Volume 1 – Arco 1

Capítulo 2: Que família... Curiosa

Uma coisa que aprendeu sobre os costumes, era que o primeiro mês de um bebê, ao menos na familia real, poucas pessoas podiam o visitar, apenas a família e alguns poucos criados selecionados, no seu caso foram selecionadas três criadas, uma mais velha que mentalmente chamou de vovó, duas mais novas.

A mais velha era uma mulher baixinha, as rugas já mostravam a idade, mas mesmo assim ela se mostrava extremamente ágil, a cada espirro que dava, ela simplesmente já estava lá, o que fez Eliassandra brincar com aquilo, às vezes chorando e parando quando a vovó aparecia.

O que fazia a velha senhora colocar as mãos na cintura e dar uma risada divertida daquilo, parece que entendia o jogo da princesa, mas as duas mais jovens não, sempre caiam naquelas piadas que a pequena bebê fazia, o que lhe arrancava risadas, essas eram as únicas coisas que podia fazer, afinal aquele corpo era mais fraco e não tinha sustentação, nem para se colocar sentada.

Mas como familia, ela também viu suas duas outras… Mães? Não sabia dizer, então as chamava apenas de tias mentalmente, a que mais via era Ana Bael, uma mulher de pele bronzeada, olhos verdes gentis e cabelos castanhos sempre trançados, ela tinha cuidado em não usar joias quando estava perto de Eliassandra, afinal bebês poderiam puxar colares e brincos, sabia que ela tinha um filho chamado Ian, Ian D’Arkan, um garoto que descreviam não apenas como energético, mas um lutador exemplar com seus apenas seus 10 anos.

Ainda não o viu pessoalmente, mas poderia deduzir sua aparência, provavelmente tinha olhos bem vermelhos como os seus e o cabelo castanho da mãe, quem sabe? Mas o que poderia dizer sobre Ana Bael era que ela era muito gentil, sempre a carregava nos braços, andava pelo grande quarto com o bebê, o que fazia o tédio de Eliassandra diminuir e esperar pela sua tia aparecer.

Ela também tinha sido a responsavel por seu novo apelido, Elia. Era simples, mas que fez aos poucos os mais próximos a chamarem assim, inclusive sua propria mãe.

A visita mais aguardada de longe era de sua mãe, não apenas para ser alimentada, coisa que odiava não comer e sim o jeito que comia, mas também porque amava escutar sua voz, aos poucos conhecia mais sobre a mulher que lhe deu a vida, sua segunda vida.

Elengaria, ou Elen como ouviu seu pai chamar, era provavelmente a mais bela pessoa que já viu, não apenas isso, mas era extremamente agradavel a ter por perto. Gostava mesmo de ser embalada na cadeira de balanço nos braços de sua querida mãe. Ela além de bela tinha uma voz maravilhosa, talvez ela fosse uma boa cantora? Será que cantava para o seu pai? Esperava que sim.

Gostava de ouvir sua mãe cantando para si, as vezes pegava no sono com aquelas canções infantis antigas, outras vezes ela cantava músicas que sequer sabia que existiam, mas eram tão agradáveis, ou talvez sua mãe deixava tudo melhor.

Mas a visita que menos gostava definitivamente era Leopolda.

Uma mulher de olhar frio, mesmo seus olhos sendo de uma cor tão calorosa quanto o castanho, ela tinha uma pele branca, mas não tanto quanto sua mãe, era a mais alta das três esposas do rei, seus cabelos eram loiros e ela não se importava em tirar suas joias para vê-la, na verdade mal pegava a bebê no colo, mas Elia conhecia aquele olhar, era ressentimento.

Leopolda sentia ressentimento pela sua existência, afinal era a mãe do filho mais velho, o antigo herdeiro antes do seu nascimento. Não ouviu muito sobre ele, mas ao menos seu nome aprendeu: Ferrer.

Era o primogênito e de fato o herdeiro, mas como Leopolda era a segunda esposa, ficou claro que com o nascimento da princesa, seu filho perdeu o posto, e provavelmente o brilho aos olhos de todos, talvez seja dado em casamento a alguma duquesa ou coisa assim? Não sabia qual seria o destino.

Mas mesmo não parecendo, Leopolda foi a mais útil no seu desenvolvimento, por ser uma mulher fria e distante, não falava muito, sequer a pegava se não fosse necessário, então Eliassandra podia organizar melhor seus pensamentos distantes, entendendo melhor o que era e sua condição.

Era uma princesa, mas não tinha magia, não sentia a mana ao redor de si, então queria dizer que nasceu com uma deficiência, mas pelo que sabia de sua vida anterior, esse reino não tinha tantos magos, e os poucos que tinha não eram tão talentosos, por isso para sua vida passada foi tão fácil lidar com eles.

Se perguntava como eles a chamavam, seus companheiros a chamavam de gênia da morte. Uma criatura tão imprevisível que até mesmo eles temiam, não a queriam por perto, e quando mandada aos campos de combate tinham noção que não sobrariam vidas para contar histórias sobre sua atuação.

Talvez por isso morreu? Bem, não julgaria, se estivesse no lugar deles também a temeria, mas matar? Que decisão mais precipitada.

Com a presença fria e distante de Leopolda podia pensar, pensar como a adulta que era presa num corpo de um bebê, e também continuar suas tentativas de conseguir sentar, ficar sempre deitada estava realmente lhe irritando, se sentia mais impotente do que realmente era. Então se forçava a ficar sentada, mesmo que talvez fosse contra indicado? Não se importava, queria ficar em outra posição.

Outra coisa que se perguntava, qual a idade certa de falar? Não que já não soubesse, mas queria saber quando seria adequado, afinal não queria assustar ninguém.

Quer dizer, não de novo, pois até mesmo Leopolda se assustou ao olhar para o berço e a ver sentada como se fosse completamente comum:

—Mas que raios está fazendo?

A consorte se levantou para encarar a criança sentada no berço, sua expressão era azeda, parecia não ter gostado muito daquilo não, e talvez entendesse seu lado:

—Além de nova herdeira você vai ser uma criança prodígio? O que mais você vai ser? —O tom era irritado, frustrado, como poderia ser diferente?

Eliassandra tinha tirado tudo de seu filho, era culpa dela que ele não era mais o herdeiro, era apenas uma consorte, não era rainha oficialmente, mas se a rainha continuasse estéril ela tinha chances, mas agora não tinha mais nada, seu filho não tinha mais nada.

A consorte segurou a barra do berço com raiva, conseguia sentir os olhos começarem a ficar marejados com as lágrimas que queriam cair, por que ela tinha que nascer? Por que ela precisava existir? Por que não antes quando ainda não tinha sonhos? Quando não tinha ambições? Quando era apenas uma filha de um estudioso e nada mais?

—Por que… Por que você tinha que nascer agora? Por que tinha que estragar tudo? —Fechou os olhos com força, querendo conter aquele choro.

Eliassandra só sentiu pena.

Como poderia sentir algo diferente dela? Ela tinha tantos planos e desejos e sua existência acabou com tudo, não que fosse sua culpa, mas torcia para não ser tratada mal, não queria a odiar.

Segurou nas barras do berço, fazendo força até finalmente ficar de pé, erguendo aquela mãozinha pequena para tocar o rosto molhado de Leopolda, que se assustou com aquele ato, arregalando os olhos para a bebê:

—Como você…?

Nem conseguia completar a fala encarando a bebê em pé, não apenas aquilo, mas aquele sorriso que parecia quase compreensivo, como se aquele serzinho pequeno soubesse do que falava, a expressão de Leopolda ia ficando cada vez mais suave, até um sorriso triste se formar em seus lábios, dando uma risada curta daquela situação.

Elia por outro lado não conseguiu sustentar mais o peso e caiu sentada no berço macio, que bom que era, se não iria acabar se machucando na pequena queda:

—Você é mesmo um bebê? — Leopolda questionou, erguendo os dedos para tocar o rostinho de Eliassandra que apenas riu como o bom bebê que era.

Ao menos assim iria ter alguma simpatia da consorte por si, não queria ter a antipatia dela de qualquer modo, família ficaria unida, seja qualquer que fosse.

Mesmo sendo diferente, gostava daquela família que tinha.

 

 

Os dois primeiros meses foram praticamente apenas vendo as três criadas, suas tias e sua mãe, nem mesmo seu pai tinha direito de visitar a recém nascida, e agora com seus três meses finalmente teve a permissão de ver seus dois irmãos mais velhos. Não mentiria, estava extremamente animada para finalmente conhecer seus irmãos mais velhos, ouviu tanta coisa sobre eles, queria mesmo conhecer, mesmo que fossem tão mais velhos que ela.

Mas uma pessoa não estava feliz, seu irmão mais velho não estava feliz.

Ferrer, o primogênito, era um garoto alto para sua idade, sua pele era parda, tinha cabelos loiros como os da mãe, sempre perfeitamente penteados para trás, e claro, os belos olhos vermelhos sangue de seu pai. Tinha um olhar tão frio quanto o dela, e no fundo também sentia certa raiva da meia irmã.

Em contrapartida, Ian, o irmão do meio que era extremamente parecido com sua mãe, Ana, tinha cabelos castanhos sempre bagunçados, pele branca queimada do sol e mesmo sendo mais baixo, já parecia mais atlético que seu irmão mais velho, e como seu irmão, também tinha os olhos cor de sangue do pai:

— Será que ela chora muito? Será que já anda? — Ian, o garoto energético, perguntava balançando os pés.

Ferrer por outro lado sequer se dignou a responder o irmão mais novo, olhando seu próprio reflexo no espelho:

— Soube que ela não tem magia. — Finalmente interrompeu o irmão.

— E daí? — Ian não entendeu.

— Quer dizer que o papai não vai esquecer da gente, ainda seremos mais especiais que ela.

—Que coisa cruel de se falar pra um bebê, ainda mais sendo nossa irmãzinha.

Ian parecia ter aceitado bem aquilo, afinal, segundo Ferrer, o antigo caçula não tinha muitos pensamentos úteis para momentos estratégicos, era inferior a inteligência.

Mas Ian entendia bem o que Ferrer estava sentindo, só não queria falar tão abertamente:

— Ela não é minha irmã, é só um atrapalho.

— Por que você ‘tá com tanta raiva dela? A culpa não é dela que nasceu. — Ian tentou argumentar com o irmão.

Mas Ferrer era cabeça dura e inflexível quando queria, apenas revirou os olhos balançando a cabeça em negação:

—Só vai entender isso quando o papai deixar de se orgulhar do pequeno gênio da luta dele. — Ferrer declarou. — Ai você vai entender como eu…

— Você ‘tá com ciúmes. Aposto que se fosse eu nascendo, mesmo sem ser herdeiro, você ficaria do mesmo jeito. —Ian deu língua pro irmão.

— Você não está nem um pouco preocupado?

— Não! Eu tô animado pra conhecer nossa nova irmãzinha, imagina como deve ser legal ler pra ela dormir? Ou brincar de luta, ou…

— Você é muito positivo.

— Você é muito chato.

Ian deu uma risada daquilo, deixando seu irmão mais uma vez revirar os olhos, mas ao menos Ferrer tinha deixado de reclamar em voz alta, apenas resmungando baixinho o quanto aquilo era injusto e como perderia tudo para um bebê babão, mas suas reclamações forma caladas quando o mordomo real, aquele que praticamente acompanhava cada passo da família real bateu na porta do quarto onde estavam.

O filho do meio se apressou em abrir, com um sorrisão de orelha a orelha, estava realmente ansioso e animado para conhecer a mais nova integrante da família real. Antes que o garoto sequer abrisse a boca, o mordomo ergueu sua mão enluvada. Sua pele era escura, seus olhos eram de um amarelo vivo e os cabelos negros estavam penteados para trás e perfeitamente aparados:

—Antes de irmos, algumas regras, vocês estão lidando com um bebê de poucos meses, ele não pode fazer tudo que vocês fazem, nem andar sabe, então calma.

Era um aviso exclusivo para Ian que parecia achar que sua irmãzinha iria jogar bola consigo e brincar de espadas, já Ferrer mantinha a expressão séria e focada, não tinha qualquer interesse na criança.

Tinha ressentimento pela irmãzinha, não queria que ela existisse, mas o que poderia fazer? O que poderia sentir de diferente? Sua vida iria mudar assim que ela tivesse idade de aprender, especialmente por ser uma pessoa sem magia, claro que ela seria super protegida.

Ela estragou sua vida.

O mordomo encarou os dois garotos, um deles com um sorriso radiante e animado, quase brilhando como o sol, outro tinha o mais frio olhar que uma criança de onze anos poderia ter, como seria a irmã? Será que seria calorosa como o pai ou uma beleza delicada como a mãe? Nem mesmo ele tinha visto a pequena princesa.

Fez uma reverência e começou a andar em direção ao quarto que a criança estaria, às vezes questionava como eles poderiam ser tão diferentes, mas após isso lembrava que tinham mães diferentes. Ferrer tinha o olhar cortante e a expressão séria de Lady Leopolda, já Ian tinha o sorriso caloroso e a facilidade de socializar de Lady Ana Bael, e os dois tinham a atitude imponente do pai, de fato, eram uma mistura perfeita.

Então podia esperar que a pequena princesa seria uma mistura dos pais também, só esperava que fosse os traços bons dos dois.

O mordomo parou diante da porta entalhada em madeira e se virou para os dois:

— Revisando, vocês podem tratar ela como uma criança crescida?

— Não. — Mesmo com a fala em uníssono, dava para sentir o completo desprezo pela situação de Ferrer e a animação de Ian.

Não podia culpar Ferrer, a vida dele mudaria completamente de agora em diante, um dia fora chamado de herdeiro, e agora perderia esse título para a filha da rainha, ele era apenas o filho da consorte.

E finalmente as portas foram abertas, dentro do quarto enorme a rainha estava, seus cabelos presos num coque alto para sua criança não pegar, um vestido lilás simples mas muito bonito, no seu colo estava ela, a pequena princesa Eliassandra. Os cabelos brancos e ralos já estavam nascendo, os olhos bem vermelhos estavam bem abertos, olhando atentamente os dois garotos que entraram, até riu e mexeu as mãozinhas desajeitadas.

Ferrer era o mais alto dos dois, mas em contrapartida, Ian parecia bem atlético, talvez fosse mesmo aquele gênio nas lutas que ouviu falar. E foi esse gênio que veio andando ligeiro ao seu encontro, encarando o bebê no colo da rainha, dois pares de olhos vermelhos se encarando até ele sorrir finalmente:

— Ela parece o papai!  — A exclamação foi ouvida.

Elia deu uma risada gostosa de bebê batendo palminhas, a mãe, a rainha claramente ficou aliviada de que ao menos um deles pareceu gostar da filha, e a pequena bebê já estava erguendo os bracinhos para pedir colo ao irmão:

— Eu posso pegar ela?  — Ian perguntou.

Elia mexia os bracinhos, pedindo colo para ele, parecia querer muito ter a atenção dos irmãos, mas apenas Ian lhe dava essa atenção devida, Ferrer se mantinha numa distância segura da criança, não queria qualquer envolvimento com ela.

Queria a odiar:

— Certo, sente aqui, vou colocar ela no seu colo. —A rainha Elengaria disse sorridente.

Ian sorriu animado, obedeceu sentado ao lado da rainha naquele sofá espaçoso, e logo a pequena Eliassandra foi colocada em seu colo:

— Ela é tão pequena… — Ian estava maravilhado por ter aquele serzinho tão pequeno perto de si.

Eliassandra mexia seus membros começando a escalar o irmão, ficando em pé no seu colo, rindo e tocando seu rosto com aquelas mãozinhas rechonchudas e infantis. Um deles foi conquistado, Ian já estava completamente apaixonado pela irmãzinha, mas o outro, o primogênito não parecia estar tão afim de ter qualquer interação com a irmã mais nova.

Ela teria que se esforçar mais para o conquistar:

— Acho que ela gostou de mim.

— Com essa cara de bobão, ela deve ter confundido com um dos brinquedos dela.

Ian ignorou o irmão, sorrindo para a irmãzinha:

— Oi, eu sou o Ian. — Apontou para si. — Esse é o Ferrer.

—Ela não vai entender, bobão. — Ferrer repreendeu.

Elia fez bico, apontou as mãozinhas para Ferrer, parecia o chamar fazendo barulhos bobos com a boca.

Mas Ferrer parecia irredutível, não queria mesmo contato com ela, o que de certa forma… Irritava Elia, como ele podia pensar em ignorá-la assim? Ela era pequena e fofa! Todos iriam a adorar, por que ele não?

Por hora, iria se divertir com Ian que estava extremamente animado em conhecê-la finalmente:

— Soube que ela não tem magia. — Ferrer soltou sua declaração após um tempo.

Ian arregalou os olhos, não queria entrar nesse assunto, mas soube disso também, só que para ele não importava, mas claro que Ferrer queria se sentir melhor do que a irmã mais nova:

— Não, ela não tem. — A rainha sentiu o peito apertar.

Mesmo que tivesse tido uma filha, agora parecia que ela seria inferior aos dois irmãos, mas Ian apenas sorriu brincando com a bebê:

— Isso é bom, quer dizer que ela nunca vai praquele colégio chaaaato. — Ele puxou bastante o A, erguendo o corpo pequeno de Elia. — Vai ficar aqui, onde é seguro.

— Verdade, você começa esse ano,não é? — A rainha perguntou com um sorriso calmo.

— Sim, um ano mais novo que o Ferrer, ele vai ser meu veterano.

— Espero que finja que não me conhece.

Ferrer desviou o olhar pelo quarto, ao menos não iria ter que aturar sua irmãzinha no colégio de magia.

Ela não tinha nada, então não tem chance de ser uma prodígio:

— Tenho certeza que vai ser incrível.

— É. Eu espero.

Ferrer ainda ignorava a irmã, não queria qualquer boa relação com a irmã, não podia fazer nada contra ela. Não ainda…

Elia já tinha reparado que seria bem mais difícil pegar esse irmão, Ian era tão gentil e fácil de se relacionar, mas Ferrer parecia uma cópia de sua mãe.

Então teria que usar uma arma secreta, algo que derreteria o coração do irmão mais velho:

— Feeh! — Chamou.

Não podia ser seu nome completo, era pequena demais para isso, mas a sílaba “Fe” era fácil de falar, julgou que entenderia.

E de fato. Entendeu.

Todos ficaram encarando a bebê, com olhos maravilhados, até o irredutível Ferrer:

— A primeira palavra dela! — Ian sorriu comemorando.

— O que é “Feeh?” — Ferrer questionou.

— Acho que ela ‘ta te chamando. — A rainha Elen sorriu.

Mesmo a contragosto, o garoto se sentou no sofá para ter sua irmãzinha posta no seu colo. Não queria acreditar que aquela bola de gente estaria lhe chamando.

Então apenas ficou em silêncio, segurando seu corpinho para não cair:

— Feeh! — Elia repetiu movendo as mãozinhas para tocar o rosto do irmão.

Pela primeira vez durante toda aquela hora que estavam juntos, Ferrer esboçou um sorriso genuíno:

— Ela falou meu nome primeiro!

— Não é justo! Elia, eu sou o Ian, o irmão legal!

A rainha riu, finalmente com o coração mais leve olhando a interação mais feliz entre seus dois enteados e sua pequena filha.

Rainha Elengaria I

Rainha Elengaria

Curiosidade

O nome "Elengaria" Foi inspirado numa rainha real, a rainha Berengária, esposa de Ricardo I, rei da Inglaterra



Comentários