Baldi


Volume 2

Capítulo 31: No meio desse caos

 



Gritos ecoaram por toda a parte, e o povo caiu em desespero. Meu mundo ficou mais lento enquanto eu via todos correndo, a criatura adentrava e se aproximava cada vez mais. Meu coração apertou e eu mordi a língua, mas naquele momento, eu só pude olhar. O Urso avançou contra a primeira fileira de guardas e fez todos os escudos quebrarem, cada homem e mulher voou para uma direção diferente e aterrissou de uma maneira desfavorável para voltarem a ficar de pé. Outros grupos de guardas correram e largaram as armas, já alguns se aproximaram e apontaram as armas fracas para a enorme criatura que ainda continha sangue em suas patas. Eu senti a energia do Spectro se acanhar no interior da segunda barreira da pedra, como se ele sentisse medo do que estava por vir. 

 

O urso cobriu uma das patas com fumaça escura e partículas de mana e lentamente ergueu o braço. Um soldado se aproximou, lágrimas escorriam dos seus olhos, e ele perfurou a lança de madeira na barriga do urso. Mas a situação piorou quando ele percebeu que a lança quebrara, e o urso se preparou para atacar. Até que um homem de cabelo rosa veio voando para cima do urso, suas luvas eram de um metal dourado e carregavam uma quantidade enorme de magia. O impacto do punho de Rona no rosto da criatura foi forte o suficiente para levantar poeira e deformar o chão, além de ter arremessado o urso para fora dos portões. De soslaio, percebi os muros que estavam parcialmente quebrados serem ainda mais destruídos.

 

Eles iriam entrar em breve.

 

Rona ordenou com um grito gutural que todos corressem para a cabana no centro do vilarejo, seus olhos focados no excesso de monstros que acabara de entrar pelo portão da frente. Um grupo de crianças correu próximo ao muro, chamando a atenção de uma espécie de lobo de seis olhos que ainda tinha restos mortais nos dentes afiados. Quando tentei gritar, minha voz se recusou a trabalhar. O grupo corria para o portão e Rona confrontava os inimigos da frente, mas as crianças estavam despercebidas. Quando o lobo avançou para cima delas, um corte que deixou uma linha vermelha o partiu em dois, e Alice surgiu entre as duas partes caídas do lobo. Seus olhos brilhavam em vermelho como sua espada, sua aura emanava mais brilho desde nosso último duelo. Bruno deu um soco no vazio, e uma muralha de água se formou com estacas afiadas entre o duelo de Rona e os cidadãos que corriam para o centro. 

 

Troquei olhares com Gina, mas ela estava tão sem reação quanto eu. Airo segurou a arma com tremor, suas pernas bambearam e o menino deu um passo para trás. Amanda segurou com força a flauta enquanto encarava com as sobrancelhas franzidas a situação, e Ellie manteve seu rosto neutro perante a tudo. Alguns monstros contornaram a barreira de Bruno, mas as pessoas ainda estavam longe de chegar no centro. E do que adiantaria elas chegarem se eu ficasse parado aqui sem protegê-las? 

 

Flechas reluzentes perfuraram e atravessaram diversos monstros, fazendo-os caírem e tropeçarem uns nos outros. Áki estava distante, mas cada flechada disparada exibia uma precisão e força surreal. Os muros ao redor eram cada vez mais destruídos, pernas, braços, garras, cabeças e presas podiam facilmente serem vistos. 

 

Vamos falhar, pensei e engoli seco. 

 

De repente, uma melodia ecoou pelo ar e acalmou o meu coração. Era uma música que refletia a calma de uma lagoa sem ventos e ao mesmo tempo a ferocidade de uma tempestade repleta de trovões. Uma aura esverdeada surgiu ao redor do meu corpo. Verifiquei a palma das minhas mãos, minhas sobrancelhas arregaladas, e um vigor tomou conta de mim. Olhei para Amanda, seus olhos estavam fechados e sua aura circulava de um jeito difícil de compreender. Que poder.

 

Um puxão no braço me tirou do meu estado reflexivo e me fez correr. Amara segurou o meu bíceps a ponto de doer e jogou meus itens para mim, enquanto Ellie corria ao nosso lado.

 

— Hora de agir, time — disse Amara, um sorriso ligeiro se formou em seu rosto. 

 

Olhei a manada de monstros e o meu nervosismo lutou contra a calma emitida pela incrível melodia de Amanda. Deixando qualquer sentimento que pudesse me atrapalhar de lado, eu saquei a katana e corri atrás delas duas, Breaky e Elizabeth se aproximaram no canto do meu olhar. Gags pularam na direção de Amara, mas ela os perfurou no ar, arrancando os seus estômagos antes mesmo de tocarem no chão. Ela girou sua lança a reforçou com mana, e cabeças e sangue mancharam minha visão das nuvens escuras com pequenos raios. Usei minha katana para confrontar as garras de um pequeno goblin, mas Ellie o golpeou com um chute e o fez voar longe, e logo em seguida disparou uma rajada vermelha para algo atrás de mim. Eu só ouvi o que supus ser a cabeça cair e rolar no chão. Colocando a mão na espada em sua cintura, ela disse: 

 

— Olhar amplo, se não você pode perecer sem nem mesmo vislumbrar o que te acertou. 

 

Ela seguiu cortando os monstros, nenhum conseguia sobreviver a sua espada. Breaky e Elizabeth se aproximaram de Rona e o ajudaram contra uma horda de grandes ursos de fogo. 

 

Gags me atacaram na tática de pressionar, um pulava sobre o outro para que eu me mantivesse na defensiva. Suas garras arranhavam a minha espada. Coloquei um pé para trás e mirei meu ataque no seu pescoço, mas antes que eu tivesse tempo de reagir outro pulou sobre o companheiro e me fez recuar novamente. Com um desvio rápido, eu agachei e vi as presas de um lobo semimorto se fecharem onde minha cabeça outrora estava. Enfiei minha katana em seu estômago e trouxe suas tripas para fora, enquanto o gag subiu na criatura e tentou me atacar. Inclinei meu corpo para o lado e levei minha perna até o crânio da maldita criatura, deixando minha espada na barriga do lobo caído. Os outros se irritaram e correram para cima de mim, e eu deixei um sorriso malicioso surgir em meus lábios. 

 

A formação deles acabou.

 

Chutei o queixo de um deles e peguei o corpo. Girei o gag para o ataque do seu próprio amigo, que demonstrou estar assustado quando suas garras esfacelaram o rosto do próprio companheiro. Em um gesto rápido, peguei minha katana e perfurei os dois, mas logo percebi que estava cercado por outros monstros. Haviam brechas grandes nos muros, mas as criaturas que entravam eram fatiadas por uma lâmina de mana perfeita que girava como uma hélice ao redor da cidade, fazendo-os explodir em seguida. Alatar agia do centro, a concentração estampada em seus olhos enquanto controlava as lâminas. Meu líder criou cinco espadas de energia e deixou três flutuarem ao seu redor, enquanto duas foram para suas mãos. Alfi-rar cravou o escudo no chão e criou uma enorme barreira dourada. Se algum monstro passasse por mim ou pelo grupo, com certeza morreria nas mãos dele. 

 

Os soldados tomaram coragem e iniciaram o ataque com gritos e determinação, a aura esverdeada cobria e reforçava o poder deles. As flechas de Áki brilharam com um aspecto vermelho alaranjado e liberaram faíscas quando chegaram perto suficiente da horda de monstros. Explosões surgiram por todo o canto com o seu poder. A luta se seguiu por vários minutos, e inimigo após inimigo caía perante a minha espada. Os grupos e a defesa da cidade agiam, então um ar de esperança surgiu no ar. Alice dançou com sua espada, seus movimentos fluídos e perfeitos criaram uma caminho feito de monstros desmembrados até o portão, o que assustou até as maiores criaturas. Breaky atacava e bloqueava com certa facilidade contra os ursos grandes, e Elizabeth usava seus cajados cobertos por uma chama amarela. Airo e Amyon adentraram no combate, a determinação estampada em seus olhos. Mas eles estavam em maior quantidade, e o número de corpos do nosso lado se tornava cada vez maior; tínhamos que lutar em cima dos cadáveres das pessoas. Acreditei que se não fosse pela canção de mana, eu cederia a pressão disso. Eu iria falhar e desistir.

 

Um gigante de corpo cinza e garras negras caiu de joelhos. Ellie estava em cima de sua cabeça, sua espada ensanguentada dentro do crânio do monstro. Sua roupa estava brevemente rasgada, e os seus olhos em vida buscavam alguma coisa na batalha. Desviei de mais uma criatura e o chutei, logo encontrei o olhar de Ellie e ela demonstrou alívio. Um grito no meio de tudo chamou a minha atenção, e eu cerrei os dentes quando vi o elfo medroso de antes cair de joelhos chorando enquanto um monstro branco humanoide sem olhos com unhas gigantes se preparava para arrancar sua cabeça. Um sorriso bizarro vinha daquilo, que, por um momento, me fez fraquejar. 

 

Corri desesperado na direção dele, desviando e cortando, sem tirar meus olhos em nenhum momento. As garras arranhavam seus ombros, logo suas coxas. O elfo gritava de dor, e a criatura ria com isso. Os outros monstros se afastaram, e, quanto me aproximei, estava sozinho com esse ser em um círculo perfeito no meio desse caos. As demais criaturas olhavam aterrorizadas para o ser branco. Isso só me fez sentir mais medo da lenda do Caminho Branco contada por meu pai… Apontei minha espada para ela e gritei:

 

— Se afaste! 

 

Mas quando dei um passo, pisei em corpos multilados. Senti o gosto de bile e corri para cima do monstro branco com um grito gutural. Minha espada cravou no ombro dela e nós dois caímos. Me afastei e me sentei próximo ao elfo, minha arma cravada na criatura. Ela se levantou e mirou as garras em minha garganta, mas uma espada maior do que eu afundou em seu crânio e trouxe tudo para fora em um líquido rosa nojento. 

 

— Não vou te salvar de novo — disse Breaky enquanto tirava a espada do monstro. — Você decidiu ficar, se mostre útil. 

 

— Ficarei te devendo essa. 

 

Puxei o elfo, que tremia e chorava, e o pus de pé.

 

— Fuja para o centro. 

 

— Eu-eu não poss-

 

— Agora, merda! 

  

Ele correu pela brecha que se abriu na horda. Mais corpos caíam, meus companheiros se cansavam e se feriam. Ninguém podia manter esse ritmo por tanto tempo. Mesmo com Alatar varrendo os monstros como se fossem formigas, eu podia ver que as hélices brancas exigiam muito dele para manter todo o centro seguro sozinho. Os muros foram imprestáveis. A visão do goblin anormal alcançou a tona a minha mente e me trouxe memórias da luta passada, até a voz de alguém me tirar do meu transe. 

 

— Acorda, porra! Se você morrer, eu jamais conseguirei explorar essa pedra. Trate de agir e lutar! — Spectro falou, sua forma incorpórea flutuava na frente do meu rosto. 

 

Adelai passou por mim, o cajado marrom em uma mão e a lança de metal na outra, e se juntou a Alfi-rar e Breaky. Tentei ir para perto de Bruno, que acertou vários inimigos ao mesmo tempo com a lâmina estendida de água, mas uma horda de gags maiores entrou no meu caminho e, sem ter intenções, eu acabei dentro dela. Eles eram do meu tamanho. Foi um verdadeiro banho de sangue que se seguiu. Mantive meu folêgo controlado e afastei minhas emoções naquele momento, me concentrando apenas em cortar e desviar. Levei diversos cortes e pancadas, mas arranquei braços e pernas no meio da luta. Eram muitos, demais para lidar. 

 

Caí de joelho com um forte soco no rosto que me desnorteou, e eles começaram a me espancar, suas mãos duras como pedras. Ergui os braços e a espada para tentar me defender, mas cada acerto deles me tirava sangue e fazia meus ossos estalarem. Fiquei incapaz de ver os céus quando seus olhos e cabeças cobriram minha visão, e seus punhos adentraram facilmente em minha defesa. Espancado, desisti de reagir, mas de repente a luz voltou. Seus corpos caíram sem vida, e aqueles olhos verdes me encontraram. Sua mão estava estendida para mim, enquanto sua espada ardia em poder na outra. 

 

— Você não veio lutar sozinho — Ellie disse, e eu senti a determinação crescer em mim quando peguei sua mão. 

 

Lutamos lado a lado, cobrindo as falhas e a exaustão um do outro. Mesmo com o maior número de gags, eles eram inúteis contra o poder de ataque de Ellie e meus movimentos de esquiva e contra-ataque. Mantivemos esse ritmo por um tempo, absorvi o máximo que pude do estilo dela de lutar. Nossas costas se tocaram e senti seu coração batendo forte na caixa torácica e sua respiração pesada. Eu estava pior do que ela, meu corpo pedia, exigia, que eu cedesse a toda dor e ferimento. 

 

Finalmente eles começaram a recuar, seus números já eram mínimos se comparados a antes. Alatar, basicamente, construiu um muro só de corpos ao redor do centro. Aquilo foi bizarro. De repente, várias criaturas voaram para direções que nem faziam sentido, o que me deu a visão da luva de Rona no chão de uma cratera. Nos cantos, estava Breaky coberto de cortes e hematomas e Elizabeth com um braço imóvel. Percebi também Bruno ferido, Amara e Alice lado a lado, Gina, Airo e Amyon em um estado pior que o meu e Amanda usando mana para transformar sua flauta em uma espada ao lado de Áki.

 

Adelai estava atrás do escudo de Alfi-rar, seu olho coberto por um enorme calo roxo. 

 

— Não vai ser o suficiente se continuarmos aqui, vamos evacuar agora! — exclamou Rona, seu cabelo caiu sobre seus olhos pintados de vermelho. — Alatar!

 

Meu líder veio em um pulo e socou o chão, trazendo um tremor a todos. As criaturas se entreolharam e recuaram em passos lentos, mas seus olhos, que emanavam ódio, ainda estavam focados em nós. Alatar cobriu o corpo com uma armadura de aura pura, era completamente branca, e atirou uma rajada de energia para os portões que se estendeu para muito além, criando uma trilha sem nenhum monstro. Nada sobrou além de restos mortais e casas incendiadas, eu arriscaria dizer que mais de cem entraram nessa luta. Mas só havia vinte pessoas aqui. Tudo que restou no meio dessa floresta foi a casa protegida por Alatar, onde estavam todas as pessoas que devíamos proteger. Um gosto amargo chegou a minha boca com seus olhares sem esperança nos cadáveres dos companheiros. 

 

Ellie se aproximou do resto, mas olhou para algo atrás de mim. Uma sombra enorme surgiu. Outro gigante branco apareceu, sua sombra cobriu a área em que eu estava. Eu arregalei os olhos e esperei pelo impacto, mas meu corpo desviou no puro instinto. Quando me preparei para golpear sua perna, senti uma canela atingir a traseira do meu joelho, me fazendo levar o chute do gigante.

 

Cuspi sangue e quiquei na terra coberta de sangue e corpos até bater contra uma pilha de membros. Alfi-rar sorriu para mim. Ele cortou a perna do gigante com sua espada coberta pela aura dourada, depois se vangloriou.

 

Isso só podia ser piada. 

 

Ellie me viu e começou a correr, aproveitando o intervalo que os monstros nos deram com a presença de Alatar. Eles estavam discutindo algo sobre direcionar todos para longe, mas um zumbido ainda me impedia de levantar. Até que uma presença sombria, vinda do caminho, da única saída, me trouxe uma vontade de me afundar nos corpos e me fingir de morto. Todos esboçaram medo e horror, até mesmo nosso cavaleiro real demonstrou preocupação. Alfi-rar correu da aura e esbarrou em Ellie. Ele a empurrou no chão sem nem mesmo olhar para ela e pulou para trás de Rona. Senti a raiva ferver, mas percebi uma silhueta na minha visão vermelha. 

 

Andava calmamente, como uma sombra. Breaky andou em direção ao que estava vindo do portão, mas, em um baque agudo, seus pés deslizaram no chão de volta para cá. Ele usou a espada como escudo, e mesmo assim havia uma marca de punho em seu centro. Minha visão se estabilizou, e eu notei Ellie paralisada. Logo eu também fiquei. O ser era muito semelhante ao Laiky, mas suas pele era negra, seus dentes afiados, ausente de olhos, garras, bípede… A aura dele era como a do minotauro. Avancei em passos rápidos e segurei o braço de Ellie, e Adelai e Amara correram para cima do ser. 

 

Amara cravou a lança na perna do monstro, e Adelai enfiou duas adagas de mana no peitoral da criatura. O ser levantou a perna e bateu Amara contra o chão, enquanto usou os dois braços para esmagar as costelas de Adelai. Amara grunhiu e cuspiu um bocado de sangue, e Adelai gritou quando caiu no chão. Ela começou a se contorcer, mas a criatura tentou atacar de novo. Amara bloqueou com os braços o punho pesado do inimigo e as duas voaram para longe. As flechas de Áki penetraram em sua pele e explodiram, mas nenhum dano foi causado. Gina e Elizabeth correram para as meninas caídas, Alatar aumentou o poder de sua aura real e Rona disse a todos para focarem na evacuação.   

 

Os demais monstros fugiram e gritaram, e as mãos do ser negro foram cobertas por uma aura vermelha, liberando cortes extensivos em lâminas de mana para todos os lados. O grupo foi pego de surpresa, era quase impossível reagir. Árvores foram fatiadas, criaturas despedaçadas, Rona levou no estômago e seus olhos perderam o brilho, Elizabeth entrou na frente de Amara e Adelai e foi acertada no ombro, Alatar defendeu Bruno, Alice e Breaky com sua aura branca e eu fechei os olhos e torci pelo meu bem. 

 

 

Um som de impacto surgiu, meu braço pesou.

 

Quando os abri, notei que o bracelete criou uma espécie de escudo circular vermelho com diversos símbolos em mim, o que protegeu a mim e a Ellie. Os demais conseguiram desviar, mas o maior dano não foi em nós. 

 

Partes dos civis haviam sido cortados ao meio.

 

Como se não fosse suficiente, Alfi-rar usou o corpo de uma mulher guerreira como escudo, e meu ódio por ele cresceu. Ele tinha um ótimo escudo.

 

Gritos de desespero ecoaram novamente.

 

— Seu tempo acabou — disse a criatura, sua voz roca.

 

— A-a culpa não é minha! — Martin disse, um olhar de horror em seu rosto. 

 

Raízes negras saíram do chão e perfuraram o corpo de Martin. Seu estômago foi arrancado, as raízes fizeram seus braços e pernas girarem — com estalos que me deixaram desconfortável — até ele espumar de dor. Uma raiz alcançou o seu peito e o pendurou a vários metros do chão, logo trouxe seu coração ainda batendo para fora. O desespero das pessoas as fez correr para todos os lados, e a criatura já preparava outro ataque extensivo. 

 

Nós havíamos perdido o controle, e eu não sabia se seria possível recuperar. 



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