Raifurori Brasileira

Autor(a): NekoYasha


Volume 2

Capítulo 44: Sabbat Dos Demônios

— Por fim, a Duquesa Leviathan ford Ingrid, da Cidade Submersa — a voz anunciou em tom firme.

O homem de postura ereta exalava um ar digno. Um sorriso se formou no canto da boca. Tudo estava perfeito, ou melhor, organizado!

Roupas negras perfeitamente limpas e sem marcas, cabelo branco, penteado fio a fio, e luvas brancas para evitar a sujeira. A mão coberta foi levada ao peito, fazendo uma reverência exagerada à convidada: a duquesa Leviathan.

A mulher de cabelos lavados, pele bem cuidada e roupas lindas estava deslumbrante! Alguém que fazia questão de demonstrar sua posição perante os seres interiores era admirável.

— Fazendo um bom trabalho como sempre, Al. — A duquesa curvou-se antes de passar pelo serviçal.

Apesar de achar rude o ato de uma nobre cumprimentar um reles mordomo com um apelido, o homem, Baal, decidiu ignorar.

— Creio que todos estão presentes… — disse o mordomo, correndo os olhos pela lista de convidados.

Estava prestes a desviar a atenção quando encontrou algo que fez seu cenho franzir: três anormalidades. Por que alguém convidaria aquelas aberrações para um evento restrito à elite?

Os nomes escritos em demônico só podiam ser um engano! "Besta Negra, Demônio do Oriente e Azazel van Elsie, isso é um ultraje!"

As anormalidades eram inimigos naturais de um serviçal esplêndido como Baal. Elas ignoravam toda a hierarquia existente, faziam pouco de seus títulos e perdiam o precioso tempo com criaturas inferiores como humanos.

De qualquer forma, provavelmente elas não apareceriam, afinal…

"O Demônio do Oriente não gosta de reuniões, Azazel não teria coragem de aparecer depois da última reunião e a Besta Negra… Ummm… Provavelmente está morta."

— Aljinho, voshê não vai anunciar que cheguei? — A voz obscena chegou aos ouvidos do homem repentinamente.

Suor frio escorreu pelas costas do mordomo. Inacreditável, ela realmente apareceu.

Apesar de todos usarem máscara, pelos estalos de línguas e gestos exagerados, dava para perceber que os convidados torceram o rosto ao escutar a voz nojenta reverberando pelo salão. Era uma das anormalidades: Azazel van Elsie, um demônio que desprezava a boa educação e chegava atrasado aos eventos.

Para demonstrar ainda mais seu desrespeito, ela usava nada mais que um uniforme de serviçal — e ainda por cima, era uma roupa usada por humanos.

A máscara estava colocada de maneira preguiçosa, era como se dissesse: “Isso não passa de um acessório barato”.

Baal cerrou os punhos. Aquele demônio estava ridicularizando a grandiosa hierarquia dos demônios. Era uma afronta! Se pudesse, mataria ela ali mesmo, porém, um mordomo desafiar a presidenta do inferno também era um desrespeito à hierarquia. “Apenas se acalme.”

— Vamos, anuncie que Azazel van Elsie chegou. — A voz de Azazel mudou de “fofa” para sádica e intimidou Baal com sua aura obscena.

Ele respirou profundamente. Estava pronto para fazer a apresentação de van Elsie, mas…

— D-de onde vem essa presença!? — gritou a duquesa Ingrid ao sentir a pressão esmagadora que se aproximava daquela sala.

Não era nada vindo de Elsie. Era impossível apenas um demônio comum exalar uma aura daquelas. Seria o lorde demônio? Ele realmente viria presencialmente para essa reunião? Se fosse, então esse seria o fim de Azazel van Elsie.

— Uhhh! Satiel, me proteja! — O duque Belphegor dé Halls escondeu-se atrás de seu criado.

Os dezenove convidados — vinte um, somando Elsie e Baal — mostraram uma reação diferente para a presença do outro lado.

“Traaaaaaaaat!”

Quando a porta de madeira se abriu, foi como se uma enxurrada maligna inundasse toda a sala. Duas silhuetas se encaravam, uma tinha metade do tamanho da outra.

— Quem diria, vocês também apareceram! — Elsie disse em tom de desprezo.

As silhuetas nada responderam, apenas deram um passo à frente e adentraram a sala, espalhando o ar hostil para os dezenove duques do inferno.

Baal arregalou os olhos ao perceber quem eram os seres que invadiram a reunião. Não, não eram invasores…

A identidade das silhuetas eram conhecidas por todos. O mordomo engoliu seco. Teria que fazer seu humilde trabalho: apresentar os convidados. 

—  Nakano, o Demônio do Oriente e a senhorita Besta Negra. — Baal apresentou as duas anormalidades que faltavam.

Como aquilo aconteceu? Os três seres que mais odiava estavam presentes na mesma reunião. Quer dizer, pelo tema da reunião, imaginou a possibilidade de Nakano aparecer, mas, e quanto aos outros?

Na pior das hipóteses, podia pensar em Nakano e van Elsie na mesma reunião, mas…

“A Besta Negra está em uma forma humanoide, aquele humano poderia ter feito isso mesmo?”

Se não bastasse a forma rude e desrespeitosa que invadiu a reunião, a Besta Negra usava um manto branco com uma estrela no centro. Aquele era o símbolo da igreja da deusa Cecily. Ela poderia estar sendo manipulada pelos fanáticos religiosos?

— Parece que o assunto da reunião interessa a todos. — Van Elsie falou. — Não é para menos, ele é bem bonitinho.

— Só e-eu que não sei o t-tema da reunião? — O trêmulo Belphegor dé Halls, ainda atrás de seu criado, perguntou.

— Esses jovens de hoje em dia não leem um convite com mais de duas linhas. — Van Elsie fez menção de responder, mas foi interrompida…

— O tema da heunião é meu novo amigo, Kurone Nakano, o… o loli… lo.. li… Ah! O lolicom islaiar! — A Besta Negra, falando de maneira deselegante, respondeu.

O nome “Kurone Nakano” causou novamente comoção nos convidados, a maioria voltou o



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