Os Prelúdios de Ícaro Brasileira

Autor(a): Rafael de O. Rodrigues


Volume I – Arco II

Capítulo 21: O Mundo, ato I (Interlúdio)

Ao fim das férias de primavera, se iniciava um novo ano letivo.

Abotoei a camisa e apertei a gravata. De frente para o espelho, eu penteava a franjinha para ficar decente. Graças à rotina de sono ajustada, não amanheci com olheiras. Eu estava até que bonitinho.

Era o meu primeiro dia na escola nova. Como vim transferido, era bom causar uma boa primeira impressão, ou eu acabaria deslocado no meio de um monte de gente que já se conhecia há tempos.

— Estou saindo! — Acenei para meus pais e meu irmãozinho, que tomavam café na mesa da cozinha.
— Tome cuidado!

Com a maleta em mãos e uma fatia de pão com manteiga na boca, eu apressei o passo, ou poderia perder o trem.

 Interlúdio II, “Resquícios de uma Primavera Perene”

Meu nome é Terumichi Kinjō. Tenho dezessete anos, e farei dezoito em agosto deste ano. De hoje em diante, sou um estudante do terceiro ano do ensino secundário na Academia Arcadia.

Por ter uma modalidade de ensino internacional, essa escola acolhia alunos de fora do Japão e contava com um sistema de aprendizagem diferenciado. O foco era o desenvolvimento pessoal.

Isso chamou a atenção dos meus pais, que adoravam coisas extravagantes. Eles decidiram me inscrever na esperança de que isso fosse ter alguma serventia para o meu futuro.

Era um novo ambiente, com novos ares e novas pessoas. Ahhh, eu estava tão ansioso! Eu queria ser um bom colega de classe, e dar sorte de fazer boas amizades!

Extensas áreas verdes. Um prédio largo com estruturas envidraçadas. Por dentro, parecia tão grande quanto uma cidade. As praças de alimentação eram lotadas, tal qual as áreas de recreação e o terraço.

Meu nome listava na placa da turma 3-A. Indo até lá, me sentei à mesa designada, a segunda da fileira do meio. Mas, nesse momento, eu tive uma... sensação estranha, como se eu já tivesse me sentado ali no passado.

O meu assento no segundo ano era num lugar bem parecido, mesmo que as salas fossem totalmente diferentes. As mesas também eram duplas. Isso pode ter me dado uma falsa impressão, eu acho.

Ao meu lado, havia uma cadeira vazia. Eu sentia falta de alguma coisa, mas não sabia do quê.

— Com licença! — pediu uma voz meiga, de uma pessoa que vestia o uniforme masculino.

Um garoto bronzeado, de cabelos ruivos e levemente enroladinhos. Seus olhos eram azuis-esverdeados. Após pendurar sua bolsa, ele a abriu para tirar os materiais.

— C-Claro! Fique à vontade! — respondi.
— Ei, você é um aluno novo, não é?
— Sim! Meu nome é Terumichi Kinjō. Prazer em conhecê-lo. — Levantei-me de imediato e o cumprimentei. Ao contrário do que eu imaginava, ele era bem mais baixinho do que eu, e batia um pouco acima do meu nariz.
— Eu sou Theseus, mas pode me chamar só de Thes. O prazer é todo meu, Terumichi!

No intervalo, Thes me apresentou a escola todinha. Ele era um doce de pessoa, do tipo que conversa sobre tudo. Os professores costumavam chamá-lo atenção por causa disso.

Ah, e não menos importante, ele era um ás no atletismo.

No tiro de largada, ele disparou na frente dos outros corredores, chegando em primeiro lugar na competição avaliativa de abertura. A torcida aplaudiu. Ele era bem popular entre os esportistas.

— Você foi incrível! — Num pique, levei até ele sua garrafinha d’água e uma toalha para se secar.
— Obrigado, Teru. Ufa, que canseira! — disse, ofegante. — Mas isso deve garantir um bom lugar pra mim no ranque de atletismo deste ano. É um bom começo, né?
— Um bom lugar?! Aquilo facilmente te levará para o primeiro.
— ... É, é verdade!

Durante as aulas que se seguiram, ele pareceu um pouco abatido.

No intervalo da tarde ele me contou que, no ano anterior, seu amigo Pirithous foi transferido para outra cidade. Este sempre ficava em primeiro lugar nas corridas, enquanto Thes ficava em segundo.

A amizade entre ambos vinha desde a infância, e a separação repentina o abalou por vários meses. Disse-me, também, que assento que ocupei na sala pertencia a ele.

— Desculpa por contar isso, mesmo a gente se conhecendo há pouco tempo.
— Não tem problema. Obrigado por confiar em mim. Na verdade, eu consigo entender como é isso.
— Tem razão, você veio transferido! Deve ter sido duro se separar de seus amigos e ir para longe.
— Um pouco.
— Por que você se transferiu? Teve algum problema na antiga escola?

Me deu um branco.

— Eu não sei. Eu vim pela vontade dos meus pais, mas, pensando bem... eu não estava me sentindo muito bem lá.
— Que bom que te tiraram de lá então.

Eu me sentia um pouco infeliz na antiga escola, sem conseguir lembrar do porquê. Quando tive o déjà vu com o meu lugar e a cadeira vaga, será que tinha alguma coisa a ver com isso?

Provavelmente. Eu me transferi, e... me separei de alguém especial. Eu tinha certeza de que esse alguém era muito, muito importante pra mim, mas eu me esqueci de seu nome.

No outro dia, fomos lanchar no gramado que ficava de frente para as quadras, já que o tumulto da lanchonete me deixava meio incomodado. Dali, podíamos até assistir aos jogos.

Uma tacada, e homerun. A bola voou longe.

O rebatedor correu pelas linhas marcadas no campo e deu um grande salto para a base, como se abrisse asas. Assim que ele atingiu o objetivo, a plateia ovacionou a vitória.

Levantando-se com sua pose imponente, ele tirou o capacete, expondo ao Sol os seus cabelos pretos e a pele marrom. C-Caramba! Além de um bom jogador, o cara era bonitão!

— Eles são tão maneiros — comentou Thes. — Esse aí é o prodígio do time de baseball da escola. Hector, do segundo ano. Desde que ele ingressou, a equipe vem ganhando espaço até no cenário regional.
— Oh...
— Fiquei sabendo que ele era o capitão de um time famoso da liga mirim da Indonésia. O potencial dele é imenso. E se ele já está brilhando assim na avaliação de abertura, imagine quando forem jogar sério!

Por uma fração de segundo, vi Hector direcionar seus olhos azuis para mim. Tão penetrantes e intensos, me obrigaram a desviar.

Sendo uma escola com ensino em tempo integral, era obrigatório que os alunos escolhessem clubes para integrar no período da tarde. Thes me introduziu a vários, e foi me explicando como cada um funcionava.

Com a ajuda da coordenadora, conseguimos uma lista mostrando os contatos e salas dos representantes.

Começamos pelo clube de kendo, liderado por Achilles. Esse era um sujeito alto e atlético que, de acordo com boatos, tinha um jeitão arrogante. Quando o visitamos, o vimos praticando com um rapaz ainda mais alto.

Por mais que ainda não estivessem no horário de atividade, nos desculpamos por interrompê-los.

— Nós levamos nossa filosofia a sério, então não aceitamos iniciantes sem força de vontade — afirmou, tirando a máscara e deixando cair os cabelos loiros que passavam dos ombros. — Além disso, precisamos avaliar seu condicionamento. Se está interessado em entrar para o clube, terá que passar pelo teste de aptidão física primeiro.
— Teste de aptidão física?
— As competições avaliativas de abertura começaram a todo vapor, então estão oferecendo esse teste aos montes. Peça para aplicarem em você, e dependendo dos seus resultados, Patroclus começa a fazer sua ficha hoje mesmo. Não é, Patroclus?

O outro também retirou a máscara cuidadosamente, e acenou com a cabeça. Tinha a pele e os cachos castanhos, e duas pintinhas perto do olho. Em sua orelha, prendia uma espécie de aparelho auricular.

O sino tocou. Os outros membros do clube, todos de portes físicos invejáveis, entraram e vestiram seus kendo-gi. Uuuh, tá legal. Era a hora de sairmos.

— O que você acha, Teru? Será que consegue?
— Não. Olhe para mim, e olhe para eles. Não tenho a menor chance!
— Você quer mesmo fazer parte de um clube esportista?
— Eu não sei. Meu pai diz que eu tenho que fazer alguma “coisa de menino”.

Enquanto caminhávamos pelo corredor, ele pensava, e pensava.

— Tem problema se não for “coisa de menino”? Digo, nada disso vai te fazer menos homem.
— ... Hmm. É, você está certo.
— Eu sei! Eu sempre tô certo! E não precisa fazer algo só porque seu pai quer. Faça algo que você goste e que te faça bem!
— Vou pensar. Me conforta você pensar assim.
— Já sei! Tem uma modalidade que eu tenho certeza que você vai gostar. — Ele veio por trás e me deu um empurrãozinho. — Nada de dizer que não é “coisa de menino”, hein! Quero que tire suas próprias conclusões.
— T-Tá bom.

Pulos graciosos, cambalhotas e movimentos em perfeita harmonia com a música. Como o abrir das pétalas de uma flor de lótus, os seis dançarinos se posicionaram ao centro da plataforma, sob as luzes dos holofotes.

Era maravilhoso. Eles pareciam estar sendo carregados pelo vento.

O líder, à frente dos outros cinco, curvou-se à plateia do teatro. Um loirinho com a pele bronzeada, que tinha mais ou menos a minha altura. Ele segurava um grande arco de ginástica rítmica, todo adornado com fitas.

Eu já o conhecia. Seu nome era Ganymede, e ele era uma das pessoas mais belas que já vi em toda a minha vida.

— Gany é o representante do clube de ginástica rítmica masculina. É com ele que a gente precisa falar.
— Ele não é da nossa sala?
— Sim, sim. Ele é praticamente um modelo por aqui. A equipe de marketing sempre tenta incluí-lo nos comerciais da escola. Ah, e dizem que ele recebe cerca de dez cartas de admiradores por semana, mas que recusa todas!
— A sangue-frio?!
— A sangue-frio. Alguns alunos já pediram para sair da escola após terem sido rejeitados por ele. Ele pisa nos seus sentimentos como se não fossem nada, e te faz se sentir como se estivesse na base da pirâmide!

Não segurei o riso.

— Tá rindo do quê?!
— Falando desse jeito, parece até que ele era algum tipo de monstro desalmado. Você já falou com ele antes?
— Tenho até medo.
— Então me espere aqui.
— Eeei! Não está nem um pouquinho receoso?!
— Eu não acho que ele seja uma pessoa ruim.

O melhor a se fazer era conhecer ele primeiro. Se ele era tão difícil como diziam, poderíamos achar uma forma de nos entendermos. Afinal, éramos colegas de classe.

— Não.

A recusa pesou como uma marretada na minha cabeça. Ele nem me olhou nos olhos. Apenas assinava alguns papéis no escritório.

— Ah. Ainda assim, obrigado pela atenção. Com licença.
— Oh, perdoe-me. Fui um pouco ríspido. — Guardou as coisas numa gaveta, e me veio com um sorriso cínico. — Na verdade, já temos uma equipe completa de seis integrantes. Se você entrasse, teríamos que te deixar como reserva ou esperar que outros cinco rapazes de cultura entrassem no clube.
— Entendo. Deve ser difícil achar pessoas interessadas.
— Não só isso. A ginástica rítmica exige sinergia e confiança. Devem dizer o contrário por aí, mas no meu clube, nós prezamos por permanecer com equipes fixas, imutáveis, para estimular as afinidades e atingir a perfeição. É claro, outras qualidades também são levadas em conta.

Ele me rodeou, observando cada centímetro meu. Uma hora ele balançou os meus braços, e os puxou por trás, dando uma forte pisada nas minhas costas, e depois no meu abdômen.

— Aaagh! Ganymede, tá machucan-...
— Você é alto, magrinho e flexível. Só é meio entravado. Dá pro gasto, embora só isso não seja o suficiente.

No soltar de mãos, quase dei de cara no chão.

— Como eu sou uma pessoa extremamente generosa — continuou —, vou guardar o seu pedido com carinho e procurar por novos membros! Os recursos que acumulei devem servir para alguma coisa além das nossas particularidades. Ooops, eu falei demais.
— O quê?! Vocês estão desviando recursos da escola? Eles deveriam ser usados só para a manutenção e divulgação!
— Detalhes, detalhes. É muito caro pagar a divulgação. Além do mais, estamos bem desse jeito. Nós já somos o máximo. O dinheiro que sobra serve para nossas festinhas, vagas em restaurantes e parques aquáticos aos fins de semana. Nem o mais careta reclamaria de uma vida dessas.
— É por isso que ninguém mais entra! Vocês nem estão tentando, e ainda por cima fazem coisas erradas. Seus-... seus sem vergonha...!!

As portas se fecharam na minha cara. 

— Se caguetar sobre os recursos, vai levar porrada — disse-me, do lado de dentro.

O senhor Ganymede era de fato uma pessoa diferente em relação aos boatos. Por todos terem medo de se aproximar dele, eram incapazes de testemunhar a realidade: que ele era ainda pior!!

Hunf. Até eu, ainda deslumbrado com a apresentação, me desinteressei.

Mais tarde, enfurnado no meu quarto, eu batia cabeça com as opções restantes. Fora artes marciais, tinha basquete, vôlei, atletismo, esgrima, baseball, hipismo, tênis e... urgh, natação.

É, talvez eu devesse me conformar que esportes não eram para mim. Como Thes disse, praticar um esporte não me fazia mais ou menos homem. Isso era doideira da minha cabeça.

Me enrolei pra dormir, e não toquei mais nos papéis.

ᛜᛜᛜ

Terça-feira, 05:01.

Desliguei o despertador, e botei meus óculos. Havia mensagens de bom dia do Thes, com várias figurinhas de bichinhos e uma foto dele mesmo a bordo do trem. Como ele acordava cedo, né?

Vamos lá, Terumichi. Hora de levantar e tomar um banho.

Numa aula de laboratório, aprendemos a dissecar uma rã, mas o Thes se recusou a fazer por pena dos bichinhos, apesar de eles já estarem mortos. Eu o entendia por se sentir assim, em partes.

Durante o intervalo, ele sumiu. Sua bolsa ainda estava na sala, mas ele, não. Perguntei dos nossos colegas, mas nenhum deles soube me responder. Dei uma passada nas quadras, e nada.

— Ei, aluno transferido — chamou-me uma voz bem grave, vinda de trás.

Me virei, e dei um sobressalto. Era Hector, o garoto do baseball. M-Meu deus, como era possível ele ser ainda mais atraente de perto...?!

— P-Pois não?!
— Entre para o meu clube.

Isso foi o suficiente para eu perder o chão.

Nem adiantava ficar boquiaberto, pois as palavras não saíam. Tentei explicar o porquê de eu não agregar em nada para sua equipe, mas ele insistiu tanto que acabei convencido. O jeito era experimentar.

Na volta, Thes reapareceu. Passado o último tempo de aula, eu me despedi para ir ao treino. Por sua reação com a notícia, senti que algo devia tê-lo entristecido, mas ele ainda me apoiou, como sempre.

— Entendi. Hehe. Então não tem jeito mesmo.
— Talvez eu falhe, mas vou dar meu melhor.
— Eeeei, é hora de pensar positivo! Vai pra cima, tigrão! — Carinhosamente, ele bagunçou meus cabelos.

As cigarras cantavam, e o entardecer alaranjado pintava o céu.

Achei que o resto da equipe de baseball estaria presente, mas Hector era o único lá. Após me dar umas peças do uniforme, ele começou a falar sobre os fundamentos básicos do jogo, mas... sendo sincero, ele não explicava muito bem.

Fizemos aquecimentos, alongamentos e corremos ao redor da quadra. Em pouco tempo, eu já estava sem ar e suando, ao contrário dele. Como eu passei um pouco dos limites, tive que parar para descansar nas bancadas e beber água.

— Você está bem sedentário.
— N-Não é porque eu quero — disse, arfante. — Eu tenho um problema no coração.
— O quê?! E por que não me falou isso antes?
— É válvula aórtica bicúspide. Digamos que a válvula da minha aorta tem duas válvulas em vez de três. ... Ei, para de me olhar assim.
— Você vai morrer?
— Não! Eu faço exames uma vez por ano. Até os meus... 14 anos, por aí, eu fazia duas vezes, mas o meu caso é estável e eu nunca tive complicações. Eu posso praticar exercícios normalmente, okay? Só tenho que evitar esforços intensos demais.
— Vamos encerrar por hoje. Até mais.
— Hã?! Hector, calma! Eu tô ótimo, olha pra mim! Eeei!

Por incrível que pareça, ele não me criticou em nenhum momento. Sua “aura ameaçadora” era só superficial, e, no fundo eu acho que ele estava tentando o máximo por mim. Isso me deu ânimo.

No treino seguinte, eu fiquei de arremessador, e ele como o receptor. Tudo o que eu tinha que fazer era jogar a bola para ele pegar, mas até com meus óculos, eu não enxergava bem daquela distância.

Ainda assim, eu atirei...!

A primeira caiu perto demais. A segunda passou longe. A quinta foi para fora da quadra. A oitava escorregou da minha mão antes de sair. Nos dias que se seguiram, o ciclo se repetia.

Na quadragésima vez, eu acabei acertando sua cabeça em cheio, e mesmo com a máscara protetora, ele cambaleou para trás e caiu. Desesperado, fui socorrê-lo.

— A-Ahh!! Me perdoe, Hector! Machucou? Você está bem?
— Estou bem. Você só precisa de prática.
— Por que está insistindo em mim? Minha visão é terrível. Eu nem vejo onde estou mirando. Nessas condições, não tenho como fazer parte do seu time.
— Está tudo bem se não conseguir. Eu só preciso que você fique aqui tentando. Só isso.
— O quê?
— Enquanto eu estiver treinando você para ser o meu arremessador, eu não vou ser o receptor daquele maluco otário do Makoto Kaneshiro.

Makoto Kaneshiro? Do que ele estava falando?

— Não sei se entendi bem.
— Eu não quero voltar a jogar com ele, então eu disse ao técnico que treinaria novatos para o nosso time e dei um tempo. Você foi o melhor candidato que pude pensar, então-...

... Eu era o melhor candidato por ter miopia e astigmatismo? É isso?

Eu não podia acreditar. Todo esse tempo, ele se aproveitou da minha deficiência visual para não precisar jogar com alguém que não gostava. Isso para mim foi o mesmo que um insulto.

— Espere! Você entendeu errado. Eu me expressei mal. — Ele me seguia, enquanto eu me distanciava sem retornar o olhar.
— Você me enganou.
— Eu queria te conhecer. Desde que você assistiu ao meu jogo, eu quis ser seu amigo.
— Se você só queria que fôssemos amigos, não precisava ter armado tudo isso!
— Desculpa! Eu peço desculpas, okay?!

ᛜᛜᛜ

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