Prodigy Brasileira

Autor(a): Matheus Marroni


Volume 1

Capítulo 12- Reestruturação

Apesar das dificuldades, os jovens permaneceram determinados a reconstruir o reino e proteger seu povo. Eles buscaram fortalecer a união entre os habitantes, explicando a situação e convencendo-os de que eram da realeza e estavam ali para ajudar.

A invasão de Monghar deixou marcas profundas no reino. A perda de vidas e a destruição causaram um impacto emocional e psicológico na população. Os cidadãos estavam traumatizados e com medo de novos ataques.

Os prodígios começaram a reconstruir o estrago, Guildor deu uma função a cada um para isso.

Corbin e Jay-Jay ficaram ajudando o povo a reconstruir os edifícios e casas, Aniya ficou encarregada de cuidar dos feridos.

Robin e Lana ficaram procurando desaparecidos, e até saíram do reino para observar as proximidades.

Mavie ficou no quarto observando Mats e Minev.

Os navios enviados por Allub também chegaram e começaram a ajudar a reconstrução.

Com o passar do tempo, o reino de Inorram começou a se recuperar lentamente. As ruínas foram removidas, os edifícios foram reconstruídos e a vida voltou ao normal aos poucos. A população se uniu para reconstruir e o reino começou a prosperar novamente.

Passados alguns dias desde o incidente, Guildor e os demais prodígios, com exceção de Mats que ainda estava inconsciente e Minev que havia acordado, mas ficou o observando, estavam reunidos na sala do trono, ainda tentando digerir tudo que estava acontecendo e buscando uma resposta.

— Vamos ser otimistas, não encontramos os corpos, talvez ainda estejam vivos — disse Robin

— Mas se estão vivos e não aqui, quer dizer que foram capturados, e se estão capturados precisamos saber onde e o porquê — respondeu Guildor.

— Sim, garotos, temos que entender o que está acontecendo, mas antes precisamos reestruturar o reino, rumores sobre o que aconteceu aqui vão se espelhar, e se não tiver reestruturado, vão querer dominar esse território, precisam se concentrar aqui, para não perderem tudo pelo qual seus pais lutaram. Sei que não será fácil, mas deixaremos soldados para ajudar vocês para o que precisarem, mais uma coisa, assim que partiram chegou uma carta de Vlad, as Matriarcas não morreram na invasão, elas morreram no dia anterior, de forma tranquila. Eu sei que isso já estava sendo conversado, mas não tiveram a chance de dizerem a vocês, precisam ter um novo rei, ou pelo menos uma nova face pro reino, sei que vão governar juntos, mas por questões políticas e burocráticas é melhor que tenham um nome — disse Jorel.

— Pai, eu sou a mais velha, acredito que eu seja a primeira opção... — disse Lana.

— Filha, como instruído, isso caberá a vocês decidirem, as coisas se acalmaram, então estou retornando a Allub, qualquer coisa que precisarem, nos avise, sempre serão bem vindos em nosso reino.

— Mas... tudo bem, tchau pai, bom retorno.

— Muito obrigado por tudo Jorel, estaremos sempre à disposição também —disse Guildor.

—Ele está certo, se não nos reestruturarmos, vão achar que nosso reino está enfraquecido e sem “dono”, poderemos sofrer ataques — pontuou Aniya.

— Sim, então precisamos decidir um novo rei.

No quarto de Mats, Minev já havia tentado ler a mente ou saber o que estava acontecendo a Mats, mas não aparecia nada, um completo vazio e escuridão, até que ele despertou, abriu os olhos assustado, e atordoado, não sabia muito bem onde estava. Minev então foi contando tudo aos poucos.

— As avós morreram? —perguntou Mats cabisbaixo.

— Sim, podemos ir nos despedir depois se quiser, eu ainda não fui também.

— E a mãe? Acharam ela?

— Não, nenhum dos líderes ainda foram encontrados.

“A profecia, era disso que estavam falando naquela reunião... isso significa que... Guildor!”

— Onde estão os demais?

— Estão na sala do trono.

Mats se levantou da cama com dificuldades, meio zonzo ainda, Minev o apoiou, ao abrir o guarda roupas, encontrou uma carta escrita por Prays

“Filho, sei que não respondemos tudo que queria saber, sei que não foi fácil absorver tudo que te contamos também, sei que ainda tem muitas dúvidas e irá atras delas, eu te conheço, desde antes de vir ao mundo, você é uma parte de mim, a que mais amo ao lado da sua irmã, eu não quero que você pense que está sozinho, que é diferente ou injustiçado, Mats você sempre me deu orgulho, sempre estava disponível e protegendo a todos, você é abençoado, e seu destino são coisas grandiosa, você sempre foi a luz do dia, a esperança, continue sempre nesse caminho, de justiça, sempre lute por quem não

pode lutar por si mesmo, esteja sempre do lado certo, não caia ao luxo, as tentações, não menospreze ninguém, não vá para escuridão, não ceda a solidão!

Eu não sei o que acontecerá, se estarei fisicamente com você, te acompanhando e vendo você crescer, mas saiba que SEMPRE estarei ao seu lado, te olhando e protegendo, cuide de Minev e dos outros, cuide do reino e da população, você sempre vai ser meu super herói, a mamãe te ama muito, do tamanho do céu espalhado, nunca se esqueça disso”.

Caiu algumas lágrimas de Mats e Minev na carta, Mats estava destruído por dentro, sua mãe sempre foi seu maior refúgio, sua protetora, que ele jurou proteger, e havia falhado, era isso que sentia, sua garganta doía, ele tentava resistir ao choro, sabia que não podia ficar de luto.

Deu um abraço a Minev, bem apertado e longo.

— Vamos encontrá-los, eu prometo — disse Mats — vamos nos encontrar com os outros, preciso falar com eles.

— Você está bem, para isso, o que aconteceu quando chegou ao castelo?

— Eu não me lembro o que aconteceu antes de eu apagar, mas agora, eu estava tendo uns sonhos esquisitos, iguais os que sempre tenho, mas parecia ser tão real, de um lugar que nunca vi.

—Eu não conseguia ver sua mente, estava tudo escuro, mas você não se lembra de nadinha antes de apagar?

—Não, a última coisa que me lembro foi de estar correndo até o castelo e não encontrando ninguém.

— Você estava gritando e socando o chão e do nada começaram a sair uns raios pretos do seu corpo, queimou até Guildor e a mim, você não nos ouvia, parecia estar ficando louco!

— Vocês estão bem? Realmente não me lembro, mas ontem eu fiquei muito furioso e desesperado, deve ter saído do meu controle... eu nunca contei para ninguém, mas eu tenho um poder do qual não consigo controlar, eu até consegui soltar ele em um treino por querer, mas tive que ficar me concentrando muito, e ele dói um pouco.

— Primeiro que não foi ontem, tem alguns dias que esta inconsciente e seg...

— DIAS?

— Sim.

— Vamos no encontrar com os outros, no caminho e você me fala mais desse poder, e porque nunca nos contou.

Estavam discutindo quem seria o novo rei, Corbin achava que devia ser ele, pois sempre foi o mais inteligente, Aniya achava que Guildor deveria liderar, Lana não aceitava ninguém se não fosse ela, Mavie preferiu não se meter...

— Eu mereço isso, sou a mais velha entre todos vocês, não é mesmo Robin?

— Olha Lana, entendo ser a mais velha, mas...

— Fique quieto, nem você me ajuda... — resmungou Lana — olha quem resolver acordar, já fale para eles Mats, que eu deveria ser a nova rainha.

— Então é isso que estão fazendo... Guildor será o novo rei, isso não está aberto a debate.

— O que? Todos se questionam, até mesmo Guildor

— Sabemos que nem eu e nem você servimos para isso Lana, somos impulsivos, e suas falas só corroboram isso, os demais são muito novos e não terão experiencia para aguentar a pressão, nem serão respeitados! Você governará Allub um dia, e eu escutei uma reunião entre as matriarcas e os líderes, antes de sairmos para Allub, que quando voltássemos, eles começariam a te preparar para ser o novo rei, pois você é tranquilo, responsável, sabe administrar seu tempo e bla-bla-bla que não vem ao caso agora, então lide com isso e perca a preguiça...

— Olhando por esse ponto eu acho que Guildor é a melhor opção — disse Mavie.

— Bom, eu não sei, eu sou a mais velha e forte...

— Lana, ser o novo rei, não significa ser o mais forte, você teria que abdicar de muita coisa, inclusive dos encontros com Robin, e como disse você será um dia Rainha...

— Então que seja o Guildor mesmo.

— Todos de acordo então? Guildor o novo rei — perguntou Robin.

Todos acenam com a cabeça.

— Vamos dar o comunicado a todos. Precisamos no preparar para uma cerimônia — disse Robin.

— Minev me contou tudo, precisamos encontrá—los, eu sugiro que Lana e Corbin sejam enviados até o reino dos Brutamontes, Lana é poderosa para se livrar de qualquer ameaça e conseguir fugir, Corbin pode criar micro robôs para espionar o reino deles em busca de algo — sugeriu Mats.

— É uma boa, mas, por enquanto não, Jorel nos disse que receberíamos visitas nada amigáveis, precisamos estar com o máximo de força possível.

Guildor também havia encontrado uma carta em seus cômodos, escritas por Calum, mas não a mostrou a ninguém, a carta dizia sobre o que aconteceria.

“Meu querido Guil, sei que ainda está cedo e você é muito jovem, também sei que não gosta muito de lidar com essas coisas, mas saiba que nós te amamos muito e confiamos o reino a você caso aconteça algo a nós, aja com responsabilidade e consciência de que não somos a prioridade de vocês, agora serão líderes, e toda população do reino confiarão em vocês, nosso reino sempre foi um farol para os injustiçados e oprimidos, temos que mantê-lo assim, cuide e eduque os mais jovens, os proteja sempre, e os console, vocês sempre foram o objetivos da invasão, eles querem vocês e não a nós, então caso esteja lendo isso, fomos capturados, mas não se preocupe, não nos matariam rápido, precisam de nós para atrair vocês, temos muitas dúvidas, mas saibam que vocês são mais importantes para o destino do Plano, do que nós, isso é o destino! Fiquem em paz e bem!”

— Mas se tiverem vivos, podem não ficar por muito tempo! — disse Mats

— Eu sei Mats, mas você me colocou no trono por ter mais reponsabilidades e não agir no impulso. Nós vamos os encontrar, mas agora precisamos defender nossa casa!

— Hm.

Passaram mais alguns dias, o reino estava quase todo reconstruído, a população vinha trazer presentes aos jovens e seu novo rei. Guildor decidiu abrir as portas do castelo em ocasiões especiais e festas, assim como era antes de seus nascimentos, agora que não precisavam mais se esconder de ninguém, a população adorou.

Guildor chefiou todos os prodígios como líderes de suas funções.

Minev ia ficar responsável pela inteligência do reino, ia ficar responsável por quem entra e sai, controlando o portão e verificando a intenção de todos que entravam.

Corbin ficou responsável pela segurança do reino, criou inúmeros sistemas de defesa e patrulhas robóticas.

Mavie e Jay-Jay ficaram encarregado do transporte, principalmente pelos mares e pelos ares, verificavam tudo que entrava no reino, animais, produtos, presentes...

Robin e Lana ficaram responsáveis por treinar os exércitos e liderá-los quando fosse necessário.

Aniya se tornou chefe médica do reino, cuidando dos doentes e dos feridos, treinou todo um setor médico com suas habilidades.

E Mats, foi nomeado o guardião do Rei, ficava o tempo todo com Guildor o protegendo e sendo seu braço direito. Além de ser ideal para a função, Guildor não queria perder Mats de vista, tinha receio de que ia atrás dos brutamontes sozinho.

Após a revelação de que conseguiam se comunicar com os seu Summons, todos treinaram juntos, os próprios Summons eram capazes de ensinar técnicas avançadas e poderes extraordinários, além de terem experiencia em combates, com isso evoluíram muito, e criaram técnicas poderosas. Mats por sua vez só podia treinar sozinho, com suas adagas, mas focou seu treinamento em seu poder secreto, os relâmpagos negros.

Guildor estava indo muito bem, era notável e surpreendente como todos amadureceram e mudaram em tão pouco tempo, pareciam adultos, mesmo os mais novos, porém as notícias se espalharam, de que o reino de Inorram perdera seus líderes e agora um jovem estava à frente, ninguém sabia sob tais prodígios, então achavam que Inorram estava enfraquecido, alguns reinos enviaram delegações para Inorram, parabenizando o novo rei, algumas tinham infiltrado espiões, mas Minev os descobria junto com Pott.

Já estava no meio do inverno em Inorram, uma estação marcada por um clima frio e neve. Durante essa época do ano, o reino se transformava em um cenário encantador, com paisagens cobertas de branco e um ar de tranquilidade. As ruas eram decoradas com luzes e enfeites brilhantes, criando uma atmosfera acolhedora e festiva. As casas eram aquecidas com lareiras e as pessoas se reuniam em torno do fogo para se aquecer e compartilhar histórias.

As temperaturas durante o inverno eram baixas, com nevascas frequentes. A neve cobria os telhados das casas, as árvores e as ruas, criando um ambiente mágico. As crianças aproveitavam para brincar na neve, construindo bonecos de neve e fazendo batalhas de bolas de neve. Os adultos se vestiam com roupas quentes e aconchegantes, como casacos de lã e cachecóis, para se proteger do frio.

Durante o inverno, o comércio de Inorram se voltava para produtos típicos da estação, como roupas de inverno, chocolates quentes e alimentos que aqueciam o corpo, como sopas e guisados. Os mercados ficavam repletos de barracas vendendo esses produtos, e as pessoas aproveitavam para fazer compras e se abastecer para o período de frio.

Os festivais de inverno também eram muito populares em Inorram. As praças eram decoradas com luzes coloridas e havia apresentações de música e dança. As pessoas se reuniam para celebrar a estação, compartilhando comida, bebida e alegria. Era um momento de união e confraternização, em que todos se aqueciam com o calor humano e a amizade e claro as bebidas.



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