Peace Out Brasileira

Autor(a): John C.


Volume 1

Capítulo 22: Assumir ou desistir! A tomada de decisão!

Espaço: Templo das Criações.

Sparkita se espanta ao ouvir que se tratava de uma missão que colocaria suas vidas em risco. Isto imediatamente a deixa reciosa e disposta a desistir.

— Como assim colocaremos nossas vidas em risco? Podemos morrer nessas missões?

— Mas é claro! Para morrer, basta estar vivo. Estamos oferecendo a vocês a melhor recompensa de vossas vidas que é um desejo realizado de qualquer dimensão! Vocês podem desejar o que quiserem, seja para receberem enquanto vivos ou depois de suas vidas! Como tu farás pouco caso desta proposta maravilhosa? Veja seus amigos! Todos eles estão animados com tamanha oportunidade. — disse Luxúria.

Sparkita reparou na reação dos outros. Mansidão e Ira pareciam muito motivados com a oportunidade apresentada. Luiza e Spark estavam refletindo sobre o que acabaram de presenciar e sobre a possibilidade de pedirem quaisquer coisa como recompensa, que deveras, o deixaram muito cativados com a oportunidade.

Não era do interesse da Sparkita arriscar a vida de seus conhecidos. Particularmente, Sparkita era o tipo de pessoa que se preocupava com o bem-estar de seus próximos mais do que o seu próprio bem-estar e portanto, coloca-los neste tipo de situação é assumir risco de morte deles. Com isso em mente, Sparkita foi conversar com Luiza para ajuda-la a tomar uma decisão.

— Luiza, o que está pensando sobre tudo isso?

— Sinceramente, me parece uma oportunidade única da qual não devemos recusar.

— Você está pensando somente na recompensa Luiza! Não ouviu eles falarem que colocaremos nossas vidas em risco? Por um acaso se sente tão disposta a arriscar sua vida por causa de uma recompensa dessas?

 — Tu me conheces melhor do que qualquer um aqui presente Talita. Sabes que por muito tempo estive almejando um objetivo em vida, do qual, na atual circunstâncias, não tenho previsibilidade de sucesso com os atuais recursos que a sociedade ou minha situação possa oferecer. Se o que dizem é verdade, significa que poderei realizar o que ando procurando.

— Mas a custo do que? Se morrer durante essas missões, tu não conseguirá nada! Estará morta!

— Por um acaso achas que eu vivo? Vivo uma vida de neutralidade e ausente de expressões. Não me é interessante permanecer neste estado durante toda a minha vida. Tu mesma tem seus desejos a serem realizados, embora diferente do meu, será possível realizar após estes desafios.

— Eu sei que você odeia estar assim, neste estado de neutralidade Luiza... O que eu quero dizer é que... Será que não há mesmo uma forma mais segura de conseguir o que deseja? Não quero presenciar a sua morte durante essas missões e tu sabe que eu me preocupo contigo.

— E se não há forma de resolver meu problema sem ser essa?

— Eu... Acho que deve existir sim, poxa! Não pode ser apenas dessa forma!

— Este é um risco que estou disposta a tomar. Viver uma vida em busca de uma cura que não há garantias de existir, seria me torturar ao ponto de buscar a morte. Nestas condições, não acho irracional tomar riscos para a obtenção deste meu desejo de longa data.

— Não existe forma de reconsiderar isto? Eu realmente não quero pensar que vocês podem morrer durante uma dessa missões...

— Você pode conversar com o Spark. Pelo visto, ele também parece deveras intrigado com a oportunidade apresentada. Provavelmente o desejo dele também é algo de grande importância. Se ele abrir mão do desejo dele, reconsiderarei a minha disposição para tal.

— Por que falar com o Spark? Você não considera o meu pedido?

— Quero uma segunda opinião sobre o assunto, só isso.

— Está bem, falarei com ele! — disse Sparkita.

Determinada, Sparkita foi em direção de Spark, que parecia estar atordoado com a situação toda. Seu olhar estava distraído e admirava todo o local. Sparkita então, encostou sua mão em seu ombro para chamar sua atenção.

— Spark, você está bem?

— Estou sim Sparkita. Por que a pergunta?

— Percebi que está muito quieto e observa este local com muito espanto. Sei que isso tudo deve ser demais para você, pois está sendo para todos nós.

— Pois é. Imagino se isto aqui seja um sonho também...

— Se fosse, bem que poderíamos acordar agora e voltar para casa não é? Seria uma opção mais segura para todos nós.

— Sparkita, você ouviu o que eles falaram sobre o desejo realizado, não ouviu?

— Sim, ouvi Spark.

— Que bom, achei que estava delirando por um momento. Comecei a pensar na possibilidade de realizar qualquer desejo e as opções são tantas... Embora, não possuo desejo de riquezas ou poder.

— Que bom Spark. Isto significa que você não quer se arriscar nessas missões, não é?

— Na verdade, só existiria uma coisa que me faria arriscar a minha vida para obtê-la, poder e riqueza não é uma delas... Na verdade, seria um tanto absurdo conseguir o que eu quero.

— O que você gostaria de pedir Spark?

— Se fosse possível, eu gostaria de pedir que eu pudesse viver com meu Pai e minha Mãe. Sei que isso é um pedido impossível, pois minha mãe morreu quando eu nasci, e meu pai, teve que sair para trabalho, mas não sei onde ele está para poder encontra-lo...

Luxúria estava passando por perto e escutou a conversa de Spark e Sparkita. Ele se aproximou do garoto e abriu um sorriso largo em seu rosto, com tamanha confiança e prazer, começou a falar.

— Quando eu disse sobre qualquer desejo realizado, eu quis dizer qualquer mesmo garoto... Até mesmo os pedidos mais impossíveis podem ser realizados. — disse Luxúria.

— O que?! Quer dizer que... O meu pedido de viver com meu pai e minha mãe é possível?! — disse Spark, espantou-se.

— Mas é claro que é meu bom garoto... Por um acaso algo é impossível para aquele que tem o poder de criar? Por um acaso é algo impossível para aquele que realiza impossibilidades? Vocês não estão aqui presentes a toa.

— Quer dizer... Que mesmo a minha mãe estando morta, ela poderia voltar a vida para vivermos em família?!

— Claro que sim garoto, você pode até desejar que ela volte e seja sua escrava sexual se for de vosso desejo!

— Escrava sexual? O que é isso? — disse Spark.

— Não explica! Não explica pelo amor de Deus! — disse Sparkita.

— No entanto, devo frisar que vocês só poderão começar a jornada se todos aqui concordarem em participar dos desafios. Não será nem um pouco agradável saber que jogarão fora esta oportunidade na vida de vocês e para ser democrático, se um não quer, todos ficarão sem também! — disse Luxúria.

— O que?! — disse todos.

— Vocês ouviram bem... Se vocês querem prosseguir, entrem em um consenso. Nada pior do que ter um grupo desunido em tomada de decisões e princípios. — disse Luxúria.

Mansidão fica apreenssiva com a possibilidade de perder essa oportunidade. Por isso, foi conversar com Ira, que rapidamente, confirmou a sua vontade e participação dos desafios. Nervosa com a situação, dirigiu até a presença de Luiza, que permaneceu imparcial e colocou como critério de aceitação a forma como Spark reagiria a isso.

Mansidão então foi em direção a Spark, que estava na presença de Sparkita, ouvia razões para a desistência destes desafios que poderiam resultar em suas mortes. Imediatamente, Mansidão começa a conversar entre eles:

— Rapaz, você não está pensando em desistir né?

— Desistir? — disse Spark.

— Spark, pensa bem nisso por favor. Você vai colocar a sua vida em risco em 7 desafios, dos quais não temos a menor idéia do que seja. Pelo o que Lurion disse, são desafios que vão colocar a sua vida em risco! Se você morrer, tudo estará acabado! — disse Sparkita.

— Ele não vai morrer, pois eu não vou deixar! — disse Mansy. 

— Como você pode ter tanta confiança que ele não vai morrer nestas supostas missões? Você nem sabe o que tem nelas!

— Ora, eu sou muito poderosa! Você não viu o estrago que fiz no Desprezível assim que cheguei? Se os inimigos forem do nível dele, vai ser molezinha conseguir passar nos desafios!

— Se forem, talvez seja, mas e se não for? Você não tem como me garantir que sairemos vivos destes desafios!

— Realmente eu não tenho, mas ainda acho que não é motivo para desistirmos desta oportunidade...

— Você fica confiante porque tem super poderes, já nós, somos seres humanos comuns. Não acha egoísta da sua parte incentivar algo que você se sente mais segura em realizar do que os outros? — disse Sparkita, irou-se.

— Mas se eu estou dizendo que vou proteger vocês, não quer dizer que vamos trabalhar juntos? Como isso pode ser egoísta?

— Pessoal, por favor, parem de brigar. Eu já me decidi.

— Já se decidiu Spark? Qual é a sua decisão? — disse Sparkita.

— Decidi que vou aceitar os desafios. — disse Spark, abriu um sorriso em seu rosto.

— O que? Tem certeza disso? Spark, quantos anos você tem? Você me parece muito novo para se arriscar desta forma.

— Eu tenho 17 anos Sparkita, e você?

— Eu tenho 24 anos Spark. Por que a pergunta?

— É verdade, podemos perder nossas vidas nestes desafios Sparkita. Você diz que é perigoso e por isso, devemos desistir. Porém, se for parar para analisar, tudo que fazemos no nosso dia-a-dia pode ser perigoso e arriscado para nossas vidas. Confesso que estou sim nervoso ao saber disso, mas isso não deve ser algo que deva nos impedir de fazer alguma coisa.

— Esta camisa que visto, este símbolo na camisa, é um símbolo de coragem! Coragem não é ausência de medo e sim arriscar-se mesmo estando com medo. Sempre sonhei com uma vida onde eu pudesse ter meus pais comigo, e agora que tenho essa chance, jogar fora seria viver uma vida de arrependimentos, ainda mais quando se trata de meus pais...

— Eu entendo a sua preocupação Sparkita e agradeço por isso. Mas, não quero negar essa oportunidade. Acho que ainda eu venha a morrer, se eu estiver buscando estar com meus pais, vai valer a pena. — disse Spark.

Com a resposta de Spark, Luiza tomou sua decisão. Mansidão ficou extremamente alegre com o apoio do garoto e Sparkita, se convenceu de sua motivação.

— Bem, já que todos estão motivados a seguirem em frente com este desafio, não vou ser a chata que vou estragar esta motivação toda de vocês. Sendo assim, eu vou aceitar os desafios também.

— É isso aí pessoal, vamos passar todos esses desafios e garantir o nosso desejo! Iuhuulll! — disse Mansy.

— Mas me prometa uma coisa Spark... Você vai tomar muito cuidado, independente do que seja, okay? — disse Sparkita.

— Tudo bem Sparkita, eu te prometo que tomarei cuidado.

— Você também Luiza!

— Serei cautelosa.

— Muito bem, já que o grupo já decidiu em cumprir os desafios, vocês irão imediatamente para o primeiro desafio! Mas antes, deixe-me apresentar os detalhes das missões e seus recursos! — disse Inveja.

— Esta é uma missão de aniquilação! Isto significa que para cumprir o desafio, vocês precisarão destruir alguma coisa ou causar alguma situação destruidora. Ao cumprir com o objetivo, abriremos o portal para retornarem aqui novamente e daremos como cumprido o desafio.

— O primeiro desafio consiste em destruir o reino subterrâneo. Haverá um conflito entre o reino dos térreos com o subterrâneo e o resultado deste conflito deve ser de destruição total do reino subterrâneo.

— Caso falharem, vocês virão para cá e daremos como falha neste desafio. Apenas 2 falhas são permitidas neste 7 desafios para garantirem vosso desejo. Se falharem 3 vezes, vocês imediatamente serão jogados fora e retornarão para vossa realidade de mãos vazias.

— Para os mais medrosos, iremos fornecer um item para cada um que possibilitará retornar imediatamente até aqui. Porém, quando usado, o indivíduo assumirá derrota da missão, mas pelo menos estará salvo aqui enquanto os outros que permanecerem no mundo, continuarão a missão. Sugiro que usem com sabedoria.

— Além disto, vocês obterão conhecimento da linguagem dos indivíduos de cada missão. Este conhecimento será injetado em vocês, então pode ser que vocês fiquem atordoados por um tempo até se acostumarem com a onda de informação. — disse Inveja.

— Iremos participar de uma guerra? Poxa vida, isso vai ser uma novidade para mim... — disse Mansy.

— Claro, o que esperar de alguém que vivia sua eternidade na mordomia e calmaria extrema... — disse Demon.

— Pare de coçoar com a minha cara Desprezível! É melhor você tomar cuidado por lá estando todo fraco assim!

— Como é a utilização deste artifício? — disse Luiza.

— Simples, basta destravar esta argola e jogar em alguma superfície com força. Um portal surgirá e ao entrar, retornarão aqui. Mais alguma dúvida? — disse Inveja.

— Sim, conseguiremos nos adaptar na atmosfera de cada local? Seremos capazes de realizar todo o processo biológico de preservação da vida de cada um aqui presente? — disse Luiza.

— Olha só, temos uma pessoa curiosa entre nós... Em todo o caso, iremos fornecer a vocês o básico para que possam sobreviver no mundo e comunicar entre os indivíduos deste local de missão. Alguma outra dúvida?

— Sim, e quanto a comida? Seremos capazes de propriamente nos alimentar neste outro mundo? — disse Sparkita.

— Vocês serão devidamente preparados, tanto em mente quanto de corpo para as realidades. Parem de querer tudo de mão beijada, pois vocês não irão morrer por coisas básicas de sobrevivência! — disse Inveja.

— Nossa, que grosseria... — disse Sparkita.

— Muito bem, se não possuem mais dúvidas, ajuntem-se próximo do quadro e preparem-se para entrar no portal. Uma vez que entrarem, já estarão na missão. Tratem de cumprir em sua totalidade!

O grupo se reuniu diante do quadro. Luxúria movimenta suas mãos e libera uma esfera de energia. Ele arremessou a esfera de energia ao grupo, que se espalhou e atingiu energicamente todos os grupos. Spark e Luiza ficam estonteados com esta energia, enquanto Sparkita, Demon e Mansy demonstraram estar tudo bem diante da obtenção de informações.

Um portal surgiu diante do grupo. Fizeram uma fila e começaram a entrar no portal um por um, até o último entrar que foi Demon. No Templo das Criações, ficam sozinhos Inveja e Luxúria, que se olham por um momento e esboçam sorrisos em seus rostos.

— Por que você mentiu para o garoto? Que idéia é essa de ressuscitar a mãe dele e torna-la escrava sexual dele? Você é muito podre mesmo para ter idéia de falar tanta bobagem assim.

— Hahahaha, sinceramente, isso não é problema meu. O responsável pela recompensa é o Representante Maior do CYEYU. Dito isso, é responsabilidade dele recompensa-los uma vez que terminem todos os desafios. — disse Luxúria.

— Ahhh Ira, eu vou assistir de camarote suas aflições e problemas que passará nestes desafios. Pode ter certeza que sua vida ficará muito difícil em todas as oportunidades que virão até ti, Hohohahahahahahaha.



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