Primordium Brasileira

Autor(a): Lucas Lima


Volume 1

Capítulo 21: O tesouro mais valioso do mundo

No interior da base da Crimson Wolf, os garotos estavam reunidos em torno da mesa, no centro da sala ampla e bem iluminada. Luna era a única das meninas presente — o trio Mia, Victoria e Samira estava trancado no quarto de Vic, fofocando.

Rita seguia desaparecida desde que descobriu a verdade sobre o irmão. Disse que iria cuidar dele pessoalmente.

Kaihōtai. É a capacidade de usar cem porcento da capacidade física do corpo, incluindo até a força absoluta — Miguel começou.

— Força absoluta? — Leo franziu. — Tipo uma mãe levantando um carro pra salvar o filho?

Miguel assentiu.

— Um bom exemplo. Mas nesse caso, o impulso vem do desespero. É como se o cérebro soltasse os freios por um instante. O corpo humano é capaz de gerar mais força do que normalmente utiliza, mas o sistema nervoso central impõe limites para evitar danos — como rompimento de músculos, tendões ou fraturas ósseas. Espero não estar sendo muito técnico.

Tom coçou a cabeça, mas disse que ainda estava entendendo, os outros também assentiram.

Miguel tomou um gole do seu chá gelado e continuou:

— Esse "freio" é um mecanismo de autoproteção. Momentos extremos fazem esse número subir. Mas atingir os teóricos 100% é praticamente impossível, por ser perigoso demais.

— Então o Kaihōtai consegue forçar isso? Ainda parece bem perigoso… Bom, considerando o estado em que você ficou dois dias atrás… — Luna comentou, pegando um dos sushis da caixa térmica recém-aberta.

— Consegue, sim. Com o Primordium, essa força pode ser acessada de forma consciente — embora exija treino físico e mental pra ativar essa condição. E o corpo precisa estar preparado. Senão, mesmo com o Primordium, você pode morrer... no pior dos cenários.

Ele suspirou, apoiando os cotovelos na mesa.

— Atualmente, não tô nem perto da minha força real. Só consigo usar o Kaihōtai porque, uma vez aprendido, ele pode ser ativado sempre que quiser. Mas ainda assim… só consigo manter por trinta segundos.

Victor mastigava devagar, com um sashimi na mão. — Mas, tem algo aí, não tem? Afinal, se fosse só força absoluta ou capacidade física, não teria esse nome maneiro, Kaihõtai, né?

Miguel sorriu e acenou com a cabeça.

— Hm. A força absoluta de um humano é muito inferior à de alguém com o Primordium — ao menos em termos de escala. O Primordium aprimora todas as capacidades físicas e cognitivas do organismo que parasita... de forma indefinida. Com isso, mesmo que fosse o ser humano mais forte do mundo, usando força absoluta, ainda estaria preso ao reino dos “normais”.

— Entendo. — Victor tomou um gole do chá gelado, os olhos semicerrados. — O que está dizendo é que dependendo da capacidade física do indivíduo com o Primordium, a força absoluta dele pode atingir patamares monstruosos. Muito além de qualquer ser humano... agora faz sentido, Kaihõtai — corpo liberto.

— Mas não é só isso.

— Tem mais?! — Leo quase se engasgou com o camarão empanado.

— Como eu disse, o Kaihōtai usa cem por cento da capacidade física. Mas isso não se limita a usar a força máxima. Significa fazer com que todo o organismo opere na maior eficiência possível — algo impossível pra qualquer ser humano.

— Mas, por quê?

— Porque a sobrevivência a longo prazo depende do equilíbrio, não do desempenho máximo. O corpo humano é uma máquina de otimização e proteção, não de poder bruto. — Jorge respondeu Tom, pegando em seguida tiras de peixe frito.

— Ei, Jorge, não é recomendado comer fritura no seu estado. — Miguel o repreendeu.

— Vai se foder, novato — respondeu Jorge, mostrando o dedo do meio e enfiando mais dois filés fritos na boca, as bochechas infladas.

A mesa inteira caiu na risada.

Miguel balançou a cabeça, rindo.

— Como o Jorge disse, o corpo humano não foi feito pra operar no limite. Existem diversos limitadores: energia, oxigênio, metabolismo, glicose... Mas o Primordium consegue contornar tudo isso — ao menos por um tempo.

Fez uma pausa. Sua expressão endureceu levemente.

— Ele ajusta o organismo inteiro pra funcionar no limite — com o menor gasto possível, na maior velocidade que seu corpo puder suportar. Vai desde desligar funções não essenciais até realocar recursos de partes que não estão sendo usadas.

Ele riu, mas o som saiu seco, quase cínico.

— Ele consegue até transformar vitaminas e gorduras — que normalmente seriam prejudiciais nessas condições — em nutrientes e fontes de energia. Tudo pra sustentar o corpo naquele estado.

— Puta merda... — murmurou Leo, com a boca cheia.

— Mas... você disse que é preciso treino físico e mental pra usar o Kaihōtai. Então não basta só ter o Primordium, hein? Nos enganaram esse tempo todo — comentou Luna, pegando mais um sashimi da bandeja.

— Hm. Nunca conheci outros além de mim e da minha mãe que conseguissem ativar o Kaihōtai por vontade própria. Não sei como está hoje.

Victor lançou um olhar desconfiado, mas se manteve em silêncio.

— Já vimos gente na TV usando o Kaihōtai... mas parecia que usavam alguma substância especial pra ativar — disse Pietro, lembrando a todos de que também estava ali. — Nunca ficou muito claro.

Miguel ergueu uma sobrancelha. Cem anos atrás, isso com certeza não existia.

— E aqueles papos de imortalidade e regeneração? — Jorge entrou na conversa. — É verdade ou tem algum truque?

— O Primordium dobra a expectativa de vida, sim. Mas isso acontece porque ele mantém o corpo mais saudável, não por mágica. Também cura qualquer doença ou ferimento... desde que haja tempo e recursos pra isso. Ou seja, se o dano for maior que o fator de cura a ponto de a regeneração não conseguir acompanhar os danos, aí é morte certa.

Tom coçava a cabeça, pensativo.

— Então o Primordium não é tipo um upgrade direto?

— Não. Por si só, o Primordium não torna ninguém especial, principalmente a curto prazo.

Miguel cruzou os braços, o tom mais sério.

— Vejamos. Se Jorge recebesse o Primordium agora... ainda levaria uma surra de qualquer um aqui.

— Porra! Qual foi?! — resmungou o cabelo lambido, arrancando risadas contidas.

Miguel riu também, mas logo voltou ao foco:

— O ponto é: o Primordium não é especial só porque pode curar ou fortalecer. Isso é apenas consequência da sua verdadeira função: adaptação e evolução sem limites.

Houve um silêncio repentino. Só se ouvia os hashis batendo nos potes e o leve aroma de shoyu e gengibre pairando no ar.

— Sem limites...? — Victor quebrou o silêncio.

— Isso mesmo. Com o Primordium, qualquer limitador físico ou cognitivo pode ser superado. Um paralítico pode voltar a andar. Um analfabeto que passou anos sem conseguir escrever o próprio nome, pode, com anos de estudo, criar fórmulas que explicam conceitos do universo. A única coisa que limita... é a consciência do próprio indivíduo.

Todos pareciam absorver as palavras com um misto de espanto e fascínio.

— Isso é simplesmente... absurdo.

— Qual é a pegadinha? — Luna perguntou, forçando um sorriso cético. — Não é possível algo assim existir sem um preço.

Miguel a entendia. Era simplesmente natural reagir dessa forma ao conhecer essa característica do Primordium.

— Na verdade... não tem uma pegadinha. Pelo menos, não da forma que vocês estão imaginando. Como eu disse: o único fator limitante é o próprio indivíduo. Mas isso é mais profundo do que parece. Tem a ver com a psique, ego, vontade, resiliência... até com loucura e insanidade.

— Loucura... insanidade...? — repetiu Jorge.

Miguel desviou o olhar, pensativo. Encarou Leo e Tom, os dois tanques com próteses coladas ao corpo.

— Vocês dois... essas próteses estão conectadas aos músculos, ossos, talvez até ao sistema nervoso, certo?

Ambos assentiram.

— Então imagino que precisam manter o corpo em forma pra aguentar o peso desses implantes. Pela aparência, devem ser tão pesados quanto robustos.

— Com certeza — respondeu Leo. — Pegamos pesado no ferro.

— Lá ele... — sussurrou Jorge.

— Vai pro inferno, Jorge! — rebateu Tom.

Miguel arregalou os olhos e riu alto. Aquela expressão ainda existia? Soltou uma gargalhada sincera, limpando uma lágrima do canto do olho.

— Desculpa... hahaha... enfim. O ponto é: quando vocês treinam, sentem dor, certo? Aquela dor muscular que começa leve e piora no dia seguinte. E não importa quantos anos passem treinando... ela sempre volta.

— Isso mesmo — confirmaram em uníssono.

— Além disso, talvez vocês dois já tenham chegado no limite do que os corpos de vocês conseguem suportar. Mesmo com esses braços de gorila aí — ainda são limitados pelo resto: músculos comuns, uma coluna humana, coração, pulmões... entenderam onde eu quero chegar?

— Acho que entendi. Você tá dizendo que não importa o quanto a gente puxe no treino, já batemos no limite, né? — Tom resmungou, coçando a nuca. — Faz sentido. Eu só consigo levantar 350kg no supino. Da última vez que tentei passar disso, achei que meu peito ia explodir... e ainda fiquei dois dias travado, sem conseguir andar de tanta dor na lombar.

— Só 350kg? — Miguel soltou um sorriso torto. — Agora imagina se você não tivesse mais um limite. Se seus músculos continuassem se fortalecendo sem parar, se os ossos ficassem mais densos pra aguentar a carga, os tendões mais resistentes, seu sistema circulatório mais eficiente... e o coração bombeando mais sangue, gerando uma circulação absurda de nutrientes pelo corpo.

— Isso seria foda pra caralho!

— Heh... — Victor soltou um riso seco, sem nenhum humor. Já tinha entendido a implicação por trás das palavras de Miguel. E logo deixou isso claro:

— Você chegou a pensar na dor que isso causaria?

— Dor? Ué? — Tom franziu a testa, confuso. — Se a gente ficasse mais forte sem parar, então poderíamos resistir melhor à dor, não é?

— Não... — Jorge balançou a cabeça, devagar, o olhar sombrio. A ficha estava caindo. — Entendo agora... Por isso você mencionou “loucura ou insanidade”, né?

Miguel assentiu, em silêncio. O rosto sério, quase distante.

— A dor não é processada pelos músculos — é o cérebro que faz isso — disse Miguel, a voz baixa, mas firme. — Um sistema extremamente complexo, dinâmico... e frágil.

Ele fez uma pausa, encarando os rostos atentos dos outros.

— A progressão é extremamente desigual. Enquanto os músculos se fortalecem rápido, os circuitos sinápticos responsáveis por processar a dor simplesmente não conseguem acompanhar. Não é algo que você treina só... aguentando.

Leo franziu o cenho. Jorge engoliu seco.

— Envolve mais do que tolerância física. Tem a ver com instabilidade emocional, com sobrecarga cognitiva. E quanto mais se força o corpo além do limite, mais estressante isso se torna... até o ponto em que a dor deixa de ser um aviso.

— Um teto infinito... mas com degraus cada vez mais distantes um do outro. — Victor murmurou, quase como se falasse pra si mesmo.

Miguel acenou, devagar. Não poderia ter dito melhor.

— Usei esse exemplo porque é fácil de visualizar. Mas a lógica é a mesma para qualquer aprimoramento, físico ou mental. Quanto mais longe quiser chegar, mais árduo será o caminho, e maior o preço a pagar.

— Certo, professor Miguel — Luna brincou. — Agora o que eu mais quero saber é aquela merda de Genshi no Zankyō. Tenho calafrios até agora só de lembrar daquela sensação bizarra.

Miguel deu de ombros a provocação, mas riu.

Genshi no Zankyō... bem, antes disso, vocês precisam entender o que é o sinal Psiôntico primeiro.

Victor ergueu uma sobrancelha. Luna largou os hashis.

Mas bem quando ele ia começar, Leo levantou a mão, como se fosse um aluno pedindo para falar.

— Ei, por que essas habilidades são todas ditas em japonês? Que droga, sou horrível em japonês!

Miguel sorriu. — É que tanto o Kaihõtai quanto o Genshi no Zankyō, foram descobertos pelo mesmo pesquisador da época, um japonês. Por causa disso, foi criado um consenso não oficial de catalogar todas as próximas habilidades que viriam a ser descobertas em japonês.

— Que porra!

Miguel só pôde encolher os ombros. Logo continuou o assunto:

— Cada pessoa com Primordium emite um sinal — uma onda elétrica que pulsa em um frequência específica, que só alguém com o Primordium é capaz de sentir claramente. É também um sinal único, como se fosse uma digital. As pessoas comuns, bom, aquelas que conseguem captar esse sinal... sente como uma sensação estranha. Pressão, sufocamento, mal-estar.

— Tipo intuição?

— É. Um arrepio que não faz sentido. Mas esse sinal pode ser manipulado. Aumentado. Camuflado. Foi uma das primeiras coisas que minha mãe me ensinou.

Miguel estreitou os olhos por um segundo e sutilmente aumentou sua emissão. Nenhum movimento físico, só uma intenção.

De imediato, todos pararam. Alguns recuaram levemente, como se o ar tivesse ficado pesado.

— Desculpem — disse ele, voltando ao normal. — Meu controle anda instável por causa do Genshi no Zankyō.

Pietro soltou o ar devagar. — Então... foi isso que a gente sentiu aquele dia?

Luna confirmou com um gesto discreto. Miguel olhou para os dois. — Foi mal.

— Relaxa. Mas o que isso tem a ver com o Genshi no Zankyō? — Luna insistiu.

Miguel limpou um filete de sangue sob o nariz com um guardanapo.

— O Genshi no Zankyō emite um sinal psiôntico que atinge direto o hipocampo e a amígdala. A frequência atinge o sistema límbico com força e interage de tal forma que consegue reconstruir — com fidelidade sensorial total — memórias tão vívidas que parecem reais. Ativa os córtices visual, auditivo e temporal como se a experiência fosse real. E, de certa forma... é.

Tom gelou. — Caralho, não entendi porra nenhuma.

— É tipo uma ilusão? — Pietro perguntou.

— Está mais para uma memória. — Miguel levou um sushi a boca.

— Memoria? — Victor ficou muito intrigado.

Todos ficaram.

— Genshi no Zankyō. "Eco Primordial". O nome surgiu de uma hipótese: ele projeta memórias diretamente no cérebro de quem está na área de efeito. Ou, pelo menos, força uma conexão neural que ativa todos os processos elétricos e químicos ligados à lembrança. Não é ilusão. O cérebro literalmente recria tudo: sensações, imagens, emoções, ideias.

— Que caralho... E o que a gente vê?

Miguel hesitou pela primeira vez.

— ... Na verdade, eu não sei.

— Que porra! Como assim você não sabe?! — Leo resmungou.

— É que não é algo universal. O que você vê no Genshi no Zankyō é completamente diferente do que Jorge, Pietro ou Luna veem. A única certeza é que essa “memória” é aterradora, toca no âmago do seu ser.

— O que você viu, Luna? — Leo perguntou, apreensivo.

— Não sei... Não cheguei a ver nada claramente, mas tudo ficou escuro. Senti como se tivesse... dedos eu acho... só que longos, viscosos e gordurosos se enroscando sobre minha pele... me puxando pra algum lugar, mas também me invadindo... não sei explicar. Só que foi tão rápido que achei que fosse algum delírio... Ah!

Luna se sacudiu e passou as mãos pelos cabelos.

— Sei lá, caramba! Durou só um piscar de olhos. Mas depois, a sensação ficou comigo. Na hora de dormir... não passava. Só consegui descansar hoje de madrugada.

— ... É mesmo tão horrível assim?

— Considerando o que faz com quem é atingido, é horrível o suficiente. É algo que o cérebro não consegue processar. Entra em curto. E além do que se vê, o sentimento que acompanha essas memórias é tão avassalador que o corpo nem tenta reagir. Nem fuga, nem luta. Só paralisia. Pânico absoluto.

— Luna teve sorte — Miguel continuou — foi só um instante, e provavelmente no limite do alcance do meu Genshi no Zankyō.

— E que limite é esse? Pra ficarmos longe. — Victor pediu.

— Cerca de cem metros.

— Porra! Tudo isso? — Tom acabou derramando um pouco de café.

— Droga... agora tô curioso, carai! — Jorge riu, nervoso. — Ei, Miguel, você não pode mostrar só rapidinho?

— Você não quer ver aquilo, vai por mim.

— Tsc...

Leo engoliu seco.

— Mas... se é tão forte assim, por que você não usa direto?

— Porque me destrói junto. Usar o Genshi no Zankyō exige demais. É uma carga neurológica absurda. Meu cérebro sangra, literalmente. Se eu passar de três segundos, sofro um AVC hemorrágico. E depois, preciso de quase um mês pra me recuperar no melhor dos casos.

Silêncio.

— Além disso — continuou Miguel — pra afetar cérebros normais, preciso aumentar a intensidade do sinal, o que me causa ainda mais dano. Contra outros com Primordium, é menos desgastante... mas eles também resistem melhor.

— E quem é afetado? Quanto tempo fica paralisado?

— Depende do tempo de exposição e da proximidade. Cada cérebro reage de forma diferente. Alguns acordam logo, outros entram em colapso. Às vezes nem lembram o que viram —quando acordam. De qualquer forma, o cérebro humano é eficiente em reinterpretar eventos traumáticos... é assim que evita quebrar de vez.

Um silêncio tenso se instalou de novo. Só o som dos hashis raspando as embalagens vazias.

Foi Victor quem finalmente verbalizou o que todos pensavam:

— Miguel... afinal, quem é você de verdade?

Miguel esboçou um sorriso cínico, mas antes que pudesse responder, Luna se levantou bruscamente e apontou o dedo na cara dele.

— E nem vem com aquele papo filosófico de “essa é uma pergunta muito vaga” que você soltou lá no Red’s! Você sabe do que a gente tá falando!

Ele gargalhou alto e, com um movimento rápido dos hashis, pegou o último sushi na mesa e enfiou direto na boca dela.

— Eu sei. Eu sei... — disse, provocando, enquanto mostrava a língua com um sorrisinho.

Luna, com a bochecha cheia, encarava ele com os olhos semicerrados, mas já mastigava o sushi com raiva.

Miguel ergueu os ombros, fez suspense por alguns segundos e, com um tom mais baixo:

— Bem... por onde eu começo...?

O ambiente silenciou de novo.

— Na verdade... há quase dois meses, eu acordei após cem anos de sono criogênico.

O impacto foi imediato. Mas foi o que ele disse em seguida que fez todos se levantarem, arregalando os olhos.

— Quem me colocou lá foi a pessoa que mais procuro atualmente. Minha mãe. O nome dela é...

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