Prodigy Brasileira

Autor(a): Matheus Marroni


Volume 1

Capítulo 7 - 1 X 1

— Os irmãozinhos estão discutindo estratégias para vencer? — apareceu Lana perguntando.

— Não é preciso estratégia para vencer, Lana — respondeu Mats virando seu olho para ela.

— Hm, você é muito convencido, mas saiba que eu ganhei do Guildor.

“Lana ganhou do Guildor? Mesmo sem entrar naquela forma, Guildor é um tanque! Lana deve estar muito poderosa”. — Eu duvido, Guildor deve ter deixado, e outra, eu também ganho dele.

— Vamos testar agora quem é o mais poderoso?

— Pelo amor do Senhor, vocês querem incendiar o nosso barco? Para começo de conversa nenhum de vocês me venceu, e segundo vamos guardar energias para o treino — disse Guildor.

— Hm

— Hm

— Lana e Mats, parem os dois, vocês precisam perder esse ego de vocês para evoluírem! — disse Robin.

— Ele que começou.

— Não importa, vocês são primos e precisam se ajudar, não se atacarem.

— Eu acho que Lana ganharia essa — cochichou Mavie.

— Minha irmã ganharia mesmo, ela tem poder de fogo cara, é o mais legal de todos — completou Jay-Jay.

— Será? Porque seria capaz de apostar tudo no Mats, ele é muito rápido, e analisando friamente o combate ele teria mais chances, ainda mais que estamos em um barco rodeado por água — respondeu Corbin.

— Bom, não importa, estão levando isso a sério demais gente, para que isso? —  Disse Aniya.

Ambos foram para os cantos, e a tensão se dissipou.

“Eu poderia ter tentado usar meu poder no Mats para tentar o acalmar, perdi a chance, mas será que eu conseguiria? “pensou Minev.

Robin se aproximou de Lana, que estava na proa, ela estava irritada, mas ele gentilmente se aproximou e colocou a mão em seus ombros.

— O que foi aquilo? — perguntou Robin.

— Toda vez que tento me aproximar de Mats, brigamos!

— E porque você acha que acontece isso? Já parou para pensar?

— É porque ele é ele! Ele é orgulhoso, competitivo, teimoso, sádico, acha que o mundo gira em torno dele, tudo vira uma competição para ele se mostrar ser o melhor!

— E você não acha que isso foi uma auto-descrição também!?

Lana ficou em silêncio por um tempo, até que esbravejou algo.

— Foi só um comentário, vocês dois são bem iguais, e está tudo bem, agora relaxa, e aproveita essa linda paisagem.

Então Lana olhou para o lindo mar cristalino a sua frente, abriu os braços e começou a sentir a brisa do oceano em seu rosto, a paz, um lugar sem barulho, com uma vista incrível, Robin então segurou sua cintura.

— Se sente livre?

— Robin, eu estou voando!

À medida que o navio navegava pelas águas cristalinas, era possível avistar a vida marinha, como golfinhos saltando e nadando ao lado da embarcação, a paisagem começou a mudar gradualmente, a vegetação se tornou mais exuberante e densa, com árvores altas e frondosas que pareciam tocar o céu. A brisa marítima trazia consigo o aroma fresco das flores e plantas tropicais, enchendo o ar com uma fragrância suave e revigorante.

Depois de um pouco mais de um dia navegando, finalmente apareceu no horizonte o reino de Allub, um reino fantástico, com construções enormes.

— ESTAMOS CHEGANDO! — gritou Robin.

À medida que o navio adentrava o porto de Allub, os viajantes foram recebidos por uma vista deslumbrante da cidade. As construções eram majestosas, com arquitetura única e detalhes intricados. As ruas eram movimentadas, cheias de pessoas de diferentes raças e culturas, criando uma atmosfera vibrante e cosmopolita.

A cidade de Allub era cercada por uma paisagem deslumbrante, com montanhas imponentes ao fundo e um mar azul-turquesa que se estende até onde os olhos podem ver. As praias de areia branca são convidativas, convidando os viajantes a relaxar e desfrutar do sol tropical.

No horizonte, é possível avistar ilhas exóticas e misteriosas.

Ao atracar o navio no cais de Allub, lá estavam Jorel e Claire, junto com todos os servos do reino para uma recepção calorosa aos jovens.

— SEJAM BEM VINDOS! — gritou Jorel.

— Como é bom finalmente ver todos vocês crescidos, que bom que vocês estão bem, quanto tempo desde que fomos a Inorram. — disse Claire.

— Mãeeee — disseram Jay-Jay e Lana.

— Mãe que saudade, espero que não tenha mexido nas minhas coisas, vamos Corbin, quero te mostrar tudo — disse Jay-Jay entusiasmado

— Mãe quero te apresentar o Robin, e vou ser direta, já faz um tempo, eu e eles estamos namorando...

— NAMORANDO? —gritaram todos com exceção de Mats e Minev.

— Aí, eu vou desmaiar — completou Mavie.

— Der, como vocês não notaram antes? — disse Minev.

— Prazer Robin, vemos que nossa filha tem um excelente gosto, um rapaz bonito e forte — disse Claire o abraçando.

— Prazer Robin, antes de tudo prometa que sempre irá cuidar de nossa garotinha com sua vida — respondeu Jorel.

— O prazer é meu, meus senhores, me desculpem só saberem agora, não tivemos oportunidades de contar antes, e pode deixar, jamais algo ruim acontecerá a ela em minha presença.

— Não se preocupe, se Calum e os demais te receberam no reino, sei que tem bom coração — respondeu Claire.

— E como estão nossos prodígios? É uma honra receber vocês, sintam—se em casa, um guarda os acompanhará até seus aposentos — disse Jorel.

— E não pensem que vieram aqui para brincar, vieram treinar e exigiram que fôssemos bem rigorosos — completou Claire.

— Uhuuu, tia, onde é o bar? — perguntou Mavie.

— MAVIE! — todos gritaram.

— Ai ai ai ai, tabom tabom.

— Não vejo a hora de descansar, quase 2 dias em um barco — disse Minev bocejando.

— Você dormiu esses “quase dois dias” Minev — respondeu Aniya.

— Minha filha, eu estava repousando o meu corpo apenas e não minha alma.

— Vamos, entrem, se alojem e se arrumem, o almoço já está sendo preparado, devem estar famintos, hoje terão o dia para descansar — finalizou Claire.

Todos estavam cansados, uns mais que outros, mas todos felizes e ansiosos do que estava por vir.

Em Inorram, algumas horas após a chegada em Allub, chega uma águia com um recado:

— Recebemos o recado, chegaram bem! — disse Calum.

— Que bom, agora que estão fora de perigo, precisamos terminar a estratégia, alguma notícia de Grace e Rosie?  — Perguntou Vlad.

— Ainda não... espero que estejam bem.

— Elas saíram fazem três dias, devem ter chego ao templo, em dois dias devem estar de volta, e temos quatro até os Brutamontes aparecerem — respondeu Prays.

— Vamos reforçar os guardas em pontos de entrada, os que conseguem se esconder com facilidade colocamos do lado de fora do reino para vigiar as estradas — disse Vlad.

— E as Matriarcas, falaram algo?

— Nada de novo, só que já sabiam que alguém viria atrás deles, mas não sabiam quem e nem como sabem sobre os meninos.

— Se nem elas sabem... só nos resta esperar por notícias de Grace e Rosie.

— De qualquer forma coisa boa não nos espera, nossos homens tem poderes, mas muito menos que nós, e não sei se nós, daríamos conta de Monghar — disse Calum.

— Vamos conseguir, sempre demos um jeito para tudo! — Respondeu Prays.

— Vou organizar os soldados e passar as instruções.

No dia seguinte em Allub, após um café da manhã reforçado, Jorel chamou os jovens para uma arena preparada exclusivamente para eles.

— Antes de irmos vamos passar para vocês a primeira parte do treinamento, vocês lutaram entre si. — disse Jorel, pegando a todos de surpresa.

— O que???? — gritaram todos.

Mats e Lana já se encararam logo que ouvem isso.

— Sim é isso mesmo que se ouviram. Na segunda parte se enfrentarão em duplas, cada dupla será composta por adivinhem... isso os irmãos.

— Eu e o Corbin? Ai já perdemos — disse Mavie frustrada e fingindo choro.

— Já perdemos mesmo, por sua causa sua mané, eu sou o gênio aqui e ganharia de qualquer um se não fosse me atrasar — respondeu Corbin.

— Aham, tabom Corbin — finalizou Mavie.

Mas antes de se enfrentarem em dupla, hoje cada irmão se enfrentará, para conhecerem melhor o poder do parceiro de vocês, e aprenderem como podem combinar seus poderes.

— Aiaiai, se prepara tampinha vou fritar os sistemas de seus robôs — disse Mavie.

— Manda ver pateta, se você acha que eles não são a prova d’água — respondeu Corbin.

“F*#eu, e no fim, eu vou mesmo ter que lutar contra o Mats...” pensou Minev.

A primeira arena onde cada irmão iria se enfrentar era conhecida como a Arena dos Gladiadores. Localizada no coração da cidade, a arena era um imponente coliseu cercado por paredes altas e impenetráveis. Sua estrutura era feita de pedra e metal, transmitindo uma sensação de solidez e resistência. No centro da arena, havia um grande palco elevado, onde os irmãos se enfrentariam. O palco era quadrado e simples, mas ideal para combates 1 contra 1.

A arena era rodeada por assentos para os espectadores, pessoas do reino todo tinham ido ver os duelos, e podiam acompanhar as batalhas de perto. Mesmo ninguém sabendo quem eram eles, adoravam ver uma boa briga.

A arena também contava com um narrador, que deixavam as batalhas mais emocionantes, além de telões enormes em toda arena, pegando os mínimos detalhes.

 — Essa é nossa arena, onde ocorrerão os duelos entre vocês, primeiro vocês terão que conhecer todo o poder do seu companheiro. Os duelos acontecerão durante todo o dia, e terminará quando um de vocês desistirem e/ou assumirem a derrota. Lembrem—se que é um treino e vocês são irmãos, não exagerem, mas de qualquer forma temos uma equipe curandeira preparada para tudo, o primeiro duelo será entre Mavie e Corbin — disse Jorel

— Nossa vamos ter tudo isso de plateia? Já está me dando dor de barriga — disse Corbin.

— É bom para todos verem a beleza do combate — respondeu Lana.

Tanto Mavie quanto Corbin desceram as escadas de lados opostos, onde entraram em um túnel que os levava até o palco do combate. Os dois surgiram no palco, e a plateia já foi a loucura entusiasmados e assim começaram as apostas.

Os dois se encararam antes da luta começar.

— Estão Preparados? Comecem! — gritou o narrador da Arena.

— Até narrador tem, que demais — disse Guildor.

Corbin estava confiante em sua armadura, que havia sido um sucesso em testes anteriores. Mavie, por sua vez, estava empolgada e determinada a provar sua força.

Ambos invocaram seu Summon, Anaho, o coelho de água; e M.D.T., o robô.

Mavie partiu pra cima montada em Anaho, soltando jatos de água que estavam saindo da boca do coelho, rapidamente M.D.T se transformou em inúmeros micros robôs e se espalhou pelos ares, enquanto Corbin desviava dos jatos de Mavie.

Se aproximando de Corbin, Mavie pulou com um bastão de água, e começou a fazer ataques.

“Ela é muito rápida no combate físico, não tenho chances assim, e ela não me deixa extrair o potencial de minha armadura, preciso pensar em algo... já sei!” pensou Corbin.

Quando Corbin ia ser acertado por não conseguir desviar, alguns dos robôs o protegiam no momento do impacto, e com isso tomava o dano e eram destruídos.

— Até quando seus robôs vão te salvar Corbin? — perguntou Mavie, “Estão acabando os robôs, logo estará sem nenhum e pelo visto, não está conseguindo se concentrar para criar novos... vou continuar pressionando”.

Mavie continuou tentando acertar Corbin que só desviava e era salvo por suas criações, a luta parecia mais um ataque contra defesa, do que um duelo, quando Mavie decidiu lançar um Jato de Água muito forte, obrigando os robôs restantes se unirem para proteger Corbin, gerando uma explosão e muita fumaça, Corbin não havia reparado, Anaho estava em suas costas, e então disparou um projétil de água e o atingiu em cheio, o jogando longe e o fazendo cair deitado no chão, sua armadura estava toda danificada.

Todos assistindo pensaram que Corbin tinha sido derrotado, não conseguiam mais vê-lo no meio da fumaça.

Em meio ao vapor que foi se dissipando, a silhueta de Corbin estava deitada no chão.

— HAHAHAHA EU VENCI!  Gritou disse Mavie.

— Olhe para cima Mavie — disse Corbin com a voz fraca.

Todos olharam assustados, havia centenas de robôs no céu.

“O que? Ele estava esse tempo todo construindo robôs, enquanto me distraía com os que o defendia” pensou Mavie.

— Agora avancem bots! — deu a ordem Corbin

Então todos eles desceram em direção a Mavie. — Anaho! — gritou ela. O coelho se juntou ao seu lado!

— Onda de verão! — Gritou Mavie criando uma onda gigante em sua frente, engolindo os robôs que tentaram passar para acertá-la. “Ufa, achei que passariam” pensou ela aliviada.

— AGORA! — gritou Corbin.

Os robôs se explodiram juntos, criando uma grande explosão jogando Anaho para um lado e Mavie na direção de Corbin. Ela então se levanta bem ferida, com muitos machucado e parte de sua roupa danificada, foi caminhando em direção ao já cansado Corbin, lhe deu uma rasteira que o derrubou no chão.

— Perdeu Corbin! — disse ela com uma espada de água em suas mãos!

— Acho que hoje não! Corbin revela seu punho com uma espécie de luva, e aplica uma descarga elétrica pela espada, fazendo com que Mavie caísse inconsciente!

— Vitoria de Corbin! — gritou o narrador.

A plateia foi ao delírio, levantaram, aplaudiram e gritaram o nome de Corbin.

— Caramba Corbin, parabéns, você está muito forte —gritou Guildor entusiasmado.

— Parabéns pirralho, foi genial — comemorou Lana.

— Caramba gente, quem diria que Mavie perderia para Corbin, no entanto ele é muito inteligente, e já devia ter se preparado para isso — constatou Aniya.

— Foi exatamente isso, ele se preparou, mas foi durante a batalha que teve a ideia de adicionar as explosões aos robôs. Eu vi tudo! — completou Minev.

“Corbin é mesmo genial! Mavie tem um poder maior e ele compensou isso com sua inteligência!” Pensou Mats. — Parabéns garoto.



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