Prodigy Brasileira

Autor(a): Matheus Marroni


Volume 1

Capítulo 3- Revelações

Dentro do castelo, havia uma sala para Corbin ir criando o que ele tivesse criatividade, ele a chamava de laboratório.

O laboratório de invenções era um espaço amplo e organizado, repleto de bancadas e prateleiras cheias de materiais e componentes eletrônicos. Havia uma grande mesa central onde Corbin e Jay-Jay costumavam sentar para discutir e planejar suas criações. O ambiente era iluminado por luzes brilhantes e coloridas, criando uma atmosfera energizante. As paredes eram decoradas com partes de robôs e diagramas técnicos. Havia também uma área reservada para testes e experimentos, com equipamentos de segurança e uma bancada de testes para avaliar o desempenho dos robôs. No centro do laboratório, tinha uma estante com os robôs já construídos por Corbin, exibindo suas criações anteriores como troféus de suas habilidades inventivas.

Estavam Corbin e Jay-Jay discutindo possíveis criações para deixar o Reino mais protegido.

— Cara, e se criássemos um robô gigante de metal? — Perguntou Jay-Jay.

— Já tentamos, ainda não consigo criar coisas muito grandes, e nem as controlar — respondeu frustrado Corbin.

— Tem razão... e se criássemos um dinossauro gigan...

— JAY-JAY! sabe que não consigo.

— TA TA TA.

— Mas podemos tentar um exército de mini robôs, ou uma armadura para você e eu...

— Nossa isso seria foda, vamos, vamos, crie uma armadura em que eu pudesse estar dentro, lançando rajadas de ar!

— Para isso terei que pensar com calma, mas acho que vale a tentativa.

Depois de um bom tempo, e várias tentativas falhas, Corbin criou uma armadura de um material resistente e leve, como uma liga de metais especiais. Ela tinha um design aerodinâmico, com linhas fluidas e detalhes que remetem ao elemento ar. Era equipada com asas retráteis, permitindo que Jay-Jay voe com facilidade. Além disso, tinha um sistema de propulsão a jato, que seria acionado pelos movimentos de Jay-Jay, permitindo que ele criasse rajadas de vento poderosas. A armadura também teria sensores de ar, que permitiriam a Jay-Jay detectar mudanças sutis no ambiente e pudesse usar o ar de forma estratégica em suas habilidades, mas não só isso, também se adequava ao tamanho de qualquer um que entrasse nela.

— Tandam! EU SOU UM GÊNIO! A minha primeira armadura, manda ver Jay-Jay entre nela, você vai conseguir controlar com facilidade, eu acho que essa é minha obra prima.

— Irado demais — disse Jay-Jay entusiasmado entrando na armadura — Colocou alguma arma?

— Coloquei um canhão nas costas, consegue ativar ele com os comandos digitais em seu antebraço esquerdo, tente!

Jay-Jay então se preparou, mirou em uma parede criada por Corbin para resistir aos seus testes. — LÁ VOU EU.

(Bummmmmmm). Uma grande explosão foi ouvida por todo o castelo, o laboratório havia sido destruído, tinha chamas nas bancadas e na sala.

 Jay-Jay estava dentro da armadura, sem ferimentos, mas a parte do ombro onde estava o canhão estava destruído, Corbin tinha um dispositivo anexado em suas costas, de seu Summon, em que qualquer sinal de perigo ao seu corpo uma espécie de escudo o protegia, então estava bem também.

 Os guardas reais chegaram correndo para entender o que havia acontecido.

Quando chegaram lá viram o laboratório todo destruído, algumas partes do teto haviam desabado.

— Meus senhores, estão bem? O que aconteceu aqui? — Perguntou um dos guardas.

— HEHE, estamos bem, uma pequena falha nos meus cálculos. Aparentemente o canhão explodiu, devo ter errado em algo na condução de calor...

— O que eu te disse Corbin!? — perguntou Calum preocupado, mas ao mesmo tempo brigando.

— Pai? Porque está aqui?

— Vocês causaram uma explosão que deve ter sido ouvida até fora do reino, e eu disse para não fazer nenhuma trapalhada!

— Tecnicamente, você disse para eu não deixar Mavie fazer nenhuma trapalh....

— Cooooorbin!

— Tabom tabom pai entendi, me desculpa, mas está tudo bem, sabe como sei me virar.

— Você disse isso, e da última vez caiu da sua bicicleta voadora e quebrou todo o braço, além de ficar com a cabeça toda inchada... mas que bom que não se machucaram, olhem a bagunça e o caos que provocaram...

— Mas olha, minha armadura foi um sucesso, Jay-Jay nem se machucou hehe.

— Guardas, deixem tudo como está, já está na quase na hora do jantar, os dois vão arrumar isso amanhã.

— Mas senhor, podemos limpar tranquilamente iss... — ia dizendo um dos guardas.

— Não se preocupem, eles fizeram isso, responsabilidade deles, podem ir descansar.

— Obrigado senhor!

— Deixa comigo — disse Corbin ativando alguns robôs pequenos.

Corbin deu a ordem para organizarem e reconstruírem o laboratório da forma que estava. Então ambos seguiram para seus quartos para se arrumarem para o jantar.

No quarto de Prays e Vlad, Mats havia entrado para perguntar algo que o deixava magoado.

— Eu preciso saber, porque eu sou o único que tem poderes diferente de todos os mais jovens, tipo todo mundo tem poderes especiais? E porque tenho esses olhos diferentes, ninguém mais tem eles, você conjura anjos... o pai tem os poderes de controle mental iguais o da Minev, e além de tudo, porque eu sou o único que não tem um Summon? Todos os 7 prodígios ganharam dos sacerdotes e eu não! — perguntou indignado Mats.

— Filho, não tem nada de errado com você, e seus poderes podem vir de algum ancestral que nunca conhecemos, talvez o primeiro Inorram? Nossa família tem muitos descendentes – respondeu Prays.

— Mãe, não faz sentido, eu sei que estão escondendo algo, só quero que me contem a verdade.

Prays começa a pensar e faz um sutil sinal para Vlad “Vlad, não sabemos o que vai acontecer, sobre o que as Matriarcas disseram hoje mais cedo, acho que está na hora de contar”.

Na mesma hora Vlad faz leitura da mente de Prays e acena com a cabeça.

— Filho, tudo bem, a verdade é que seu pai de sangue morreu quando você era apenas um bebe, nem tinha feito 1 ano, seu vigor e velocidade fora do normal vem dele, um dia ele saiu em uma missão e nunca mais voltou, como seu pai não era de Inorram, as Matriarcas preferiram esconder isso de todos vocês, por isso nem Guildor ou Lana sabem, eram apenas crianças também, felizmente quando você tinha uns 3 anos conheci Vlad e nos apaixonamos...

— O QUE? Meu pai não é o Vlad? Ele morreu? E nunca me falaram?

— Filho... só queríamos proteger você Mats!

— Então você não é meu pai, pai?

— Eu sempre vou ser seu pai meu filho, não importa o meu sangue, te protegerei com minha vida e isso nunca mudará, está me ouvindo?

— Mas e meus olhos, ele também tinha olhos dessa cor?

— Não filho, e nunca soube de alguém com olhos assim... mas são lindos, especiais, tenho certeza que são um dom! — Elogiou Prays.

— Eles as vezes doem e eu sonho com coisas e lugares que nunca vi e sempre terminam com esses olhos vindo pra cima de mim, então acordo, eles são uma maldição.

— Prometo que vamos descobrir e te ajudar meu filho! — Respondeu Vlad

— Mas porque nunca me contaram, eu passei todo esse tempo sozinho tentando desvendar, achando que era diferente, que sou injustiçado.

— Mats, não queríamos que soubesse pois ainda não estava pronto.

— Mas mãe... muita coisa, mas e o Summon, o que tem haver?

— Bom sobre o Summon, os sacerdotes do reino da Luz disseram que havia uma profecia que nasceriam 12 prodígios que seriam o equilíbrio no Plano, um ano antes de Lana e Guildor nascerem surgiram no mundo alguns ovos místicos, aleatoriamente, e como são ligados com plano espiritual o reino da Luz, percebeu o surgimento, diziam que tinham energias incrivelmente poderosas, que não pareciam ser deste mundo, e segundo eles, acreditavam que poderiam ser conectados a profecia, conforme foram nascendo, sentiram que alguns desses ovos tinham energia parecida com a de vocês, porém acharam apenas 7 ovos, então quando Lana nasceu, ela ganhou um ovo que tinha uma energia ou poder parecido com ela, assim foi com todos, os sacerdotes vieram entregar pessoalmente cada ovo para vocês como presente de nascimento, Lana ganhou o cão de fogo, Guildor ganhou os pássaros de aço, Mavie ganhou o coelho da água, Aniya o cão de lama, Minev ganhou o leão feroz, Jay-Jay, o cão voador, e Corbin o robô, por algum motivo desconhecido, nenhum dos 7 ovos teve uma ligação com você, nem energia parecida, então como já tinha sido entregues dois dos sete ovos, os sacerdotes tentaram um por um dos restantes, vendo qual você se conectaria, mas mesmo bebe rejeitava qualquer ovo que colocasse do seu lado, chorava e gritava sem parar, até tirarmos eles de perto, porém descobriram também, que com energia similar aos ovos, haviam encontrado duas adagas negras, e a elas você não reagia, na verdade te acalmava, então deixamos elas com você e os ovos com os demais — contou Prays.

— Ah justo eu, é sempre comigo, que injusto, as adagas são muito boas, parecem indestrutíveis, não passa de uma arma resistente, mas não é um animal gigante que cospe fogo, ou que voa...

— Filho, nós te amamos, e sempre te amaremos, sei que criamos uma tormenta em seus pensamentos com tudo que revelamos, mas sabemos que você é especial e nada injustiçado, mas falamos disso depois, ok? Vamos para o jantar que podem estar nos esperando — disse Vlad.

— Tabom pai, eu amo vocês, obrigado por abrirem o jogo e me contarem a verdade.

Todos estavam reunidos no Jantar, no grande salão, com exceção das Matriarcas, elas dormem cedo, então é comum não as ver tanto.

Enquanto todos conversavam e riam, os líderes contavam história para ao mais jovens, sobre a infância de cada um, todos estavam felizes, em união, coisa que prezavam muito no reino.

Passado algum tempo no jantar, alguns guardas adentraram o salão, entre eles estava Lewis, com certo nervosismo.

— Meus lideres, me desculpem a interrupção, venho lhe informar que o novo rei dos Brutamontes, Monghar, está no portão do reino e querem conversar diretamente com as Matriarcas, disseram que não...

— Garotos vão para seus quartos — interrompeu Vlad.

— Mas pai...

— Eu disse para irem pro quarto agora.

—Tabom, podem deixar eu os levo — respondeu Guildor.

Guildor havia percebido a tensão no ambiente, e com seu espírito de evitar confusões chamou a todos os mais jovens, e os empurrou para fora do salão, os levou até seus quartos, até que no caminho, todos começam a cochichar e reclamar:

— Que saco, sempre nos tiram nas melhores horas — reclamou Corbin.

— O que será que o novo rei dos Brutamontes quer, para vir aqui pessoalmente? — questionou Aniya

— Gente vamos deixar essas coisas para os adultos, não é mesmo Lana, Mats!? — tentou amenizar Guildor.

— A verdade é que eu queria estar lá também — respondeu Lana — já somos grandes o suficiente para lidar com os problemas do reino também.

— Mats? — procurou Guildor olhando em volta.

Quando olham em volta Mats já não estava entre eles, havia sumido sem ninguém perceber.

— Ihhhh já sumiu, e lá se vai o curioso — disse Mavie.

— Ah não não não, todos para o quarto e não saiam, Lana e Robin, me garantam que não deixarão ninguém sair.

— EU? — perguntou Lana

— Sim você, é a mais velha, vou atrás do Mats antes que faça alguma bobagem.

— Pode deixar Guildor eles não irão a lugar algum! — Respondeu Robin

— Valeu Robin!

“Mats sempre dando trabalho, espero que não faça nenhuma cagada”, pensou Guildor saindo correndo.

No salão os líderes discutiam o possível motivo desta visita inusitada, era incomum um rei ir até outro reino sem um aviso, ou alguma mobilização gigantesca.

Além disso no passado, os Brutamontes estavam passando por muitas dificuldades com alimentos, e dinheiro, tinham sido punidos por todo o conselho do Plano, por seus atos de violência.

O Conselho, era formado por líderes de inúmeros reinos de seres com capacidade de intelecto e comunicação, uma forma de todos os líderes se reunirem e discutirem medidas para manter a paz e equilíbrio no Plano, claro que não iam todos, mas a grande maioria.

Porém as Matriarcas muito bondosas e com pena dos inocentes, decidiram os ajudar com isso, fazendo um tratado de paz com os Brutamontes, e um dos acordos eram eles não usarem a violência sem motivo, em troca Inorram os ajudava com alimentação e na reestruturação de seu reino, os defendendo para o Conselho.

— O que será que eles querem? Vindo aqui pessoalmente, ele ficou louco? Sabe que temos um tratado com o reino deles — indagou Grace.

— Não sei o que querem, mas acho bom nem ouvirmos, sempre estão metidos em confusão, com certeza estão atras de outra... — completou Prays.

— Se não soubermos o que querem agora, não saberemos como se preparar para algo que estejam planejando — contrariou Vlad.

— Vlad tem razão, os tragam até... — dizia Calum quando foi interrompido.

— Não precisa se incomodar, já entramos mesmo, HAHAHAHAHA — disse Monghar aparecendo na porta principal do salão com alguns de seus soldados.



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