Volume 2 – Lembranças de um Passado Perdido
Capítulo 38: Assombração
Preciso me acalmar logo, de uma vez, imediato, num instante, agora... Agora e agora! Fazia quase uma semana que todos os relatórios que passavam por mim eram somente atentados de protesto pela cidade. Não adiantou insistir que eram verdades não realistas, um novo tipo de mentira, uma afronta a minha dignidade!
Meus dedos passavam pelas folhas numa velocidade que foi impulsionada pelo fervor do meu sangue, as fotos dos cidadãos se misturavam por inteiro! Literalmente, meu vexame virou pauta número um.
Como posso resolver isto? Investiguei meus funcionários arduamente e não encontrei nada nem ao menos suspeito. Devo ter deixado algum detalhe passar. Minhas palavras perderam todo o valor perante a comunidade e meu posto está em jogo. O que eu deixei passar? O que eu deixei? O que…
Cinco toques na janela penetraram o recinto da minha angústia. Levantei-me da cadeira e a derrubei com brutalidade. Minhas veias estavam ativas e pulsantes, mas recuaram quando virei meu rosto para a abertura da sala. No canto da janela, meu pombo-branco tinha a cabeça curvada. Verdade, aquele era o ritmo da notificação de uma carta. Suspirei e relaxei os ombros. Minha mão deslizou pelo pescoço, tentei tirar o peso da ansiedade e nervosismo… não fui feito para isto, deveria ter recebido dicas de Pedro.
Retomei a cadeira e a ergui novamente. Ajeitei minha farda e caminhei lentamente. Cada ranger da madeira do chão era uma reflexão da minha espera por uma boa resposta. É claro que a mensagem deve ter chegado em Marcos. Caso Sofia ter compreendido a gravidade da situação daquele nome, a mesma carta estaria completamente amassada.
Foi possível notar as manchas de sangue da que mandei… Pedro? Não, teria sido uma carta completamente nova. Só Marcos era desleixado o suficiente para somente responder no mesmo papel.
— Me dê ótimas notícias, general demônio.
“Édnis”, esse nome que surgia perante esse mal-entendido criado para mim… Os assuntos da guerra do pôr do sol voltavam como praga. Talvez. Um segundo. “Talvez”? Podia a mesma pessoa estar conectada? Óbvio que podia. Alguém que é capaz de infiltrar informações desta maneira, alguém que pode fazer isso e passar completamente despercebido. Alguém capaz de desenterrar algo que foi apagado da história e criar informações... Criar.
— É impossível que outro usuário da energia exista antes da guerra.
Os braços tremiam. As imagens daquele fogo no centro do campo de batalha me deram arrepios, as lembranças davam por igual. Estendi minha mão e abri, cautelosamente, o suficiente para o pombo entrar. Logo, fechei com toda força e averiguei a paisagem. Somente a cidade, pessoas caminhando e o vento passando. Havia ninguém que meu olho captou e dedurou como suspeito. Assim, fitei o animal mensageiro, que pousou logo acima das fotos que quase despedacei outra vez.
Um entreolhar incomum entre a criatura e eu, foi quase como se dissesse algo além do audível. A cabeça corada dava o ritmo de um pássaro comum, mas… ele me encarava como se tivesse visto algo diferente desta vez.
— Vamos…
O indicador foi até o laço bem-feito na perna do pombo. Enfim, desenrolei a tal resposta da mensagem desesperada que havia mandado. Era realmente algo escrito na mesma carta: “Édnis vive. O pôr do sol nunca chegou de verdade …”
— Outra dúvida…
Este papel tinha a glória pré-concebida arruinada! A visão correu pelo vermelho podre que demarcava a depressão e pesar das palavras e recebeu o pior das continuidades. O pombo descorou o rosto e tensiona as asas. Pude jurar que, de alguma forma, também leu a atrocidade. Nossos olhos provaram o pior da desesperança.
Não me contive, meu punho fechou, o suor frio cerrou a pele ao escorrer pelo nariz. Isto aqui não deve e não pode ser verdade! Eu não quero que seja verdade!
— “Sofia pereceu, e Pedro se enterrou. O demônio ardente sucumbiu. E tu se oprime. Aproveite seu tempo enquanto pode, senhor das ilusões”.
Imundo desgraçado! Foi claro a procedência de um inimigo… Somente os adversários da guerra apelidaram o Marcos de “demônio”. Além disto, havia a plena noção das minhas capacidades, o responsável sabe da guerra e da energia da criação!
Esmurrei a mesa com o outro punho e terminei de quebrá-la. O pombo voou, desesperado.
Este verme! Está a fugir por qual razão? Apanhei esse bicho no ar e o aproximei do meu rosto. Apontei o dedo para o bico suspeito e alertei em altura:
— É você?! Diga, rato voador! Se tu ser um usuário que muda de forma.
Vi a pequena cabeça balançar para os lados. Lágrimas caíram deste imprestável e o soltei novamente. Este animal é treinado, sei que não teria culhões de me desafiar. O soltei e permite que recuperasse o fôlego.
Já chega! Derrubei a mesa e a fúria incendiou meu coração feito um vulcão ativo. Meu peito inchava e liberava o ar rapidamente. Passei os dedos pelo cabelo e retomei a postura.
— O responsável. Vai. Pagar.
O sentimento revigorou o cérebro num tom amargo de nostalgia sangrenta. A ignição roxa aflorou e meu cabelo brilhou junto. O choque proposital a mim mesmo ressoou naquilo que jurei aos três em nunca usar. Mas, agora, tenho dúvidas suficientes para tal.
— Crer…
Meu corpo pareceu derreter, os sentidos ficaram dormentes, porém, me mantive de pé. A opacidade dilatava no espaço e reduzia a nitidez da persona que me tornei. Pela última vez em anos, me tornei invisível.
Caminhei até a porta enquanto o pombo revirava o pescoço tentando me encontrar. Assim que as unhas fizeram contato com a maçaneta, a porta agiu sozinha. Na minha frente, o outro militar maquiado estava no outro lado.
— General Felipe, preciso de um esclarecimento. General?! Onde está?
Não dei a atenção devida. Minha visão afunilou somente para a direção da entrada. Eu iria averiguar de perto as patrulhas e achar tal responsável. Se precisar, farei o necessário e emocionalmente cabível. Isto vai acabar.
Foi outra pena eu não ter percebido o sorriso vil do mesmo militar que constatou minha sala vazia.
— Que engraçado.
Enfim, estava no lado de fora da ODST. Apesar de não existir pessoas com os instintos de problematização aflorados, as ruas estavam sujas pelos cartazes, placas e várias cópias daquelas malditas fotos…
As ruas em volta estavam silenciosas de almas, havia nada que testemunhasse um fio de vida sequer. Uma cidade pequena, um lugar calmo e sereno que escolhi centralizar minhas responsabilidades. Desta forma, pensar que toda a cidade podia estar deslocada para um único fim no hoje.
O vento soprava e levava alguns exemplares, lavava a rua lentamente, mas outras mensagens apareciam como provação do inevitável. Tem que pagar, pagar e compensar a minha dignidade manchada. As maneiras de punir o malfeitor que fazia a vontade do povo ser a contrária da minha penetravam a mente. Estas dúvidas crescentes realçam meu desgosto. Embora ninguém pudesse me ver.
Após o vento acalmar, comecei a prosseguir para o horizonte da cidade. As grandiosas montanhas roubavam a atenção da paisagem. Antes que pudesse esquecer os problemas por uma mera e completa partição infinitesimal de segundo, meu sapato pisou de forma estranha. Existia um pedaço de papel rasgado, colado na sola.
Nem pensei outra vez, agarrei o papel e descobri a razão que demonstrava a falta de pessoas protestarem por aqui. Foi um pedaço de jornal que acabou preso, nele havia uma clara imagem da multidão. “Cidadãos se reúnem na entrada da Floresta Pálida”.
Lá. Certo. Rapidamente apontei minha cabeça um pouco mais para a direita da paisagem montanhosa, o local onde as gigantescas árvores-brancas disputavam acirradamente em altura.
Balancei a cabeça e busquei a calma na raiz do meu coração. Respirei fundo e prossegui ao longo caminho até lá. Precisava ser discreto, porém… ainda me sinto horrível por ressuscitar uma benção imortal do passado.
Adnis me deu tal energia como ato determinante da guerra, um assunto trazido à tona na minha vida depois de tanto tempo. Queria ter ciência da situação dos meus colegas, era para a guerra ter sido apagada da história, tais usuários descobertos seriam posteriormente cobertos por nossas assas e escondidos cautelosamente.
Contudo, aqui em Quiral, somente pude ver uma pequena menina apresentar ações peculiares. Era completamente estranho ver plantas ter uma vontade própria…
— Queridos aqui presentes! Peço um momento de concentração de vossa insatisfação!
Em cima de uma carroça, um jovem de cabelo branco e pele escura levantou os braços e gritou para a multidão. Correram e concentraram para mais perto, o mar de gente formava em ondas de dilatação.
— Desculpa, esbarrei em… você?
Uma mulher caiu no chão ao dar de queixo no meu ombro. Sorte eu estar ligeiramente mais controlado. Apenas a vi levantar e voltar para a inércia, confusa por bater em algo além da vista.
A entrada da floresta que atravessava as nuvens era na frente de uma enorme praça que englobava todo o perímetro. Fiz algo para preservar minha paciência, escalei um poste e fiquei em pé sobre a lâmpada, aguardei a conclusão do anunciar do jovem com uma vista privilegiada.
— Agradeço o recebimento caloroso! Claro, sabemos o objetivo que nos reuniu aqui! Vamos encontrar um novo lugar para Felipe, incrível e responsável governante…
Graças! Um ser pensante capaz de raciocinar que não tenho procedência e nem índole para as idiotices mostradas. Alguém que sabe ver um ato suspeito…
— Que provou ser um criminoso covarde e oportunista, que se esconde atrás dos seus militares enquanto abusa da sua influência e poder para fazer o que quiser!
Oras! Minha confiança precoce foi pulverizada numa difamação cretina e leviana de um sujeito mal-amado! Pior que acompanhar as palavras, foi ver as pessoas murmurar em concordância e gritarem num coro de aprovação. Lutei tanto pela cidade, fui eu que tive a ideia de retirar a influência dos reis deste mundo! Fui eu quem reorganizou as forças de Édnis e as otimizei para um objetivo fiel aos ideais que presam pelo bem da humanidade! Deviam agradecer por estar terras terem sido limpas do sangue e sofrimento!
Ter sido convocado foi uma lâmina de dois gumes! Me arrependo, mas era necessário ter apagado as mentes dos 024-0fvds133923-çsfgerg-234o…
Na biblioteca do éden, Feites se agonizava pela dor de cabeça enquanto mostrava parte das histórias do escritor dos livros. No entanto, ao prosseguir com a projeção na parede lisa, seus poderes ilusórios falharam, impedindo o prosseguir da cena.
— Pe-perdoem-me. O que houve a seguir não foi descrito nos livros e não está presente nas minhas memórias. Como reencarnado, lembranças brotaram na minha cabeça de um viver que não constei. Logo, irei retomar com o que me recorde vir a seguir...
Já faz quase duas horas desde que cheguei neste protesto. Se os cidadãos estavam a se atualizar no mesmo momento que a mim nas fotos, algo novo iria aparecer eventualmente.
Vejamos quem apareceu. Minha visão afunilou e focou no grupo que transitava e permeava no furdunço, era alguns militares da ODST junto de jornalistas. Câmeras em mãos e alguns cadernos, seria provavelmente as fotos e reportagens que terei que ler no dia seguinte.
Que perda de tempo, meus rapazes realmente não têm conexão com os fatos, mas aqueles jornalistas... Devo expandir minha investigação até as grandes bancas, mesmo que tenha a abordagem fisicamente mais pesada.
Alonguei as pernas e desci do poste. Desviei dos obstáculos de carne e me aproximei do grupo. Fotos comuns e anotações comuns. Bom, ainda é melhor que me explodir naquele escritório, aflito e sem a solução do problema.
— Sierra 137! Na escuta?
No entanto, os eventos normais tinham a data e hora limite designados há muito tempo. O rádio comunicador tocou no bolso da farda de um dos meus homens. Um barulho de impacto soou no equipamento, que começou a chiar logo em seguida. O que está acontecendo? Nenhuma operação vai ocorrer hoje.
Ao menos, eu ia ser o primeiro a saber… Eu… Negas, irei negar com todas as forças se o destacar da consciência estiver um grão de areia correto. A grande maior parte dos habitantes estavam aqui, já que… a minha ODST seria outro polo de concentração. Não pode ser.
— Na escuta, câmbio. — respondeu o militar que anotava o protesto.
— Vem pra cá, paspalho imundo! O Felipe enlouqueceu, ele tá fodendo a instalação toda, anda! Santo Deus, que luz é…
As pessoas ao redor ouviram e a confusão estendeu como um vírus. Meu queixo apontou para baixo e deixei o completo ódio percorrer minha alma. O tal farsante, o responsável que me imitava, criava não-verdades no último local onde alguém depositava confiança em mim.
Eu. Eu… E-eu…
— Vou matá-lo!
Disparei numa corrida, perfurei entre as pessoas ao derrubá-las como um dominó num corredor que abria espaço para mim. Ignorei. E ignorei. Eu vou usar minha energia por mais uma última vez!
Já passava pela minha cabeça ter que imaginar a algazarra que estava a ser feita por lá! Independentemente do que for, ainda era possível transformar esse mal-entendido num contra-ataque para fortalecer minha credibilidade. Provar minha aversão por dúvidas e minha dedicação ao meu povo.
Todavia, o risco inerente de trazer a energia da criação à tona novamente era um fardo, zelar por usar minimamente foi meu comportamento nestas últimas décadas. Hoje, foi o dia que provei a mim mesmo que negar esta habilidade foi uma faca de dois gumes, a faca que decretou minha derrota e o sucesso incerto.
Outra dúvida… preciso parar de refletir enquanto corro. Ainda tenho muita estamina para aguentar esse poder, será o suficiente para chegar de volta a ODST, sem trazer a atenção mal-intencionada a mim.
— Fumaça?
Apesar das ruas ainda permanecerem monótonas em aflição vazia, os barulhos de perturbação contrastavam ao redor. Meus pés travaram ao interpretar a nuvem ascendente do centro da instalação, a fumaça vinha do centro. Merda! Estes eventos são um castigo a mim? Algum tipo de punição maior? A fumaça vinha precisamente da torre do centro, o local onde ficava minha sala. O tal verme está realmente aqui…
— Irei encerrar isto neste instante.
Apertei os punhos e acelerei o passo. O imenso portão estava fechado, mas, após ouvir gritos de socorro, os braços do meu corpo não hesitaram, escalei após um grande salto e pude fitar o novo horizonte por cima dos muros.
Setores inteiros, pequenos prédios, ruas e qualquer estrutura que um dia fez parte do caminho principal para o centro foi reduzida a entulhos. Funcionários machucados, as marcas de destruição estavam cravadas na pele de quase todos.
Como isto foi acontecer? Aqueles que estavam ao meu lado iam se reduzindo a meras vítimas de um grande mal-entendido organizado. Foi a hora de mudar de persona. Naquele momento, minha face angustiada se converteu no puro ódio encarnado, minha respiração ardente anunciou a virada abrupta. Chega de manter a linha. Chega de ser cauteloso. Chega de ser piedoso. Chega de ser feites. Chega de ser General…
— Chega de ser puro… agora, voltei a ser a assombração.
Estendi meus braços aos céus e fechei os olhos. A concentração canalizou meu ódio enquanto o ar entrava pelo peito. No fim, dispersei o sentimento de revolta e roubei meu próprio coração. Enfim, reabri a visão no ambiente que envolvia os feridos e disse o mesmo código-alma da guerra, uma variação da energia que ousei a me forçar… esquecer:
— Reescreva!
Força não foi poupada na minha voz. Os funcionários que ainda estavam de pé procuraram a origem da minha voz, embora nada puderam ver. A ignição roxa fluiu e meu cabelo gritou assim como a potência emitida. Esta eletricidade ágil, que podia cegar quem fitasse diretamente, irradiou pelo ambiente e escureceu a percepção dos indivíduos.
Uma cúpula roxa e brilhante envolveu a área que constatei com os olhos, o lado de dentro via somente um véu de escuridão que inundava o cérebro. Uma espécie de breu resplandecente... Nem eu tenho capacidade suficiente para descrever com perfei… Essa palavra…
Englobei completamente a parte posterior da ODST. Ainda pude averiguar o interior como um vidro simples, logo, apontei o indicador e prossegui com a minha energia.
— No cujo e dito hoje, as atividades prosseguiram junto do eximido rotineiro. As estruturas revitalizaram de forma operante e os trabalhos voltaram a ativa. O vigor recaiu sobre os músculos como uma noite bem dormida durantes as férias… E nada de ruim aconteceu.
A ignição pulsava, porém, quando meu comando foi encerrado, se acalmou e perdeu sua coloração. Vagamente, minha energia se tornou preta e meu cabelo perdeu o brilho ao também ficar em tom negro.
Realidade e consciência se tornavam um único tema sob aqueles que estavam dentro da cúpula. O chão perdia consistência e as pessoas sofriam um glitch.
A cada piscada que eu dava, mais verdade se tornava as minhas palavras. A mesma destruição foi revertida, cada ferimento foi fechado, rostos em alerta e desesperados foram cuidados. Feito o fim de uma ilusão, a realidade dentro da cúpula foi reescrita feito o início de uma miragem.
Na piscada final, o pedido da minha energia da criação foi encerrado. As pessoas afetadas trabalhavam normalmente, como se ali fosse uma realidade paralela sobreposta a esta, a mesma na qual preciso tomar conta e resolver imediatamente.
Desci do muro e segui até torre na inércia do ímpeto de emergência. Atravessei a cúpula, ainda invisível, o ar limpo e ausente de poeira e fumaça me deu um alívio que arregalou meus olhos. E pensar que posso fazer isto mais… Não! É a última vez, preciso furar a promessa de décadas somente, apenas, exclusivamente e só agora.
Ao sair da cúpula, ficou claro que a evacuação era terminada, havia mais ninguém para preocupar. Desta forma, eu posso continuar.
— Um momento.
O caminho restante estava marcado por crateras nas paredes e no chão, algo produziu um impacto que gravou um círculo no concreto e terra. Lembrava ondas de choque perfeitamente concentradas que perfuraram com excelência. Está confirmado, não existem objeções quanto ao causador deste evento.
— Minha lança.
O responsável me conhecia e não conhecia, estava perto e longe de mim sobre um mesmo tempo, lembrava do inesquecível e zombava de mim com mentiras. Seria um tanto esperado que minha lança fosse utilizada. Eu… Droga! Mantenha a calma, Felipe Alves! Erga o corpo e pare de fitar o inevitável.
Finalmente, a torre apareceu a vista. A fumaça tinha a origem logo na entrada, onde chamas ardiam e entupiram o recinto. Balancei a cabeça e me virei para as chamas, preparei e larguei e direção a entrada.
— Uhh!
Atravessei a fumaça, rolei e me levantei para analisar o proceder interno. O buraco feito nas chamas fechou e selou de novo o exterior.
— Você é bem engraçado, sabia? Ficou até invisível, covarde.
Han?! Quando ergui meu queixo de volta para frente, pude entender a origem das palavras que me atingiram. Era… Eu. Era a pessoa que só fingia de mim nas fotos. O suspeito apontou e sorriu de orelha a orelha. Aquele vagabundo ergueu a caneta, que tinha a forma da minha arma escondida.
— Estive certo, no fim.
Minha invisibilidade não surtia tanto efeito com a fumaça, então, me relevei por completo ao desfazer a energia.
Nas mãos da minha cópia, uma energia verde correu e liberou a forma verdadeira da minha lança. A ponta dupla em roxo refletiu a luz e se ameaçou o próprio dono quando o suspeito a apontou.
Me conter? Jamais. Minhas dúvidas acabaram por inteiras aqui.
— Vamos lá, senhor assombração, pois será o próximo puro a morrer.
O que achou da obra? Considere deixar um comentário!
Muito Obrigado! :)
Entre no servidor do Discord dedicado a obra! Consiga acesso a curiosidades, elementos descartados, ilustrações futuras, playlist da obra e atualizações detalhadas do desenvolvimento: