Prodigy Brasileira

Autor(a): Matheus Marroni


Volume 1

Capítulo 4- Uma Visita Inesperada

Monghar era uma figura imponente, com aproximadamente 2,20 metros de altura, uma postura dominante. Ele possui uma aparência intimidadora, cabelos brancos e longos e uma grande barba, uma expressão facial séria e olhos penetrantes. Possuía uma constituição física robusta e musculosa a amostra, indicando sua força e poder. Vestia apenas uma calça mais larga, e um casaco, possuía um cinto com uma caveira na frente. Sua presença era marcante e emanava uma aura de autoridade e confiança.

Junto dele estavam mais uns 6 de seus homens no salão de Inorram.

— Como você entrou aqui sem permissão? — questiona Lewis.

— Ah sim... alguns guardas nos deram essa permissão, se quiser ir perguntar a eles, pode ir, só não garanto que estarão acordados no momento hahahaha — respondeu Monghar com sarcasmo.

— Hora seu inescrupuloso, como ousa? — Perguntou indignada Prays.

— Nhé, vamos ser diretos aqui, quero falar diretamente com as matriarcas. Assunto de adultos, sabem como é...

— Elas não estão disponíveis no momento. Terão que voltar outra hora, ou melhor, pode mandar uma carta que elas retornarão — respondeu Grace.

— HAHAHAHAHA, acho que não entenderam muito bem, deixa eu falar com outras palavras, não sairemos até elas vierem falar comigo.

Enquanto conversavam, Mats conseguiu um jeito de espiar a conversa, existia uma abertura do lado de fora do salão, que ele e Guildor criaram quando crianças para brincar. Então ele observava tudo que estava acontecendo em um canto escuro no alto do salão.

Mats sempre gostou de usar roupas escuras, e por cima sempre usava uma espécie de sobretudo, o que facilitava em ficar de forma furtiva e difícil de ser detectado.

— Finalmente te achei, o que está fazendo aqui? Vamos pros quartos ­— diz Guildor aparecendo atrás de Mats.

— Espere, olhe, esses são os brutamontes, nunca saímos do reino, não consigo nem imaginar o que existe lá fora...

— Caramba, os caras são grandes mesmo, por isso vamos sair daqui...

— O que está acontecendo? — surgiu Robin, com curiosidade.

— Robin?! Pedi para que ficasse com eles!

— Eles estão nos quartos e tranquei portas e janelas, Lana está de olho, eu disse que ia pra casa, mas percebi vocês aqui.

— Percebeu? Caramba sua expertise me assusta Robin, nem vive aqui e já sabia onde estaríamos espiando.

— Agradeço o elogio, mas Lana me contou algumas coisas. Enfim, o que está acontecendo? Esses caras são enormes.

— Até agora nada foi muito falado, parece que querem falar com as matriarcas e apenas com elas — respondeu Mats.

No salão:

— Sinto em te dizer, mas elas não virão e vocês sairão! — disse Prays apontando para porta.

— E como eu disse mulherzinha, quero falar com quem manda, não com os mimados que acham que mandam.

— Sem educação nenhuma, como virou rei? Vocês sairão por bem ou por mal.

— Podem tentar boneca!

Mats ouvindo todas as provocações, e vendo sua mãe sendo ofendida, começou a ficar irritado e tentou pular até o salão, mas Robin e Guildor o seguraram.

— Está maluco cara? Primeiro que, o que pensa que vai fazer? Segundo, não podem saber de nós, vamos estragar a reunião que já não parece estar boa — disse Guildor.

— Esfria a cabeça Mats, todos os líderes estão ali, não se preocupe, ele não parece, mas também é um rei, qualquer coisa que fizer seria um ato de guerra — completou Robin.

“Mats fica muito estressado facilmente, tenho que tirar ele daqui, ou espero que não piore a situação, vai ser difícil segurar ele” pensou Guildor.

— ...Mas já aviso irão se arrepender! — ameaçou Monghar

— Lewis, acompanhe Monghar até a saída — ordenou Prays.

— Sim senhora.

Quando Lewis deu primeiro passo, em direção a Monghar, recebeu um soco tão forte que foi arremessado por uns 5 metros até a parar na parede, que ficou toda destruída.

Monghar não pareceu se importar com consequências, estava decidido do que tinha ido fazer.

— Meu Deus! Grace, Rosie, vejam se ele está bem — gritou Prays

— Eu avisei, só sairemos quando falarmos com as Matriarcas.

— Você está louco! — Gritou Prays — Guardas!

Todos os 20 guardas que ali estavam, empunharam suar armas e entram em posição de batalha.

— Calma, calma, calma, não precisamos disso, realmente as Matriarcas não podem vir no momento, porque não retorne amanhã pela manhã e elas falarão com vocês! — tentou apaziguar Vlad.

— Viu só, todo reino tem um franguinho, covarde, que não quer lutar, vamos acabar com vocês! E você loira será a primeira! — disse Monghar apontando e avançando em direção a Prays.

— Mats, não! — gritou Guildor enquanto Mats “sumia” em frente a seus olhos.

Enquanto Monghar dava um passo para frente, entre uma piscada e outra, surgiu Mats, foi tão rápido que parecia sombra preta com seus olhos violetas brilhando. Antes de Monghar sequer pensar o que tinha acontecido ou reagir, uma adaga negra estava em seu pescoço.

— Mais um passo ou insulto a eles e sua vida some antes que planeje pensar em algo! — disse Mats, com um olhar furioso

“O que? Quando foi que esse garoto surgiu aqui?” — AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA gostei desse aqui! — disse Monghar surpreso — só que deixa eu te contar uma coisinha garoto, eu não tenho medo de cara feia.

— Claro que não tem, vive com uma desde que nasceu.

— Tenta a sorte moleque — disse Monghar pressionando a garganta contra a adaga de Mats

“Que pele resistente é essa? Ele está pressionando minha adaga pra baixo e nem sinal de corte” pensou Mats.

— Mats? Sai daí agora! — gritou Prays.

— Não era para estar aqui, eu mandei sair daqui — disse Vlad.

No momento em que Mats prestou atenção nos seus pais, Monghar pegou seu Braço com uma de suas mãos e o levantou, apertando.

“Ahhhhh ele vai esmagar meu braço assim, quanto força, preciso me soltar agora” pensou Mats sentindo muita dor.

De repente surgiu uma mão que segurou o antebraço de Monghar, era Guildor.

— Gente vamos manter a calma, pode soltar ele senhor Rei, eu me encarrego, ele gosta de fazer besteira — disse Guildor sorrindo.

“O aperto desse garoto até que é forte” pensou Monghar, soltando o braço de Mats.

— Obrigado aí grandão, e me desculpa, vamos Mats não deveria ter feito isso, meus senhores, me desculpem – disse Guildor puxando Mats para fora do Salão.

— Hmm, interessante HAHAHA. Pelo visto terei que me contentar a falar com vocês! Vou direto ao ponto, ouvi dizer sobre uma profecia que mencionava algo como “Prodígios” e vim perguntar se as grandes matriarcas sabiam de algo com suas visões. Mas sabe, vendo esses dois, como posso dizer, me deu a certeza que sabem e bônus, achamos eles, a verdade é que queremos um dos prodígios para nós, queremos reforçar nosso exército, agora que já sabemos que são daqui, eu até deixarei que vocês escolham com qual nos presenteará — disse Monghar.

“Como ele sabe dos garotos, só os sacerdotes tinham a profecia, nem as Matriarcas conseguiram pressentir, será que tem um informante na sociedade da Luz?” pensou Calum.

— Sinceramente não sabemos do que está falando, esses dois são garotos, jovens e tem bastante potencial sim, não sei se é isso que você quis dizer, mas nada além disso, herdaram grandes poderes de nossa família — tentou disfarçar Calum.

— Realmente, nunca ouvimos falar de profecia de prodígios — completou Grace.

— Hahaha acham que podem me enganar? Bom falem o que quiser. Como recusaram e tentaram mentir, e enganar o soberano Monghar, agora queremos dois, sabemos que nasceram mais, se estão aqui vamos descobrir, mas esses que vi aqui, me agradaram bastante. Está dado o aviso, repassem para quem realmente manda, queremos dois prodígios, ou sofrerão as consequências.

— Como dito nunca ouvimos falar de prodígios, e esses dois jamais sairão do nosso reino para ir com você, seu pai tem um tratado de paz com nosso reino, assinado depois do julgamento, então não pode entrar aqui e fazer ameaças, o Plano inteiro será contra vocês — mencionou Prays.

— O tempo está mudando, criaturas estão surgindo a todo tempo, tempos de guerras estão voltando, disputa pelo poder começará e como eu também disse, falem o que quiser, meu pai morreu, aquele fraco e seus acordos não valem de nada agora, eu comando o reino, e antes que o Conselho do Plano saiba de algo, já teremos afundado este reino, e vocês, junto com seu povo estarão mortos, esperaremos até o fim de outono! — disse Monghar saindo do Salão rumo as muralhas de Inorram.

Todos estavam com muitas dúvidas, e não sabiam como reagir, estavam muito preocupados. Faltavam apenas 7 dias até o fim do outono.

Alguns guardas acompanharam de longe Monghar e seus homens e garantiram que saíram do reino.

— Guardas, tripliquem a segurança nas Matriarcas, fechem os portões, ninguém entra ninguém sai do reino! Lewis está vivo? – ordenou Calum.

—Sim, com ferimentos graves, mas vivo, guardas levem—no as nossas curandeiras, e também quero mais segurança nos garotos, não devem sair dos quartos, vigiem as saídas secretas e janelas! — ordenou Grace.

— Como sabem deles? Só as Matriarcas e os sacerdotes deveriam saber, quem mais será que sabe? — perguntou Prays.

— Precisamos concentrar em nosso principal problema agora, para eles virem fazer uma ameaça dessa não devem estar sozinhos, ou estão escondendo algo que tenha em sua posse. Não consegui ler sua mente, precisava estar mais próximo ou em contato com ele, o que me assusta é que não se importam com o conselho do Plano — disse Vlad.

— Os brutamontes devem ser só peões, eles não têm intelecto para montar planos e saberem da profecia, deve ter mais algo por trás! O que justificaria saberem dos prodígios, mas quem teria tanta influência para saber da profecia? — Questiona Rosie.

— Precisamos descobrir mais, eu e Rosie podemos ir até o templo da Luz, em 6 dias estaremos de volta — sugeriu Grace

— Façam isso, mas tomem muito cuidado, saiam pela manhã, eu falarei com as Matriarcas — Concordou Calum.

Todos consentiram de acordo, Prays e Vlad foram ao quarto de Mats, enquanto os outros foram ajudar os guardas.

— O que ele queria? — Perguntou Mats.

— O que ele queria? Eu que pergunto o que estava pensando em fazer. Já tínhamos mandado vocês irem pro quarto, e sabe muito bem que até estarem prontos ninguém poderia saber de vocês, para sua segurança, então, desobedecendo, você resolve surgir no meio do salão com uma adaga no pescoço do novo rei dos Brutamontes Mats?! — Questionou Prays enfurecida.

— Mas mãe eles estavam nos insultando, ofendendo, sem falar que quase mataram o Lewis e estava indo pra cima de você, quem ele pensa que é? E quantos outros guardas ele não matou para chegar aqui?

— Não interessa Mats, seu pai estava lá, todos os lideres estavam, não conseguiriam fazer nada, só estavam tentando nos provocar, e deu certo com você!

— Filho, eles vieram atras de uma resposta, e você a mostrou da forma mais clara, estavam querendo saber sobre vocês e a profecia, e confirmou para ele que não era um rumor e sim um fato — completou Vlad.

— Mas vocês disseram que ninguém sabe sobre nós 8. Nem os guardas do nosso reino sabem, como ele sabia?

— Isso estamos resolvendo, também queremos saber, mas é algo para nós como líderes e pais defenderem vocês.

— Desculpa, mas o que queriam sobre nós?

— Já foi resolvido, fique tranquilo, agora descanse e não faça mais isso, foi imprudente! Vamos precisar de vocês 8 amanhã.

“De nós 8? Será que era isso que as Matriarcas falaram na reunião? Muito estranho, o que será que vai acontecer? E porque Guildor precisa ser o novo Rei? Algo vai acontecer em breve e preciso treinar mais, esse cara estava em outro nível. São tantas perguntas, tantas coisas acontecendo de uma vez” pensou Mats se afundando em dúvidas.

— Tabom pai, me desculpem.

— Boa noite filho, nós te amamos.



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