Prodigy Brasileira

Autor(a): Matheus Marroni


Volume 1

Capítulo 5 - Brutamontes!

No dia seguinte, logo pela manhã na sala de reuniões, ambos os líderes se reuniram e já discutiam os próximos passos.

— Calum, precisamos encontrar uma desculpa para os tirar do reino, acredito que eles irão vir com um exército, o Outono acaba em 6 dias — disse Vlad.

— Sim, é verdade, Rosie e Grace partiram para o Templo, voltam um dia antes, teremos um dia para se prepararmos seja lá do que for, vou tentar buscar respostas com as Matriarcas agora, pode ir adiantando a retirada deles.

— Assim que os meninos saírem, vou dizer para as pessoas irem atras de abrigo na surdina para não levantar suspeita, temos os tuneis subterrâneos, com certeza devem ter deixado espiões espalhados fora das muralhas e aqui dentro também, a nossa população se conhece e respeitam muito o que as Matriarcas já fizeram por eles, saberão ser discretos e não alertarão os espiões — disse Prays.

— Vou pensar em algo que motivará os garotos sem levantar suspeitas, enquanto isso vamos manter a rotina normal — finalizou Vlad.

Toc toc toc, Mavie e Aniya bateram a porta de Minev.

— Minev, vamos, eu e a Aniya já estamos prontas e estamos indo atrás de algo para fazer na cidade...

— Mavie, acho que poderíamos treinar um pouco hoje para não ficar atras dos meninos — sugeriu Aniya.

— Nhe, tabom, treinamos depois de comermos, eu prometo, mas uma coisa é certa, jamais ficaríamos atras deles.

— Mavie seu irmão que é o caçula já deve estar mais forte que você... e porque querem sair tão cedo? — Respondeu Minev abrindo a porta com seu pijama.

— O que??? Corbin é um atrapalhado, jamais me venceria... fora que já é quase hora do almoço Minev, você dorme demais.

— Eu não durmo demais minha filha, eu repouso meu corpo para ser sempre uma donzela linda, tem diferença.

— Nhe nhe nhe, vamos logo, se troca e vamos nos divertir.

No quarto de Guildor, ele e Mats conversavam sobre a noite passada.

— Eu sei Guildor, mas eu precisava saber o que estava acontecendo, e agora eu sei, você sentiu não sentiu? Aquele cara é muito forte e ele tem praticamente a sua resistência, minha adaga não cortou sua pele, mesmo ele pressionando a garganta contra ela, sem contar que se ele quisesse, esmagava meu braço ali mesmo — disse Mats frustrado.

— Sim, eu senti quando segurei o braço dele, ele parece ser muito forte mesmo, mais um motivo para não fazer o que fez, você foi ingênuo, deixa isso para os líderes, ainda não estamos preparados para isso, sinto que precisamos aprender a usar melhor nossos poderes e então ficaremos mais fortes.

— Sim, eu sei, mas é difícil, ninguém da nossa família tem o meu poder, eu nem se quer tenho um Summon.

— Você já e muito forte, e se aprender a usar 100%, ficará imparável, já pensou que não ganhou um Summon por equilíbrio?

— Você é o mais forte aqui, parece um tanque, e ainda tem dois Summons...

— Isso é o que você acha, sei que tem muito potencial ainda. Hoje vamos treinar com todos, precisamos melhorar trabalho em equipe com eles.

— Pode ir, vou querer treinar sozinho, mas a sala especial é minha.

— ta, ta, ta, ta, só toma cuidado.

“Preciso aprender a usar aquilo, é a melhor forma de ficar forte, mas como?” Pensou Mats saindo do quarto.                   

O reino dos Brutamontes não ficava muito longe de Inorram, mais ou menos um dia e meio cavalgando, passando por alguns vilarejos.

Era um lugar imponente e robusto, com uma atmosfera pesada, sem “cor”, poucas árvores, suas construções eram feitas de pedra e metal, transmitindo uma sensação de solidez e resistência. As muralhas que cercam o reino eram altas e impenetráveis, com apenas um único acesso, uma grande ponte.

Dentro do reino, tinha uma sensação de disciplina e ordem, onde os mais fracos eram tratados como escravos.

Havia uma grande arena de treinamento, onde os guerreiros se preparariam para as batalhas e demonstrariam sua força e habilidade.

A população do reino era composta principalmente por guerreiros e soldados, todos treinados desde jovens para serem fortes e destemidos. Os Brutamontes eram conhecidos por sua coragem e ferocidade em combate, sendo temidos por seus inimigos.

Dentro do castelo, na sala do rei, havia uma extensa mesa de pedra, onde diversos dos brutamontes comiam e bebiam, sem muita higiene. O trono era cercado por cortinas pesadas e escuras, deixando um ambiente sombrio. Ao redor do trono, há pilares altos, que sustentam o teto alto, com candelabros feito de ossos.

— HAHAHAHAHAHA Comemorem, bebam, comam meus guerreiros, em poucos dias estaremos em Guerra, e iremos massacrar qualquer um que cruzar nosso caminho! HAAHAHAHAHAHAHAHHAAHA — gritou Monghar

— Viva ao nosso soberano, viva Monghar! — gritaram de volta guerreiros brutamontes.

Monghar estava em seu trono, sozinho, com uma taça de vinho nas mãos, até que na sombra atras do trono de Monghar, apareceram apenas dois olhos escarlates.

— Como foi em Inorram, Monghar? — perguntou uma pessoa misteriosa.

— hm, você veio aqui pessoalmente?

— Não confio em ninguém, e vim aqui para me certificar que tudo deu certo e o dizer o que você irá fazer, dependendo de sua resposta.

— Acha que recebo ordens?

— Você já sabe sobre isso, não faça eu perder meu tempo.

“Arrogante de merd*, assim que derrotarmos Inorram, os prodígios serão meus e acabarei com sua arrogância e todo seu reino, seja lá onde ficar!” pensou Monghar.

— Eles não quiseram ceder, e disseram o que você imaginou, que não sabiam de nada, porém dois jovens bem fortes surgiram no meio da conversa, um apareceu na minha frente do nada, e o outro segurou meu braço sem esforço.

— HM, você fez alguma ameaça?

— Você sabe como eu sou, deixei bem claro o que aconteceria!

— Revelou nosso plano?

— Não, nem eu sei o que vocês querem, isso e coisas de vocês, eu vou amassar qualquer um que estiver em minha frente, então não demorem e façam as coisinhas de vocês o quanto antes quando invadirmos...

“Hmm? Ele sumiu? Que otário, me deixou falando sozinho, mas é bom sair do meu reino mesmo.” Pensou Monghar ao perceber que a pessoa misteriosa havia sumido.

 

Em uma sala de treino, todos os prodígios estavam em uma batalha, com exceção de Mats que tinha ido treinar na sala especial sozinho.

Lana estava apenas assistindo com Robin a luta entre Corbin, Jay-jay e Guildor contra Minev, Aniya e Mavie

— Vamos meninas, vamos com tudo! — gritou Mavie

— Não vamos perder — afirmou Aniya.

— Ataquem com tudo — completou Minev.

As três tentaram um ataque combinado ... e BUMMMMMMM a sala inteira tremeu, ofuscados por uma nuvem de fumaça devido a uma explosão dos robôs de Corbin.

As três junto com Corbin e Jay-Jay acabam caídos no chão, acordados, porém exaustos, Guildor estava em pé, mas bem cansado.

— Não acham que exageraram não? Vocês já estão bem fortes, eu quase não aguentei e nem a sala.

— Não vale Guildor, você é muito mais forte que nós! — reclamou Mavie

— Eu? Estou tão acabado quanto vocês, vocês me surpreenderam e muito!

— Guildor para de falação, elas sabem que você nem está cansado, pare de fingir, seu treino vai começar agora — disse Lana

“Lana está doida? Eu estou acabado sim, realmente me cansaram” pensou Guildor — Lana, vamos dar uma pausa para um café.

— Nem ferrando! — disse partindo para cima de Guildor com suas mãos em chamas.

Guildor foi calmamente desviando os socos de Lana com as mãos.

“Lana está bem forte, seus golpes já não são descontrolados, seu treinamento com Robin deve ter ajudado muito!” pensou ele.

Até que Guildor desviou de um soco de Lana e a empurrou pelas costas a derrubando no chão.

Ela levantou irritada e então começou a emanar fogo em volta de seu corpo todo. Partiu para cima de Guildor novamente, estava mais rápida, e por ter essa aura de fogo, estava difícil de Guildor desviar ou rebater, até que Lana acertou um chute em Guildor, deixando a marca do pé em brasa em seu peito, e em seguida soltou uma rajada de fogo.

Rapidamente Guildor se defendeu com os braços tendo algumas queimaduras bem leves, mas quando saiu da defesa, abaixando os braços, Lana não estava mais em seu campo de visão.

— Aqui em cima! — gritou ela.

Quando Guildor olha para cima, Lana está caindo com um chute flamejante certeiro em sua cabeça.

Guildor cai batendo a cabeça no chão, seus cabelos saíram fumaça, alguns fios queimados e o cheiro se espalhou pela sala. Mas devagar ele se levantou.

— Ai ai ai ai ai, desisto, você ganhou Lana.

— Aiai, sei que sou a mais forte — disse Lana abrindo um sorriso.

“Esse chute foi bem forte e ele só disse ai ai ai ai? Era para estar inconsciente ou estar todo zonzo, ele tem uma resistência fora do normal, como pode?” Pensou Lana.

“Lana está extremamente forte, se não concentrasse minha defesa eu seria nocauteado.”

Momentos antes do impacto do chute, Guildor reforçou sua cabeça com seus Summons, por estar rodeado de fogo, ninguém tinha conseguido ver.

— Uauuuu Lana, você é mesmo incrível — disse Mavie, com um olhar de inspiração.

— Eu sei, se você parasse de beber e gastar também estaria...

— Bobona — respondeu Mavie mostrando a língua, acabando com a inspiração.

— Parabéns Lana, e parabéns Robin, Lana evolui muito, mas devo dar uma focada no controle dela em combate e liberação de chamas está incrível.

— Obrigado Guildor, mas ela é mais forte do que eu, é fácil ensinar um prodígio, só precisamos trabalhar o seu psicológico.

— Boa, agora vamos dar um descanso.

— Lana e eu vamos treinar mais um pouco, agora com o Summon dela.

— Eu preciso muito de um banho — disse Minev.

— E eu preciso beber — completou Mavie.

— MAVIE! – todos na sala gritaram.

— Nha, tabom seus chatos.

— Guildor cadê meu irmão?

— Está treinando sozinho hoje, disse que ia precisar da sala especial, como todos os dias...

Na sala de treino especial Mats está sentado no chão com olhos fechados concentrado “eu sinto os raios vindo no meu corpo, mas dói tanto, tenho que aguentar a dor, eu preciso aprender.”

Então abriu os olhos e começou a golpear os bonecos de treino criado por Corbin, um a um foram sendo destruídos. “É uma sensação, vamos, aparece, vamos, sinta!” pensou, enquanto continuou destruindo os bonecos. “Aquele Monghar, ele é muito forte, estava indo pra cima da minha mãe e não consegui fazer nada...” sua raiva foi crescendo.

“...Ainda me segurou pelo braço, se não fosse Guildor, ele quebraria com facilidade” sua raiva continuou crescendo.

 “o que aconteceria com meus pais se eu não conseguisse, ele ia os matar!”.   Mats foi totalmente dominado por seus sentimentos de raiva e frustração, quando um barulho de “pássaro” na sala urgiu, relâmpagos negros saíram de seu corpo em direção a todos os bonecos restantes, explodindo-os, até que Mats caiu e perdeu sua consciência por alguns segundos.

Quando acordou, toda a sala estava destruída, os bonecos em pedaços, ele não conseguia entender como havia feito aquilo, mas no fundo estava feliz por ter feito.

“O que foi isso? Como fiz isso? É disso que eu preciso, e dessa vez doeu bem menos, mas não tive controle algum...  Droga, eu preciso dar um jeito nisso e dominar esse poder.”

Minev abriu a porta e viu a sala inteira destruída, Mats estava de joelhos bem no meio da sala.

— Ei cabeção, vamos, estão nos chamando, nós 8 na sala de reuniões. — disse Minev, “o que rolou aqui? Está tudo destruído”.

“Os 8? É agora, o que será que querem? Será que vão nos liberar para agir e fazer missões? Vão contar sobre ontem? Bem, estava na hora!” – Tabom, estou indo! — respondeu Mats.



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