Volume 1
Capítulo 15: E nossas jaquetas?
— Fazia tempo que eu não via ela tão animada assim.
Miguel notou o sorriso leve de Victor, que observava de longe a irmã rindo entre conversas com as meninas da Crimson Wolf — incluindo Mia, que já parecia estar se dando bem com quase todos.
— O que acha dela, Miguel? — Victor perguntou enquanto batia o maço de cigarro na palma da mão. Ofereceu um, mas riu quando Miguel recusou com uma educação exageradamente formal.
— O que eu acho, hein... — Miguel ponderou, percebendo o quão esperta era a pergunta. Como esperado do irmão daquela diabinha. Mas não se preocupou demais com isso — respondeu com honestidade.
— Sua irmã é assustadora.
— Oh... — Victor ergueu uma sobrancelha enquanto soltava fumaça pelo nariz.
Miguel entendeu. Ele queria mais do que um adjetivo.
— A habilidade social dela é aterrorizante. E a capacidade analítica, então... É uma combinação simplesmente perfeita — ainda mais considerando que ela usa tudo isso sem hesitar.
Victor o olhava agora com um leve espanto, o que levou Miguel a completar:
— Ah, não quero dizer que ela seja uma psicopata que trata os outros como ferramentas. A Victoria está mais pra uma criança com um poder esmagador... que sabe usar esse poder — e usa, na maior parte do tempo, só pra se divertir.
— ...Hahaha! — Victor explodiu em riso após um breve silêncio.
Miguel sorriu sem jeito, sem entender exatamente o que havia sido tão engraçado. Algumas pessoas olharam na direção deles, curiosas. Victoria e Luna também haviam parado o que estavam fazendo — e pareciam... estupefatas.
— Cara... hahaha... você disse que minha irmã é assustadora? E você, é o quê então? — Victor balançava a cabeça, ainda rindo. — Você praticamente despiu ela de suas maiores armas... e só teve contato com ela duas vezes! Do jeito que falou, até parece condescendente.
Miguel coçou a bochecha, um pouco envergonhado. Era verdade — podia soar desse jeito. Mas não era sua intenção. E, ao mesmo tempo, notava como Victor também era bem mais atento do que parecia. Talvez só perdesse pra própria irmã... ele ainda não tinha analisado com calma.
— Foi mal, não era minha intenção. Além disso... pode-se dizer que sua irmã já nasceu com essas capacidades. Um talento bruto devastador, que ela soube lapidar com maestria — e isso é totalmente mérito dela.
Fez uma pausa. Depois continuou:
— Quanto a mim... sim, posso dizer que estou no mesmo nível, ou talvez um degrau acima. Mas não por causa de talento bruto. O que me falta de habilidade, eu compenso com repertório, experiência... e outras ferramentas que preenchem o que falta.
— ...Hehehe... você é bem estranho — comentou Victor, sem nenhum pudor. Mas não soava como crítica. Era quase um elogio. — Sua linha de pensamento... nunca vi nada parecido. Acho que minha irmãzinha vai mesmo acabar se apaixonando por você. Vocês gênios sempre se atraem, não é?
Miguel deu de ombros, sem levar muito a sério.
— Agora é você quem está sendo condescendente.
Victor o encarou com a testa franzida.
Miguel sorriu — frio, mas sincero.
— Sua irmã é realmente um gênio, mas você também é, não é? Se fosse só alguém comum, nunca teria se tornado o líder de um grupo como esse. Talvez ela só possa usar tudo o que tem porque você está ao lado dela, para guiá-la e protegê-la quando necessário. E a forma como seus companheiros te olham, com tanto respeito... isso diz muito sobre quem você é.
Victor tragou fundo. Parecia digerir as palavras como algo que ninguém tinha dito antes — ou pelo menos, não daquele jeito.
— Você é bem direto e incisivo, né? — soltou uma risada breve. — Claro que nunca tive pena de mim mesmo. Mas também nunca me vi como um gênio, como você disse. Nem sei direito por que esses caras me seguem. Minha irmã... bem, ela é minha irmãzinha. Natural que me siga. Quanto aos outros... a maioria são idiotas. Os mais espertos... sei lá o que veem em mim. Isso realmente conta como genialidade?
— Oppenheimer liderou mentes brilhantes. Alguns, muito mais inteligentes que ele em áreas especifica. Isso não o diminuía — pelo contrário. Foi o que o engrandeceu. E hoje ele é tido como um dos maiores gênios que a humanidade teve.
Victor desviou o olhar pela primeira vez. Como se não soubesse exatamente como encarar aquilo. Mas, logo depois, voltou a sorrir.
— Oppenheimer, é? Cara... você é mesmo estranho. Mas...
Soprou a fumaça para cima, com um sorriso meio cético, meio sincero.
— Estranhamente confiável.
Miguel retribuiu o sorriso.
Depois de esmagar o cigarro no parapeito do terceiro andar, Victor se virou.
— Vem, vou te apresentar pro resto da matilha.
Enquanto Miguel o acompanhava, segurou o desejo de entender o que era aquela sensação que emanava de Victor, o sinal semelhante ao sinal psiôntico que apenas o Primordium deveria emitir. Bem, haveria outra oportunidade para entender isso.
No espaço reservado à gangue, uma mesa cercada por oito pessoas formava o centro do grupo.
Numa olhada rápida, Miguel viu sua companheira Mia, grudada a Victoria e Samira, como se fossem melhores amigas. Notou que Mia parecia um pouco ansiosa, evitando olhá-lo diretamente, como se estivesse tramando algo. Por enquanto, decidiu deixar isso de lado. Talvez ela só estivesse um pouco tímida no meio de tanta gente.
Luna estava ao lado direito de Samira, cercada por vários copos de cerveja. Miguel se perguntou se ela já não estava bêbada. Ela ria alto de algo que Samira havia cochichado em seu ouvido.
Depois vinha uma mulher alta — talvez mais alta que Miguel — negra, de cabelos crespos e cheios. Corpo malhado, vestia-se como o resto do grupo: jaqueta de couro preta e calças com detalhes metálicos. Por algum motivo desconhecido, lançava olhares hostis a ele enquanto mordiscava uma azeitona de um petisco no centro da mesa.
Ao lado dela, um brutamontes enorme, duas vezes o tamanho de Miguel. Ambos os braços eram próteses robóticas de combate — negros, com detalhes em vermelho fosco. Miguel percebeu a forma como ele olhava para Samira: havia ansiedade, como se quisesse falar com ela, mas também hesitação, como se estivesse ruminando algo. Parecia um garoto de coração partido. Suspirava e virava copos de cerveja como se fugisse da realidade.
Miguel sorriu, achando aquilo até meio doce.
Jorge e Tom também estavam por lá, discutindo sobre qual cerveja artesanal era a mais forte enquanto competiam para ver quem aguentava beber mais.
Victor começou as apresentações:
— Bem, você já conhece a Luna.
— Ei, Miguel! Gostei do corte — disse ela, acenando com um sorriso brilhante.
— Valeu. — Miguel respondeu com um sorriso de canto.
Victor continuou:
— Luna cuida de um dos nossos pontos de fabricação e distribuição da Aurora Phase: o Karaokê Vênus.
— Ele fala como se fosse grande coisa. A parte difícil, tipo cálculos e essas merdas, eu deixo pras IAs — disse Luna, enchendo mais um copo.
— Mas ela também é excelente com pessoas. Tem instintos afiados.
— É, eu sei bem — comentou Miguel, provocando.
— Hehehe... — Luna piscou pra ele.
— Samira você também já conhece — Victor apontou. — Irmã da Luna. Moram juntas no Vênus. Impulsiva, mas confiável. Além de entregar a Aurora Phase, é nossa tatuadora e customiza nossas armas e equipamentos.
— Hehe... logo logo vou fazer umas tatuagens bem bonitas em você e na Mia! — disse Samira, fazendo um "V" com os dedos, enquanto mordia uma batata frita e oferecia outra a Mia.
Miguel assentiu com cortesia. Mia, ao seu lado, respondeu com muito mais entusiasmo. Já estava bem próxima de Samira e Victoria, quase como se fossem irmãs de verdade. O trio despertou a curiosidade de Miguel. Sentia que dali sairiam todo tipo de situação inusitada.
Victor seguiu com as apresentações:
— Essa aqui é—
— Bem-vindo à nossa família, Mi! — Victoria o interrompeu, levantando-se de súbito e jogando-se sobre Miguel com aquele mesmo sorriso travesso.
Instintivamente, Miguel a segurou — mais uma vez impedindo que seus lábios se tocassem. Agora ele estava mais atento.
Mas uma dúvida surgiu: manter esse nível de vigilância com ela o desgastaria com o tempo?
Só o fato de pensar nisso já era uma resposta.
Deixou pra lá.
— Sem graça! — resmungou Victoria, voz levemente abafada. Miguel percebeu o tom estranho desde o momento em que ela cortou o irmão, como se sua língua estivesse enrolada. Algo estava errado.
— Vic, agora não — Victor deu um peteleco na testa dela. — Deixe pra brincar com ele depois, agora temos trabalho. E vocês aí, parem de encher a cara.
Brincar com ele depois? Então sou algum tipo de mascote?
Miguel riu, encolhendo os ombros.
Victoria soltou um “Humpf!” e fez beicinho. Voltou a se sentar, e ao olhar de canto para Miguel, sorriu maliciosamente — então exibiu os dentes. Entre eles, uma esfera multicolorida.
Então era isso, hein...
Victoria pegou a Aurora Phase da língua e atirou no lixo com um movimento teatral. Depois voltou a conversar com Samira e Mia, mas agora pareciam frustradas.
Espera...
Mia também tá chateada?
O que essa pestinha enfiou na cabeça da minha companheira?
É... Victoria daria muito trabalho.
Miguel soltou outro suspiro.
Victor prosseguiu:
— Essa é a Rita. Ela—
— Humpf — bufou Rita, cortando Victor sem cerimônia enquanto comia um palito de queijo com cara de quem odiava tudo.
— ... — Victor riu sem graça, mas não parecia com raiva. Já Vic arqueou uma sobrancelha, mas não se intrometeu.
Pelo jeito estavam todos acostumados ao jeito dela.
Miguel sentiu que Rita tinha algum tipo de ressentimento contra ele desde o momento em que chegou, mas isso não o intimidou. Pelo contrário, algo nela o intrigava.
— Você por acaso seria descendente das Agojie?
Todos, exceto Mia, franziram a testa ou olharam uns para os outros em dúvida.
Mas Rita...
Rita se levantou num pulo. Os olhos arregalados. A jaqueta escorregou dos ombros, caindo sobre a cadeira.
— Agojie? O que é isso? — perguntou Victoria, animada, já puxando uma batata frita da tigela central.
— Como você... — Rita murmurou, mas parou por aí.
Miguel sorriu de leve.
— A tatuagem na sua clavícula. Um triângulo vermelho com três linhas horizontais. Apesar de várias tribos africanas usarem símbolos semelhantes, só as guerreiras Agojie podiam tatuar dessa forma.
Mia completou, com o olhar afiado:
— Representa: o corte do amor, renúncia à vida conjugal; o corte do sangue, juramento de matar sem hesitar; o corte do nome, perda da identidade anterior. A mulher morre, nasce a guerreira.
Miguel assentiu para Mia. Ambos trocaram um sorriso leve.
— É mesmo? — Victoria exclamou, soltando um “uau!”. — Isso é real, Rita? Você é uma descendente dessas Agojie?
— Se for, então não tá levando a sério a parte do “corte do amor”, hahaha! — zombou o brutamontes, dando uma cotovelada em Jorge.
Rita lançou um olhar assassino que calou o brutamontes na hora, depois voltou o olhar a Miguel. Mas não confirmou.
— Como sabe disso?
Miguel lembrou de uma viagem com sua mãe aos doze anos, em Benin. Lá conheceu descendentes diretas das Agojie. A lembrança veio com força.
— Conheci uma descendente. Ayra. Ela compartilhou sua cultura comigo... e me deu algumas surras também.
Algumas risadinhas ao redor da mesa.
— E... — Miguel fez uma pausa. — Eu sei só de olhar pra você, Rita. Você é muito, muito forte.
Miguel não mentiu.
— Eu... — Rita desviou os olhos, corada. — Minha avó dizia que sim, mas não dá pra saber só com isso. Fiz essa tatuagem por causa dela. É só isso.
— Entendo — Miguel assentiu. — Mesmo assim, ancestralidade ou não, você com certeza é um dos pilares aqui.
Rita bufou, mas o rosto ainda vermelho. Sentou-se sem encará-lo. Mas Miguel notou que a hostilidade já não estava ali.
Algo cutucou sua perna. Era Victoria, com o bico da bota. Miguel a olhou e leu seus lábios:
“Bom trabalho.”
O que ela quis dizer com isso?
“Você é mesmo um cafajeste nato.”
Ele decidiu ignorá-la.
Victor parecia o respeitar ainda mais. Miguel se perguntou se tinha feito algo tão extraordinário assim.
— Esse é o Pietro. Você já o conhece.
Pietro acenou, rosto corado, tentando acompanhar Luna na bebida.
— Pietro é o melhor em missões furtivas, sabotagem, roubo e assassinato.
Miguel já sabia disso. Pietro era perfeito para isso.
— Esse é o Leo.
— E aê! — Leo se levantou, animado, estendendo a mão direita.
Miguel apertou sem hesitar, mas ergueu a sobrancelha. A mão era transparente, assim como toda a prótese, exibindo a musculatura sintética e ossos de fibra de carbono, completamente artificial, mas a pele sintética que cobria tudo tinha uma textura incrivelmente realista.
— Que foda...
— O que? — Leo perguntou.
— Esse braço é incrível.
— Hahaha! Foda mesmo! Mas caro pra caralho. Depois posso arrumar um pra você.
— Foi mal, mas não posso usar algo assim — disse Miguel, coçando a cabeça.
— Por causa do Primordium? — Victor perguntou.
Miguel assentiu.
— Eu teria que arrancar meu braço. Mas meu corpo regeneraria. Então não funcionaria. E, pra ser sincero, não sei se consigo usar nenhum implante comum.
— Caralho... então até um braço inteiro você regenera?
Miguel fez que sim.
Na verdade, desde que ele não sofresse um ferimento que o levasse a morte imediata, Miguel poderia se curar de qualquer ferimento.
— Que droga, hein! Talvez o Primordium não seja tudo isso — comentou Leo, rindo.
— Hmmm... entre força bruta ou um corpo que se cura de tudo e vive mais... — Victoria ponderou com uma batatinha entre os lábios. — Eu prefiro o Primordium. E ainda manteria esse meu rostinho e corpo lindos. Hihihi.
— Ei! Isso aqui é foda, não é, Miguel?
— Claro que é.
— Então qual é o melh—
— Aqueles são Jorge e Tom — Victor cortou Victoria antes que ela jogasse Miguel numa sinuca de bico. Ele agradeceu com um leve aceno.
O grandão e o velhote de cabelo lambido acenaram de volta, entre um gole e outro.
Com as apresentações feitas, Miguel se juntou a mesa e logo se enturmou com todos.
♦♦♦
— Esse é o cara — Victor passou o tablet para Miguel. — O filho da puta que nos entregou. Se não fosse por você, Luna e os outros teriam sido pegos lá na fábrica, e a polícia teria provas contra a gente. Seria o nosso fim.
Miguel memorizou o rosto do homem: branco, olhos claros, topete castanho. Uma cicatriz no lábio inferior e piercings na orelha direita.
— Vic estava certa sobre ele, mas dei uma chance porque um colega em comum o indicou — Victor continuou. — Lincoln era só um freela. Não sabia muito sobre a gente, mas deixamos ele cuidando da fábrica no Distrito 8 porque o lugar em si não apresentava muitos riscos. Era um setor industrial abandonado, afinal.
Bem como Miguel e Mia haviam suspeitado quando passaram por lá.
— Desconfiamos dele depois de uma das entregas da Samira. O cliente reclamou que vieram faltando algumas unidades de Aurora Phase. Luna investigou a origem, e a caixa tinha vindo da fábrica que Lincoln cuidava. Ela então verificou todo o lote e confirmou: havia uma quantidade considerável de Aurora Phase removida de cada caixa.
— E ele se explicou?
— O desgraçado já tinha vazado quando eu fui investigar — Luna falou, juntando-se à conversa. — Aproveitou que uns malucos tinham explodido um prédio perto da fábrica. Enquanto quase todo mundo tentava entender que porra tinha acontecido, ele nos roubou e sumiu.
— Entendo. Já acharam ele? — perguntou Miguel.
— Hm. — Victor assentiu. Devolveu o tablet para Jorge e começou a se levantar. Todos o acompanharam. — Por isso estamos aqui e não na nossa base. Lincoln está no Distrito 1. Só não sabíamos exatamente onde. Mas Mike — é ele, mas relaxa, depois resolvemos essa treta— mandou a localização exata dele.
Então eles iriam para uma caçada.
Miguel assentiu e se levantou também.
— Hehe, vamos ver você em ação — Victoria o cutucou com o cotovelo, mostrando os dentes brancos num sorriso atrevido.
Miguel riu, dando de ombros.
— Eu até iria... mas, infelizmente, ainda não sou um de vocês.
Todos congelaram. Mia virou o rosto, escondendo o sorrisinho que lutava para conter.
— O que quer dizer com isso? — Luna foi a primeira a reagir.
Victor permaneceu em silêncio — confuso, desconfiado. Preferiu observar.
— Ei, Mi, você não vai se juntar à gente?! — Vic se agarrou nele como uma gatinha manhosa, voz arrastada e olhos quase marejando.
Essa diabinha é uma excelente atriz...
Miguel apertou a bochecha dela e soltou um sorriso torto.
Victoria não poderia saber o que ele estava pensando, mas sabia que deveria ser alguma brincadeira.
— Ora, como vamos nos juntar a vocês se nem deram pra gente uma daquelas jaquetas maneiras? A Mia estava tão animada pra ganhar uma que eu acabei me empolgando também.
...
...
...
Leo literalmente caiu na cadeira, estupefato.
Jorge e Tom se entreolharam, chocados.
Rita se engasgou com o petisco de camarão.
Samira segurou a barriga e virou o rosto, tentando conter o riso.
Luna piscou várias vezes, incrédula com o que acabara de ouvir.
— HAHAHA! — Vic explodiu numa gargalhada alta, rindo com lágrimas nos olhos.
Victor suspirou, cansado.
— E pensar que você também faz algumas piadas...
Miguel apenas sorriu.
Mia enfim caiu na risada.
— Hahaha... ai, minha barriga... hahaha. Droga, a gente realmente esqueceu disso — Vic limpava o canto dos olhos, ainda rindo. Então, como se tivesse lembrado de algo, pegou sua mochila pendurada na cadeira, abriu e tirou uma jaqueta, atirando-a para Miguel. — Tá satisfeito agora?!
Miguel pegou a peça e virou um pouco o rosto.
Esse cheiro...
Mesmo assim, vestiu. Ficou apertado. Mas servia.
Então Vic tirou a própria jaqueta e entregou para Mia.
Mia não hesitou. Vestiu de imediato. Depois foi até Miguel, girando de leve para se exibir.
— Ficou ótimo em você.
— Hehehe — Mia apenas riu baixinho, corada.
— Por enquanto é só pra quebrar o galho. Depois damos uma do seu tamanho — Vic mostrou o polegar, animada. — Então? Agora podemos te ver em ação?
— Agora sim — Miguel assentiu. — Vamos, Mia?
— Hm!
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