Peace Out Brasileira

Autor(a): John C.


Volume 1

Capítulo 21: Ao chamado! O primeiro reencontro!

Espaço: Templo das Criações.

Luxúria e Inveja vão até a localização do portal de chamadas. Luxúria estava uniformizado com um terno dourado e brilhante, o que lhe deixava extremamente feliz. Inveja estava se vestindo no meio do caminho, com um terno fino, porém, este era um terno de coloração preta e comum.

Ao observar a discrepância de vestimenta, Inveja se aborrece e resolve confrontar Luxúria:

— Por que o seu terno é dourado e o meu é este?

— Porque somente o chefe pode ostentar por aqui...

— Chefe? Que chefe?! Você não é meu chefe nem a pau!

— Ora, fui eu que tive a moral de conversar diretamente com Deus para a execução deste plano. Fui eu que coloquei o meu rabo na reta quando me dirigi diretamente a ele, podia sofrer punições e até mesmo ser destruído na frente de todos vocês caso não agradasse a ele. Então é melhor começar me chamar de chefe e eu lhe chamo de ajudante, pode ser?

— Ajudante? Você é mesmo um merda. Mal vejo a hora de poder acabar contigo quando estivermos igualados com nossos territórios...

— Invejinha, quanto ódio guardado no seu coraçãozinho... Se é que você tem um. Tente focar agora com unicamente a missão de matarmos Ira em suas missões. Já terminou o que tinha que ter sido feito?

— Sim, já estou em mãos os recursos que entregaremos a eles. Agora me diga, como você pode ficar com tanta confiança que Ira poderá morrer nestas missões? Você sabe muito bem que não poderá interferir diretamente nestes mundos, então não pense que poderá matar Ira com suas próprias mãos.

— Já estou ciente disso. É verdade, não foi me dado permissão para interferir diretamente em suas missões, porém, não recebi proibição em interferir indiretamente...

— Ah claro... Vai utilizar da brecha de não terem mencionado isso para tornar a situação favorável a você? Saiba que não tomarei parte disso, chefe! Se você quer mesmo interferir, ainda que indiretamente, é responsabilidade sua e unicamente sua!

— Eu não esperava o teu apoio nisto mesmo. Não é como se eu a chamasse de ajudante que te faria uma ajudante que preste...  Enfim, pare de perder tempo e vamos chama-los até aqui para darmos início neste plano.

— Claro, você sabe exatamente onde eles estão?

— Não, achei que encarregaria disto enquanto estive aprendendo a linguagem dos locais.

— Deixei de ter feito isso para construir o item.

— Maldita! Agora terei que procurar por toda a Terra até encontra-los!

— Veja pelo lado bom chefe, você vai ter o prazer de chama-los até aqui com seus próprios esforços... Deveras, é um grande mérito!

— Cale essa boca e comece a procura-los pelo outro lado da Terra! Se os achar, avise que eu os transportarei até aqui.

— Sim chefe, agora mesmo. — disse Inveja, satirizou a situação.

Luxúria e Inveja estavam no ponto de transporte na busca por Ira e seu conector.

Espaço: Casa do Spark

Estavam reunidos na sala Spark, Talita, Luiza e Demon. Mansidão se aproxima de Spark e espera por sua resposta sobre a proposta oferecida. Spark parece muito confuso e percebe que esta situação é delicada, pois havia presenciado a capacidade de destruição da criatura pelo lado de fora de sua casa.

— Morar aqui em casa? Me ajudar? Eu acho que você não vai poder ficar por aqui... — disse Spark, preocupou-se ao vê-la se aproximando.

— Ahh, me deixe ficar vai. Eu posso lhe ser útil em alguma coisa se me ajudar com esse favor!

— Útil? O que você sabe fazer?

— Eu sei observar os recompensados, sei fazer anotações de suas quantidades e designa-los em suas devidas premiações.

Todos os presentes ficam perplexos com o que Mansidão falou, pois, tais informações sequer significavam algo para eles, menos Demon, que percebeu a burrice dita por ela, vindo a revelar a sua identidade.

Apesar do que foi dito, os presentes apenas puderam observar perplexos para Mansidão.

— O que foi? Eu disse algo de errado?

— Não faço ideia do que seja essas coisas que você disse Mansy..., mas acho que não precisamos disso.

— Ah vai, pensa mais um pouquinho a respeito... — disse Mansy, aproximou-se mais.

Spark olha para Luiza e Sparkita, que acenam com a cabeça e sinalizam com a mão um sinal de negação. O garoto então olha para Demon, que sequer ligava para a situação toda e recorreu novamente para o seu sono. Visto que não era favorável aceitar a criatura em sua casa, Spark toma a decisão:

— Olha Mansy, não vou poder deixar você morar aqui em casa. — disse Spark, firmou-se

Mansidão começou a lacrimejar e sua expressão se tornou imediatamente de frustração. Ela cai no chão e começa a espernear como uma criança mimada querendo alguma coisa.

— Aaaaahhhh, por favor!! Me deixa ficar aqui!!

— O que?! Calma, calma! Por que você está fazendo isso? — disse Spark.

— Eu não tenho para onde ir e sequer sei o que fazer agora, buaaaa!! — disse Mansy, chorou e esperneou.

— Mas espere um pouco, você apareceu de repente por aqui. Você deve ter vindo de algum lugar, não? — disse Sparkita.

— Sim eu vim, mas eu não posso voltar mais pra lá. Agora, estou sozinha, sem rumo e sem esperanças. Por favor, eu faço qualquer coisa para não ficar só!

Spark olhou para Luiza e Sparkita e esperou pela resposta delas. Luiza, por não morar ali, era imparcial quanto a decisão, mas favorável que a criatura pudesse ficar até que encontrasse um outro refúgio. Sparkita sinalizou para Spark que a deixasse ficar por boa vontade de poder ajuda-la em um momento desesperador como este. Demon, claramente, estava incomodado com tudo isso, mas não opinou.

Spark tomou uma profunda respiração e decidiu o que fazer naquele momento:

— Mansy, eu sei que você está desesperada, mas acho que morar aqui iria dar muita briga entre você e o Demon... Não quero ter que ficar apartando a briga de vocês.

— O desprezível? Não ligo mais para ele! Prometo que vou me comportar e fingir que ele nem existe.

— Se está dizendo que vai se comportar, eu posso deixar você ficar por aqui enquanto precisar ficar, sem problemas.

— É sério? Você vai deixar eu ficar por aqui?

— Sim, você parece não ter para onde ir e eu não ficaria bem em pensar que você pode ficar desamparada por aí. Pode ficar por aqui mesmo.

— Ai, obrigada rapaz!! Vou mostrar que minha presença é necessária nesta casa, afinal, tenho muitas capacidades e habilidades para lhe ajudar!

— Claro, eu agradeço pela boa vontade. Apesar de não ter muito o que fazer por aqui, a Sparkita mora comigo e já combinamos nossos afazeres domésticos.

— Hmmm... Falando em afazeres domésticos, vocês poderiam me dar uma roupa também? Sabe como é, depois que entrei na atmosfera, minha roupa veio a se desintegrar pela fricção da velocidade da caída pelo ar. Particularmente, prefiro estar vestida por uma questão moral de vestimenta.

— Eeer... Que tipo de roupa você usa Mansy?

— Eu usava uma stola! Vocês têm stolas por aqui?

— Eu nem sei o que é isso... — disse Spark, estava confuso.

— Stolas é uma espécie de vestido longo Spark, normalmente, cobre o corpo todo. Os egípcios utilizavam esta vestimenta, bem como povos mais antigos também. — disse Luiza.

— Se é um vestido que você quer, eu posso te arranjar uma roupa Mansy. — disse Sparkita.

— Seria ótimo! Vamos!

Sparkita e Mansy adentram ao quarto. Luiza observa a inquietude de Spark, mas resolve não questionar a sua decisão, uma vez, que se tratava de sua moradia.

Na sala, estava em silêncio total com algumas encaradas entre Spark, Luiza e Demon. A porta do quarto finalmente abriu e de lá, saiu Sparkita e Mansy, propriamente vestida.

— Olha eu aqui! Esta roupa me caiu muito bem, estou me sentindo até mais leve com tanto estilo!

— Aparentemente, Mansy resolveu colocar este estilo quando coloquei minhas roupas em disponibilidade. — disse Sparkita.

— Está bem legal Mansy! — disse Spark.

— De fato, este estilo combina com a vossa aparência e personalidade — disse Luiza.

— Hihi, obrigada! Posso mesmo ficar com estas roupas garota?

— Claro, pode ficar para você. Eu estou bem de roupas já, então considere um presente meu para você.

— Vocês estão sendo muito bonzinhos comigo e, portanto, merecem várias bênçãos em suas vidas.

— Spark, quer brincar de imaginar enquanto o Demétrio não vem nos buscar? — disse Luiza.

— Ah, você quer brincar disso agora? Não teremos tanto tempo para isso, mas podemos dar início a alguma história. — disse Spark.

— Brincar? Que tipo de brincadeira? É uma legal? — disse Mansy, aproximou-se de Spark.

— Sim, é bem legal. Teremos que ir lá fora para brincarmos disso.

— Tudo bem, vamos lá pessoal! — disse Mansy, animou-se.

Todos se retiraram da casa e se reuniram do lado de fora. Demon, apenas ficou próximo da saída da porta lateral da casa, apenas para observar a falta de habilidade social de Mansidão.

No Templo das Criações, Inveja estava utilizando seu artefato de procura, quando finalmente, encontra Ira e seu conector ao lado de fora da casa. Imediatamente, Inveja ativou o portal que puxou, não somente Ira e seu conector, mas todos os que estavam em sua volta.

Todos foram arremessados pelo portal até o templo das criações. Luxúria e Inveja estavam de frente para todos. Observaram que Ira e seu conector estavam presentes, mas, também estiveram presentes indivíduos além do que era combinado nos planos de Luxúria. Surpreso com a situação, Luxúria sussurrou para Inveja:

— Por que tem mais do que duas criaturas aqui?

— Porque eles estavam ao redor do portal que invoquei. — disse Inveja.

— Não era para estar tudo isso por aqui! O combinado era somente Ira e seu conector!

— Já era. Vamos trabalhar com o que temos disponível aqui agora...

Todos olham admirados ao local. Para Spark, era uma situação deveras inesperada e fora de qualquer explicação que lhe viesse à mente naquele momento. Sparkita e Luiza ficam em silêncio e reparam na presença de Luxúria e Inveja, que os olhavam friamente e em silêncio.

Mansidão e Ira, imediatamente ficaram de pé e encararam Luxúria e Inveja. Para Ira, foi imediatamente reconhecido a presença dos dois, mesmo em seus devidos disfarces. Para Mansidão, aquele lugar era completamente novo, porém, tinha por suas estruturas parecidas com o seu território, o que deixou o ambiente familiar.

Em meio de silêncio e encaradas, Luxúria resolveu se manifestar:

— Sejam bem-vindos desafiantes! Não temam, aqui é um local pacífico e longe de quaisquer perigos. Percebo em vossas expressões sentimentos de confusão, aflição e por isso eu digo, relaxem, fiquem à vontade, pois o perigo ainda está por vir para aqueles que desejarem algo a mais!

— Q-Quem é você? Que lugar é esse? — disse Spark.

— Ora, que falta de modos meus, não é? Podem me chamar Lurion e esta é minha parceira Invy. — disse Luxúria.

— Prazer Lurion e Invy. Por um acaso vocês sabem o que aconteceu para estarmos aqui? — disse Sparkita.

— Deixe-me explicar a vocês toda essa situação, antes que alguém resolva a ter um ataque de pânico. Vocês foram escolhidos para estarem aqui. Diante de vocês, haverá uma oportunidade única da qual fará quaisquer desejos de vocês se tornarem uma realidade, quaisquer que sejam, unicamente para vossa pessoa.

— Desejo? Que tipo de desejo? — disse Luiza.

— Qualquer desejo que vocês queiram para si mesmos! Se desejarem superpoderes, terão! Se desejarem riquezas, terão! Se desejarem alguém querido próximo a você novamente, terão também! — disse Inveja.

— O que você disse? Está dizendo que posso desejar ver alguém querido próximo a mim novamente? — disse Spark.

— Exatamente! Contudo, é importante separar o que é de fato sério para o que é apenas um sonho... Temos diante de vossos olhos, sete desafios! Se conseguirem completar os sete desafios, poderemos fornecer a vocês o direito de qualquer desejo concedido! — disse Inveja.

— Não achem que será fácil. Vocês colocarão suas vidas em risco para a obtenção deste desejo. Dito isso, decidam imediatamente! Querem arriscar vossas vidas para terem direito ao desejo, ou querem desistir imediatamente e conservar a única vida que vocês possuem no momento? — disse Luxúria.

 



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