Possessão Brasileira

Autor(a): Matheus P. Duarte


Volume 1

Capítulo 15: O que está nas Sombras

O fogo iluminava partes do jardim florido em meio a penumbra, juntamente dos buracos de tira na mansão ao lado e os corpos dos bandidos espalhados por ele.

Quatro pessoas correram entre as chamas dos arbustos atingidos pelas explosões anteriores.

Com todos em linha pouco antes da entrada principal, Matheus atirou na fechadura para tentar abri-la, entretanto, somente uma pequenina fresta se revelou, mostrando as grades que a mantinham fechada.

Precisamos de mais poder de fogo… Asashio — falou colocando a mão em sua escuta — Queira abrir pra nós.

Terminando de falar, ele sinalizou para as demais darem alguns passos para de trás de um dos pilares externos.

Preparem-se — completou colocando a mão nos ouvidos, seguido pelos outros.

O helicóptero perdeu um pouco de altitude para se alinhar com o portão. Nesse momento, Asashio disparou um RPG.

O foguete explodiu em cheio, fazendo espalhar uma chuva de lascas de madeira por todos os lados.

Eles entraram em formação apontando suas armas para todos os lados repletos de madeira fina, móveis requintados e prataria, agora recobertos por uma camada de escombros.

Kasumi, onde você está? — perguntou Matheus pelo rádio — Kasumi?! — continuou, sem resposta — Asashio, restreio o sinal dela e mande pro meu celular.

Foi apenas o tempo de terminar seu pedido para dois homens atirarem neles a partir do andar de cima.

Alguns tiros acertarem os azulejos perto dos pés de Satsuki, que estava mais à esquerda, entretanto, a rajada foi em maior parte interrompida por ela ao abater um dos atiradores, o qual terminou de descarregar seu fuzil no teto, morto, com o dedo no gatilho. O outro entrou em choque ao vê-lo tombar e fugiu.

Vocês três, subam e limpem o andar de cima. Eu vou procurar Kasumi.

Satsuki assumiu a postura de líder, se colocando como a primeira da fila para subir a escadaria.

Enquanto elas se organizavam, Asashio retornou com uma resposta.

Ela está no primeiro andar, parte direita da casa.

Obrigado.

Matheus levantou sua arma e começou a andar pelo corredor onde sua subordinada havia passado anteriormente.

Não tardou a aparecer os sinais da luta que se desenrolou por ele. Diversas marcas de tiro estragavam lâmpadas, as paredes e até um candelabro que balançavam ameaçando despencar do do teto, com suas luzes piscando, seguido de alguns corpos no chão.

Ele caminhou por entre eles até começar a ouvir algumas vozes, misturadas com um pequeno lamento.

Entrando na sala quase totalmente escura, a lanterna de seu fuzil iluminou as três sombras que lá estavam.

Kaori chorava baixinho, Kasumi se contorcia um pouco, já Keishi apontou a pistola em direção a ele.

Parado!

Fico feliz em conhecer outro Chikuma — falou relaxando sua postura com a arma — Sou o novo chefe da sua irmã, queiram me acompanhar.

Ao falar isso, desviou seu olhar para sua colega caída, então caminhou segurando a arma pela parte da frente e se ajoelhou ao lado deles, ainda sob a mira de Keishi.

Segura aqui pra mim — disse entregando seu fuzil aos cuidados de Kaori, que o recebeu bastante confusa.

Você é louco?

Assim como sua irmã, você é ingênuo… — disse avaliando os ferimentos dela — Japoneses normais têm problemas em puxar o gatilho. Seu superego chega a ser doentiamente exagerado, além do mais… — apontou para pistola dele — Essa arma opera em dupla ação e o cão dela não está armado, então vai precisar fazer força demais pra disparar sem querer e, por fim, o que importa mais é a aparência com que me apresento, não a junção lógica dos fatos.

Kaori e seu par ficaram se olhando por alguns instantes, até que ele respondeu.

Não me confunda com pessoas medíocres — falou baixando a ama.

Não o confundi, tanto que sabia que baixaria a arma. Se fosse alguém medíocre, teria ficado com ela apontada pra mim sem entender porcaria nenhuma que eu falei… Matheus, prazer.

Keishi Chikuma.

Finalizando a breve apresentação deles, o foco voltou-se para Kasumi.

Boa garota — falou Matheus com a mão no ombro dela — Eu sei que não gosta de usar sua possessão, acredite… Nada me dá mais raiva nesse mundo do que o motivo que a faz vir a tona, mas preciso que se acalme. Vou te tirar daqui.

Ele colocou ela sobre seus ombros, ignorando seus gemidos de dor, dai acionou seu comunicador.

Preciso de extração pra três pessoas… Sim, o irmão dela está comigo.

Com uma mão segurando ela, usou a outra para pegar seu revólver, então caminhou de volta junto deles para a entrada.

// — // —

Limpo.

Satsuki terminou de subir os lances de escada até um corredor no segundo andar.

Mutsuki, vigie. Yuudachi, comigo.

A primeira ficou olhando para uma estranha escuridão que se misturava entre as luzes nas paredes e a penumbra entre os móveis.

As outras duas se encostaram nos dois lados de uma das portas. Satsuki quebrou a fechadura com uma coronhada e Yuudachi seguiu atrás dela.

Alguns tiros iluminaram o corredor a partir daquela sala, ecoando de forma abafada através das paredes.

Mutsuki permanceu observando o desenrolar, de repente, começou a cambalear um pouco, suas pálpebras piscaram de maneira intensa, sua respiração ficou pesada e seu corpo despencou sobre uma cômoda, então foi ao chão.

// — // —

Uma quantidade indefinida de tempo se passou até seu despertar.

No momento que abriu os olhos, sua reação foi de susto, olhando atentamente para seus arredores.

Os cacos de vidro de um vaso, junto da terra dele estavam bem diante de seu rosto, ao lado de uma toalha que outrora cobria o móvel, sem contar o cheiro característico do piso de madeira.

Ela empunhou novamente sua arma, que estava a seu lado. Nesse ponto, entrou na sala de porta entreaberta ao lado.

Várias marcas de tiro estavam espalhadas pelas paredes. As pernas de um alvo podiam ser vistas de baixo de uma delas atrás de um sofá. Outro homem estava caído sobre um tapete agora tingido de vermelho, mas nem sinal de suas companheiras, entretanto, havia mais uma porta que levava ao cômodo do lado, marcada com um rastro de sangue. O ringir que soou ao abri-la revelou uma cena grotesca.

Um dos alvos estava sobre uma poltrona com seu estômago aberto e suas tripas penduradas para fora.

Ela ameaçou vomitar, mas conseguiu segurar sua ansiedade no último instante.

Coragem fuzileiro… Eu sei… Obrigada — disse sussurrando sem ninguém presente lá, em tons de vozes diferentes.

Se recobrando do choque inicial, ela continuou caminhando, desta vez de volta para o corredor.

Uma risada macabra vinha retumbando pelas paredes.

Mutsuki se ateve a seu treinamento e seguiu andando encostada a parede, de arma baixa.

No que parecia ter sido um escritório, uma silhueta estava atrás de uma cortina caída perto da escrivaninha, sendo a fonte da risada.

Com uma mão trêmula e a outra no gatilho, ela retirou o véu que a cobria. O que se revelou foram as costas de uma pessoa segurando o fígado do homem abaixo dela.

Imediatamente apontou o cano de seu fuzil, chegando mesmo a flexionar o dedo no gatilho, mas recuou no momento em que seu rosto veio a luz da lua.

Satsuki…

Ela possuía sangue pingando de seu rosto, mãos e braços.

É tão bonito… Que pena que não viveu por mais tempo, adoraria estudar os efeitos da dor nos outros órgãos…

O que você está fazendo! — gritou Mutsuki de forma desesperada, jogando a arma para o lado e caindo de joelhos com as mãos sobre ela.

— “O que” você diz? Ora, é meu dever para com o imperador e a nação… Não vou mentir que gosto disso, hahaha.

Um par de mãos cobriram seus olhos, vindas por trás, então uma voz doce e infantil falou.

Adivinha quem éeee…

Yuudachi…!

Quando se virou, na verdade, o que a estava tocando não era sua amiga, mas os braços decepados de alguém.

Sua resposta foi um grito, sua reação foi se atirar correndo para trás.

Ah, que peninha… Ela não gostou — falou se agachando para pegar uma cabeça — Hahaha.

Mutsuki correu de volta ao corredor, horrorizada.

Ela respirava de forma ofegante, ao som de algumas risadas vindas do quarto.

Só pode ser ela… O que aquela maldita fez com minhas amigas! — esbravejou socando a parede de dentes cerrados.

Ela pegou a pistola com a mão direita, depois segurou sua faca com a esquerda faca sem hesitação.

Por alguns instantes, olhou para seu reflexo na lâmina.

Sim… Agora eu realmente tenho vontade de te usar!

Suas palavras não foram para alguém em específico, mas para o símbolo que a tornou quem era hoje.

Nos fundos do corredor, um raio de luz tímido apareceu, junto do som de algo caindo no chão.

Ela se esgueirou pela parede até a esquina de onde veio o som, então pôde ver mais uma sala no fim do caminho.

Alguém arrastava coisas de um canto para outro. Não demorou muito serem ouvidas vozes também.

Rápido com isso e não ousem colocar a mão em nenhum centavo!

Se tratava de uma mulher em um tom bastante familiar.

Mutsuki caminhou até a porta entreaberta, aproximando lentamente seus olhos da fresta.

Lá estavam malotes de dinheiro, dois capangas correndo de um lado para outro e, principalmente, Hisen.

A jovem cerrou os dentes e tremeu as mãos.

Calma, espere a hora — cochichou para si mesma.

O efeito foi imediato e seu olhar foi trocado de raiva para o de caçador.

De forma vagarosa o cano de sua pistola repousou contra a porta.

Obrigada…

Logo em seguida, um dos homens veio de encontro a ela segurando várias maletas de forma desengonçada.

Quando abriu o restante da porta, sua última reação foi abrir os olhos. Ele morreu instantaneamente.

O segundo foi atingido logo em seguida, sem ter tido tempo se quer de soltar os itens que carregava.

Hisen teve mais tempo e se escondeu atrás de um pilar, para revidar os tiros.

Mutsuki se lançou atrás de uma cama gigantesca no meio do quarto, escapando em parte dos estilhaços de vidros de cosméticos que foram atingidos na pranteadeira ao lado.

Ela pôs as mãos sobre as cobertas reviradas e disparou de volta. Nenhum dos tiros teve êxito, se limitando apenas a soltarem o reboco da cobertura.

Após alguns segundos estagnação, uma frase quebrou o silêncio.

Ora ora, se não é a garotinha sumida. Você me fez perder bastante dinheiro e ainda matou vários dos meus funcionários.

Foi você que mandou a Misato e a Sachiko fazerem aquilo?!

Elas queriam um trabalho, então eu dei, simples assim…

Mais tiros vieram em direção a sua voz.

Desgraçada! Vou fazer você pagar!

Após isso, não houve mais nenhum som.

Mutsuki se levantou aos poucos, mirando para onde Hisen estava.

A sombra de seu casaco podia ser vista, imóvel.

Quando se aproximou, não havia nenhum sinal do seu alvo. Até que uma sombra vinda do teto caiu sobre ela.

Uma lâmina correu pelo seu espaço entre o ombro direito e o meio do seu peito. O corte foi parado em boa parte pelo colete, mas não impedido por completo.

Enquanto tentava se recuperar, colocando a mão esquerda sobre a ferida e apontando a arma com a direita. Outro golpe a arrancou de sua mão, abrindo um caminho que Hisen explorou para tentar derrubá-la com um empurrão.

Mutsuki conseguiu resistir, não apenas isso, como também agarrou a cabeça dela e levou de encontro ao seu joelho.

O impacto a entontou o suficiente para ser atingida por um segundo golpe de faca que, embora o alvo fosse o pescoço, a cortou do queixo até acima do olho.

Hisen cobriu sua ferida, tentando suportar a dor, encostando de modo cambaleante em uma cômoda, mas não teve tempo de se recuperar.

Outro golpe veio de imediato contra sua face, o qual foi desviado por pouco e respondido com ela segurando um vaso e quebrando-o no rosto de sua oponente.

Aproveitando-se da brecha, desprendeu uma das cortinas para cobri-la.

Uma vez seus movimentos limitados, a faca encontrou o caminho por entre o tecido e o seu abdômen, por sorte, sua mão a agarrou, mesmo que seus dedos tivessem sido profundamente cortados.

Em meio a quase total falta de visão por entre o pano, Mutsuki caiu de costas após uma segunda investida.

A lâmina cravou ainda mais fundo em sua carne, já bem próxima de seu estômago. A silhueta se tornou mais visível pelo fato de agora o corpo dela estar sob uma lâmpada, o que deu a oportunidade de revidar com um chute na lateral de suas costelas.

A cortina foi jogada longe, praticamente no mesmo movimento de seu levantar.

Os olhos de Hisen repousaram sobre a arma que outrora sua inimiga estava usando, agora diante dela.

Ao pegá-la, chegou a dar um tiro enquanto Mutsuki investia em sua direção, entretanto, o golpe a atingiu em cheio e a pistola mais uma vez se perdeu.

Agora era ela quem estava no chão sob o fio de uma lâmina.

De forma desesperada, tentou empurrar os braços da jovem, mas não conseguiu fazê-la desistir de seu peito.

Mutsuki suava com os dentes cerrados, trêmula, tamanha a força do esforço que estava fazendo.

Foi apenas uma questão de tempo até se aproximar lentamente de onde queria.

De repente, mais uma vez começou a ficar cambaleante.

Eu sei que você deseja algo… — falou Hisen de forma calma, apesar das circunstâncias — Não tenha medo, é só dizer o que quer, da mesma forma que suas amigas fizeram… Posso dar uma vida nova para você e seu irmão, bem longe daqui.

Deixe o Keishi fora disso!

Sua frase foi intensa, mas visivelmente debilitada.

Ele já está nisso. Não te contaram?

Mutsuki reagiu com um retorno subido em suas forças.

O que você fez com ele?!

Nada demais, até o vi sair correndo daqui, deve estar muito bem…

Cada vez mais a consciência parecia deixá-la, como se estivesse entrando em transe.

Isso, só precisa relaxar. Não impeça seus desejos, a culpa é da sociedade que nós obriga a reprimi-los. O único jeito de viver bem nesse mundo é não ter regras e se preocupar só consigo mesmo.

Aos poucos ela foi cedendo, bem lentamente, sem pressa.

Alguns segundos depois, sua faca caiu no chão.

Muito bem, querida… Diga pra mim o que quer.

Mutsuki abriu um sorriso de enorme satisfação, então colocou suas mãos sobre os ombros de Hisen.

Você é a coisa que ela mais quero nesse mundo…

Seu punho se levantou e desceu sobre o rosto dela.

Obrigado por me trazer pra fazer o trabalho sujo, porque ela é inocente demais pra dar a um lixo humano como você o tratamento que merece.

Hisen vestiu uma expressão de terror, então os próximos ataques vieram com imensa intensidade.

O sangue que cobria seu rosto, principalmente sua boca, a impedia de falar, fazendo ela ter uma luta para não se afogar nele.

Seu nariz foi quebrado, seguido de seus dentes, maxilar, e até o afundamento de sua face e um de seus olhos.

Quando acabou, o que restou foi algo que muitos colocariam em dúvida se alguma uma vez havia sido humano.

Mutsuki ficou lá, encarando o que havia feito, sem piscar.

Um som de passos veio do corredor. Seu autor era Matheus, que se aproximou sem pressa no momento em que viu a cena.

Ele ficou lá, parado, sem dizer nenhuma palavra.

Que bom que chegou. Sinto que não vou conseguir levá-la até a saída.

Pelo visto, Hisen usou seus poderes para desestabilizar a possessão de vocês.

É como se ela tivesse entrado dentro de mim e feito brotar minhas vontades mais sórdidas. Felizmente, era o desejo de ver gente como ela se ferrando. Meu único ressentimento é essa pobre Mutsuki ter que ver essas coisas… Pelo menos tira ela daqui pra poupá-la disso.

Não, tenente, ela precisa ver algo… Ela precisa da única coisa que te permite suportar esse inferno.

Matheus se aproximou dela, a levantou pela cintura e depois passou seu braço por trás de sua cabeça.

Eles caminharam até desaparecerem do quarto, descendo novamente para o hall de entrada.

Alguns homens armados e uniformizados estavam espalhados pela entrada e os arredores vestindo roupas similares as que usava.

Um deles se aproximou de ambos.

Desculpe senhor, a divisão responsável pela área de Tóquio estava em ocupada, fomos chamados em caráter de emergência, por isso a demora.

O importante é que chegaram…

Logo passando a entrada, podia-se para ver Asashio no helicóptero junto de Yuudachi e Satsuki, ambas enroladas em um cobertor, sem qualquer reação.

E a garota, onde está?

O homem deu de costas e apontou para o corredor ao lado.

Ele agradeceu com um aceno, então voltou-se a sua companheira. Ela estava mexendo seus olhos como se estivesse acordando de um sono.

Matheus… — começou se forma vagarosa — A Hisen! — exclamou com um susto.

Calma, você pegou ela. Vou te mostrar uma coisa.

Os dois seguiram a direção que haviam dado.

Ao virar a esquina, uma jovem, por volta dos 16 ou 18 anos, estava sobre uma maca sendo inspecionada por um deles.

Consegue ver? — perguntou Matheus parando do lado dela.

Mutsuki abriu os olhos com a visão que teve.

Seu corpo era magro, mesmo esquelético. Uma série de hematomas a cobriam, seu olhar não possuía nenhum sinal de vida, apesar de sua respiração tortuosa demonstrar o contrário. Ela tinha marcas de cortes profundos, alguns infeccionados e queimaduras em diversos pontos da pele.

Quando levei Kasumi para o helicóptero, ela falou que havia alguém no porão, “alguém com aquele olhar”. Não sabia se era uma prioridade e não conseguia perguntar por estar em estado de choque…

A garota virou-se lentamente, como se quisesse vê-los.

Quando a encontrei, estava suja na própria urina, tremendo, tão fria quanto o chão. O tendão do pé esquerdo foi cortado… — Ele fez uma breve pausa, respirou fundo e continuo com alguma dificuldade — Eles a estupraram… Muitas vezes…

Ele respirou por alguns instantes, ela já começava a cerrar os dentes.

Já senti muita raiva, de socar as paredes, de passar a noite em claro, mas chega um momento que só se consegue sentir tristeza, porque o que foi feito já passou e você não pôde fazer nada…

A maca foi levada e os dois seguiram o caminho para saírem de lá.

Nós salvamos pessoas com ela, mas a verdade é que sinto como se fosse eu quem estivesse sendo salvo…

Eles pararam na entrada para observar o horizonte repleto de luzes da cidade.

Nesse mundo de pessoas perversas, onde somos tentados por nossos desejos mais hediondos, há aqueles que se corrompem, até procuram tornar justo suas transgressões e, mesmo assim, podemos encontrar a salvação transcendendo a nós mesmos…

Ele parou e olhou para sua companheira com um sorriso melancolicamente belo.

Essa é a beleza da vida, encontrar a luz onde ela não existe…

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A série terá uma pausa até o dia 7/06/2024 para que eu possa programar seu futuro, juntamente com o desenrolar de algumas questões pessoais.

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Até nosso póximo encontro!



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