Prodigy Brasileira

Autor(a): Matheus Marroni


Volume 1

Capítulo 6 - A Partida!

Mats se juntou a sala de reuniões onde estavam os demais jovens e os líderes que estavam no reino.

Vlad pensou em uma forma de os tirar do reino momentaneamente sem que façam perguntas, e sem levantar suspeitas.

— Estivemos conversando bastante, e chegamos à conclusão de que já estão quase prontos para saírem do reino, mas antes precisamos que se entrosem melhor, e conheçam melhor as habilidades de cada um, como sabem as missões são geralmente dadas em duplas ou trios, então precisamos melhorar o trabalho em equipe de vocês — disse Vlad.

— Tio, Eu, Aniya e Minev somos incríveis juntas, então não precisamos disso, se conhecemos muito bem — respondeu Mavie.

— Vocês passam muito tempo juntas, é verdade, mas realmente conseguem saber todos os poderes umas das outras e como combiná-los da melhor forma? E outra nem sempre estarão juntas em todas as missões, então se querem sair, terão de se esforçarem — respondeu Vlad.

— Vocês partem para o reino de Jorel e Claire amanhã, estejam prontos e arrumem suas coisas — disse Calum.

— Para Allub? Eu vou para casa, que demais, vou te apresentar aos meus pais Robin! — disse Lana animada.

— Sim, já estão preparando uma arena de treino específica para vocês, lá terão mais detalhes.

— Legal, mal posso esperar — disse Corbin.

“Uma arena de treinos? Será que teremos provas?” Pensou Mats.

— Todos estão dispensados, menos Robin, precisamos falar com você — disse Calum.

Quando todos saíram da sala...

— Robin, vamos confiar a você para cuidar deles, não os deixe fazer o que quiserem e o mais importante não voltem antes de 5 dias fora, consegue fazer isso?

— Claro, meu senhor, farei tudo ao meu alcance, sei que não sou da família, mas vocês me acolheram como se fosse, têm minha gratidão, lealdade e meus serviços — respondeu Robin.

— Robin, você é muito importante para essa família e reino, você é um de nós — disse Prays.

— Eu realmente agradeço, farei de tudo para cuidar e os proteger.

— Nós que agradecemos querido Robin.

— Mais uma coisa Robin, verifique que todos embarcaram no navio, e fique de olho em Mats, sabe que ele é sorrateiro — completou Vlad.

— Sim senhor, pode deixar.

Saindo da sala Robin começou a pensar “porque 5 dias? O que será que vai acontecer, bom não importa por hora, preciso manter isso em segredo, principalmente de Mats, ele daria um jeito de ficar escondido aqui.”

— Já passei o recado aos cidadãos de nosso reino, dentro de 6 dias se esconderão, pelo subterrâneo — disse Prays.

— Ótimo, não sei o que está vindo até nós, mas comecei a pensar, e acho que isso tem a ver com o que as Matriarcas nos falaram, para escolher um sucessor — respondeu Vlad.

— Também acho, por isso estou indo agora mesmo até elas — afirmou Calum.

— Nós vamos falar com Minev e Mats — finalizou Prays.

Calum se dirigiu até os aposentos das Matriarcas afim de contar o que estava ocorrendo, muito embora estivessem sabendo e para tirar algumas dúvidas.

— Mãe, tia, como estão?

— Estamos bem filho, sabemos porque veio, então recebemos uma visita de alguém ontem, teve algum ferido? — perguntou Meredith.

— Então já sabiam? Lewis se feriu, mas já está melhor, porque não nos avisaram que o líder dos brutamontes viria?

— Nós não sabíamos quem viria meu filho, apenas que alguém viria, e suspeitamos que fosse um assunto sobre os garotos — respondeu Cid.

— Sim, e tem isso, é muito estranho, como sabiam sobre eles? Absolutamente ninguém sabia, e nem vocês conseguiam prever ou saber algo sobre eles, que são especiais. Apenas os sacerdotes através de uma profecia.

— Isso também e uma dúvida nossa, mas não importa no momento, eles são o futuro e vocês terão que os proteger, custe o que custar!

— Mãe sendo prodígios ou não, são nossos filhos, isso já seria feito, pouco nos importa se são ou não especiais para o Plano...

— Eu sei, mas talvez tem que entender que proteger eles não significa os deixar embaixo de nossas asas, está na hora de voar, e trilharem seus caminhos — respondeu Cid.

— Então acho que tomamos a melhor decisão, mandaremos eles para Allub amanhã para treinarem.

— Fizeram bem meus filhos, sei que tem muitas dúvidas, e o futuro é incerto, mas confiem mais em vocês e nos garotos!

— Mas mãe, eles vão vir em 6 dias, no fim da...

— Filho, sei que sabem o que fazer, vocês estão mais do que preparados, e não estaremos aqui para sempre!

— Mas mãe... sim senhora.

Calum se despediu e saiu dos aposentos, preocupado, mas confiantes no plano que tinham feito.

No quarto de Minev, Vlad abriu a porta e foi conversar sobre a partida.

— Pai porque temos que ir? Sei que querem que treinemos, mas eu quero dormir e ouvir músicas, ficar aqui, em casa, no meu quarto...

— Filha, você poderá fazer isso sempre que quiser, mas precisamos que amadureça e fique mais forte, você é tão forte, e não percebe isso, aproveite o dom que ganhou.

— Eu sei pai, mas dormir e tãaaao bom...

— Minev, eu te amo, e preciso que cuide do seu irmão lá, prometa pra mim que sempre estará do lado dele, não importa o que aconteça.

— Mas porque pai? Até parece que dá para controlar ele, fora que ele não parece precisar de ajuda, o tanto que treina é capaz de ser o mais forte que existiu no Plano.

— Ele pode ser muito focado, mas já pensou que seus poderes são a arma perfeita contra ele? Você é a única que conseguiria acalmá-lo e controlá-lo.

“Nossa nunca tinha pensado nisso, realmente...” — Tabom pai, eu também te amo e deixarei aquele bobão em segurança, não se preocupe!

— Obrigado filha, agora vá deitar, amanhã sairão cedo, antes d...

— O que?? Cedo, ah já não vou conseguir dormir muito...

— Mineeeev...

— Tabom pai, boa noite.

— E lembre-se que sempre estaremos te apoiando, eu e sua mãe, boa noite filha.

— Obrigada pai.

No quarto de Mats, Prays e Mats estavam conversando sobre o passado:

— Filho, sei que aconteceu muita coisa recentemente para você, soube do seu pai de sangue, entrou um troglodita no reino, seus poderes...

— Mãe, está tudo bem, mas quero saber do meu outro pai, de onde ele é? e em que missão ele foi que nunca mais voltou?

— Filho...

— Mãe por favor!

— Seu pai era do reino do Cuirandob, são muito velozes, e com um vigor incrível, porém se reduziram muito, já não era um reino grande, e seu pai foi o único que conheci de seu reino.

— Mas e qual era a missão dele? Porque acha que morreu?

— Recebemos um pedido de ajuda de muito longe, e falaram que demônios estavam envolvidos, o que tornava muito perigoso, porém ele era muito orgulhoso e foi sozinho, disse que ia em busca de informações e nunca mais retornou.

— Reino dos demônios? Isso existe?

— Filho, o Plano é muito vasto, vocês são poderosos aqui, mas existem seres inimagináveis, locais nunca explorados e criaturas horrendas espalhadas lá fora.

— Como assim? Por isso nunca podemos sair?

— Sabe outra coisa do seu pai? ele também era cabeça dura e curioso como você!

—Kkkkk queria saber mais sobre ele, mas fico feliz que meu pai é o Vlad, com isso eu sou um combo de 3 famílias.

— Um combo?

— Sim, Vlad me ensinou a teoria sobre os poderes dele e como combater ou sentir manipulações, e surpreendentemente eu consegui com facilidade saber quando ele tentava usar seus poderes, então sou meio imune a manipulação e consigo perceber algumas ilusões.

— Isso sim é uma surpresa pra mim.

— Sim ainda bem que o conheceu, ele é meu pai sendo de sangue ou não.

— Ele é sim filho. Agora preciso que me prometa cuidar da sua irmã lá, e não a abandonar.

— Mãe, ela fica melhor com Mavie e Aniya, ela está muito bem.

— Filho, me prometa.

— Tabom mãe, eu cuidarei dela.

— Agora descansa, boa noite, durma bem.

— Boa noite mãe, eu te amo do tamanho do céu espalhado.

— Eu também te amo meu estressadinho do tamanho do céu espalhado — disse Prays se virando com os olhos em lagrimas.

No dia seguinte, logo antes do sol nascer. Robin já foi acordando a todos para se prepararem, passou em todos os quartos, queriam sair antes do Sol nascer para ter menos chances de alguém os ver.

— Vamos, vamos, vamos, acordem, hora de partir — gritava Robin nas portas.

— Lana, Jay-Jay, Corbin, Mavie, Aniya, Guildor, Mats e ... cadê a Minev? — Perguntou Robin contando

— Sabia que ela não ia acordar — disse Mavie.

— Deixa que eu a busco — respondeu Aniya indo ao quarto de Minev.

5 minutos depois, Aniya voltou com Minev dormindo na costa de Kieb, Summon de Aniya.

— A Princesa chegou — disse Aniya.

— Tomem cuidado garotos, obedeçam ao Robin, treinem e cuidem um dos outros, estaremos esperando vocês, mais poderosos e maduros — disse Calum.

— Ouviram? Obedeçam ao Robin — reforçou Prays.

— Espera aí, nós vamos nesse naviozinho aqui? — perguntou Minev.

— Sim, vocês não podem chamar a atenção, sem contar que... — Calum foi interrompido.

— Sem contar Minev, que este navio foi projetado por mim, e possivelmente é o navio mais tecnológico do Plano, e para mim, o mais importante é ser funcional e não bonito — disse Corbin todo orgulhoso de sua criação.

— Se para você é isso que importa, tudo bem Corbin, mas para mim, tem quer lindo, independentemente de ser funcional — caçoou Lana.

O Navio era discreto, não era imponente, nem muito grande, projetado para passar despercebido e evitar chamar a atenção de outros reinos ou possíveis ameaças. Ele foi construído com madeira especial, que possuía propriedades de camuflagem, permitindo que o navio se misture com o ambiente marítimo e se torne praticamente invisível à distância longas. Além disso, o navio foi pintado com cores neutras e escuras, para evitar ser facilmente detectado.

O design era compacto e ágil, permitindo que ele navegue rapidamente e manobre facilmente em águas estreitas ou em situações de perigo. Ele possui um casco reforçado, capaz de resistir a impactos e ataques, garantindo a segurança da tripulação e dos passageiros a bordo. Além disso, o navio possuía um sistema de propulsão silencioso, que reduzia o ruído e as vibrações, tornando-o praticamente inaudível. Isso permitia que o navio se movesse de forma discreta, sem chamar a atenção de outros navios ou criaturas marinhas.

No interior do navio, havia compartimentos, que permitiam que a tripulação repousasse. Esses compartimentos também eram usados para armazenar suprimentos e equipamentos importantes, garantindo a autonomia e a eficiência do navio durante suas missões.

— Uau Corbin, realmente impressionante — disse Aniya.

— Obrigado, mas isso não foi nada demais — respondeu Corbin, pensando “eu realmente sou um gênio”.

— Mandou muito bem Corbin, incrível — elogiou Mats.

— Valeu Ma — respondeu Corbin todo orgulhoso.

Todos se despediram de seus pais, pegaram suas bagagens e embarcaram no navio, rumo ao reino de Jorel e Claire, o Reino ALLUB.

Antes de sumirem no horizonte, Vlad se comunicou por telepatia com Minev. “Se cuidem, amamos vocês todos”.

“Pode deixar pai, amamos vocês também”.

Em meio ao oceano após a partida, todos estavam no convés do Navio, alguns admiravam a paisagem, Mavie contemplava a água, Mats estava em um canto, olhando para o horizonte, em direção a Inorram.

— Está pensando em que bobão? — perguntou Minev

— Você sabe o que estou pensando, sei que estava lendo minha mente — respondeu Mats.

—AHHH, O QUEEEE? COMO SABE?

— Primeiro porque é você, segundo joguei verde e você se entregou.

— AH você é paia demais. Prometo não ler sua mais sua mente sem necessidade, mas, reformulando a pergunta então, porque está achando que vai acontecer algo ao reino enquanto não estamos?

— Não sei Mi, foi tudo muito estranho, os Brutamontes apareceram, depois dizem que estamos prontos e nos tiram do reino — disse Mats escondendo que sempre “participava” das reuniões.

— Mas pode ser que realmente queiram nos liberar para missões, foi o que você sempre quis.

— Naquela noite, Monghar queria algo com as Matriarcas, e ameaçou todo o reino, estava indo para cima da mãe.

— Mas mamãe é forte e estavam todos lá... então foi por isso que sumiu indo pro quarto?

— Fiquei ouvindo.

— E te conhecendo aposto foi defender a mamãe, e aposto que deu uma lição naquele fracote.

— Sim, eu apareci na frente dele...

—Então pronto, não tem do que se preocupar...

— Ele pressionou a garganta contra as adagas e nada aconteceu, segurou meu braço e os esmagou, sorte que Guildor apareceu e o pediu para parar, mas mesmo não demonstrando sei que Guildor fez muita força para ele parar de apertar.

— Ele O QUE??? Parou suas lâminas e conseguiu te segurar? Ele deve ser uma aberração.

— Pois é, depois não sei o que mais aconteceu, mas é estranho nos tirar do reino logo após isso.

— Mas é para treinarmos, crescemos, e ouvindo o que você falou, fica ainda mais nítido, viram que não estamos prontos, nem mesmo você senhor “genial”.

— Você me elogiando?

— Não! Isso foi eu criando uma ilusão onde você achou que te elogiei.

— Tabom — disse Mats sorrindo.

— Mas tem mais coisa te preocupando e a menos que não queira que eu leia sua mente você vai contar.

— Bom, acho que não adianta né?! Eu descobri que não sou filho de Vlad, não de sangue.

— O que????

— Sim, fala baixo, meu pai foi de um relacionamento anterior, e a mãe disse que ele saiu em uma missão contra demônios e nunca mais voltou. Provavelmente morreu.

—Demônios? Nem fod*#ndo.

— Foi isso que ela disse.

— Você está triste de não ter conhecido seu pai?

— Não, eu nem sabia de sua existência, só fico curioso em saber como era... eu conheci meu pai, Vlad.

— Um dia podemos ir saber mais sobre seu pai então.

— Um dia quem sabe.



Comentários