Volume 1 – O Segundo Setor
Capítulo 17: Segundo Setor
【 Em algum lugar do Segundo Setor】
Ao mesmo tempo em que se concretizava uma suposta viagem dos sonhos para Will e Nirda, Réviz e Mark assentiram entre si pelo retrovisor central. Aquele momento era definitivo da lógica jovem de cabelo hipérbole. O ambiente estranho capturava a atenção dos irmãos, prédios enormes com formas curvas, um exemplo de arquitetura e engenharia aplicada.
Após atravessarem um portão com muitos guardas a postos, entraram no perímetro rodeado por muros altos que parecia conter de forma desproporcional uma cidade escondida em plena vista. Se ninguém conseguia ver essas estruturas pelo lado de fora, estava óbvio: uma verdadeira ODST.
No centro de tudo, a grande torre tinha o símbolo estampado, aquilo fez Mark engolir saliva, porém, antes que pudesse aproveitar tudo pouco a pouco, o carro virou para a direita e o desequilibrou. Uma enorme construção em forma de esfera estava adiante, branca, brilhante e sem qualquer imperfeição.
A esfera foi dividida horizontalmente, a parte de cima foi desmontada, como peças que retraiam para as posições originais, onde demonstrou um teto retrátil que começou a brilhar.
No entanto, o carro continuou em direção a estrutura sem medo de colidir, afinal, uma abertura surgiu no último segundo e permitiu a passagem do carro, parecia que aquilo estava vivo.
Esta recepção fez Nirda se levantar e abraçar Réviz, que quase teve o controle perdido do veículo. A felicidade alastrou em volta, militares e cientistas finalmente reconheceram o carro que entrou sem cerimônia. Acenaram, chamaram e comemoraram; Mark tensiona as sobrancelhas, o contexto que possuía não dava margens para esperar uma festa ou algo semelhante.
— É isso, gente! Podem sair do carro, irei mostrá-los um pouco do lugar, mas, antes, quero apresentá-los a uma pessoa — disse Réviz.
Havia encerrado a viagem de maneira efetiva e, feito um guia turístico, apontou para o prédio adiante. Uma porta surgiu na alvenaria lisa da parede a frente, o perímetro foi desenhado e a maçaneta apareceu.
“De novo” A gritaria percorreu até os ouvidos do jovem desatento, revirou o corpo para procurar a origem; Mark achou ter escutado uma voz, mas apenas oscilou na mente por um momento. A boca apenas secava com todo o evento inesperado, as pessoas ao redor estavam reunidas a poucos metros atrás deles. Os olhares fixos em frente fizeram com que Mark cedesse a curiosidade ao ver na mesma direção. Seja lá o que vinha, havia uma ansiedade comum.
“Ele não me falou nada disso”, a atuação de pai amigável trazia um desconforto descomunal. Pior que a vontade única de entender aquilo, era saber que não tinha o controle da situação. Necessitava seguir a risco os comandos feitos por Réviz.
Estalos e barulhos de aço vinham do outro lado da porta. Correntes, trancas, engrenagens e… um martelo? A maçaneta rangia, barulhos finos de um sistema de computador que processava os comandos inseridos com brutalidade. Enfim, foi perceptível que a maçaneta começou a remexer e dar vários giros em ambos os sentidos.
— Aaaah! Vai catar coquinho! Tá bom, tá bom, eu digo… Por favorzinhoinho minho!
A voz abafada de uma moça, que gritava com alguém que estava junto dela, surgiu por trás porta. As pessoas ficaram um tanto que incomodadas, Réviz revirou os olhos, e Will coçava a cabeça. Nirda, que saltitava em volta de Mark, não pode notar a face tensa com dentes de nervosismo a mostra
Por baixo do pequeno vão da entrada, uma aura preta começou a espalhar e impregnar pelo mundo, uma névoa preta começou a colorir tudo em preto e branco. Uma tonelada de ansiedade recaiu sobre o coração de Mark, o suor frio e a pressão desconhecida o fizeram tossir instantaneamente.
“O que tá acontecendo’. Paralisado, o tempo estava congelado e nada podia fazer, a não ser ver o mundo perder a cor. No entanto, esse sentimento esquisito estava um tanto que familiar, mal sabia descrever, foi o mesmo que sentiu quando viu Réviz no colégio, apenas não recordava disto.
O mundo escureceu, o brilho geral abaixou e se tornou difícil de enxergar. Como uma mosca atraída, Mark se recompôs e viu a si em frente da porta. A presença fantasmagórica estava de costas e todo o arredor permaneceu congelado.
“O fantasma?!” Difícil não identificar o espírito que imitava sua aparência.
Os dedos que tremiam ficaram estáticos, sua respiração foi interrompida, apenas o olhar conseguia transmitir o sinal de vida em meio ao mundo congelado e sem cor.
— Desista desta ideia de buscar a razão.
O fantasma cruzou os braços e virou para ele enquanto balançava a cabeça. Invés de observar de longe ou aparecer como vultos, havia um verdadeiro tipo de iteração com Mark. Sem uma boca para o barulho sair. Deu passos cuidadosos e parou logo a frente da menina parada.
Assim como Mark, o outro Mark, que era um fantasma completamente branco, que somente a silhuete remetia ao jovem, examinou bem Nirda e Will.
— Nunca pare de tentar… Não a deixe morrer de novo. — Usou o dedão para apontar para trás, onde estava a porta que ainda não abriu.
A voz que invadia a mente diretamente era limpa e... feminina, apenas tinha Mark como aparência, mas era algo completamente diferente dele. O peso sumiu, e o ar ficou violento. Sobre as cores que retomavam tudo, Nirda começava sofre pela gravidade novamente em meio a um pulinho, e o fantasma sumiu da mesma maneira em que apareceu: num instante e com falta de explicações.
Mark desarmou o zíper da blusa e permaneceu, o suor frio descarrilhou o pouco momento de cautela de volta num turbilhão.
O rosto atormentado teve a mão inquieta como um ataque, Mark massageou o rosto, não digeriu o que viu. Simplesmente, parou após um segundo, a mão que o tentava acalmá-lo foi a verdadeira origem disse tudo. Bastava ignorar? Fingir ou Aguentar? Queria tempo para responder.
Independentemente do que ocorreu agora, os arredores voltaram ao normal como se fosse um momento de eternidade aprisionado num milissegundo.
Entre os dedos inquietos, a menininha notou de relance a cara preocupada do irmão, todavia a porta da esfera gigante finalmente abriu e roubou a atenção. Uma mulher jovem se aproximava, andando de forma cautelosa, deixava as chuquinhas balançarem pelo vento enquanto usava um terno branco muito chamativo.
Estava com os nervos à flor da pele, mas, quando seu olhar aterrissou em Réviz, ela se endireitou numa pose de madame com as mãos na cintura.
A sensação pesada, rígida e tenebrosa trouxe oposição em um agir doce e forçado. Era essa quem o fantasma se referiu? “Como assim ‘não deixar ela morrer’”? Mark apertou os punhos e respirou fundo. Juraria que tentaria manter as aparências para…
Foi tudo água abaixo. A moça não estava mais na sua visão, a pose forçada de madame foi quase enterrada no chão. Simplesmente: a moça tropicou. O tropeço fez com que Nirda e Will rissem, Réviz apenas virou o rosto para moça, que fingiu não conhecer ela, evitando contato direto. Aquela falta de preparo com o terreno fez a preocupação de Mark desaparecer.
— O-oi, gente! Óia só, vejo que são os convidados do Réviz, não são? — Chegou com um sorriso sem jeito. — E-eu sou a Luri, amiga do… pai de vocês?
— Certo, preciso falar com uma pessoa agora, a pedi para mostrá-los a instalação e, também, o lugar onde iremos ficar — comentou Réviz ao andar para longe, acenado.
— Me sigam por please.
Luri perdeu o brilho da saudação, teve a impressão de ser evitada junto a uma desculpa conveniente. Logo em seguida, todos entraram no carro com a nova motorista. Foram em direção aos prédios centrais da instalação.
— O Réviz voltou... Luri deve estar tão feliz! — disse uma idosa varrendo o chão por perto.
As pessoas reunidas voltaram a suas tarefas sem protesto, comentava a vinda de Réviz e esperavam pelo reencontro com que esteve no outro lado da porta.
“O que ele tá planejando?", pensou Mark ao olhar seu pai se distanciar na direção oposta. Quando chegaram perto, estacionaram no lado de fora de um grande prédio — não sendo o maior em altura, mas em largura.
Luri os guiou para a entrada, mostrava um sorriso cativante para os observadores, porém, o único a não cair nos encantos amigáveis era o ex-órfão de blusa azul: "Ela sabe o que o Réviz sabe?”, pensava ao manter o olhar fixo na moça.
A mulher se mostrava muito atenciosa com os funcionários, cumprimentavam-na com muito fervor, e ela sempre respondia igualmente. Todos da instalação a conheciam, porém, vê-la guiar outros três adolescentes em ambiente militar como uma instalação da ODST trazia comentários estranhos:
— Quem são os três? Por que o radar me disse que só o Réviz entrou? — questionou uma mulher que via através das câmeras.
— E por que a Luri tá fazendo isso? — perguntou um guarda próximo.
— Ahwn! A menina é tão fofa! — exclamou uma cientista ao lado.
O jovem de cabelo hipérbole era o único desequilibrado do grupo, os outros irmãos andavam e admiravam o lugar como todo. Ele caminhava junto ao grupo com os braços para trás, em alerta com cada sala que Luri apresentava.
— Aqui é o setor dos laboratórios, aqui só tem gente mega inteligente, tipo, os top nerds dos nerds nerds! — disse Luri, apontou para a grande placa em frente a um corredor largo e lotado de portas que não se enxergava o fim.
O lugar era tão limpo e brilhoso que os irmãos se enxergavam no chão.
Will notava as pessoas de jaleco andarem para todos os cantos. Naquele cenário, o grupo se destacava muito em meio ao trânsito dessas pessoas. Já que pareciam respingos de tinta numa tela de pintura nova. Luri e os funcionários se misturavam pelo ambiente branco e sem cores chamativas. Nirda, inquieta, girava o corpo em círculos, maravilhada por um lugar tão diferente do orfanato.
O contraste da parte de dentro era a manifestação do inverso do exterior. Invés de aparências curvas ou arredondadas, os corredores retos e as marcações das paredes lembravam detalhes que remeteram a não ter vindo desta época; cores metálicas, espelhos e luzes que indicavam cada centímetro com informações. Era como estar no futuro dentro do presente.
A menina parou o giro com um passo forte no chão. Anulou toda a força do momento causado e fixou a força do olhar em Luri. A expressão dela... mudou.
Mark reparou a falta de movimento de sua irmã, numa olhadela rápida, pode perceber a terrível forma que Nirda estava. O pé foi para trás por um reflexo de sobrevivência. Porém, no mesmo inspirar, assustado com o que viu, a menina fofa havia retornado ao movimento giratório ordenado.
"Que expressão foi essa?!" Qualquer coisa estranha que acontecia ao redor podia ser considerado um delírio causado pelo estresse dos dias antes de encontrar seu pai. A primeira coisa que pensou em fazer foi procurar pelo fantasma em algum lugar por perto. Sempre que algo estranho acontecia, a presença misteriosa estava em algum canto.
Contudo, não encontrou seu fantasma em qualquer lugar, abaixou a cabeça e fungou o nariz. A hora de se manter focado tinha a dificuldade aumentada de forma constante. A irmã dele realmente agiu com estranheza ou foi uma mera impressão do choque que sentiu agora há pouco?
“Droga! ‘morrer de novo’? O que esse trem é afinal? E o que quis dizer com isso?”, seus pensamentos formavam um raciocino de conexão simples. Quando o fantasma aparece, os eventos se desenrolam negativamente sempre.
As coisas todas começaram com a chama ciana, uma chama que surgiu e apenas surgiu pelo evento clichê de salvar o irmão. O que de fato isso significa? Mark ajeitou a blusa e tentou seguir em frente.
— Luri! O cê é quem aqui? — perguntou Nirda.
— Nesse lugar? — questionou Luri, sem graça.
— É! Você trabalha aqui, né? — continuou Will, animado.
A moça foi pega de surpresa com a pergunta, deixou as bochechas inflarem e se lembrou do mesmo instante da chegada das últimas mensagens de Réviz, que concluíram sobre o que fez durante a missão.
Nirda inclinou o rosto, buscou entender um certo receio no rosto de Luri. Do bolso da calça branca, pegou o celular e examinou rapidamente:
"Consegui… Achei um deles"
“Nossa! Que ótimo, cara. Você não precisa mais ficar desse jeito, né?”
"Preciso ganhar confiança… Ajudá-lo é me ajudar"
"Não pode sair atravessando o planeta nisso, é perigoso"
"As voluntárias voltarão hoje, trarei eles dentro de uma semana. Quando o carro entrar na área do alcance do rádio, me encontre em frente a área do observatório, dentro da cúpula”.
"Voluntárias? Acho que sei quais são... Se tiver a chance, mostre a ele o que pode fazer, não quero causar uma impressão ruim quando for minha vez"
“Quando os irmãos estiverem juntos, se comporte daquele jeito’
“Daquele jeito?!”
Luri tinha sempre receio das questões de seu amigo, o motivo dessa preocupação com um terceiro nível veio devido ao que aconteceu antes de se juntar à equipe, não conheceu o verdadeiro Réviz, aquele que existia antes daquela missão.
Agora, são apenas restos amontoados. O papel de parede em seu celular era de três pessoas. Ela estava no meio, Réviz na sua direita e uma mulher de cabelo cinza e cílios amarelos no outro lado; todos sorriam naquele momento. Agora, ela não conseguia conter o peso emocional.
— Hm... É. Bem... sabe... pois é. — Se interrompia a cada tentativa de iniciar uma resposta, revirava em poses de análise, mas disfarçou a insegurança ao enrolar o dedo na chuquinha. — Pode dizer que sou uma... “Faz-tudo”! Isso! “Faz-tudo” E-eu ajudo no que precisam, incluindo os trens do seu pai e pá.
— Nossa! Deve ser a melhor! Todos aqui te conhecem — comentou Will.
— Acho que sim...
Antes de prosseguir com o tour improvisado, reparou bem no jovem que deu o motivo do movimento naquela ODST, Mark evitava contato direto. Um garoto em defensiva enquanto esperava pelo pior dos piores.
Luri entendeu, ergueu um sorriso de lado e deu meia volta no imenso corredor. As pessoas se assustaram pelo grito e as chuquinhas que esbarravam nos funcionários:
— Vamos! Temos um lugar pra mostrar pra vocês! Não vão querer estar aqui quando esse lugar fechar, haha... não mesmo — disse ao acelerar o passo em direção à saída do complexo.
O local onde estavam era o maior com relação à área coberta na instalação. Lá, todos os níveis agiam em conjunto, somente partes complementares ficavam separadas em estruturas exteriores. Dessa maneira, era fácil localizar o que queria.
Cada ODST tem um grupo tático, Mark lembrava da explicação de Réviz em sua mente sobre o funcionamento de uma, porém a existência de tal grupo num lugar tão concentrado deixava ainda mais difícil distinguir quem seria outro membro, mas todas as hipóteses traziam somente as mesmas opções.
"Réviz não é um grupo de um único membro, se não for a Luri, pode ser também as empregadas… Militar com empregadas certinhas? Nem pensar". Ficava ansioso, mas não de forma ruim. Almejava uma resposta para qualquer coisa que via, invés de evitá-las como um tormento pontual. Um garoto em defensiva, de férias, com medo, que possuía habilidades capazes de salvar seres vivos, guiado por um militar duvidoso — que coisa, não?
Perigo lhe aguardava, sabia disso, tinha que enfrentar, sabia disso, podia dar tudo errado, sabia disso. Esperar o inesperado, queria não saber disso. Resumindo definitivamente, um jovem na defensiva, usado como arma contra si mesmo sem perceber.
Seus pensamentos eram regidos por medo, determinação e, quando nada disso se aplicava, esperança. Esperança de não ter que ver aquelas coisas todas. O fato de organizar ideias, construir uma lógica e decretar um raciocínio o fazia acelerar o coração. Uma faísca de cor ciano surgiu em seus punhos, acabou por ser desfeita antes que Mark percebesse, pois foi puxado pelo capuz através da mão inquieta de Luri, que o forçou acomponhar o paceio.
— Tá na lua, meu jovem?
Após chegarem a uma área mais isolada do lugar, o sol saía de vista, e a noite vinha preencher o espaço da ODST. O carro estacionou na frente de um prédio bem pequeno para as proporções da instalação.
Uma a uma, as luzes se acenderam e revelaram os tons amarelos espalhados por aquela área. Um lugar colorido alimentou a vista dos irmãos cansados do tom seco do preto e branco.
— Caraca, mano! Que porta chique é essa? — disse Will, impressionado com os equipamentos.
— Parece que a gente tem outra pessoa com bom gosto aqui, hahah! Isso aqui é só o começo, porque é aqui que vocês vão ficar.
Com uma porta de chamar atenção que brilhava com a aproximação dos quatro, mais luzes se acendiam pelo lugar todo, anunciou de forma silenciosa a chegada dos novos convidados. Ela digitou ferozmente pelo painel ao lado o comando de acesso com os dedos quase invisíveis de tamanha agilidade.
— Pleno 2024 e ainda tenho que usar essa joça.
Nirda tentou fazer o mesmo, mas a porta não respondeu a pequena. Abaixou a cabeça e emburrou pelo resultado inútil. Luri deu um ligeiro cafuné, que fez o rubi dos olhos brilharem novamente.
Quando entraram no prédio de dois andares, viram que tinha uma variedade de opções de entretenimento: karaoke, jogos, um mini cinema e uma piscina e uma porta azul e aveludada em pé sem apoios das paredes — uma decoração peculiar.
Mark vacilou sua cautela ao reparar em um videogame de última geração, correu até ele. Luri, num piscar de olhos, assustou todos ao ficar na frente dele, o alcançou em uma velocidade incrível.
— T-tomem cuidado, t-tá bom. Esse aqui é meu precioso — disse Luri com um olhar piedoso ao abraçar o videogame.
Depois de prosseguir as escadas, Nirda e Will averiguaram cada centímetro de toda a sala. A moça ficou feliz em vê-los soltar dos movimentos rígidos do passeio. Apresentou o prédio sem pressa, porque prendia a atenção dos convidados.
No segundo em que os irmãos averiguavam os detalhes, a atenção de Mark era constantemente capturada pelo relógio na parede. Bufou, mas conteve a sinceridade da preocupação. Bastava que Réviz aparecesse pela porta e perguntaria “o que diabos tá acontecendo”, assim imaginou.
— E aqui será onde vão ficar, especificamente!
A porta se abriu e mostro um grande quarto e... um monte de exatas e precisas mesmas coisas. Literalmente, idêntico ao antigo quarto apresentado pelo pai dos ex-órfãos na casa provisória.
— É meio parecido... né? — comentou Mark, pressionava a visão para tentar ver algo diferente.
— Vou ter que comandar outra organização… — lamentou Will.
— Humrum! — concordou Nirda, inclinando o rosto.
Luri escondeu o rosto com as chuquinhas, levantou o dedinho, mas fechou a mão, frustrada. Queria muito surpreender os irmãos de forma agradável, só que seu amigo tinha sido ainda mais rápido.
— Po-pois é... Vou pedir pra colocaram os pertences aqui — disse, abatida.
Os três irmãos entraram no quarto e, logo atrás, três outras moças apareceram com as malas. Will e Mark olhavam de forma esquisita, igual anteriormente. Três mulheres com uniformes militares e boinas com cores diferentes.
— São tão parecidas com as empregadas do Réviz… — Mark sussurrou para Will, incrédulo.
— Pois é, cara, mas e se não forem? — sussurrou Will.
A aparição das agentes que agiram como empregadas durante alguns dias foi inesperada. Entraram bem rápido e colocaram tudo perto das camas em instantes, mas, antes que todas saíssem, a loira virou no último segundo e tentou acenar para Nirda, porém foi interrompida no momento que outra a forte puxou com força.
— O que você tá fazendo, Vanessa?!
— Sumam!
O rosto de Luri foi coberto pela franja ameaçadora. A imponência na sua voz fez com que as mulheres se arrepiassem.
— Já disse: sumam!
— Nos desculpe, Senhora líder. — Encerraram ao sair de fato do local.
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