Volume 2 – Lembranças de um Passado Perdido
Capítulo 36: Leste e Oeste
As nuvens cobriram o céu, um breu sutil passou-se como o introduzir do meu novo ritmo de vida. Na minha esquerda, os convidados não conseguiam se manter quietos, indecisos assim como eu, a mesma pergunta recaiu nas mentes numa conexão imaginária: “O que isso significa?”
Adnis, ao notar isto, relaxou sobre o trono como se expelisse um ar pesado. Coçou a cabeça e… retirou a coroa… Han?! Qual a necessidade? Fizemos algo de errado, por que um rei se rebaixaria tanto dessa maneira? Fui impossibilitado de manter um rosto sério, fiquei inconformado e gesticulei:
— Na-não entendi.
— Neste ritmo depressivo que criei, os ordeno para que me tratem como um amigo.
— Hein?!
Adnis tentou manter o ritmo da conversa. Sofia deu um passo à frente ainda em dúvida. Aquele rapaz de óculos no extremo esquerdo parecia espantado, os dentes prensados estavam expostos como um sorriso sem jeito. A aparência dele, lembro de ter visto homens que pilotava grandes embarcações que tinham asas; óculos enormes, roupas grossas, talvez faça parte deles.
Somente um atendeu a expectativa do rei, seu olhar firmava no chão, encorado com a penumbra do seu rosto. Nunca vi alguém que possuía tanto detalhe na cabeça, ter um cabelo branco e preto foi o importante dos dois mundos — consigo sentir uma áurea estranha, pude chutar que sabia o continuar do tema levantado.
— A partir de hoje, os transformarei nos verdadeiros objetos de perfeição. Soará absurdo, pois entenderam a razão dos rumores sobre meu irmão e eu.
— Reis imortais.
Marcos, um sujeito misterioso, tinha a frase na ponta da língua. Adnis estreitou o olhar, a sinceridade transmitiu claramente o acerto do tal rumor. Nunca ouvi esse rumor, mas me deixei levar pelo peso da palavra “imortal”. De fato, não ouvi nenhum tipo de sucessão de reinados dos meus pais ou conhecidos. Era isso que ele queria dizer?
— É. Uhnf… é. Não perderei mais tempo, a jornada será longa. E o tempo é o meu inimigo mortal.
Numa velocidade da luz dos céus atingir a terra, quatro cadeiras surgiram na nossa frente. Marcos prosseguiu sem cerimônia, sentou-se e tornou-se um como mobília. Pedro e eu fomos relutantes, mas Sofia agarrou a cadeira para perto com brutalidade.
Assim, Adnis virou um… Brilho? Os olhos dele brilharam, algo semelhante a eletricidade corria deles ao corpo todo, isto era parte da invenção recente? Não tive coragem de perguntar, a corrente branca ascendeu ao seu braço levantado enquanto disse:
— Pode doer ou causar um pouco de enjoo.
Um momento, eu não... Me senti esquisito, o mundo dilatava, mudava, transformava. Adnis, o rei do Leste, injetou e transformou suas memórias em realidade sobre nossos sistemas nervosos. Por um tempo que não sei com exatidão, nos tornamos um com a mente do rei.
Os irmãos de outro mundo guiaram a comunidade. Os humanos das cavernas evoluíram em velocidades em que palavras não descreviam, inteligência aflorou, os corpos perderam a maioria dos pelos e a coluna conheceu o angulo de noventa graus.
Multiplicaram ao redor dos mapas, conheceram areia, plantas grandes, buracos enormes, horizontes sem nome, céus maduros. Anos se tornaram medida, os metros se viraram referência. Moedas, comercio.
Os irmãos eram treinadores da evolução. Com o tempo, os humanos naturalmente deixaram a relação de estranheza para algo familiar, alguns se fizeram de servos, outros de amigos.
— Reis! Reis, reis e reis! Ah, sim, sim e sim! Imortais, Uhu!
Foram surpreendidos por um grupo deles com a nova ideia, aquela cena de crianças brincando seria a nova ideia de “líderes de torcida”, conceito também criado pelos reis.
A cidade central do mundo, lugar onde teve o impacto da chegada dos irmãos, tornou-se o centro do mundo onde os humanos nomearam de “Terra”.
Adnis ficou espantado com a atitude deles. Uma menininha de cabelos lisos chegava adiante da grande construção chamada de “castelo” com pulinhos e braços erguidos. O grupo era da mesma quantidade e aparência daqueles que pode ensinar pela primeira vez na caverna.
A nostalgia de tantas lembranças adiantou uma coisa que formigava o peito deles. Nostalgia? Bom, chamaram assim agora.
Nos momentos que Adnis tomava a frente, seu irmão agia com indiferença.
Nos momentos que Édnis tomava a frente, o seu irmão agia com diferença.
Depois da coroação, o comportamento sutil dos dois se tornou conflito constante. O silêncio era apenas o sinal puro disto. Os humanos o adoravam, embora cada um tivesse as devidas preferências, só não esperavam que isto se tornasse uma igualdade com relação aos novos reis.
A desaprovação imediata de cada ato surgia de um dos lados, havia uma coisa que não conseguiam concordar. Tinham o mesmo objetivo, e não meios. A “perfeição” se tornou algo distante, algo que demoraria para chegar. E ambos entendiam que havia muito para adiantar.
Numa noite de lua cheia, que deixou os campos atrás do castelo tão vividos silenciados pelas cores frias da neve sem vida; os irmãos estavam à mercê das ventanias crescentes, encaravam-se, sem quaisquer palavras. Ao longe, o reverberar dos súditos que aproveitavam a comemoração na cidade central.
Árvores enfeitadas pelos lados, verde e vermelho predominavam as ruas, os moradores transmitiam um afeto como uma só família.
Na ignorância certeira, os reis estavam num campo de duelo num momento… perfeito, não haveriam de se preocupar tão cedo.
— O “Natal” foi uma ideia magnífica, confesso — comentou Adnis.
— É uma lástima que a falta de colaboração de nossa parte já tenha durado esses incontáveis anos.
Adnis tentou aliviar o clima com o ombro relaxado, Édnis foi seco ao balançar a cabeça. O rei, conhecido por ser um irmão distante, virou um inútil em diminuir o peso da conversa. Aquilo caminhava para algo obscuro.
Édnis levantou o braço, esticou o membro como parte de uma informação crucial e severa. Ficou perceptível em notar o quão tenso Adnis respondeu, comprimiu os dentes e apertou os punhos com o que ouviu:
— O modo na qual tende a agir me dá nojo, é algo totalmente esperado pelo mago que o criou.
— Ei! Não é o único feito somente de energia, a bola é nossa! Precisamos entender o potencial e libertá-lo com o tempo para ser o mais efici…
— Chega, maldito!
A cada palavra, ambos equilibravam os humores, iam para o mesmo ponto de convergência de irritação. Adnis, ao não aguentar fingir a leveza na fala, deu um passo pesado e, com fúria, continuou no mesmo tom do irmão:
— Idiota! Está os usando em testes físicos ridículos. Pretende o controle da criação aparecer tão de repente?! Os corpos ruíram! Entenda! Busquemos uma perfeição, e não uma… u-uma… aniquilação!
— Caso demoremos em alcançar o potencial dos humanos, seremos nós os aniquilados por completo. Quer que o esforço dos magos originais seja em vão?!
Adnis se sentiu coagido, teve o mesmo passo repelido de volta e abaixou o rosto, frustrado. Aquela pergunta era retorica, obvio que o desejo foi o contrário. Roupas e olhos brilharam, segurava o ímpeto de avançar para uma briga por pura impulsividade.
— He. E pensar que você tomaria a iniciativa primeiro. Sem responder minha pergunta, ficou óbvio. Afinal, sabe que nossa luta seria o mesmo que descrever como uma “falha” a nossa missão neste planeta.
Édnis levantou o queixo, exibiu fatos que deixava a vantagem unilateral do encontro noturno. Agora, os dois brilhavam mais que a lua acima. Aura borbulhava pelos dois lados através dos irmãos.
Adnis arrumou o cabelo e suspirou, o tom radiante que se apagava gradativamente como uma lanterna sem bateria.
— Rosa-dos-ventos.
— Hum?
— A rosa-dos-ventos foi idealizada na necessidade de descrever as direções. Logo, nos separemos.
— Hum…
— Partindo do próximo ano, tomarei o Oeste.
Édnis assentiu, sorriu ligeiramente e ergueu os braços para palmas sarcásticas. Adnis não aceitava as próprias palavras, mantinha a vista no chão; escondeu o rosto junto a falta de crença no rumo das decisões.
— Dois mil anos. Este prazo minúsculo será nossa prova final, Adnis. Sua confiança neste método trará a ruína ou o futuro almejado por eles.
— Pôr do sol…
O irmão, antes coagido, levantou o rosto numa determinação de boa-fé, uma fé que se concretizará a derrotar o irmão de forma não violenta, provaria na prática o que era estar errado, mostraria o certo ao conseguir uma vitória.
— No Natal, daqui a dois mil anos; no pôr do sol, daremos início a prova.
Apesar da nevasca que surgiu, os dois combinaram sua separação em nome de um bem maior, um bem que divergia em métodos e buscava a mesma perfeição. Viraram de costas e seguiram aos destinos diferentes, sem quaisquer outras palavras. A pele escura de Adnis contrastava o ambiente, e a de Édnis se unia como um na neve. A única semelhança de irmãos morreu ali, os dois não estavam mais lado a lado.
Os irmãos de outro mundo guiaram a comunidade. Os humanos das cavernas evoluíram em velocidades em que palavras não descreviam, inteligencia aflorou, os corpos perderam a maioria dos pelos e a coluna conheceu o angulo de noventa graus.
Multiplicaram ao redor dos mapas, conheceram areia, plantas grandes, buracos enormes, horizontes sem nome, céus maduros. Anos se tornaram medida, o metro se tornou referência. Moedas, comercio.
Os irmãos eram treinadores da evolução. Com o tempo, os humanos naturalmente deixaram a relação de estranheza para algo familiar, alguns se fizeram de servos, outros de amigos.
— Reis! Reis, reis e reis! Ah, sim, sim e sim! Imortais, Uhu!
Foram surpreendidos por um grupo deles com a nova ideia. A cidade central do mundo, lugar onde teve o impacto da chegada dos irmãos, tornou-se o centro do mundo onde os humanos nomearam de “Terra”. Adnis ficou espantado com a atitude deles. Uma menininha de cabelos lisos chegava adiante da grande construção chamada de “castelo” com pulinhos e braços erguidos. O grupo era da mesma quantidade e aparência daqueles que pode ensinar pela primeira vez na caverna.
A nostalgia de tantas lembranças adiantaram uma coisa que formigava o peito deles. Nostalgia? Bom, chamaram assim agora.
Nos momentos que Adnis tomava a frente, seu irmão agia com indiferença.
Nos momentos que Édnis tomava a frente, o seu irmão agia com diferença.
Depois da coroação, o comportamento sutil dos dois se tornou conflito constante. O silêncio era apenas o sinal puro disto. Os humanos o adoravam, embora cada um tivesse as devidas preferências, só não esperavam que isto se tornasse uma igualdade com relação aos novos reis.
A desaprovação imediata de cada ato surgia de um dos lados, havia uma coisa que não conseguiam concordar. Tinham o mesmo objetivo, e não meios. A “perfeição” se tornou algo distante, algo que demoraria para chegar. E ambos entendiam que haviam muito para adiantar.
Numa noite de lua cheia, que deixou os campos atrás do castelo tão vividos silenciados pelas cores frias da neve sem vida; irmãos estavam a merce das ventanias crescentes, encaravam-se, sem quaisquer palavras. Ao longe, o reverberar dos súditos que aproveitavam a comemoração na cidade central.
Árvores enfeitadas pelos lados, verde e vermelho predominavam as ruas, os moradores transmitiam um afeto como uma só família. Ignorância certeira. Os reis estavam num campo de duelo num momento… perfeito, não haveriam de se preocupar tão cedo.
— O natal foi uma ideia magnífica, confesso.
— É uma lástima que a falta de colaboração de nossa parte já tenha durado esses incontáveis anos.
Adnis tentou aliviar o clima com o ombro relaxado, Édnis foi seco ao balançar a cabeça. O rei, conhecido por ser um irmão distante, virou um inútil em diminuir o peso da conversa. Aquilo caminhava para algo obscuro.
Édnis levantou o braço, esticou o membro como parte de uma informação crucial e severa. Ficou perceptível em notar o quão tenso Adnis respondeu, comprimiu os dentes e apertou os punhos com o que ouviu:
— O modo na qual tende a agir me dá nojo, é algo totalmente esperado pelo mago que o criou.
— Ei! Não é o único feito somente de energia, a bola é nossa! Precisamos entender o potencial e libertá-lo com o tempo para ser o mais efici…
— Chega, maldito!
A cada palavra, ambos equilibravam os humores, iam para o mesmo ponto de convergência de irritação. Adnis, ao não aguentar fingir a leveza na fala, deu um passo pesado e, com fúria, continuou no mesmo tom do irmão:
— Idiota! Está os usando em testes físicos ridículos. Pretende o controle da criação aparecer tão de repente?! Os corpos ruíram, entenda! Busquemos uma perfeição, e não uma… u-uma…
— Caso demoremos em alcançar o potencial dos humanos, seremos aniquilados por completo. Quer que o esforço dos magos originais seja em vão?!
Adnis se sentiu coagido, teve o mesmo passo repelido de volta e abaixou o rosto, frustrado. Aquela pergunta era retorica, obvio que o desejo foi o contrário. Roupas e olhos brilharam, segurava o ímpeto de avançar para uma briga por pura impulsividade.
— He. E pensar que você tomaria a iniciativa primeiro. Sem responder minha pergunta, ficou óbvio. Afinal, sabe que nossa luta seria o mesmo que descrever como uma “falha” a nossa missão neste planeta.
Édnis levantou o queixo, exibiu fatos que deixava a vantagem unilateral do encontro noturno. Agora, os dois brilhavam mais que a lua acima. Aurea borbulhava pelos dois lados através dos irmãos.
Adnis arrumou o cabelo e suspirou, o tom radiante se apagava gradativamente como uma lanterna sem bateria.
— Rosa-dos-ventos.
— Hum?
— A rosa-dos-ventos foi idealizada na ideia das direções. Logo, nos separemos.
— Hum…
— Partindo do próximo ano, tomarei o Oeste.
Édnis assentiu, sorriu ligeiramente e ergueu os braços para palmas sarcásticas. Adnis não aceitava as próprias palavras, mantinha a vista no chão; escondeu o rosto junto a falta de crença no rumo das decisões.
— Dois mil anos. Este prazo minúsculo será nossa prova final, Adnis. Sua confiança neste método trará a ruína ou o futuro almejado por eles.
— Pôr do sol…
O irmão, antes coagido, levantou o rosto numa determinação de boa-fé, uma fé que se concretizará a derrotar o irmão de forma não violenta, provaria na prática o que era estar errado, mostraria o certo ao conseguir uma vitória.
— No natal, daqui a dois mil anos; no pôr do sol, daremos início a prova.
Apesar da nevasca que surgiu, os dois combinaram sua separação em nome de um bem maior, um bem que divergia em métodos e buscava a mesma perfeição. Viraram de costas e seguiram aos destinos diferentes, sem quaisquer outras palavras. A pele escura de Adnis contrastava o ambiente, e a de Édnis se unia como um na neve. A única semelhança de irmãos morreu ali, os dois não estavam mais lado a lado.
O dia seguinte raiou com o fervor do povo da cidade central. Um imenso sino da praça clamava as atenções ao paço. O sol estava no céu, mas o seu calor permanecia longe. A sonolência da população foi algo inocente e belo de um ritmo que não havia perigo.
Lá estava as duas cadeiras do trono. Atrás deles, um enorme mapa que havia sido ilustrado, o mapa que dividia todas as terras conhecidas pelo leste e oeste, branco e preto.
— Vamos dividir o reino em dois — disseram juntos.
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