Peace Out Brasileira

Autor(a): John C.


Volume 1

Capítulo 23 – Um novo mundo! O começo de sua missão!

Após entrarem no portal, o grupo foi arremessado em meio de uma espécie de caminho ou trilha. Eles reparam que o local é um tanto semelhante com a Terra, porém com algumas distintas diferenças. Primeiro, o céu é amarelo e a estrela que faz dia é amarelo radiante. Todas as cores apresentavam um padrão e eram vívidas.

Admirados com o novo local, o grupo começou a discutir sobre o que fariam dali para frente. Por sugestão de Luiza, o grupo decidiu procurar algum tipo de civilização ou traços de tribos para que possam se localizar melhor e ter um ponto de partida.

Todos concordaram com a ideia e passaram a caminhar na trilha com expectativas de encontrar alguma cidade ou alguém daquele local para que pudessem conversar e tirar suas dúvidas. Demon ficou atrás do grupo, pois começaram a conversar muito entre eles. Contudo, continuou os acompanhando de uma certa distância.

Depois de um certo momento, encontraram placas de sinalizações em meio da trilha. Todos do grupo se espantaram ao conseguirem reconhecer os dizeres da placa e com isso, conseguiram identificar que mais a frente, havia um local chamado “Arista”, onde acharam que seria alguma cidade por perto.

Em meio de discussões de localização do grupo, Duas figuras extremamente ágeis se moviam entre as árvores. Estas figuras, imediatamente atacaram Demon pelas suas costas e sumiram de vista de forma rápida. Demon sentiu o golpe e fica em estado de alerta. Mansidão também se preparou para lutar, mas percebeu que estas figuras tentavam atacar somente Demon.

Mansidão ficou confusa ao pensar na possibilidade de ajudar Demon, pois era antipática com sua pessoa. O grupo fica espantado com o ocorrido, pois não conseguiam ver bem o que estava ocorrendo devido a velocidade da qual as figuras se movimentavam.

Spark é capturado por uma figura misteriosa. Logo em seguida, Luiza também é capturada e levada para cima de uma árvore que estava por perto. A situação fica desesperadora para Sparkita, que não sabia o que estava acontecendo e pensava que estavam sendo recebidos por inimigos. Uma figura encapuzada se aproxima de Sparkita e Luiza de forma calma e lenta.

— O que estão fazendo? Por que não estão atacando-o? — disse a figura misteriosa.

— O que? Quem é você? Como consegue ser tão veloz assim? — disse Sparkita.

— Olhando de perto, percebo que não são Aristeus... O que vocês são afinal? — disse a figura misteriosa.

— Você quer brigar? Vamos brigar então! Não vou deixar vocês machucarem meus amigos! – disse Mansy.

— Não temos interesse em brigar com vocês, já que confirmamos que não são subterrâneos. — disse a figura misteriosa.

— Subterrâneos? — disse Mansy.

A frente do grupo, Demon conseguiu segurar a figura misteriosa que o atacava, mas a figura virou seu corpo para enfrentar a força da criatura de forma direta. Ambos ficaram de frente um com o outro na intenção de suprimir o adversário. Todos ficam admirando essa luta de forças entre os dois.

— Que recepção calorosa da parte de vocês! Se continuar desse jeito, é capaz que eu me apaixone, Hehehahahahaha — disse Demon, animou-se com a batalha.

— Maldito subterrâneo, volte de onde você veio e não dê as caras por aqui! — disse a figura misteriosa.

— Foi mal, mas não costumo receber ordens de você! Já que você tomou a iniciativa de me atacar, acho justo retribuir esse carinho todo.

Um conflito entre suas forças foi iniciado. A cada aumento de força aplicada pela figura, Demon equiparava a força aplicada pela sua, o que frustrava a figura misteriosa. Ondas de choques foram produzidas nesta disputa de força dos dois. Demon estava muito feliz com tal situação, pois estava confiante que mesmo em sua forma fraca, era capaz de subjugar a figura em sua força.

Com fortes ondas de choque, o capuz da figura misteriosa foi retirado e revelou assim, quem estava atacando Demon. Todos os presentes observaram o conflito entre os dois. A expressão de raiva da figura misteriosa excitava Demon, que aplicou ainda mais força entre sua disputa de forças.

Apesar de uma impressionante força demonstrada, a figura misteriosa estava perdendo no conflito de forças com Demon, que acabou por vencer ao fazê-la dobrar em seus joelhos. Derrotada, a figura misteriosa esboça uma expressão de espanto e desesperança. A outra figura misteriosa, que estava na presença de Mansy e Sparkita, se aproximou dos dois.

— Deve ser a primeira vez que eu te vi perdendo para uma disputa de forças. Seu adversário é deveras forte para isso ter ocorrido, então não precisa ficar com esta expressão de derrotada. — disse a figura misteriosa que se aproximou.

— Hahahahahahaha, isso foi muito divertido para minha pessoa! Só não acabo com você aqui mesmo porque pelo visto, você não faz parte da minha missão.

— Missão? Vocês também são andarilhos? — disse a figura misteriosa.

— Não sou um andarilho. E você? Vai querer lutar também?

— Não planejo lutar contigo. Sou apenas uma auxiliadora dela, portanto se você a venceu, eu não teria chances contra você.

— Olha só, tamanha inteligência para alguém tão pequeno quanto você... Agora, já que estão derrotados, é melhor começarem a falar algumas utilidades para nós.

— Antes de falar alguma coisa, preciso confirmar que tu não és um subterrâneo. Do contrário, acabaremos com nossas vidas aqui e agora.

— Não sou um subterrâneo ou qualquer coisa que vocês venham me atribuir. Vamos dizer que estou aqui só de passagem.

— Assim está melhor. Podemos colaborar com algumas informações então. — disse a figura misteriosa, levantou sua companheira que estava no chão.

Sparkita e Mansy se aproximaram dos 3. Spark e Luiza acenam e sinalizam, encima de uma árvore, para os retirarem de lá. A figura misteriosa que os colocaram lá, imediatamente os retiraram encima da árvore e os reuniram próximos de seu grupo.

— Muito bem. Como foste vitorioso em seu conflito com ela, utilizarei de nosso código de honra e realizarei um favor a você. — disse a primeira figura misteriosa.

— Eu não quero favor nenhum. Prefiro que continuem a lembrar da derrota como algo humilhante... Hehehahahaha

— Como você é burro! Precisamos de informações e você está jogando a oportunidade fora?! Ele aceita sim o favor, por favor! — disse Sparkita.

— Ela tem razão. É do nosso interesse saber mais deste ambiente e como podemos utilizar das informações para nosso benefício próprio e pelo benefício da missão. — disse Luiza.

— É Demon, deixe esse seu lado malvado por um instante e vamos aproveitar esse favor. — disse Spark.

— Hahahahaha, o desprezível é burro? Que novidade... — disse Mansy.

— Desgraçados! Se vocês querem saber de alguma coisa, fiquem aí de conversa à toa e perguntem o que querem! Eu vou fazer o que eu quero, porque pelo que percebi, vocês só me trazem problema! — disse Demon, começou a andar em direção da floresta.

— Ei Demon, aonde você está indo?! — disse Spark.

— Vou onde eu quero ir!!

Todos ficam admirados com tal atitude de Demon. Após um tempo em silêncio, o grupo começou a perguntar para as figuras misteriosas.

— Primeiramente, quem são vocês? — disse Luiza.

— Hmmm... Normalmente não responderíamos essa pergunta em serviço, mas visto que não são subterrâneos, iremos nos apresentar devidamente. Meu nome é Tira e minha parceira que lutou com o amigo de vocês se chama Uria.

— Prazer, Uria e Tira. Visto que se apresentaram devidamente, iremos nos apresentar também. Me chamo Luiza, este aqui é o Spark, esta é a Sparkita e esta se chama Mansy. Somos passageiros por este mundo com uma missão a cumprir.

— Missão hein... Que tipo de missão vocês possuem?

— A missão de destruição do reino subterrâneo.

Por um momento, Uria e Tira ficaram em silêncio de espanto pela informação proferida pela boca de Luiza. Elas se olham por um tempo preocupadas e decidem conversar em particular. Depois de conversarem em particular, voltam para o grupo e começam a discutir.

— Vocês têm ideia do que acabaram de dizer? Por que isso seria a missão de vocês por aqui? — disse Tira.

— O que quer dizer com isso? — disse Luiza.

— Bem, vocês não vão querer se envolver em uma guerra de um mundo onde vocês estão apenas de passagem. Isso seria colocar a vida de vocês em risco de morte.

— Guerra? Vocês vão guerrear? — disse Sparkita.

— Sim, e vai ser daqui a 3 meses para ser mais exato. Achamos por um momento que vocês eram Aristeus, pois vimos pela coloração de vocês que não se assemelham aos subterrâneos.

— Coloração? O que quer dizer com isso? — disse Sparkita.

— Era de se esperar que meros passageiros não saberiam de nada ao chegarem de forma tão súbita ao nosso mundo. Tira, o que acha de abrirmos acampamento e explicarmos a história para estes visitantes? — disse Uria.

— Tem certeza que quer montar o acampamento? Estamos 1 hora adiantados com o serviço, mas depois teremos que retornar para Arista o mais rápido possível.

— Está tudo bem, depois eu cumpro com o seu horário de novo e sem problemas.

— Você sempre querendo facilitar pra mim hein... Está certo então, vamos acampar!

Tira procura em seu bolso de sua capa o dispositivo do acampamento. Todos observam atentamente pela procura do dispositivo. Uria lembrou de que era ela quem estava com o dispositivo de acampamento e por isso, retirou do seu bolso uma pequena caixinha brilhante.

Ao arremessar esta caixinha, a caixa se expande ao entrar em contato com o chão, formando assim, um acampamento de tamanho mediano, do qual serviria para todos o espaço utilizado do acampamento. Este ocorrido deixa o grupo espantado, pois isto era deveras uma novidade para todos eles.

— Perdão, mas o que foi isto que jogaste? — disse Luiza.

— Ah, este é o nosso acampamento. É a primeira vez que você vê algo do tipo? — disse Tira.

— Sim, deveras é algo impressionante observar que puderam criar a partir deste tamanho pequeno de objeto, um acampamento de tamanho razoável.

— Devo presumir que de onde vocês vieram, a tecnologia de vocês não está tão avançada assim então. Não se preocupem, é capaz de vocês se impressionarem com outras coisas além desta daqui pra frente, hahaha.

O grupo se assentou nas cadeiras disponíveis do acampamento. Uria e Tira permaneceram em pé e em alerta.

— Muito bem, acredito que tem muita coisa que vocês não saibam, então vamos tirar este tempo para poder responder para vocês. No entanto, vamos ficar em alerta, pois estamos em horário de serviço e a qualquer momento, pode aparecer um subterrâneo e nos atacar. — disse Tira.

— Por que esses subterrâneos vão querer nos atacar? Vocês estão de guerra com eles agora? Eles não gostam de vocês? — disse Sparkita.

— Como disse anteriormente, daqui a 3 meses teremos uma guerra contra os subterrâneos. Essa guerra foi declarada pelo Rei deles. O motivo dessa guerra foi em razão da completa destruição diplomática entre os dois Reis. Também temos um Rei, mas o atual, não é o Rei que quebrou a diplomacia com o outro Rei.

— Vocês vivem em uma monarquia? O que causou essa quebra de diplomacia entre os dois?

— Pelo o que pudemos observar, o Rei subterrâneo acusa e declara que o Rei térreo planejou assassinar a Rainha e sua filha por questões pessoais. Até o presente momento, não pudemos concluir o que de fato houve, mas que sim, tanto a Rainha subterrânea quanto sua filha, foram assassinadas.

— Nossa, que barbaridade! Esse Rei térreo então é um cara do mal! — disse Mansy.

— Não, ele não é. Eu já tive o prazer de estar ao lado dele e ele sempre me pareceu ser alguém de confiança e íntegro em seus valores morais. Valorizava a vida de sua família e de seus subordinados. Ninguém foi mau tratado por ele e acredito que por isso, ele não teria razões para mau tratar um subterrâneo ou até mesmo mata-lo. — disse Uria, irritou-se.

— Se acalma Uria, eles não conheceram o Rei térreo antes dele partir... É apenas o ponto de vista deles com a nossa história. Eu também não acredito que ele possa ter feito isso, mas isso não altera os fatos e nem impede a guerra. O Rei subterrâneo declarou guerra a nós e estipulou a data do grande conflito.

— Estamos fazendo rondas e vistorias ao redor de Arista, pois estivemos recebendo de forma inocente, olheiros dos subterrâneos em nosso território que tem reportado para eles nossas estratégias de guerra... Em termos de combate, isso é péssimo para o nosso lado e por essa razão, estamos mais alertas em nossas proximidades. — disse Uria.

— Vocês atacaram o Demon e o chamaram de subterrâneo... Por um acaso esses subterrâneos se parecem com o Demon? — disse Spark.

— Não, ele é que se parece com os subterrâneos. Seu amigo possui semelhanças com eles, mas não possui todas as características de um. Para começar, ele tem olhos amarelos. Os subterrâneos têm seus olhos brancos e enxergam mal na claridade, o que faz com que fiquem de olhos fechados durante o dia. — disse Tira.

— Os subterrâneos também possuem colorações escuras. Seu amigo tem uma coloração escura e por isso confundimos ele com um subterrâneo. O fato dele não ter cabelo também é algo a se observar, pois alguns deles também não possuem, pelo menos, os mais fortes. Poderemos dar mais características dos subterrâneos, mas em geral, é isso que difere entre um térreo e um subterrâneo.

— Sim, existe o fato também que nós térreos, nos damos muito bem durante ao dia. Somos capazes de absorver a energia da nossa estrela e nos tornamos muito mais ativos e dispostos durante o dia. Os subterrâneos não se sentem dispostos com a nossa estrela e por isso, vivem embaixo da terra. Quando a segunda estrela se ergue, os subterrâneos se sentem à vontade para saírem debaixo da terra.

— Estamos nos preparando para a guerra e levamos em consideração de que esperam o fenômeno atmosférico que chamamos de 3 dias. Estes 3 dias ocorre uma vez a cada 2 anos e permite que tenhamos 3 dias seguidos da nossa estrela e 3 dias seguidos da estrela deles posteriormente...

— Dia? Quanto tempo dura o dia de vocês? — disse Luiza.

— 30 horas. — disse Uria.

— Não é tão discrepante a diferença de duração do dia. Pelo que observo, não deve tardar esta guerra.

— Realmente, não temos muito tempo de preparação até a guerra. Se quiserem participar, serão bem-vindos para lutar ao nosso lado, mas já aviso com antecedência que será perigoso.

— Bem, já estamos aqui, então pretendemos ajuda-los com isso.

— Muito bem, então eu os levarei até Arista. Aliás, falando um pouco sério agora, como vocês conseguem falar Aristanim? O lugar de onde vocês vieram fala Aristanim também? — disse Tira.

— Ahhn... Sim, vamos dizer que sim, hehehe.

— Na verdade, recebemos esse conhecimento da linguagem de vocês por uma magia estranha — disse Mansy.

— Magia estranha?! — disse as duas, espantaram-se.

— Ela diz magia porque não entende bem o que aconteceu, sabe como é né... — disse Sparkita, bateu na Mansy para alerta-la.

— Seja como for, se forem lutar ao nosso lado, os consideraremos aliados, mesmo com suas coisas estranhas. Lembrem-se de se comportar e seguir as regras de Arista, pois no momento que entrarem pela porta da frente de Arista, serão Aristeus. — disse Tira.

— Antes de irmos até Arista, quero ter uma conversa em particular com o garotinho e com a garotinha de cabelo azul. Podem ir na frente, logo alcançaremos vocês. — disse Uria.

— Ah sim, suas conversas particulares... Vamos indo nós 3 então. Nos encontramos no portão da frente.

Tira, Sparkita e Mansy seguem pela trilha em direção a Arista. Spark, Luiza e Uria ficam para trás. A expressão do rosto de Uria estava séria ao se deparar com os dois na frente dela.



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