Prodigy Brasileira

Volume 1

Capítulo 11- A invasão!

Em Allub, após um dia de descansando os jovens acordaram, e todos se reuniram na mesa como de costume.

— Voltamos hoje, está na hora. — disse Mats.

— Porque quer já voltar Mats? — perguntou Robin.

— Já fizemos o que viemos fazer, agora precisamos voltar.

“Bom se sairmos hoje, chegaremos só amanha de qualquer forma, Calum pediu para não voltar antes de 5 dias, já estamos fora a 4 então acho que tudo bem”. — Tudo bem, se querem voltar hoje, voltamos hoje — responde Robin.

— Yeees, não vejo a hora de nos mandarem em missões, lutar contra monstros, e tudo mais — disse Corbin empolgado.

— Calma aí garoto, não está se empolgando demais não? — Retrucou Guildor.

— Não vejo a hora de voltar para minha cama — disse Minev.

— Cadê as bebidas, preciso beber!

— Mavie, você tomou uma taça de vinho agora, e acabamos de acordar, não sei como não está caindo aí.

— Acho que nem me faz mais efeito, olha só.

Mavie então caiu ao tentar fazer um 4 com as pernas e todos deram risada.

Chegou o momento do retorno, todos se arrumaram, se despediram e entraram no navio, felizes e empolgados com a volta e a ideia de finalmente poderem sair do reino, mas Mats estava angustiado por estar preocupado com o real motivo de saírem do reino após a noite em que Monghar apareceu.

Quando todos estavam reunidos no convés do navio. Minev chamou a atenção de todos.

— Gente então, preciso compartilhar com vocês o que descobri nesse tempo aqui! Nossos Summons conseguem falar, Pott falou comigo na luta contra o Mats, e de lá para cá venho conversando muito com ele, inclusive foi ele que me disse que poderia atingir você Aniya, através do casulo da Kieb por estarem diretamente conectados! Também me disse que não se lembram muito antes de aparecerem em nosso mundo, mas sentem que não são daqui, e se comunicam entre eles, desde que estejam pertos, e que não falaram conosco devido a nunca termos se preocupados em tentar a comunicação, além de dar ordens e usar seus poderes!

— UUUUUH Isso é sério? Não acredito, me desculpa M.D.T., eu prometo te dar atenção daqui pra frente meu companheiro — disse Corbin chorando.

Todos ficaram surpresos e incrédulos, ambos tentaram se comunicar com seus Summons na mesma hora, menos Mats, que não possuía um e se isolou.

— E tem mais uma coisa Mats, Pott não sabe ao certo o por que você não tem um, mas suas adagas pretas tem relação direta com um Summon!

“O QUE? AS ADAGAS DE UM SUMMON? ESSA ADAGA TEM RELAÇÃO COM ELE? MAS NÃO PARECEM SER NADA DEMAIS? E PORQUE ELE NÃO ESTÁ COMIGO?” Pensou Mats angustiado, mas no fundo aliviado de saber que existe um Summon que tem alguma relação, mesmo que seja pelas adagas.

— Ei, viu só, você tem um Summon, vamos descobrir mais  — disse Minev.

— Obrigado Mi, de verdade, agradeça ao Pott também!

Alguns minutos após saírem de Allub, chegou uma carta de Vlad para Jorel. “MEU DEUS! O que será que vai acontecer por lá? Os meninos já saíram! Que o Senhor os proteja, Inorram!”

— Rápido, peguem nossos homens, os melhores, e enviem para Inorram, o mais rápido que puderem! Peguem nossa embarcação mais rápida — ordenou Jorel. “Enviar uma carta agora para Robin, só traria mais desconfiança e poderiam acelerar o barco”.

No horizonte de Inorram, era possível ouvir Monghar e seu exército, os guardas estavam a postos nas muralhas e entradas principais, haviam armadilhas no caminho até o castelo real.

Então começou a invasão, dentre os seus guerreiros brutais, tinha um que se destacava em seu tamanho e força, seu nome era Goliath, marchava e massacrava os guerreiros nos portões.

A cidade do reino já estava deserta, os cidadãos seguiram o plano e saíram pelo subterrâneo, as casas eram destruídas e incendiadas, os soldados de Inorram, conseguiam deter alguns dos Brutamontes, mas os melhores passavam por cima da defesa, até que chegaram no Castelo.

E então começou o verdadeiro combate, os líderes estava a postos no salão principal, onde Monghar havia entrado da primeira vez, Calum com seu cajado soltava rajadas de luz, nos quais queimavam seus inimigos, Prays com seus escudo e lança, e suas duas invocações de anjos batalhavam ao seu lado, Vlad especialista em artes marciais, foi criando alucinações em quem encostava, confundindo suas mentes, virando até alguns inimigos contra os outros, Grace invisível foi golpeando quem ela podia pelas costas e Rosie com seu grito sônico jogava os inimigos no chão, juntos aos seus soldados iam conseguindo segurar Monghar e seus homens, derrotando a quem entrasse, até que Goliath chegou, acabando com os soldados restantes, Calum disparou um raio que o atingiu no braço, no qual o queimou, mas ele nem se incomodou, começou a correr em direção a eles, Prays saltou com seu escudo para pará—lo, mas Goliath deu um soco muito forte no qual empurrou Prays alguns centímetros para trás.

— Vai precisar mais do que isso seu monstro!

Então ele começou a desferir inúmeros socos, cada vez mais forte, e Prays, só ia conseguindo se defender, até que ao tomar um soco, conseguiu aparar e abrir uma brecha, onde com sua lança fez um corte profundo no rosto de Goliath, porém ele respondeu com um soco mais forte, rachando o escudo de Prays, e com mais um último soco a fez voar, em cima dos demais, os cinco estavam encurralados, então se olharam e pensaram em usar um golpe em conjunto. Mas de repente surgiu três pessoas, escondidas por um capuz preto com detalhes em vermelho, cobria boa parte de seus rostos.

— Monghar, procures os prodígios, esses agora são por nossa conta! — ordenou um dos encapuzados — então esse é o respeitável reino de Inorram, não me pareceu muita coisa!

— Quem são vocês? — perguntou Vlad.

— Isso não interessa, o que interessa é o que viemos fazer, levar os garotos, e acabar com esse reino, estamos cansados de vocês.

— Não sabemos de nenhum prodígio, e o que sabemos é que vocês não conseguirão sair daqui — disse Calum tentando um ataque.

— Ora, é só isso? — disse o encapuzado após desviar.

Um deles começou a fazer uma conjuração, enquanto os líderes tentavam algum ataque, os outros dois encapuzados os bloqueavam, então após finalizar a conjuração, uma bola de energia circundou os líderes.

 — Adeus! — disse o encapuzado que parecia ser o líder entre eles, fazendo todos os 5 líderes sumirem como mágica, logo após ele caiu no chão, inconsciente.

Um dos outros encapuzados, o pegou e sumiu, o que ficou, o de olhos escarlates, que havia visitado Monghar em seu reino, foi vasculhar o resto do castelo atrás dos prodígios.

— Achou eles? — Perguntou a Monghar.

— Não, nem sinal deles, todos desse reino se foram!

“Realmente, não consigo sentir a presença de ninguém mais no reino, mas sinto que já estiveram por aqui”.

— E mais uma coisa, fizemos nossa parte, agora nunca mais pense em me dar uma ordem, ou eu mesmo acabarei com vocês, não ouse entrar no meu reino...

Enquanto Monghar proferia essas palavras o encapuzado sumiu bem na sua frente. “Sumiu? Esses idiotas, acho bom não voltarem, e eu encontrarei esses prodígios por minha conta, transformarei eles em meus soldados, e acabarei com esses estranhos!”

— Senhor vamos ficar por aqui? — Disse um dos soldados de Monghar.

— Não já tivemos nossa alegria, destruam tudo e vamos embora.

Então Monghar e seus soldados destruíram o reino e atearam fogo, indo embora. Os cidadãos de Inorram ficaram todos no subterrâneo, amedrontados, sem saber quando será seguro sair, só ouvindo a destruição e lamentando.

Algumas horas depois da invasão, no horizonte bem distante, os jovens avistaram Inorram.

— Estamos quase chegando! — Gritou Mavie.

— Finalmente — respondeu Minev.

— Gente, aquilo é uma nuvem ou fumaça? — Perguntou Aniya olhando para o castelo.

— É uma nuvem, parece — disse Minev — Mats, vem dar uma olhada.

—NÃO! – Gritou Mats, com sua visão mais aguçada que dos demais ele conseguiu ver claramente que era fumaça — Guildor, é um incêndio!

—Não não não não! — Respondeu Guildor.

Todos começaram a ficar inquietos, com olhos arregalados, incrédulos na imagem que estavam vendo.

— Rápido, Mavie, nos faça ir mais rápido com a água, Jay-Jay e Corbin vão voando na frente, ajudem quem precisar, se tiver inimigos, recue e venha nos informar! — ordenou Guildor.

— Invoque Coti ou Cotê agora Guildor — pediu Mats

— Porquê?

— Invoque eles e nos arremesse o mais forte que puder, irei em cima dele, assim que der o alcance eu continuarei com um impulso.

— Tabom vamos lá, mas Mats, não faça nada de perigoso.

Jay-Jay e Corbin saíram na frente voando em direção ao Reino, Mavie criou uma onda Gigante embaixo do Navio para ir o impulsionando de forma mais rápida, Guildor então invocou Coti e o arremessou com Mats em cima, foi tão forte, que rapidamente ultrapassou Corbin e Jay-Jay. Chegando à distância limite de Guildor o pássaro parou, e Mats com um impulso, deu um salto atravessando o mar restante, e caindo com uma cambalhota no cais, desesperado partiu sozinho reino adentro.

Indo até o castelo, passando por diversos corpos de guardas, casas destruídas e ateadas fogo, Mats apenas ignorou tudo isso, ele só queria chegar no castelo, com olhos em lagrimas, ele avançou o reino parecendo um relâmpago.

“Mãe por favor não, por favor não, você não, eu preciso de você” até que gritou – MÃÃÃÃÃÃÃÃE!

Guildor e os demais chegaram ao castelo e encontraram Mats socando o chão, criando uma cratera, suas mãos estavam sangrando e ele não parava de gritar “não” e “Mãe”.

Guildor se aproximou dele, tentando o acalmar, mas quando o encostou com a mão, um relâmpago negro saiu do corpo de Mats o jogando para trás, Guildor ficou com a mão queimada, “o que foi isso?” todos pensaram.

Minev vendo o sofrimento de Mats e que parecia estar fora de si, decidiu se atirar em Mats, tomou um choque e caiu inconsciente, mas conseguiu fazer Mats dormir também.

Depois, de analisarem todo o reino, não encontraram sinais dos líderes, não estavam mais lá, não sabiam o que tinha acontecido, todos estavam com muitas dúvidas.

Mas Corbin, apareceu chorando.

— As vovós... elas... morreram — dizia ele gaguejando em meio a lágrimas.

— Onde as viu Corbin? — Perguntou Aniya.

— Na Sala das Memórias.

— Então foram sepultadas? Isso significa que não morreram nessa invasão — sugeriu Guildor.

— Nada dos nossos pais? — Perguntou Mavie.

— Não — todos responderam.

Todos os jovens, com exceção de Mats e Minev, foram para a Sala das Memórias prestarem seu luto, o clima que já não estava agradável, ficou pior com a perca das Matriarcas. Estavam sós, desolados, Aniya foi a que mais ficou sentida, pois era muito próxima delas.

Guildor tomou a frente, e tentou motivar os demais.

— Eu sei que não tem sido fácil, mas vamos, temos muito a se fazer, precisamos entender o que aconteceu aqui, e ir atrás de respostas, eu lembro que a cidade tem túneis e abrigo subterrâneo, eu, Lana e Robin vamos até lá ver se encontramos alguém, vocês descansem por agora, e fiquem de olho em Minev e Mats. Aniya os ajude com suas especialidades curativas.

Após a invasão, o reino estava em estado de caos e destruição. As muralhas foram danificadas, os edifícios foram incendiados. A cidade que antes era majestosa e próspera agora estava em ruínas.

— Você sabe onde entramos no subterrâneo? — Perguntou Lana

— Há várias entradas, eu lembro de ter vindo com tio Calum uma vez quando era criança, mas lembro muito pouco de como era — respondeu Guildor.

O subterrâneo de Inorram era um local misterioso. Era composto por uma série de túneis e câmaras subterrâneas que se estendiam por baixo do reino. Esses túneis eram escuros e úmidos, com paredes de pedra áspera e irregular. Algumas áreas eram estreitas e claustrofóbicas, enquanto outras eram mais amplas e espaçosas.

No subterrâneo, havia também várias salas secretas e escondidas, que eram usadas para diferentes propósitos. Algumas salas eram usadas para armazenar suprimentos e tesouros, enquanto outras eram usadas como esconderijos ou até reuniões secretas.

Além disso, o subterrâneo também abrigava uma série de passagens secretas e entradas para o reino. Essas passagens eram usadas para fins de segurança e permitiam que os líderes entrassem e saíssem do reino sem serem detectados.

Durante a invasão, a população de Inorram se escondeu no subterrâneo para se proteger dos invasores. Eles utilizaram as salas secretas e esconderijos para se abrigar e evitar serem encontrados pelos inimigos. Essa foi uma estratégia de sobrevivência adotada pelos líderes do reino, que buscaram manter a população segura até que a ameaça fosse neutralizada.

Ao chegar no subterrâneo, encontraram o povo com medo, estavam atras de uma porta de proteção, muito bem vedada e resistente.

Custou ao acreditarem que os jovens eram da realeza, pois nunca os haviam conhecido, não sabiam quem eles realmente eram, mas Guildor explicou tudo, com sua tranquilidade e forma de falar, se apresentou e foi contando a história, conseguiu convencer ao povo de que eram da realeza, ou pelo menos que estavam do mesmo lado.