Os Prelúdios de Ícaro Brasileira

Autor(a): Rafael de O. Rodrigues


Volume I – Arco I

Capítulo 7: O Vínculo

Há muitos anos, Circe perdeu o avô para a doença do ouro. Ele a ensinou a ler e escrever, inspirando-a no caminho da ciência, mas a cura não foi encontrada a tempo de salvá-lo.

Desde então, ela tem buscado formas de parar a propagação do Declínio e reverter a maldição em prol das outras pessoas. E, após muitas frustrações, escolheu deixar tudo o que tinha para trás e tornar-se uma heroína.

Elaborar pesquisas sobre o assunto era considerado crime. As leis do estado suprimiam todo tipo de conhecimento a respeito da alquimia, com o intuito de evitar que os erros dos antigos arcadianos se repetissem.

Parece que eu a fiz lembrar de algo que ela preferiria esquecer. Por mais que eu não tivesse intenção de machucá-la, não pude deixar de me culpar pela minha própria ignorância.

Toda essa história era tanto paradoxal. Eu não pretendia negar as chagas deixadas pelo passado, mas algo me encucava. O uso da alquimia causou uma catástrofe, mas agora ela era necessária para a salvação?

Não era irônico demais?

No presente, a alquimia ainda era usada para consertar o que, em nossos corpos, era considerado “erro”. Sob a graça irradiada pelo meu Amaranto, minha visão foi corrigida e as costas de Hector, curadas.

E ele também usava alquimia para abrir e guardar suas asas, apesar de ser proibido.

— Se as pessoas lá embaixo vissem vocês fazendo qualquer uma dessas coisas, estariam sujeitos à pena de prisão, ou até pior — disse Kosmo. — No entanto, as leis do Anfiteatro não restringem a alquimia. As peças de armadura que nos são concedidas pela Corte são fabricações alquímicas, e, pelo visto, estão atreladas a você e ao Amaranto.

Em partes, isso explicava as visões que tive antes de ser jogado no coliseu. 

— Vocês não podem contrair a maldição ao usá-las?
— Alguns diriam que sim, outros que não. Quem sabe.
— Que confusão. Se a prática é perigosa, qual o sentido de ela ser permitida aqui?
— As lendas dizem que essa torre foi construída por um clã que venerava a autoridade de Hermes Trismegistus e condenava a húbris humana. Os Puros. Após o desaparecimento de seu deus, quem sabe eles não também tenham enfrentado a extinção definitiva? Ou então...
— Ou então...?
— Por favor, siga-me.

Kosmo, após horas me ensinando, se levantou da mesa onde Theseus dormia com minha rãzinha. Antes de acompanhá-lo, cobri o ruivo com lençóis, acariciando sua franja.

Partimos para uma repartição elevada, um observatório com vista para a Terra.

—  Ou então — continuou —, eles podem ter atravessado para o outro lado e ido viver em Agartha. O fato de você vir de lá prova a existência de civilização.
— Na verdade, há várias civilizações. Existem todos os tipos de povos, em vários cantos do planeta.
— E todos sabem da alquimia? Mesmo que, para vocês, ela não exista?
— Por “não existir”, quero dizer que ela não funciona lá. Claro que há outros conhecimentos, como química, medicina, metalurgia, física, mas não é nada mágico.
— Mágico? O que é isso?
— Quando algo acontece e não conseguimos dar uma explicação, algumas pessoas dizem que foi mágica, ou atribuem algum significado sobrenatural ou espiritual. O que para vocês é alquimia, para nós é mágica. A nossa alquimia não passa de um conhecimento ancestral e experimental que bebeu de misticismos e temas filosóficos.
— Entendo.
— N-No caso, eu me oriento pela visão filosófica. Eu até que me interesso por ocultismo e misticismo, claro, mas por pura curiosidade intelectual.

... Quanto mais eu ponderava, mais o nó no meu cérebro ia apertando. Olhando para o agora, o que eu consideraria natural e sobrenatural? O que é real e o que é mágico?

De relance, olhei um grande quadro com constelações que formavam padrões visuais reconhecíveis. Aproximando-me, vi que cada uma delas tinha nomes, assim como as estrelas que as desenhavam.

— Kosmo, pode me dizer o que é isso?
— É uma representação de todas as constelações visíveis no céu, formadas pelas estrelas na superfície de Agartha. Na abadia de Vertumnus também temos uma dessas. Não tão detalhada, mas temos.
— Estrelas?
— Sim. Elas brilham à noite e se apagam de dia. Eu aprendi sobre elas quando era criança. As oito grandes cidades têm os mesmos nomes de algumas dessas constelações. Sempre gostei de vê-las se acendendo ao fim da tarde.

Me peguei em dúvida. Será que eu deveria quebrar a mágica da sua infância?

Quando mais jovem, fiquei frustrado ao descobrir que a alquimia não era real. Mas só de estar na presença de Kosmo, já era possível ver nele a figura de uma pessoa questionadora e racional.

Se havia alguém para melhor receber a informação, esse alguém era ele.

— Na verdade, são luzes artificiais de cidades se interligando umas com as outras. Vistas do espaço, parecem constelações, mas são lugares onde há maior concentração de atividade humana — disse, antes de voltarmos à clareira. — O que temos aqui? Se para cá é o Oceano Atlântico, então... Já sei! Sabe aquele conjunto ali, mais brilhante do que os outros?
— Em Quirinus?
— Isso, isso! É uma “metrópole”, uma das maiores e mais populosas do mundo. Se chama Nova Iorque.
— É possível viver em tantos lugares diferentes assim? Não tem problema nenhum?
— ... Tem problemas, muitos. Mas o Declínio não é um deles.

Seus olhos claros estavam fixos na cena. Eram como os de uma criança, maravilhada ao descobrir algo novo.

Assim como Hector, ele carregava um pingente, com a diferença de que a pedra preciosa nele era uma tanzanita, uma pedra que se expressa com um tom intenso de índigo.

No espaço entre Arcadia e Agartha, a Lua — o astro mais brilhante no céu noturno — aparecia duas vezes em lados opostos, mas as luzes da Terra dificultavam a visibilidade das verdadeiras estrelas.

É possível que as pessoas de Arcadia nunca as tenham visto, mas a compreensão do que eram “estrelas” e “constelações” era quase igual à nossa, o que achei super interessante.

— As marcas em seu rosto também lembram estrelas — disse-me.
— Hã?
— Elas podem não ser estrelas de verdade, mas são lindas.

Uma lágrima indesejada fez minhas pálpebras tremerem. Quando pensei em retorná-lo, ele continuou:

— Obrigado por dizer que o meu cabelo é “incrível”, e “bonito”, apesar de tudo.

Theseus era um grande herói ateniense que foi à Creta atravessar um labirinto e matar o temível Minotauro. Circe era uma feiticeira na Odisseia de Homero. Mas o nome “Kosmo” não me soava familiar.

Dentre os desafiantes que conheci até então, ele era o único a não ter o nome de uma figura mitológica.

Sabe, quando alunos se transferem para outra escola, eles podem ter dificuldade em se adaptar e ficam deslocados. Eu me senti um pouco assim nos primeiros dias de aula na Academia Kinran.

Tornando-me o representante de turma, tentei ao máximo ajudar os calouros no que precisassem, porque sabia que ninguém mais faria isso. A regra natural era sermos adversários, não amigos.

Aqui, o acolhido fui eu, e senti-me um pouquinho em casa.

Kosmo disse que não era necessário eu pedir desculpas à senhorita Circe, porque ela não guardaria rancor. Seu problema era diferente do que eu acreditava. Mas não custava nada, e eu me identificava com seus sentimentos de luto.

Ademais, enquanto conversávamos, ela prometeu me apresentar o laboratório e ensinar coisas bacanas. Só que isso era coisa para outra hora. Me bateu um cansaço daqueles. Saí para esfriar a mente e voltei com ela mais torrada.

Três e trinta e três da manhã. De volta ao luxuoso quarto, minha rã, que não saía de perto, deitou-se próxima a mim. Bem, se eu pretendia mesmo adotá-la, ela precisaria de um nome. ... Hmmm. Que tal “Kaeru”? Heh, o mais óbvio de todos, né?

Dependendo da forma escrita, pode significar literalmente “rã". Eu sei, eu sou péssimo em dar nomes. Sempre fui.

Na vez que cuidei de um peixinho de estimação, minha mãe escolheu um nome bem complexo, algo como “Conde de Monte Cristo”, enquanto eu o chamava de “Senhor Peixe” — “Sakana-san”. Isso aí, com honoríficos e tudo.

Não soava mal. Estava decidido. Eu o chamaria de Senhor Kaeru!

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O ponteiro do relógio corria.

Eu fechava os olhos e tentava descansar, virando de um lado para o outro, mas algo me incomodava e me deixava em alerta. A boa e velha ansiedade me corroía por dentro, como sempre.

Tive bons momentos com pessoas maravilhosas e me tranquilizei, mas o fato de sentir falta de casa, dos meus pais, do meu irmãozinho e de Tsubasa permanecia. Acho que a ficha estava caindo só agora.

Algumas lembranças soltas e confusas me vinham. Por um instante, senti algo pressionar contra meus lábios, movendo-se de forma estranha e me causando um tremendo desconforto. No susto, levantei-me, mas não vi ninguém por perto.

Um feixe de claridade vinha da porta até o meu rosto. Já era de dia, e eu dormi sem perceber.

Respirei fundo até a palpitação passar. Foi só um sonho estranho, como outros que tenho, e nada mais.

Levantei-me, fui até o banheiro e molhei o rosto. Olhando-me no espelho, passei o dedo nos meus lábios. No mesmo dia, fui beijado por duas pessoas diferentes: Tsubasa e Hector.

Meu primeiro beijo não foi com nenhum deles, mas sim com uma garota de quem eu gostava na escola média. Foi há uns cinco ou seis anos atrás. Ela era uma princesinha encantada, de cabelos lisos e pretos, com um laço na cabeça.

Enquanto eu perguntava várias vezes se podia beijá-la ou não, ela, de vez em quando, tomava a iniciativa, sem me pedir, e isso me deixava constrangido de um jeito ruim. Terminamos em menos de duas semanas porque ela me achava fresco.

Quanto a ontem, me pergunto se eles se importaram se eu queria ou não.

Escondido das rãs, peguei o medalhão e saí.

Eu não tomava banho desde a manhã anterior, e meu estômago estava roncando. Foi então que trombei com Hector, que me olhava de canto de olho com uma expressão de durão, e pedi direções.

Ele me levou a uma espécie de sentô chamada Hammam. Um lugar todo requintado e bem aromatizado. Depois de me lavar e me expor ao vapor quente, entrei numa banheira, tipo um ofurô, e dei um longo suspiro.

Ahhh, tão relaxante. Como minha família não costumava visitar casas de banho, muito menos comunais, isso me era algo novo e, sinceramente, bem melhor do que eu imaginava.

Escutei então o som da água quebrando e me encolhi. Tinha mais alguém ali.

— Hector?! O que faz aqui? — perguntei, desviando o rosto.

Eu sabia a resposta, mas fiquei tão envergonhado em vê-lo nu que só me saiu. Com certeza, minha cara ficou vermelha igual um tomate.

— Me banhando, é óbvio — respondeu.
— É mesmo. I-Isso é um espaço público, né? ... Haha. Então fique à vontade!

De vez em quando, eu espiava do canto do olho.

Hector ter corpo de galã não era novidade para ninguém. Eu já o achava atraente, mas o uniforme ainda disfarçava parte de sua esbelteza, e... caramba, cheguei a ficar estonteado.

Tive que esperar ele sair antes de mim, pois se eu me levantasse, não teria como me explicar. Que mico dos grandes eu ia pagar.

Quando saímos da banheira, os fantoches automatizados, que me trouxeram meu celular na noite passada, nos secaram com toalhas aquecidas e nos ofereceram roupas limpas e perfumadas.

Esses carinhas estavam em todo canto, prontos para atender às nossas necessidades. De acordo com Hector, havia cozinheiros, faxineiros, enfermeiros e tudo o que se podia imaginar.

Tratava-se de inteligências artificiais surpreendentemente complexas, mas que ainda apresentavam limitações, já que alguns comandos eram entendidos de forma incorreta.

Assim que nos vestimos, pedi para tomarmos café da manhã.

Eu estava com uma dificuldade imensa para puxar assunto. Claro, eu conseguia me aproximar de pessoas tímidas, como Tsubasa, mas Hector era envolto por um casco impermeável.

— Tem algo te fazendo se sentir mal? — indagou.

... Ele estava preocupado comigo? Eu esperava tudo dele, menos uma pergunta assim.

— Está com essa cara até agora — continuou. — Você pode ser esquisito, mas eu estou comprometido a você. Se algo te fez mal, fale para mim e eu darei um jeito.
— Ah, não é nada! Está tudo bem. Mas será que podemos conversar sobre ontem?
— O que tem?

Era difícil para mim falar quando algo me incomodava, e quase sempre engolia sapos para agradar os outros. Se ele me deu uma chance para ser sincero, era mais sensato aproveitá-la.

— Tem umas coisas martelando na minha cabeça. Quando cheguei e você me beijou, você não acha que eu fui meio... forçado a isso?
— A única finalidade do beijo é invocar o Amaranto, se é isso que te preocupa.
— Não é esse o problema. É só que, uhh... será que não podia ter me pedido antes? Desculpe, é difícil explicar. Já aconteceu, e eu entendo que é só pelo Amaranto, mas, de onde venho, um beijo na boca é uma coisa de casais. É um gesto romântico.
— Então não veja como um gesto romântico, pois não é. Simples.

Ele se foi, me deixando para trás.

— Foi você quem perguntou se algo me fez sentir mal!! — Emburrado, bati o pé.
— Hunf.

A cultura dele diferia da minha, e o ato não passou de um meio para se obter poder. Não havia sentimento algum. Mas ainda assim era injusto comigo. Eu só queria que ele tentasse ver o meu lado, assim como eu tentava ver o dele.

Esse era Hector, a quem fui comprometido na Corte dos Heróis. Uma pessoa insensível que, às vezes, me dava vontade de esganar.

Paciência. Paciência, Terumichi.

Lembre-se: você precisa manter a calma, fazer o certo e conciliar as coisas de maneira pacífica. E a fome é a maior aliada do mau humor.

Sentamo-nos a uma mesa longa, um em cada ponta, e nos foram servidas refeições fartas, com uma extensa variedade de pratos. ... Eu não tinha como comer tudo isso. Meu estômago estouraria.

— Não é comida demais para duas pessoas? Eu só queria um café da manhã.
— Eu sei lá o que é “café da manhã”. As máquinas só fazem o que pedimos na comanda — disse Hector, com a boca cheia.
— E por que não me falou nada?! Podíamos ter escolhido algo do cardápio!
— Come logo. Às vezes elas exageram na quantidade, mas fazer o quê? Eu deixo as sobras em conserva para depois.

É, fazer o quê.

Dando uma pausa nas reclamações, degustei um pedaço de carne. Era bom, mas tinha algo estranho.

— O gosto é meio... metálico.
— Parece ótimo pra mim.
— Deixa pra lá. Vamos reaproveitar isso aqui mais tarde e jantar com os outros. Onde estão Theseus, a senhorita Circe e o seu irmão?
— Você conhece esses três tagarelas?
— Sim. Ontem de madrugada eu não conseguia dormir, e os conheci por acaso.
— Eles devem estar na Biblioteca, como sempre. Se prefere ficar com eles, então vá de uma vez. Estou indo treinar com a espada. — Retirou-se bruscamente, deixando o pedaço mordido de carne no prato. Por algum motivo, senti que ele se zangou.

“Meu Deus, mas que crianção ele é!”, pensei, nos limites da minha tranquilidade. Sempre que nos comunicávamos, tinha que surgir algum atrito desnecessário.

— Calma lá! E suas costas? Ainda é muito cedo. Não faça esforço antes de elas melhorarem.
— Já estão boas o suficiente, graças a você. Obrigado, eu acho.

Quando acabei, curvei-me em agradecimento às máquinas, apesar de elas não fazerem ideia do que significava.

Na biblioteca, nem sinal dos meus amigos. Cheguei a perguntar ao bibliotecário se eles passaram por ali, mas tudo o que ele fez foi me dar um novo crachá. Eu devolvi, e fui embora.

Eles tinham aposentos próprios, tal como eu e Hector. Porém, o Anfiteatro era grande demais. Me conhecendo, se eu saísse andando sem um mapa para me orientar, eu ia me perder e entrar em pânico.

De um assento vago na plateia do coliseu, passei a tarde assistindo Hector praticar. Bonecos de luta e obstáculos surgiam dos mecanismos do palco, e a cada rodada, a dificuldade aumentava.

Um score de oitenta e nove para a agilidade e precisão, e setenta para força e resistência. Ele detinha controle sobre a graça e elegância em seus movimentos, até que tropeçou, e se estabacou no chão.

— Agh!

A pontuação zerou.

Ele fincou a espada na terra, e tateou as costas.

Como pensei, elas ainda não estava cem por centro recuperadas. No preparo para a próxima batalha, Hector seguia se esforçando além da conta, sendo que isso só o prejudicaria daqui para frente.

Desci à arena, aproximando-me de onde ele estava.

— Durante uma luta, isso seria uma derrota certa.
— Você estava me observando?! — interpelou, encabulado. — C-Cuide da sua vida.
— Não é justo que você lute em condições diferentes das do adversário. Se quiser, podemos usar o Amaranto de novo.

O segurei pelo ombro para ajudá-lo a se levantar. Ele aceitou e embainhou a espada, dizendo:

— Os princípios regenerativos já fizeram o máximo que podiam. E não me subestime. Não é como se eu nunca tivesse passado por isso.
— Você já fazia isso antes de subir a torre, né? Abrir e guardar suas asas.
— Sim. Incontáveis vezes.
— Isso é perigoso. Além de te fazer perder muito sangue, é proibido.
— Vejo que aprendeu com Kosmo. Para sua surpresa, eu as uso legalmente. Só eu possuo esse direito pela lei da igreja de Vertumnus. É claro, eu fui segregado do mesmo jeito, ou a notícia viraria um escândalo. Eu e meu irmão fomos criados isolados da nossa sociedade. ... Quanto a ele, você já deve imaginar o motivo.
— Uhum. Fiquei sabendo.
— Depois dele, você foi a primeira pessoa cuja pele vi com meus próprios olhos.
— A primeira pessoa? Como assim?
— Esqueça. Não é importante.
— Você não pode manter as asas abertas, já que as leis do Anfiteatro não impedem?
— Elas desgastam o organismo gradativamente. Se eu usá-las o tempo todo, daqui a pouco não conseguirei nem andar. E mais, hoje em dia nem tudo é feito para pessoas com asas do tamanho das minhas.

Sinos, como os de uma igreja, badalaram três vezes.

— Uma audiência nos convoca. Vá se aprontar. Não se atrase.


A ilustração contem um afresco da Tumba dos Leopardos, Necrópole etrusca de Tarquínia, Itália.

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