Prodigy Brasileira

Autor(a): Matheus Marroni


Volume 1

Capítulo 17 - O Resgate

Logo que acordaram se organizaram e continuaram até chegar nas mediações do reino dos Brutamontes.

Os três se esconderam em moitas a uma certa distância para não serem vistos, e começaram a pensar em uma estratégia, porém não conseguiam ver nenhum ponto de entrada, a não ser pela grande ponte.

Era uma ponte comprida e larga, suspensa sobre um grande abismo, com pilares altos e robustos que sustentavam a estrutura. A ponte era feita de pedra escura e resistente, guardada por soldados brutamontes, que estavam sempre alertas e prontos para defender o reino de possíveis invasores. A atmosfera ao redor da ponte era tensa e opressiva, com pouca iluminação e uma sensação de mistério e perigo. A entrada para o reino dos Brutamontes era um portal imponente, com portões de ferro maciço e detalhes em ferro forjado. O portal era decorado com símbolos brutamontes, como machados e escudos, representando a força e a ferocidade do povo do reino.

Ficaram um tempo observando quem entrava e saía do reino, mas perceberam que era apenas soldados com tesouros e criaturas acorrentadas capturadas por eles.

— É parece que vamos ter que encarar de frente, vai ser trabalhoso enfrentar tantos soldados — disse Guildor.

— Daremos conta, eu acredito — respondeu Lana.

— O problema será Monghar — completou Mats.

— Bom, então vamos nessa, não tem muito o que se fazer, cada um cobre o outro.

— Vamos lá.

Deixaram os cavalos em um local seguro, e foram até o início da ponte, os três apareceram de peito aberto, com seus trajes, todos os soldados da ponte olharam para eles, tendo suas atenções.

— Queremos falar com Monghar — disse Guildor.

— E por que acham que Monghar iria querer falar com vocês crianças, querem ser escravas tão cedo? — Perguntou um dos guardas.

— Diga ao seu rei, que os prodígios estão aqui!  — gritou Lana.

Quando falaram isso, os soldados começaram a se olhar, ficaram com dúvidas do que fazer. Mas um dos guardas foi até o castelo e disse a Monghar. Então o soberano dos Brutamontes rapidamente apareceu em cima do portão do reino, ao fim da ponte.

— As crianças vieram se juntar aos pais? HAHAHAHAHA — gritou ele.

— Então eles estão aqui? — perguntou Mats.

— Ah o garoto revoltado... Sobre isso terão que vir aqui ver.

— Porque trouxeram eles para cá? Qual foi motivo? — Perguntou Lana.

— Ah você eu ainda não conhecia bonequinha, vai ser uma ótima servente.

— Deixa disso Monghar, responda nossas perguntas e os libere, o que querem? — Perguntou Guildor.

— VOCÊS! VOCÊS SÃO O MOTIVO DE TUDO! E VOCÊS SERÃO MEUS ESCRAVOS HAHAHAHA.

— Bom, se é a nós que querem, então encontraram, e só para avisar, nós seremos seus... seus maiores pesadelos — respondeu Lana.

— HAHAHAHAHA, MEUS GUERREIROS, HORA DA DIVERSÃO, OS DEIXEM VIVOS!

Soldados de todo reino iam se posicionando na comprida ponte, era um exército de aproximadamente 300 soldados. O três começaram caminhando lentamente contra o exército, os primeiros soldados vinham com suas armas empunhadas, mas com apenas um golpe eram derrotados, então começaram a vir em bando, e ai começou a batalha, eram muitos, mas os três conseguiam ir os derrotando sem muitas dificuldades, Guildor com sua força, ia os esmagando e jogando para fora da ponte, Lana ia criando rajadas e bolas de fogo os queimando, Mats com suas adagas e velocidade, ia os degolando sem terem tempo para reagir, mas conforme avançavam, mais e mais soldados apareciam, então Guildor e Lana invocaram seus Summons, e um pouco a cada vez foram avançando a ponte.

Quando já estavam se aproximando do portão, algo caiu de cima dele, toda a ponte  tremeu e levantou uma grande poeira, dificultando ver o que era, todos ficaram olhando, os soldados e os prodígios, até que um dos soldados abriu um sorriso e gritou — vocês estão mortos agora hahahaha.

Era Goliath, o guerreiro Brutamonte mais forte de Monghar, ele era muito grande, quase três metros de altura, com uma estrutura corporal robusta e musculosa. Seu corpo era coberto por uma pele grossa e áspera, com tons de cinza escuro e inúmeros desenhos tribais em todo seu corpo, não possuía cabelo e tinha uma grande barba, empunhava um grande machado e uma espada em suas mãos.

— HAHAHA foram bem até agora, mas assim como seus pais não aguentaram passar dele, vocês também não passarão! — gritou Monghar confiante.

“Então foi ele o responsável, ele que derrotou nossos pais, chega de só ameaçar” pensou Mats avançando e derrotando mais alguns soldados até chegar em Goliath.

— Mats não! vamos juntos — gritou Guildor.

— Que droga, são muitos não consigo alcançar ele Guildor — disse Lana.

— HAHAHAHA esse ai tem personalidade mesmo, eu já o conheço, se ele acha que Goliath...

Enquanto dizia isso Mats deu uma arrancada muito veloz em direção a Goliath

— CORTE RELÂMPAGO! — Disse ele fazendo suas adagas serem impregnadas por raios pretos.

A cabeça de Goliath voava pelos ares, enquanto seu corpo permaneceu em pé, após ser decapitado com um único golpe de Mats.

Monghar ficou em choque, estava assustado com o que acabara de ver. Mats  o olhou com seus olhos violetas brilhando — Cansei de só ameaçar, você é o próximo.

“COMO ESSE GAROTO CONSEGUIU?” — Soltem as bestas! — gritou ele entrando para dentro do castelo.

Guildor e Lana se juntaram a Mats, impressionados com o seu poder.

Quando de repente duas bestas gigantes caíram, um mamute e uma serpente.

A serpente rastejou com extrema velocidade em direção a Mats, mas Kieja pulou em cima dela, a abocanhando logo abaixo da cabeça, Lana lançou inúmeras bolas de fogo que não pareciam a afetar muito.

O mamute foi  em direção a Guildor que tentou o parar segurando suas presas, mas acabou sendo jogado longe com o balançar de sua cabeça, Coti e Cotê voavam e tentavam bicar o mamute que os rebatia! Então Guildor os chamou de volta para dentro de si.

Suas mãos foram revestidos por metais, uma de cada cor, o mamute partiu para cima novamente, mas dessa vez Guildor desviou para o lado e acertou um soco em sua cabeça dizendo — punho de ferro!

Fazendo o mamute desequilibrar, Guildor começou a dar inúmeros socos no flanco do mamute, que foi sendo jogado para trás, porém em um chacoalhar de cabeça jogou Guildor também no chão “Uhh, vai ser difícil, mas vamos para mais um round”...

— Vai, te encontramos lá dentro, ele pode fazer alguma coisa enquanto estamos aqui — disse Lana para Mats

— Tem certeza? — respondeu Mats.

— Daremos conta e te encontramos em um minuto, não faça besteira.

Mats foi castelo a dentro, derrotando um a um os soldados que apareceram em seu caminho, até chegar no castelo. Monghar correu para seu trono, mandando seus soldados restantes guardarem a porta e não deixar ninguém entrar, ao se sentar no seu trono para pensar no que fazer, sua porta foi arrebentada com seus soldados, Mats já estava ali.

— Onde estão eles? — perguntou Mats, com raiva em seu olhar.

— HAHAHAHA, só porque chegou aqui acha que pode fazer o que quiser? Vem descobrir garotinho — disse Monghar retirando sua capa e revelando algumas partes de seu corpo de metal.

— Você é mesmo uma aberração.

Do lado de fora, ainda na ponte, Lana e Kieja atacaram em conjunto a esquiva serpente, que conseguia se esquivar e contra-atacar, ela rastejou velozmente pra cima novamente de Kieja e o abocanhou no pescoço, Kieja rugiu de dor, a serpente começou a se enrolar nele, o esmagando, mas enquanto estava sendo abocanhado seu olhos começaram a sair chamas, e consequentemente seu corpo inteiro, as chamas foram queimando a boca da serpente que o largou, recuando, “A escamas protege ela do fogo, suas partes mais sensíveis será seu olhos, boca e ventre” pensou Lana — Kieja, vamos, segure ela o máximo que der.

Kieja então correu em direção a serpente que o acertou um jato de veneno em sua pata, a queimando, mas Kieja conseguiu morder a serpente, então a serpente começou a lhe enrolar novamente,  que não soltou, mesmo sofrendo.

— Valeu amigão, desculpa demorar — disse Lana com suas duas mãos em chamas.

Então pulou em cima de Kieja mirou nos olhos da serpente, e os acertou com duas rajadas de fogo, até a cobra morrer queimada por dentro, soltando assim Kieja, logo em seguida quando a cobra caiu no chão, Lana deu um soco em seu ventre, que ao acertar o golpe, uma labareda de fogo subiu, fazendo um buraco no abdômen da cobra tendo certeza de que estava morta.

Enquanto isso Guildor já com bastante ferimentos contra o Mamute, foi o socando com seus punhos de ferro, mas nada derrubava o gigante.

— Vá até Mats, o ajude, isso aqui eu dou conta — ordenou para Lana.

— Estou indo então.

Lana e Kieja já estavam exaustos, fazendo ele voltar para o corpo de Lana, mas ela partiu reino adentro, atrás de Mats e Monghar.

Guildor percebeu que só com socos não conseguiria se livrar do mamute gigante, então pensou em algo, começou a atrair o mamute para a ponte, se esquivando de suas investidas e presas, Guildor, estava cansado também, mas sabia que precisava de mais uma oportunidade, ao se esquivar de um investida do animal, o golpeou novamente na cabeça, na região de seu ouvido esquerdo, com um soco tão forte que fez o Mamute perder o equilíbrio, e depois de um soco no flanco, o empurrando mais para a beira da ponte, com o animal se levantando, pegou uma distância e correu se atirando contra ele, o jogando ponte abaixo, mas no processo caiu junto, pois a beira da ponte se desfez com o peso do animal e dos golpes.

Na sala do trono de Monghar, Mats o atacava sem piedade, seus olhos brilhavam conforme se mexia, parecendo múltiplos raios, vindo de diferentes direções, cortando Monghar em vários locais, que não conseguia acertar um único golpe, e caiu de joelhos ao ter suas pernas feridas.

— Acabou Monghar, me fale onde eles estão, o que fizeram com eles?

— Garoto insolente, acha que isso é algo? Eu não vou perder para um garoto, eu nunca perdi uma batalha, eu sou Monghar! AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH — Monghar começou a gritar.

Mats deu um pulo para trás, o corpo do soberano Brutamonte começou a aumentar de tamanho, suas veias saltaram pelo seu corpo, e ele entrou num estado de fúria, partindo pra cima de Mats novamente, agora Mats o acertava, causando cortes em sua pele, mas ele não parecia sentir dores, e não parava de atacar, estava mais rápido e forte, e com isso acabou acertando Mats quando ele tentou uma investida.

 “O que esse cara tem? Ele ficou mais forte, mais rápido, e não sente meus golpes?”  pensou Mats antes de ser acertado com um soco no tórax, mas antes do impacto conseguiu por seus braços como defesa, sendo jogado até a parede que foi rachada com seu corpo.

Mats começou a tossir sangue, “outro desse e eu morro, acho que quebrou minhas costelas, eu não consigo respirar direito, preciso me mover”. Monghar avançava em direção a Mats, o pegou pela cintura — agora seu insolente, verá o que é um rei de verdade!

Mats impregnou as adagas com os raios negros e as enfincou no ombro esquerdo de Monghar que gritou de dor e o arremessou novamente, Mats não conseguia se mover, foi levantando devagar, mas Monghar já estava em cima dele dando um soco em sua cabeça.

—Morra insolente, se junte ao seus pais!



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