Príncipe de Olpheia Brasileira

Autor(a): Rhai C. Almeida


Volume 1

Herdeiros

HERDEIROS

 

Há muito tempo, numa terra cujo nome se perdeu nas brumas do tempo, viveu um homem que unificou os quatro reinos. Esse homem era conhecido como Redron, O Conquistador. Ele transformou aquela vasta região na província mais cobiçada de toda a dinastia. Seu nome ecoava entre os reinos, e o povo o reverenciava.

“Império Redron, porque Redron o conquistou,” proclamou o sumo sacerdote, derramando a água santa sobre a cabeça do primeiro imperador.

Desde então, os feitos de Redron eram narrados em cada lar e castelo. Sua influência perdurava nas casas que juraram lealdade ao seu reinado, até que ele declarou oficialmente seu herdeiro para todo o império.

Seu sucessor era Akyle, o mais jovem dentre seus antepassados. Como imperador, Akyle refletia a grandeza de seu antecessor, mantendo o império Redron como a maior potência de sua época. Isso, até seu coração ser enfeitiçado por uma mulher pagã.

A mulher que cativou seu coração levou-o a adotar atitudes que a Igreja e o Conselho condenavam. Desafiando as ameaças e tradições, Akyle declarou Ophélia sua imperatriz. Como forma de honrá-la e punir aqueles que a desprezaram, Akyle rebatizou o império com o nome que ela escreveu diante da corte: Olpheia.

“Curvem-se perante a rainha dos quatro reinos, mãe de meus futuros filhos e vossa imperatriz!” ordenou Akyle. “Lembrem-se de seu rosto, pois ela é a única mulher a quem, eu, Akyle Ehnov, primeiro de meu nome e imperador de Olpheia, me ajoelharei até meu último suspiro!”

Apesar de muitos se oporem a tal união, havia os negligenciados e sem títulos que celebraram a mãe do império. Alguns anos depois, nasceram os gêmeos, Rayron e Raygan. E da linhagem de Rayron, o herdeiro do trono, surgiu aquele que seria o seu sucessor: Elard Ehnov.

“Desde nossos antepassados, honramos os guerreiros e vassalos que juraram lealdade à casa Ehnov. Meu filho se chamará Elard, em homenagem ao homem que sozinho derrotou cinquenta inimigos, protegendo Redron da morte certa. E para honrar a vida do grande guerreiro que, com apenas uma faca em mãos, venceu seus adversários, declaro-o Ghaeli.”

Assim, Elard Ghaeli foi nomeado o imperador atual, e de sua linhagem nasceu Raygan Ehnov, o segundo de seu nome e futuro imperador de Olpheia.

 

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— Uau! — exclamou Hadara, seus olhos brilhando de admiração.

— Você gostou? — perguntou Nadye, fechando o livro envelhecido. — Meu pai era amigo do escrivão. Este livro conta um pouco da linhagem da princesa. É uma pena que apenas a primeira imperatriz seja mencionada entre tantas mulheres, desde rainhas e princesas.

— Pensei que a princesa Thayrin fosse a única de sua linhagem.

— As mulheres não são importantes para os Ehnov. Ainda assim, a princesa, mesmo sem direito ao trono, pode ser muito valiosa para outro reino.

— Parece que Syfer tem algo a dizer — comentou Hadara, notando os sinais que ele fazia com as mãos. — O que ele disse?

— “Minha falecida mãe foi dama de companhia da segunda imperatriz,” respondeu Nadye.

— Eu poderia ser dama de companhia da princesa também?

— Apenas membros da alta sociedade podem estar por perto da família imperial e da corte — explicou Nadye, olhando para Hadara. — Mas, com sua astúcia, a princesa poderia abrir uma exceção. — Sorriu.

 

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Havia uma profecia…

 

Reis sonham com o poder, e seus filhos nascem destinados a assumir seu lugar, sua coroa e seu trono. No fim, somente os herdeiros terão o que lhes é de direito.

 

Quem mais poderia ser, senão o Príncipe de Olpheia?

 


A obra Príncipe de Olpheia retorna na primeira semana de julho!

 

No momento, sem data de postagem definida.

Até breve!

 



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